D Dinis
Bem me quer, mal me quer
Bem me quer, tenho aqui o meu cantinho
Mal me quer, ao dormir preciso de carinho
Bem me quer, de amizades não tenho fome
Mal me quer, não sei escrever teu nome
Bem me quer, paternidade é com meu cachorro
Mal me quer, na solidão eu peço socorro
Bem me quer, divido a opinião comigo mesmo
Mal me quer, a partilha permanece a esmo
Bem me quer, amo, a tudo e todos, sou feliz
Mal me quer, tudo é tão rápido, por um triz
Bem me quer, como é bom apreciar o amanhecer
Mal me quer, a cada dia veloz é o envelhecer
Bem me quer, sei mastigar a vida de solitário
Mal me quer, não tenho ninguém no itinerário...
Bem me quer...
Luciano Spagnol
Pelos costumes adquiridos ao longo dos anos, há dificuldades de alguns em respeitar as atividades desenvolvidas por servidores públicos. Se torna mais fácil criticar que elogiar as realizações. Há o entendimento que existem vícios de décadas a combater e que muitos desses vícios explicam o apoio de alguns servidores e críticos a corruptos confessos. Contudo, não podemos generalizar e saber valorizar e respeitar os servidores, destacar os serviços exitosos e entender as críticas como o fortalecimento do bem público e o aprimoramento das funções.
nega
não apresso mais
arriei a armadura
cansei do jamais
d’alma em candura
paz...
tudo vai à frente
a sorte lá traz
o silêncio presente
e o tempo voraz!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano
SONETO DE JOELHOS
Bendita, Maria, mãe do Cristo Jesus
Bendito o Teu ceio que o fez nascer
Mãe de todos, da fé que nos conduz
Rainha dos céus e da terra, és haver
Bendito aquele que crê na Vossa luz
No Teu amor... trilha com o seu viver
Confia e reza à Teu Filho no enaltecer
Bendita Senhora, doce mãe, alvorecer
Bendito sejam todos que a Te clamarem
E diante de Teu Filho crentes ajoelharem
No ato de convicção, uma grande paixão
Se, um dia, for fraco e na fé pouco refém
Oh Redentora, de Tuas mãos que caem
Graças, abrase meu coração... (com Deus!)
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
CRISTO (soneto)
Quando a teus pés oh Cristo Amado
Desces da cruz e pende no meu peito
Ungindo de amor, luz num tal respeito
Que fazes do meu cigalho imaculado
Eu, pecador e, um tanto imperfeito
Sinto-me nos teus braços, levado
Orando consolo em ti crucificado
Arrebatado no amor, eu a ti preito
Mas quando me vejo, enevoado
De pouca fé, um coração estreito
Perdão! No abatido envergonhado
Fraquejado, pouco ouvi o preceito
Me empanturrando no vil pecado
Só em ti Cristo! És o acaso perfeito!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
ACHANAR (soneto)
Deixe que a dor da saudade enfim passe
Soltando d'alma o que é teu maior enfado
Deixe-a nas entranhas secas do cerrado
Para que nos maçantes reclamos se cale
Em um grande pesar não se é prolongado
Basta! Se todo afeto que sentes se sovasse?
Desafie os medos, e os ponha face a face
Com coragem, e os tenha como teu agrado
Sabe: eu já cansado! Ando tão com receio
Na ventura, que o meu amor se consome
E o encantamento no revés submerso...
Sinto em tudo está ilusão... Tudo custeio!
E, derreado de embatucar este cognome
Achanando este infortúnio do meu verso.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O amor persiste, tudo passa
O ciclo lunar
A saudade a apertar
O medo do obscuro
O pensamento descuro
A solidão a atormentar
A ofensa a machucar
A tempestade que amedronta
A ignorância que afronta
A felicidade em gomos
A diversidade que opomos
A ingenuidade que acredita
O xingamento que irrita
O ato que envergonha
A moral sem vergonha
O desamor que insiste
Tudo passa! O amor persiste…
Então, aos que desconfiaram
Revelo: amei e me amaram!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/03/2009
Rio de Janeiro
"À medida que o mundo evolui, o que era exclusivo passa a ser popular, o que era difícil de se conseguir passa a ser comum, e os problemas que antes não tinham solução passam a ser resolvidos. O ser humano procura criticar aquilo que é novo, como um medo irracional, seja por apego ao passado ou pelo medo do desconhecido."
Nunca fale mal da comida quando você é o convidado, pois muitas vezes aquele que te convidou, deu o seu melhor para preparar. Ninguém jamais agradou todos os paladares.
