Escrever uma carta a uma Criança
Enquanto Sonho
Sonho, sim, ainda sonho,
como criança que crê em fadas,
como quem busca um tesouro perdido,
como quem dança sem medo do tempo.
Sonho, sim, ainda sonho,
pois no sonho sou livre, sou tudo,
sou rio que corre sem medo do mar,
sou vento que abraça o infinito.
E enquanto o sol nascer a cada dia,
enquanto houver céu para voar,
sonharei, porque sonhar
é viver além do impossível.
O passo do tempo
O tempo corre, silencioso e certeiro,
ontem eu era criança, com os olhos abertos.
O riso fácil fazia o tempo parecer uma promessa sem pressa,
com um caminho longo e intocado.
Hoje, os traços da inocência me escaparam,
numa lembrança que o presente não alcança.
Tudo se vai, como folhas levadas ao vento,
e o que antes era leve, agora pesa.
Como se cada momento vivido deixasse marcas
que o tempo cuida de entalhar na alma.
E enquanto o espelho reflete quem sou,
dentro de mim ainda habita quem fui.
O tempo passa sem pedir licença,
transforma o que somos, apaga vestígios,
e tudo se vai — os rostos, os dias, as certezas,
como se a vida fosse apenas um sopro breve.
Parte 2
Eu sou a criança da baixa média.
A minha única riqueza é a comida.
Eu lavara as mãos e comia o quiabo.
Mastigando o quiabo
A minha imaginação era o frango .
O problema é que, quem estava a comer o frango era o meu vizinho.
E o meu quiabo transformando -se em frango era só a minha imaginação.Kkk
Para mim ter o frango e arroz no prato , era a melhor riqueza do mundo .
Quando chegava o Natal
A minha avó comprava um frango, e cinco copos de arroz.
Na casa éramos quinze pessoas.
A minha avó cortava o frango em pedacinhos.
Eu toda feliz, dançando porquê comeria o famoso frango e arroz branco.
Quando a minha avó , terminava de cozinhar, servia e nos chamava para comer.Eu no meu coração falava: Chegou a hora mais interessante
Chegou a hora de comer frango e arroz que esperei janeiro, até dezembro.
A minha felicidade, não se basiava na qualidade ou quantidade do frango, simplesmente se basiava em pensar que, hoje comerei o frango com arroz.
Levava o meu prato
Sentava- me , comia arroz com molho de frango, e deixava o meu pedacinho de frango ão lado.
Quando terminava o meu arroz com molho de frango
Pegava o meu pedacinho na mão, iria a casa da minha vizinha com boca cheia de óleo, e graus de arroz na camisa .
Eu dizia para a filha do meu vizinho; Olha hoje comi o frango com arroz
Dizia sem parar; Olha o meu frango, estás a ver graus de arroz da minha camisa. Comi o frango com arroz.
Como você acha que me conhece se nunca me viu chorando feito criança em um filme de romance?!
Ou como eu adoro cantar Pitty em alto e bom tom, com ar de indignação ao pensar nas injustiças sociais?!
Como você acha que me conhece se nunca me viu declamar um poema do meu poeta predileto, o Emílio Dionísio?!
Como não sabe como fico triste quando vejo cãezinhos na rua e n posso adotá-los? Ou até saber que prefiro gatos?
E saber que toda música que ouço sobre um amor não correspondido, um amor frustrado são todas para você?
Como você acha que me conhece se vc nem sabe o que nome do meu pai é Emílio Dionísio?
Como vc não pôde nos dar mais um chance para nos conhecermos?
No olhar da criança, há luz que não se vende,
Pureza que transcende, leveza de cada ser.
Vivem sonhos doces, sem pressa, à mercê,
Que a ciência dos adultos rouba o jeito de viver.
Há um brilho nos olhos, de quem vê o céu sem fim,
Uma vontade de voar, pairar ao pensar no vento.
Coisa que a vida submergiu, a mim esse momento,
Transforma a leveza em algo denso, seu jasmim.
Mas dentro de nós, ainda pulsa e clama,
De viver com pureza, de amar sem se conter.
Que com sabedoria, há uma forma de sonhar,
Nunca apagará o desejo de crescer e voar.
SONHEI
Quando criança sonhei...
Sonhei em ser piloto,
Caminhoneiro me tornei.
Sonhei em viajar o mundo,
De certo modo realizei.
Sonhei em ser famoso,
Aquela troca de luz e aceno do colega na estrada me faz sentir.
