Enterrar
Sophia está na beira da praia,
A praia quer enterrar Sophia.
Sophia só quer poder nadar,
Logo Sophia, que é expulsa do mar.
Mas Sophia é insistente e se atirou no oceano sem saber nadar.
Bela Sophia, insistiu tanto que pouco a pouco ganhou o mar.
Quando alguém - por ódio - enterrar suas sementes, só estará dando início a uma floresta que terá o seu nome.
Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? – também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! E nós o matamos!” – Nietzsche, Gaia Ciência, §125
Como é difícil errar! Nosso ego fica machucado e queremos enterrar nossa cabeça no mais profundo da terra por tamanha vergonha sentida. Mas basta repousarmos um pouco e seremos capazes de perceber o quão importante foi falharmos hoje, pois amanhã, quem sabe, não tivéssemos a chance de reparar o estrago. Ainda que de forma involuntária pensamos que não falharemos nesta ou naquela tarefa. Tolice! Talvez, por querermos sempre acertar e dar o nosso melhor esquecemos que somos eternos aprendizes nesta vida e sofremos as consequências desta nossa ânsia de perfeição. Quando falhamos nos sentimos inferiores e chegamos a pensar que somos incapazes de realizar determinadas tarefas, mas na realidade só depende de nós; neste momento o melhor a fazer é assumir o erro, erguer a cabeça, respirar fundo e seguir com humildade para que tenhamos êxito no cumprimento da missão, seja ela qual for. Desistir seria fácil, no entanto, como ficaria nossa consciência? Façamos dos nossos erros um trampolim para os acertos que virão. Se hoje não fomos bem e falhamos, talvez seja porque precisássemos de mais treino para sermos os melhores, não em relação aos outros, mas melhores no que fazemos ou que pretendemos fazer no futuro.
Quando o navio finalmente alcançar a terra
E o mastro da nossa bandeira se enterrar no chão
Eu vou poder pegar em sua mão
Falar de coisas que eu não disse ainda não
Coisas do coração!
Coisas do coração!
Quando a gente se tornar rima perfeita
E assim virarmos de repente uma palavra só
Igual a um nó que nunca se desfaz
Famintos um do outro como canibais
Paixão e nada mais!
Paixão e nada mais!
Somos a resposta exata do que a gente perguntou
Entregues num abraço que sufoca o próprio amor
Cada um de nós é o resultado da união
De duas mãos coladas numa mesma oração!
VOU ENTERRAR 🌹
Vou enterrar o meu coração
A dor do meu peito é grande
Desde o dia em que tu partiste
A única coisa que faço é chorar
Todo o meu amor, toda a felicidade
Está enterrada no tempo, tempo
Em que tu me deixaste só
E eu continuo à tua espera
O meu coração vai-te amar sempre
Com a alma cheia de memórias
E vou escrever histórias de ti
Para nunca me esquecer o quanto te amei
Com as lágrimas no meu rosto
Mesmo que passem mil séculos
O meu coração chama por ti
O meu corpo deseja o teu
Eu vou amar-te
Até o meu último suspiro
Não importa quanto tempo passe
Vou esperar por ti meu amor
A coisa mais difícil de fazer é enterrar um sentimento de amor, mas torna-se necessário em casos de sobrevivência do amor próprio. Precisei fazer isso algumas vezes, da primeira vez, doeu muito e a dor se arrastou por tempos, da segunda vez eu quase morri também e da terceira vez ( e espero que seja a última) será preciso matar, enterrar não só o sentimento, mas a carência e o vício de buscar em pessoas o que só encontro em Deus.
REPETECO DO SOL
O sol em seu crepúsculo
morre a tarde
para se enterrar de noite
... E todo dia sedo!
Nasce de novo e de novo
iluminando o dia
aquecendo o povo
demonstrando a galinha
o horário do ovo.
Antonio Montes
NÃO
Não desistas de mim
Para que eu possa enterrar
As sombras, os medos
Que tanto me atormentam
Não desistas de mim
Para que tente agarrar todos os sonhos
Que há tanto deixei de sonhar
Não desistas de mim, por favor
Preciso de retomar o vôo
Que deixei a meio
Porque sozinho
Tenho medo de não conseguir
Não desistas de mim
Tu sabes porque eu te amo.
Morreu enterrar...
Virou circo!
Cara nem sei quem é...
O mesmo está morto...
Palhaçada tem horas...
Para a mídia mais ibope...
Para a família condolências...
Mesmo para que tanto ênfase...
Numa crônica semblantes e afirmantes...
Afamado talvez não conhecia tal
Benevolente ficar de dizeres pois é morto...
Apenas o cemitério
O resta pó ao pó mais nada...
Parábolas caberia mais ao frio delego...
Anonimato se disse um clarão
Consolação apenas uma pequena parte...
Sem sentido a morte solitária...
Cavalga sem distinção
Entre vivos eternamente.
Está chovendo. Acho que vou me enterrar em cobertores e tomar chocolate quente. Vou ver filmes para sempre.
...Eu estou construindo essa casa na lua; Anseio por ouvir sua voz, mas ainda eu escolho
Enterrar o meu amor na poeira lunar...
Estou vivendo longe na face da lua
Enterrei meu amor para dar o mundo a você!
Fecho todo o meu amor num cofre
Vou ao fim do mundo para o enterrar
Rejo para que ninguém mais o encontre
E com a esperança de não mais me lembrar.
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