Espinhos
Poda:
Era uma roseira diferente:
Seus espinhos brotavam para dentro
Ninguém os via
Ninguém os tocava
Ninguém os sabia
E a roseira, na tentativa de gritar
Abria rosas indescritíveis
Em noites de lua, sonhava podas
Todas bem rente ao chão
Mas ninguém a podava
Abriram espaço em seu jardim
Para que todos a contemplassem
Conheceu a solidão
Seus espinhos cresciam
A dilaceravam por dentro
A cada nova estação
E ela gritava dezenas de rosas
Uma lágrima em cada botão
Quando afagavam seu caule liso
Ela se contorcia de dor
Sentia os espinhos cravando
Queixava-se abrindo outra flor
Um dia, os espinhos já grandes
Formaram nódulos pelo seu corpo
Uma espécie de tumor
Cansada, não abriu flores
Podaram-na rente ao chão
E ela conheceu um pouco
Daquilo que é não ter dor
Quis mostrar uma folha ao sol
Mas a coragem faltou
Recusou a água
Recusou o adubo
Rejeitou a terra
A mesma terra que a criou
Ali desapareceu
E todo o jardim se abriu em flor.
Para mamãe.
Um broto de roseira sem as rosas anteriores/
Botão de rosa com poucos espinhos. Muitos amores/
Mundo que gira, primavera que outona/
Tua vida, teu poema, muito aroma...
Suaviza minha vida, ameniza minha cor/
Teus cabelos, teu tempero. Meu AMOR.
Nem toda flor é só flor,pode haver flor e espinhos,à vida é cheia de muitas cores mas nem todas nos agrada.
Que sejam belas as minhas flores, pois flores somente em vida, que seja firme seus espinhos, pois quanto mais dolorido mais aprenderei a viver, que seja límpida as minhas lágrimas, pois atrás de um pranto se esconde um sorriso, que seque todas as folhas das árvores e o outono mostre a justa verdade, que o inverno congele toda tristeza e calor que vem do coração me aqueça, e que a luz do sol preencha todo vazio e todo escuro de tamanha solidão.
Afonso V.
“Não há espinhos que por mais dolorosos que sejam não desabrochem em flores no final... Também não há flores que por mais lindas e perfumadas que sejam não tenham os seus espinhos. Nada é fácil, nada é por acaso, tudo tem o seu preço cada conquista ou derrota tem o seu significado.”
Então, me perdi no tempo, caminhei tão inutilmente para te encontrar e espinhos foram jogados pela estrada, cansei, chorei, bebi, fumei, descasei, gritei, cortei veias, me tranquei no quarto escuro, janelas foram fechadas, solidão da noite, somente estrelas brilhavam meus passos, tudo girando, não sabem, foi muito estranho, pesado, absurdo, linhas cruzando em minha mente, querendo voltar, perdi energias, consegui tão somente fechar portas e seguir, quando acordei, passaram mil anos, terra nova, tempo de recomeçar, enfim, uma nova história começamos escrever.
Não jogar pedras nem espinhos no caminho de outros,porque num passe inesperado a vida obriga passar por ele.
Ela vai. Segue seus próprios caminhos, cura a dor dos espinhos, carrega na mala essas e outras memórias. Ela é inteira e, por ser inteira, ela não aceita histórias pequenas ou banais. Ela vai. Coloca em metades seus merecidos pontos finais, empurra pra fora o que não tem o poder de enfeitar sua casa, não se contenta com coisa rasa nem abre um espaço aqui - outro ali - para o que não cabe em seu lar. Pois ela não confunde amor com a necessidade de amar. Ela vai. Vai sem asas, sem saber voar. Mas vai. Enfrenta as suas quimeras, planta suas flores sem a paciência de esperar pelas estações mais certas, ela faz suas primaveras. Sem nunca deixar de ser neblina quando precisa esconder a estrada a frente ou calor para derreter alguns gelos. Ela é mais do que enviar mensagens, cartas, cartões, selos. Ela mesma vai. Vai e rouba a cena quando não sabe o que é interpretar. Ela vai sem medo de se molhar nem de se queimar. Ela vai sem dizer amém pra tudo com o pensamento pequeno de que isso pode mudar o mundo. Ela vai. Até quando desmorona, quando lhe derrubam ou cai. Ela vai. Vai, mas não reconstrói, não refaz o que ficou para trás. Ela simplesmente vai. Vai e constrói o novo com todo esforço que isso requer. Porque ela sempre sabe o que quer... Tem a ver com essa vontade enorme que ela tem de viver.
Ela é uma dose
Uma dose de veneno doce
Incorporada como um mel
Cheia de brilho
Espinhos venenosos
E um sorriso irradiante
O sol e só o reflexo dela
E a lua
Não consegue encontrar suas maldades
Depois de provar dela
Nao posso diferenciar a lucidez
Você é potencialmente apto a atravessar essa floresta de espinhos colhendo as flores nela presentes.
Tentei esconder toda essa aflição que me agarra o peito, vomitei as palavras que viravam espinhos todas as vezes que eu as engolia com o choro , quando as joguei fora de mim,pois já não cabiam mais dentro do meu ser, rasgaram minha garganta , fizeram rasgos enormes e dolorosos que eu escondia com os sorrisos que me eram requisitados todas as vezes que cogitava em falar, me apresentavam todos os argumentos do mundo para ser feliz, e quem disse que eu não era?
Eu nunca vi um super herói ou uma protagonista passar a vida inteira feliz , assim como batimentos cardíacos temos altos e baixos súbitos e muitas vezes inéditos,mas todos os meus heróis e heroínas nunca foram desgostosos da vida, lembro me de um que me disse pra apreciar os momentos ruins e aproveitar cada pedacinho de tristeza e eu faço isso, não me importa se me deixam cicatrizes na garganta toda vez que uso o papel e caneta como porta vozes da tristeza ,não me importa se as vezes tenho que escolher sorrir ao definhar perto dos outros, não me importa mais nada enquanto houver uma forma de gritar silenciosamente tudo aquilo que eu quero guardar mas não dentro de mim ....
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