Esquinas
Em mil poesias nos encontremos nas esquinas de cada sílaba, nos ventos de cada advérbio, para escutar o sujeito em seus discursos e infinitos predicados... Mas furte-nos sempre, de nossos pontos finais.
"" O amor percorre as esquinas da vida
Insano, tirano
Ousado.
Sonha, acalma
Nos labirintos d’alma.""
Oscar
“Um temporal espesso
vira tudo do avesso
faz do anverso verso
que exclama pelas esquinas.
Viver é sangrar!”
Hoje eu te desejo sorte: a sorte de esbarrar em um carinho bonito, em uma dessas esquinas da vida; de ser acolhida na simplicidade de um olhar carinhoso; de tropeçar numa gentileza qualquer e se lambuzar de docura; de encontrar um desses sorrisos bobos por ai e ser contagiada pela magia da alegria.
Não haveriam rosas, nascimentos, pedras no caminho, ouro preto, esquinas, heróis, o galo, a raposa, o coelho... Se Minas Gerais vivesse tão somente de olhar suas montanhas.
Aqui no presente
Nas esquinas do presente,
Cá existem histórias. Quando nos faz coerente,dando-nos as vitórias.
Virando as arestas do contemporâneo, percebemos que é um outro mundo, muito diferente das quinas, que volvemos no passado...
Percebemos, então, que por elas passam pessoas, que, iguais a nós, se cercam de sombras, dentro de seus pensamentos, não compreendem, seu transcender no presente, pois não sabem enxergar, nas entrelinhas, suas maneiras de entender o tempo atual...
Essa gente passa parte da vida perdida, nos cunhais do passado. Dividem seu transposto com o mundo da realidade, onde tudo parecia ser sonho... Histórias,que os levaram a dobrar certos cantos e, assim, experimentaram e sentiram o acertar no presente...
São momentos tão diferentes das esquinas, que dobramos no atravessado, que ficaram gravadas em nossas memórias para sempre... Vértices diferentes, as quais contornamos, agora, no atual presente...
As curvas do passado, passamos tão rápido que não nos damos conta do tempo..., tantos fatos aconteceram e, ao mesmo tempo, parece que foi ontem, em que contornamos esses cunhais..., atravessando o tempo, até chegarmos ao moderno período, em que vivemos...
Quando falamos do passar da época, sentimos que a vida se assemelha a um filme em câmara lenta, uma longa-metragem, que não vai ter fim...
Mas, com certeza, fazem parte de nossas vidas,é um somatório de recordações, do que fizemos e do que aprendemos com a vida...
Somos o ontem, carregamos suas marcas deixadas em nós, seus perfumes, suas doçuras. Trazemos,em nós, tudo o que nos aconteceu e até o que nunca vimos, mas, sentimos...
Mas, para nós, o nosso tempo é de muitas
ementas, pelas quais passamos. O nosso tempo é o amanhã, por isso, guardamos, em nossas memórias, tudo o que já passou...
Queremos impregnar, em nós, o que fomos, o que tivemos e, assim, seguirmos leves, pelas esquinas do coevo, sempre, sem nunca esquecermos do acontecido, que foi uma longa-metragem, quando volvemos nossos olhares para trás...
Claro que temos ansiedades, que ainda não conseguimos expurgá-las, são muitas tristezas, que gostaríamos de esquecê-las...
Vamos para o nosso futuro, carregados de boas recordações, pois, elas nos levam, como plumas, a voar para além das nuvens, sem que esqueçamos as visporas, que um dia suportamos...
Nosso caminhar é o virar dos vértices, mirando um mundo do intangível, em outro, chegamos até o passado, lembrando da infância...
Nas arestas da vida, não há conclusões, pois,tudo já ficou no passado, apenas, perguntamos, questionamos, como no voo de um pássaro, que chega pelos cantos das recordações...
E nós conciliamos nossos olhares do passado, aguçados em nossas mentes, salvando-nos da consternação... Recolhemo-nos nelas, procurando, dentro delas, as passagens, que nos foram bastantes agradáveis, pois nos salvaram das esquinas incertas, que ficaram lá, bem distante, em um transcorrido, que não volta mais...
No silêncio, continuamos atravessando as quinas do tempo recente, como uma chuva, que cai de mansinho a nos preencher de nós mesmos...
Continuamos, seguimos, volvendo aos cunhais, pois nem mesmo os solitários, que nunca voltaram seus olhares para trás, não deixaram de dobrar as perfeitas arestas do passado...
