Deriva
A deriva...
O dia foi-se em chamas
Gordurosas...
Extintas a gás carbônico.
Entre sem relutar ó noite branca
Embalada pelos ponteiros lacônicos...
Implacáveis...
Devastadores.
A espuma no copo e nos lábios é
Mar recomeçando em mim.
A deriva...
Não valho nada.
Sou pobre,
Descrente, imperfeito, imundo.
Não vivo... Vago...
Vagabundo.
E tenho o agravante oceânico,
Incorrigível...
De crer em versos
Dominando o mundo.
Tem elementos que parecem feitos nas coxas, vivendo à deriva no mar, passando o tempo na boca de espera, sem saber que na briga entre as pedras e as ondas quem leva a pior é o barco onde você está.
Não aflitai-vos em angustia, pois tudo que se deriva dela vem da ansiedade e desejo dos que não perecem a boa forma de vida.
Nesse mar de dificuldades e indecisões o barco da vida segue a deriva, os ventos o levam por um curso sem previsões e destino. Só resta nesse oceano observar a beleza, pescar as oportunidades e quando sentir terra firme saberá que sua jornada não foi em vão.
A ver navios
Eis que se instala a híbrida espera
De encanto e “paúra”
A deriva do imprevisível
Além mar...
Eis que vislumbra-se a essência
Esta tão “continente” quanto contingente de vícios terrenos
A deslocar desventuras...
De suor e suplício
A menos que a contenhas...
A tempo.
O que é uma paixão senão uma forma ridiculamente idiota de nos deixar à deriva de sentimentos primitivos incontroláveis?
Talhado na vida por um sopro de vento, num barco a deriva nesse relento, seguindo os passos do mestre, o tempo.
Foste abatida por flocos de perfume branco porque
te deixaste ir à deriva das rupturas combatidas p’los lábios
de granizo no franzido céu. Não tive outra chance senão
aprender com torpor a fácil arte de estudar a luz de todos os cometas,
subterfúgio do meu vivo crime!
Ó, novíssimo crime!
Caminho deserto perdido, incerto
barco à deriva esquecido no mar
sem direção, furtivo, oculto, pirata
vazio de prata, de ouro, de ilusões,
inglórias batalhas, feitas na escuridão da noite
solidão exausta do homem do mar,
lágrimas das sereias de amor, desamor
barco perdido nas rochas à deriva do mar.!!!
SOLIDÃO
Um barco sem partida, a deriva,
sem porto, sem cais, sem ponto.
Sem vela, sem mar sem canto,
sou um naufrago, a despedida.
Sou um barco sem ancora, a vagar,
sem saber aonde vou, sem rumo.
A cada dia morro, nesse mundo,
solto, com o vento a me levar.
No límpido oceano, a tempestade,
sigo a luz, o farol, o esquecimento.
Sem destino, seguindo, vou ao vento.
À bússola para mim, não faz sentido,
só me resta a solidão, o mar, o vento.
Sem rumo não me acho, estou perdido.
Poema:O abraço magro..
Abraço magro
Você desespera-me.
Deixa-me a deriva.
E não explica-me.
Procurei no seus braços...
Algo que preenchia-me algum tempo atrás.
Não pude dizer...
Que triste ... Senti-lo assim.
Magro ...sem carne.
De repente um vazio.
No envolver dos braços.
Nossos corpos.
E... um calor.
Fez-me achar seu abraço.
Longos minutos...
Em meio ...os ossos.
A vida...
Se é que viver assim ...seja vida.
E ela respira...reclama.
Essa vida... bizarra.
Insistentemente quer nos desalinhar.
Quer nos desapontar.
Nos desequilibrar.
Longos dias...
É vencer um câncer.
Eternos dias.
É viver assim.
E encontrar no sorriso.
Esperança.
Mendigando mais alguns minutos de vida.
“Prefiro ser um náufrago à deriva na imensidão do mar do que imaginar que um dia você poderá deixar de me amar”.
Depois de incansáveis esforços e noites sem dormir a caravela parecia estar a deriva em meio aquela imensidão azul, a nuvem ofuscada na mente dos marujos pairava a dúvida e o tempo já não se podia contar. Mas de longe se observava o capitão assíduo diante de seu timão com o brilho nos olhos e a convicção do conhecimento daquelas águas, parecia incansável. Eu já apegado pelas interpéries e o desespero, resolvi conversar com o líder, então ele me disse: calma filho, o caminho é mais distante e provador, mais a terra será muito mais rica e bela, e somente os bons pisarão nela.
Pensamentos a deriva
Um barco a deriva
Assim sou eu
Perdido em meus pensamentos
Pensamentos bons outrora ruins.
Uma tempestade no mar
Ou uma duradora calmaria
A falsidade do bairro rico
Ou a realidade da periferia.
O vento nas velas
Minha chagada ao porto
Lucides na minha mente
No momento exato que já me tachavam como louco.
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