Sonhei ter grandes aventuras,
Com a Proteção Divina, de algumas enrascadas me livrei.
Tive tantos sonhos...
Sonhei, acordei, ri e chorei,
A estrada, na pista e na vida, por onde passei, deixei um pouco de mim, aprendi e ensinei.
(Gilmar Árion)
O Olhar da Criança
A criança é essência que escapa à razão,
é puro mistério em forma de expressão.
Carrega um jeito só dela de ser,
de olhar o mundo, de o compreender.
Atribui sentidos ao que a rodeia,
resignifica o que a vida semeia.
É intensa, é pura, transparente,
carrega a verdade, clara e presente.
Aprende no tempo que o coração dita,
com passos leves, de forma bonita.
Cada gesto, uma forma de dizer:
“Estou aqui, quero aprender!”
O adulto, ao tentar decifrar seu viver,
procura palavras pra descrever
esse ser que um dia também foi,
mas que agora vê de onde já se foi.
Brinca, imita, tenta se encaixar
nos jogos, nas falas, no imaginar.
Mas por mais que tente, é aproximação,
pois lhe falta o código da emoção.
O olhar da criança sobre o adulto, então,
reflete o que vê em sua ação.
Se não lhe agrada o que lhe é mostrado,
não é culpa — é apenas o reflexo formado.
O respeito, o afeto, a forma de amar,
é o que a criança vai memorizar.
E o adulto, se quiser ser lembrança bonita,
precisa ser ponte, precisa ser vida.
As Infâncias de Almeirim
(Um retrato poético das crianças que aqui vivem)
Toda criança que habita este chão,
carrega em si a cultura e a tradição,
de um povo que vive entre matas e rios,
com os pés na floresta e o coração nos desafios.
Filhos de agricultores, de mãos calejadas,
brincam com a natureza, celebram a alvorada.
Colhem frutos direto do pé, em festa com o dia,
vão à capela agradecer com fé e alegria.
Ah, crianças do rio, filhos de pescadores,
que navegam de barco em cantos e amores,
vão ao curral ver a boiada passar,
tomam leite da vaca, sem pressa de amar.
Brincam à luz da lamparina, numa noite qualquer,
vivem a infância simples, de um jeito tão sincero e tão belo de ser.
Vão à escola pelo caminho da ponte,
sobem na canoa e seguem adiante.
E há também as crianças da cidade,
em meio ao fuzuê, sons e ansiedade,
entre carros e motos, no ritmo apressado,
são crianças vibrantes no mundo conectado.
Entram no ônibus com seus cadernos e sonhos,
e ao contarem histórias entre risos risonhos,
descobrem que são felizes do jeito que são —
brincando na rua, na praça, com bola ou pião.
Há crianças amadas, cuidadas com ternura,
acolhidas nos braços de uma doce estrutura.
Mas há também as que vivem ao acaso,
sem teto, sem toque, sem carinho ou abraço.
Crianças que clamam por cuidado e atenção,
por amor, proteção e um pouco de pão.
Crianças que brilham como o sol da manhã,
que são o futuro, são alma, esperança e amanhã.
São elas, sim, o tesouro da cidade,
patrimônio terno, riqueza de verdade.
Almeirim pulsa em cada olhar e sorriso —
nas infâncias diversas, mora o paraíso.
Em Papai Noel nunca acreditei,
Desde que tenho lembrança,
Dos meus tempos de crianca,
Dele sempre desconfiei;
Porque haveria de acreditar?
Com certeza ficaria contente,
Se trouxesse meu presente,
Nunca me viu chorar ;
Meu carrinho de madeira ,
Descia grandes ladeiras,
Rodas de carretel e sem luz,
Mas entendia e respeitava,
Tudo que os outros ganhava,
Acreditava mesmo em Jesus.
Missias dez/20
Conflito
Tempos que se foram esquecidos,
Quando criança, intervalo adormecido;
Carrinho de roda descendo ladeira,
Atrás de caminhão muito poeira.
Outono passou, relógio atrasado,
Tempos que se foram anos dourados,
Inútil momento passado, pandemia longa espera,
Nem sequer vi abrir a primavera.
Horas que chega em meio ao conflito,
Perde-se o lar, houve-se grito,
Imenso tremor de terra;
Animais se espantam, coisa maldita,
Tanta crueldade, o mundo não acredita,
Senhor salve-nos dessa guerra
Guerra
Horas se vão! intervalo esquecido
Quando criança, tempo adormecido
Carrinho de roda descendo ladeira
Atrás do caminhão cheirando a poeira
Horas que se vão, anos dourado
Outono se foi, relógio atrasado
Inútil passado, longa espera
Nem sequer vi abrir a primavera;
Horas que chega em meio ao conflito,
Perde-se o lar houve-se grito
Imenso tremor de terra
Animais se espanta coisa maldita,
Tanta crueldade o mundo não acredita
Crianças morrendo na guerra.
