Estrelas Tortas
Imprescindível diagnosticar todas as linhas tortas e aquelas palavras engolidas a seco. Tem dias que o paradigma é ser ruim, e duram além do próximo amanhecer. Tem vezes que perco a glória dessa existência ínfima. Tanta subjetividade para nenhuma certeza. Respostas que não existem são esperas cheias de ilusão.
Escrevo pra destrinchar o que eu penso, e em algum verso pode até ser que te entenda.
As palavras doem pra sair. Parece justificativa para a pouca frequência, mas é que a felicidade não permite intervalos. Todas as vezes que escrevo sou triste. Extensão de tudo que não sei falar e que tu nunca quis ouvir por medo de saber.
Só o que tento querer é mais de você, mas tropeço no silêncio que criou pra me afastar, ao mesmo tempo me prender, sujeito a ignomínima da ingenuidade em não saber o que fazer. Em tanta instabilidade enevoa-se os sentimentos. Se eu devo esperar, vai doer saber. Quis fazer parte da redenção, mas quase todos os dias acabam em desilusão.
Me sinto preso em parágrafos sem fim, e tudo que não foi dito corrói a dor até perder a sensibilidade. Talvez meu futuro seja relembrar. Buscar sentidos sempre tirou minha paz, mas não consigo ignorar. Se é mais do que consegue explicar, é só dizer, estou aqui pra você. Só não vamos falar em prioridades, meu amor… O orgulho já me abandonou também. Viver no por enquanto é muito menos do que preciso.
Essas palavras não eram pra você, mas já não há como evitar.
Visionária.
Há letras tortas
Quase tecidas
Pontos em cruz
Vírgulas escondidas.
Há Alfa, Beto e José
E nas Marias esquecidas
Repletas de bem me quer
Exaustas de cicatrizes.
Há ninhos repletos
Cobertura de sapé
Travessas paralelas
Ipês aos pés da serra
Luares e cafuné.
Maria também malditas
Da beira do cais
Dos vinhos baratos
Maria dos canapés.
Deus não escreve certo por linhas tortas como dizem a grande massa... Nós é quem nos entortamos todo na hora de fazer a leitura.
gerações e gerações que temeram errar em cada linha e parágrafo das linhas tortas da historia em si da humanidade.
A FALSA MORAL
Escrevo esses versos tristes
Sobre essas linhas tortas
E vejo reinar a tristeza
Num mundo de alegrias mortas
Pessoas vivendo entre vermes
Rastejando de porta em porta
Possuem um mal de nome esperança
Que diz que a felicidade se foi
Mas que ela algum dia volta
Mas você não conhece esse mundo
Por isso é que não se importa
Seu falso otimismo me assusta
Mas não se compara a sua caridade hipócrita
Pois se tu doas a um mendigo
Um sapato sujo e costurado
É só porque não mais te serve
De tão velho e apertado
Porém te sentes um ser bondoso
E se diz até "aliviado"
Pensa ter feito uma boa ação
Mas só tirou o lixo do próprio quarto
Ainda fala que sempre ajuda pois não sabe o dia de amanhã
Sempre esperando um retorno
Essa é a falsa moral
A conciência individual
Que transforma toda bondade em afã
As mãos que um dia te deram amor
relatam hoje em linhas tortas uma saudade
e num choro compulsivo de inconformidade,
retratam em versos toda a sua dor!
LINHAS TORTAS
Sidney Santos
Não seria entrave na tua partida
Linha viva ou torta
Do laço que se rompeu
Mas uma coisa importa
Teu amor sou eu!
Vê essa linda paisagem? De bem perto não passam de árvores tortas... O verde é cinza, a tristeza é grosseiramente retorcida. Mas se por um instante você pudesse se aproximar mais um pouquinho certamente entenderia todo o fabuloso mistério oculto naquilo que chamo de belo.
LINHAS TORTAS
Na palma da mão
estava escrito
esta paixão
este fogo
Estava previsto
este descontrole
descrito este compêndio
Só não se previa
a loucura
o incêndio
a insanidade
Tem coisas
que o amor
não avisa
por pura malícia
ou por pura
maldade!
GRITO CALADO
Escrevo por linhas tortas
Os meus desamores
Do verso
Sou o inverso.
Nos rastros do poema
Silencio as frases não ditas
Escritas na areia
Soltas no ar.
Sou poeta sem nexo
Um dilema complexo
Derrota na rota
Vitória em ação.
No eco dos meus rabiscos
Grito sem preconceito
Por acaso
Desabafo.
Fugindo a inspiração
Embriago-me nas letras
Ressaca
Liberdade.
Grafando rimas e desejos
Aborto o que me escraviza
Rotina
Estricnina.
E nas entrelinhas entre o nascimento e a morte, escreveu-se a VIDA! Linhas tortas e confusas com leis tolas e sem sentido! Escreveu então a VIDA com verdades findas em seu eixo X e Y em um plano cartesiano, Quatro estações finitas em uma repetição infinita Cujo deu origem a todo caos existente!!! e a FÉ que outrora movia montanhas agora não move nem se quer seu portador, que já deitado e enfermo lamenta tudo que não foi e lamenta mais ainda o não retorno de seu mestre! E com a esperança ferida fatalmente, não resta mais nada a nós, seres Bípedes, a não ser LOUVAR o poder antagonista a VIDA agonista! VIVA!
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