Não importa onde estejamos, em que trilha,
agora, andamos, no tempo hodierno. As esquinas, em que passamos, no passado, estará, sempre, junto à nós, mesmo que nos leve para outras paragens...
As quinas do tempo foram feitas para, por elas,passarmos, não importa se são pontas rotineiras, do passado ou do presente. Somos um ser despreparado para aceitar a vida sem recordações: – Juntá-las será sempre o nosso querer...
Nunca soubemos ficar sem nos lembrar das
arestas do acontecido, queremos tê-las, sempre, bem
lembradas, pois foi um passar-se que teve predicado...
Como conciliar as esquinas, que já passaram,com a realidade do recente, sem poder lembrar-nos delas, que, em um certo dia, passamos...
Há pessoas, que não querem se adaptar às intempéries da vida, não querem se lembrar das esquinas pelas quais passaram. O vento levou-as a se esconder,atrás dos cantos, não querendo lembrar do advindo...
Os vértices, em que volvemos na juventude, fazem-nos recordar de fatos delirantes, que fizeram com que fossemos felizes...
Das arestas, por onde passamos,para seguirmos novos caminhos, novos mundos...
Há dias em que, contornando as esquinas do coevo, as recordações chegam com mais força. Em outros, menos, mas, somos felizes assim mesmo...
Mas, lembrar o influído, caminhando alegre no contemporâneo, com o olhar voltado para o futuro,é querer continuar..., é dobrar as esquinas do tempo,
no atualizado, vislumbrando, sempre, o herdado...
As esquinas da vida prática, do dia a dia, são passagens mágicas, pelas quais temos atração..., mas, seguir o presente, com os olhos bem abertos, é pensar
em querer continuar, com orgulho...
Marilina Baccarat no livro "Vértices do Tempo" página 17
CAMINHÃO
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Dei amor de São Cosme e Damião,
nas esquinas do sonho e da esperança,
mas de sólido tive a solidão
que me pôs pra rodar na sua dança...
Tenho tanta saudade como herança;
sob minha couraça, o coração;
ele faz que se ajusta, mas alcança
os estágios mais fundos da emoção...
Pago todos os preços do que fiz,
dou meu jeito sem jeito e sou feliz,
apesar das arrobas dos pesares...
Transformei o caminho em caminhão;
é assim que atropelo a frustração
e minh´alma se banha doutros ares...
alívio
num desses encontros aleatórios pelas esquinas da vida
nossos caminhos novamente se cruzaram
pela primeira vez eu não senti nada
até me surpreendi comigo mesmo
não gaguejei, não suei frio nem tremi
nada aconteceu aqui, dentro de mim
depois que você saiu mergulhei numa autoavaliação
e naquele momento senti algo bom
uma espécie de alívio, de sensação de missão cumprida
a exata tradução em sentimentos da palavra “superação”
como é bom saber que nada mais resta de ti aqui dentro
não pense que é mágoa ou vingança, longe disso
apenas, da mesma forma que me ensinaste a amar
contigo, aos poucos, também aprendi a esquecer
A vida acontece nos detalhes, nos desvios, nas esquinas que você decidiu não entrar, mas por algum motivo, entrou.
"um rio sem o mar"
Um elo se partiu
Partiu antes de tudo
Procurei nas esquinas
Nós lugares , não mais o vi
É o dever de um poeta
Persuadir as palavras
E diagnóstica-las
Tão profundamente
Que alheios consigam senti-las
Peculiares estrofes
De um soneto sem fim
Naquele deserto negro
Onde meus olhos se identificaram
Com a escuridão , eu tive que fugir
Lançar meu ego para além de mim
Catar meus coletes armaduras
Toda indumentária ,que se dissipa de mim
Eu sou um deserto de terras áridas
Onde a flor mais rara cresce
E se alimenta de mim.
O que há
Em todas as ruas há alguém em prantos,
não há o sorriso puro, apenas dor
Nas esquinas das ruas há aqueles que vendem sonhos
Não aqueles que pode-se almejar ou até se quer tê-los em segredo, mesmo que guardados ou escondidos, pois estes sonhos não são meus
O que há nestas pessoas que dizem sempre "como antigamente"
O que não há na atualidade
Há nada porque o ontem já passou e o que pendura é o hoje
O mesmo rio que nasce em sua fonte não sera mais o mesmo onde deságua...