Botina amarela
Na fazenda espinilho
Num lindo salpicado rosilho
Como regalo de criança
Guardarei essa linda lembrança
Uma boina de gaiteiro
Com seis anos muito faceiro
Um Galdério bem pilchado
Naquele corcel sem alguém do meu lado
Sorriso de jacaré esparramado
Um piá mais que arretado
Ganhei essa prenda singela
Trotando com estilo num embalo
Controlando o pomposo cavalo
Uma vistosa botina amarela
Vamos construir castelos?
Como nos tempos de criança, quando colocávamos um monte de areia molhada sobre o pé, apertávamos bem modelando o castelo, tirávamos vagarosamente o pé para não desmanchar, deixando aquela portinha. A porta da "garagem" onde os carrinhos de brinquedo entravam.
Não é tão difícil construir um castelo, quando nossas aspirações são simples.
A beleza está em combinar carinho, paciência, um toque de "artista".
E principalmente, um olhar generoso sobre as suas conquistas.
Construa seus castelos sem importar-se com o valor material dele.
Antes, olhe-o, aceite-o e, a cada dia, acrescente coisas novas que o tornem mais belo, especial, único, parecido com você.
༺Ser Criança…༻
༺༻
Tão querida é a pequena criatura, a que chamamos de criança.
Seu sopro inocente de alegria e carinho é sincero, por isso é amor mágico cheio de poder de o mundo transformar.
Ela é apenas e simplesmente uma criança.
Como pode tão pequena criatura ter o poder de o dia de qualquer um transformar simplesmente com sua presença?
Simplesmente por ser criança? Não pode ser... mas dizem que sim, que é or ser criança, mas então quem foi e quando tal poder lhe ensinou ou passou?
Criança é assim, cheia de sabedoria sem saber, repleta de sentimentos por desenvolver que até descobrir aquele lado negro do mundo ela os mantém seguros sem saber.
Como tão pequena criatura poderia assegurar, nunca deixar de ter então essa magia pura que sara feridas incuráveis por este mundo fora sem saber? Porque criança é criança e criança é inocência!!
Simplesmente assim?!
Então vem a transformação que igual ao poder da magia de ser criança do nada se apresenta.
Chega em pensamentos leves e fortes questões: -Talvez então se deva tentar fazer com que criança nunca o deixe de ser?…
Heis o fim de uma leve e positiva energia e o início de algum que não mais se sabe ao certo qual será sua direção.
Então se revela a presença adulta que ninguém quis também ver e tudo por não ter atenção aquele “talvez” no pensamento de uma outra já crescida criança.
Enfim, é a vida. Dizem assim ser. É pode até ser, mas pessoalmente e sendo eu criatura já mais que crescida, tenho algum a dizer:
- Toda a criança tem e precisa crescer e quem falou esse talvez e um desejo egoísta revelou, creio ter sido um ser que se esqueceu que um dia já foi criança ou talvez até nunca tenha tido a oportunidade de o ser.
Seja como for lhes vou dizer que é possível a magia manter e crescer, no entanto há que ter vontade de partilhar com o mundo o positivismo da energia de uma criança e como conseguir tal? Simplesmente nunca esquecendo a criança que um dia fomos e deixando espaço em nosso coração para esta sempre em nós estar.
Talvez seja uma loucura este desejo meu de num mundo de energia positiva viver, mas porque não? Afinal o mundo é dos loucos e é a realidade da humanidade.
Ser um ser apaixonante doido pela vida e sua loucura sã ter coragem de viver que faz o mundo feliz ser.
Seja Feliz!!!
༺༻
Tc.02112024/134
Quando na infância, a criança é repreendida por conduta ou por vocabulário inadequados, como sendo algo feio, condiciona-se a mente desta criança a associar a feiura a algo ruim e errado, logo, toda vez que vier a deparar-se com algo que avaliar não estar em consonância com seus padrões de beleza, este indivíduo inconscientemente não enxerga apenas uma ausência de beleza, mas percebe-a como algo errado e, portanto; ruim.
