Deriva
É preferível estar só em um barco á deriva com teus pensamentos e com um objetivo belo duque estar em um palácio cercado de riquezas encantáveis, pós a vida a verdadeira vida ti da apenas uma chance de descobrir que a brisa da madrugada é a única que continuara lá quando teus dias terminarem.
Estava a deriva quando ouvi a sereia cantar
Dela o canto
Mas não sabia se era canto
Ou pranto
Ou mero encanto
Ignorei os avisos e não fechei os ouvidos com cera
Pelo canto fui envolvido
Por aquele lamento
Que de ideia de choro me vi mergulhado
Meu barco furado e o coração inundado
Não sei se era canto
Ou pranto
Ou mero encanto
Talvez só meu tormento.
No mar me jogar?
Deixo que me leve sereia
Só tenho medo de não querer voltar
Dizem que elas seduzem os marinheiros de primeira viagem
E para o fundo do oceano os levam
Mas qual será seu encanto?
Para o fundo do mar me deixarei levar
Pois quem sabe seja lá que nos braços da sereia
Pelo seu canto que encanta
Que irei me encontrar
Leve-me, sereia, para o fundo do mar
Meu choro e lamento possam ficar
E que outros marinheiros em seu encanto se encante
Em seu choro lamente
E do fundo do mar nunca mais tentem voltar
Que eles do barco carregados
Possa nele toda tristeza deixar
É lá, no seu reino dourado
Seu mundo encantado
Que em seus braços irei me afogar
Leve-me sereia
Pois o barco já não é mais o meu lugar
TRAVESSIA FALCIFORME
Escondo-me dentro de uma barquinha
que segue à deriva dentro de mim
Flutuando em àguas turbulentas
mar sangrento de células em foices
que falcizam as expectativas
os sonhos
os desejos
as metas
que prolongam as distâncias
neste maremoto de crises infindáveis
que estanca as iniciativas
e guarda em suas profundezas
o que restar de coragem.
Embora dentro desta pequena barca escondida
seguindo meu percurso à deriva
eu vou em frente
reluto contras as correntezas que me levam
que me impulsionam a lançar-me neste mar
e nele afogar-me, anular-me... me apagar.
Sigo... prossigo e perdida no trajeto
na longa travessia da vida
talvez até descubra
que não sigo assim tão à deriva.
Navegar com habilidade em mares revoltos,
em brumas envoltos...
Fugindo da deriva,
aproveitando os bons ventos,
otimizando os momentos...
Eis o desafio enfrentado dia após dia
no turbulento oceano da vida...
Eis o destino pra quem tem tino,
pra quem jamais anda sem destino,
não é levado de um lado pro outro,
sempre dependendo do que pensa o outro.
Vivia entre a esmagadora vontade de expor os próprios pensamentos, e o receio de deixá-los á deriva.
À deriva
O que meus olhos procuram de certa forma
A beleza escondida
Por trás do retrato
Detalhes de uma vida
A qual não se imagina
Tão mínima
Como virar de paginas
As palavras cobertas
Deitadas sobre as folhas
Dedilhadas com os dedos
Levadas ao som da voz sussurrante
Como correntes de águas tranquilizantes
Penetram nesta alma viajante
E fecunda-se sobre este chão
Esta terra onde piso
Onde meus olhos migram
Encontra-se em uma ilha
Da qual todos se isolam
Uns transformam-se em lendas
Outros são resgatados
Alguns ficam à deriva
Presos em suas próprias armadilhas
E seus monstros em particulares.
Sou viajante clandestino
sem rumo, sem direção certa;
desgarrado, extraviado:
Um barco a deriva,
na expectativa,
de no futuro
encontrar meu porto seguro.
O mal persiste nas principais cidades modernas do mundo inteiro pelo egoismo que deriva nos a acostumar a não ver e calar nos impassivelmente. diante de todo o erro.
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