"Em todas as esquinas, poesias,
Setembro de flores, são cores,
serenos espaços, leveza dos laços,
encontros possíveis são doces amores."
Eu sou só mais um apaixonado, igual aos que enchem os bares e esquinas tentando esquecer a culpada deste amor.
TRIBOS URBANAS
.
Vejo nas esquinas
Meninos e meninas
Rivais ou amigos
Que se reúnem
E com orgulho assumem
Que vivem em tribos.
.
Há os que sujam os muros
Protegidos pelo escuro
Como noturnos sabotadores
Que em busca de emoção
Desrespeitam a legislação
Esses são da tribo dos pichadores.
.
Há os que assistem
À vida com olhares tristes
Como navegantes sem remo
Se maquiam como zumbis
Na escuridão são seres sutis
Esses são da tribo dos emos.
.
Há outros um tanto obscuros
Que ficam perto de túmulos
E consideram ótimo
Passear pelos cemitérios
Sempre com caras de sérios
Esses são da tribo dos góticos.
.
Há os que têm mania
De dar vida à fantasia
Dos gibis que leem
São adultos que têm a esperança
De viver sendo sempre crianças
Esses são da tribo cosplay.
.
Há os que requebram a pélvis
E usam topete como o do Elvis
E têm que ter cabelo que brilhe
Adoram carros antigos
Curtem rock dos Beatles
Esses são da tribo rockabilly.
.
Há os que andam desengonçados
Com bermudas e bonés virados
E criticam a arte pop
Conversam num estranho dialeto
Se reúnem em verdadeiros guetos
Esses são da tribo hip hop.
.
Há os rebeldes sem causa
Que têm cabelos como caldas
E usam roupas extravagantes
Quando andam na multidão
Querem apenas chamar atenção
Esses são da tribo dos punks.
.
Há muitas outras tribos
Criticadas pelos mais amadurecidos
Que consideram tais hábitos odiosos
Os quais com terno e gravata
Caminham entre as tribos citadas
Indo para a tribo dos religiosos.
.
Estamos entre vocês. Mas tentamos não ser notados. Pode nos ver nas esquinas, embaixo de elevados. A nós foi dada uma segunda chance na vida. E nós a usamos para pôr em prática o plano divino de Deus. Para ajudar os outros.
eu,
mulher e menina,
desvio das esquinas
a me enganar!
sim...
suspiro aos lábios
que os dedos ousados
estão em mim
sempre a tocar...
caio...levanto...
ignoro ou encanto
a quem souber o encanto para
me encantar!
que delícia a inconstância...
ser um rascunho a caminhar
Enfrentar as tempestades
Nas esquinas, onde a coragem se faz presente, para que possamos enfrentar todas as tempestades, sejam com
trovões, ou não...
Temos, então, a capacidade de nos reerguermos
e enfrentarmos as arestas da vida com toda a intrepidez, que, a nós, é doada...
esquinas, onde a coragem se faz presente, para que
possamos enfrentar todas as tempestades, sejam com
trovões, ou não...
Temos, então, a capacidade de nos reerguermos
e enfrentarmos as arestas da vida com toda a intrepidez, que, a nós, é doada...
Marilina Baccarat de Almeida Leão, escritora brasileira, no livro
"Vértices do Tempo"
O violão de um violeiro
Conversando com a ilusão,
Dobrei as esquinas das páginas de minha vida.
Cortei as vésperas dos amanhãs.
Vi alguns reflexos do ontem e uma reflexão do presente.
Em minha imaginação,
Senti a inspiração me tocar, tocou-me tão forte que atordoado fiquei.
Desesperado, corri...
E encontrei o que não esperava encontrar,
Meu violão solitário estava em um mar de prantos.
E perguntei a ele porquê estava chorando.
E ele me disse:
---Tu, meu dono!
---Você mesmo que me tocas dia e noite;
---Me deixaste assim, pregado na parede embriagado....
---Se choro, é porque só sei falar em teus braços e deitado em seu colo.
---Fora dele eu sou assim, um ser calado e mudo, fico desnudo e surdo.
Um absurdo!
---Você me fomenta com seu dedilhar
E quando se cansa, me abandona e nem diz ao menos quando irás voltar....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Rodoviária
Quantas rodoviárias são as nossas esquinas, praças, vielas, e a cada curva em meio quadrado um reconhecido desconhecido à assuntar?
E assim, roda a vida, como gira a roda.
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