Sendo a linguagem o principal meio pelo qual os indivíduos se desenvolvem socialmente, a dissociação dos termos atribuídos à características humanas correlacionados a bom ou ruim, torna-se essêncial para uma dissolvição da superestima da beleza em detrimento dos valores e do caráter, os quais são as verdadeiras belezas sob a perspectiva humana.
Já fui criança, adolescente, adulta
e até uma ranzinza senil.
Já fui camaleão nas estações que a vida apresentou a mim.
Já provei muitas primaveras e algumas eternizei no toque, outras tantas no sorriso e muitas delas no olhar.
De alguns gostos eu abri mão e deixei que o vento levasse.
Já fui tantos personagens, que alguns até já esqueci.
Hoje quero ser apenas, eu mesma e andar lado a lado com tempo, nem à frente e nem atrás.
Sobre as constantes decepções
O problema é que aprendemos, desde criança, a dar segunda, terceira, quarta chance, o famoso dar a outra face, mas isso não é certo, pois é egoísmo para consigo próprio. Temos que nos respeitar e ensinar as pessoas como elas devem nos tratar.
Outro ponto muito importante, que não nos é ensinado, mas deveria, é ouvir e confiar no nosso sexto sentido. Quando nosso instinto fala, ouça, não pague pra ver, porque nosso Eu, nossa consciência é divina e sábia.
Se pagarmos pra ver, certamente veremos e não nos agradará, como fora previsto por nosso instinto.
Hoje encerra o ciclo de mais uma criança, mais uma de milhares que são ceifadas, por; crueldade, por erros, atitudes, 5 minutos, raiva e dentre outras.
Quantas mães sofrem, quantos pais, parentes, sofrem, por atitude muita das vezes precipitadas.
O que mais dói quando se trata de ser criança, é saber que tem um futuro pra explorar, uma vida inteira pela frente e por pessoas má intencionadas, acabam com um sonho num estalar de dedos.
O que mais dói que poderia ser o filho de qualquer um, o meu , o seu, só Deus para proteger e cuidar dos mesmos.
É de ficar pasmado que onde a pessoa é de status, tem uma condição financeira melhor, consegue se livrar e ficar impune, onde perante a fiança coloca tudo debaixo do tapete.
Vigiem seus filhos, cuidem, não deixem com qualquer um.
Viveu pouco para viver bem, morreu jovem para viver sempre.
Que Deus guarde nossas crianças e que Deus conforte todas as famílias que são vítimas dessas atrocidades .
Quantas mais crianças precisaram morrer? Mais quantos negros, brancos?
Nada o trará essa criança de volta para sua mãe, nada trará de volta nenhuma as vidas que foram ceifadas, um descaso de desamor, negligência, racismo e ódio.
A desiqualdade social que tem base principalmente no racismo estrutural, fez mais uma vítima. E os culpados pagam fianças e respondem em liberdade, ficam impunes.
Você ainda não percebeu que o racismo tem causado muitos casos, adulto, jovem, crianças, policial, bombeiro, mendigo, a morte veio para todos, infelizmente.
Você está condenando sua própria alma por não querer enchergar essa omissão, esse pedido de socorro onde todo dia tem alguém com a vida interrompida, seja ele branco, negro, rico, pobre, idoso, adulto, jovem ou criança. Vocês governantes, vocês que tem o poder da caneta, senhores magistrados, autoridades, tem o poder de fazer a justiça, tudo para que a lei seja cumprida e a Constituição seja prevalecida.
O direito de ser criança
Há pais que acham lindo a criança dizer que está namorando e não percebem que fazendo isso estão acabando com a infância dos seus filhos. Parem! de transformar seus filhos em miniaturas de adultos! Parem de adultizar a criança! Parem de sexualizar e erotizar a infância. Parem de matar a candura! O que você faz com seu filho vai determinar o adulto que ele vai se transformar. E há estragos que nem 100 anos de terapia resolvem.
Dêem aos seus filhos a chance de serem crianças. Ser criança é tão lindo, que quem consegue manter essa meninice são as pessoas que mais felizes são quando adultas.
Não macule a inocência de seu filho. Não mate nele a imaginação infantil, o sonho pueril, a pureza dos anjos.
Criança tem de ser só criança. Não extermine a fase mais importante da vida de um ser humano: a infância. As outras fases são importantes? Óbvio que sim. Mas, nenhum adulto que teve a infância roubada é feliz. Lembre-se que Deus deu a
você a missão de cuidar, orientar e proteger um anjo quando te deu o privilégio de ser mãe. Faça jus a essa missão que tantos gostariam de ter e lhes foi negado pelas circunstâncias da vida.
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