Eu não acho que céu ou inferno exista, o que eu acho que exista é o que já acontece hoje em dia. Solidão, acho que a nossa vida aqui sem amigos, familiares morrendo e nunca conseguindo uma namorada ou esposa e, se consegue, de uma forma ou de outra perdemos. Isso tudo é uma preparação para a solidão eterna, sem ninguém nem nada, nem mesmo sons, toques, dores, formas físicas, nada. Em outras palavras, um vazio eterno.
Eu não suporto quem tem pena de si mesmo. Quem tem pena de si mesmo, ao se sentir injustiçado pelo destino, acaba se acomodando. Ele pensa assim: “As coisas são desse jeito porque são”. Ele nunca imagina que poderia ser diferente se as suas escolhas tivessem sido outras e nem enxerga soluções para sair da situação em que está, porque considera que nasceu para ser injustiçado e pronto.
UMA GRANDE IDEIA
LAVA-RÁPIDO D'ALMA, que consiste em CHORAR por um tempo determinado GRATUITAMENTE.
Como funciona:
O (a) cliente chega no estabelecimento, onde todos os funcionários trabalham voluntariamente e escolhe entre lavagem SIMPLES e COMPLETA.
1. A seguir, pega uma ficha numerada e quando chamado (a) é levado (a) para a SALA DA PALAVRA, confortável e aconchegante onde desabafa durante quinze minutos. Não é possível reconhecer nenhuma das pessoas da sala. São apenas sombras acolhedoras e carinhosas.
2. Depois da primeira etapa, o (a) cliente é direcionado à SALA das MÃES FORTES, preenchendo antes uma ficha onde escolhe o colo em que quer chorar: mãe velha, mãe nova, mãe preta, mãe judia, mãe italiana, mãe portuguesa, mãe árabe, mãe muçulmana, mãe gay, mãe da cracolândia, e outras que estão numa tabela de opções.
3. Escolhido o colo, ele (a) é encaminhado ao compartimento onde pode chorar no colo escolhido por 15 minutos seguidos (lavagem simples), ou 30 minutos com direito a descontrole (lavagem completa). Lembrando que as mães são voluntárias e doam o seu colo. São mães que de alguma maneira, em algum momento da vida, perderam seus filhos, portanto têm formação completa e habilitação para consolar todo tipo de choro ou sofrimento.
4. Lembrando que todo este projeto ainda é experimental e está em fase de teste, não tendo até o momento sido plenamente comprovada a sua eficácia, se há contraindicações ou efeitos colaterais. Todos assumem os riscos pelos resultados. O processo é público e todas as sugestões serão bem-vindas.
Se você quer conversar com pessoas que pensam de forma diferente, e têm soluções simples, mirabolantes ou malucas como essa aí de cima:
Inscreva-se no nosso Curso Gratuito de CAPACITAÇÃO EM INCLUSÃO - Pós-Graduação da Estácio: https://bit.ly/2LlMqan
RACIOCÍNIO DIVERSO, diálogos com pessoas que raciocinam diferente.
Dia 23 de agosto, 19 horas.
VAGAS LIMITADAS.
Café com leite, arroz com feijão, branco com preto, água com açúcar, sempre estarão mais próximos do BEM da DIVERSIDADE.
Deus existe!
Senão não existiria tanta gente apta a matar em nome d'Ele;
Tanta gente usando em vão o nome d'Ele;
Tantos padres, pastores, bispos e charlatães enriquecendo às custas d'Ele;
Tanta culpa no mundo pela não aceitação d'Ele;
Tantos miseráveis, aproveitadores, desvalidos e criminosos abandonados à própria sorte por Ele.
Quem não consegue valorizar verdadeiramente o pouco que tem,
não conseguirá usufruir plenamente de tudo de bom que viria.
Viverei tentando alcançar a UTOPIA de ser feliz todo dia.
No final, morrerei feliz por nunca ter deixado de tentar.
Quando a TV cria normose da violência, vendendo-a como entretenimento, está nos oferecendo picolé de frutas com pitadas de cocô.
Os nomes dos bois no universo da pessoa com deficiência, sempre foram muito ruins. A própria "deficiência" é um deles.
O problema maior, quando se trata de terminologia, está na honestidade intelectual e no interesse do nomeador dos bois.
No futuro ideal, de convivência digna inteligente, todo sujeito socialmente vulnerável, (ao invés de *ALVO*), estará a *SALVO* de toda e qualquer agressão ou humilhação.