Crônicas para Crianças

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Dia das Crianças

O dia das crianças
é um dia especial.
O amor, a alegria
e às vezes o material.

O papai e a mamãe,
sei que trazes alegria.
É por isso que espero
ansioso por este dia.

Para aqueles que me aguardam,
sei que vens com promissão.
Transbordando os lares que passa
com amor no coração.
Mas aqueles pais que trabalham,
quase estando na escravidão
e que passam dias e noites
tentando um ganha-pão,
talvez os seus filhos à noite
te recebam com decepção.
Quando abrirem o pacote e verem
o tamanho da desilusão,
pois o sonho foi desfigurado
por um prato de arroz e feijão.

Esperança, brinquedo e paz.

Feliz Dia das Crianças!

Inserida por rafaeloleme

Deus abençoe nossas crianças;
As que amamos,
As que cuidamos,
As que não sabem o que é amor,
As que não têm qualquer tipo de cuidado.

Deus abençoe nossas crianças;
As que engatinham,
As que que caminham,
As que não chegaram a engatinhar,
As que não podem caminhar.

Deus abençoe nossas crianças;
As que vivem intensamente,
As que se escondem,
As que sequer sabem que existem.

Deus abençoe nossas crianças!

Inserida por suely_buriasco

⁠A criança que mora em mim vez ou outra abre um sorriso e lembra da infância e com certeza com muita saudades, de um tempo que não volta mais.
Cheirinho de comida da vovó saindo quentinha com o tempero do amor.
Cheirinho da mãe, de dormir agarradinho nela, até a coberta tinha o cheiro dela, onde ela agasalhava e a noite era tranquila e segura ao lado dela.
A criança que mora em mim contempla o céu, as estrelas, a lua e o sol.
Contempla as flores, os pássaros e brinca com nos animais na mais sintonia pureza e inocência.
A criança que mora em mim faz oração ao Papai do céu e pede um mundo melhor.
Essa criança que mora em mim ainda acredita no amor ao próximo e que juntos podemos fazer o mundo um paraíso.

Liddy Viana.🌻✍

Inserida por LiddyViana

Sonho e Ilusão


Sonho com um mundo melhor, onde crianças brinquem como crianças,
Que as pessoas trabalhem, lutem, vivam com esperança.
Sem roubos, violência, desastres e ganância.

Sonho em ver os pássaros livres, cantarolando suas melodias,
Em saber que todos têm comida para por na mesa ao meio-dia.
Que os jovens desfrutem da vida com grande sabedoria

Vejo alguns planejando suas viagens para Caribe, Itália e Japão.
Enquanto milhares tentam ir ao mercado comprar leite e pão.
Vivemos neste mundo desigual esquecendo que somos irmãos.

Um mendigo bate a nossa porta, pede comida e dizemos não.
Na manhã seguinte a comida que sobrou vai alimentar o cão.
Nosso semelhante é abandonado ficando sem casa e sem chão.

Vivo nesta utopia de achar que um dia teremos a emoção
De olha para o lado abraçar alguém e dizer “você é uma benção”
Isto tudo é um sonho, que mais parece uma grande ilusão

" As vezes "

Às vezes nos esquecemos que as crianças acabaram de chegar a Terra. Elas são como alienígenas, seres de muita energia e puro potencial, em uma espécie de missão exploratória, e estão aprendendo o que significa ser humano. Por algum motivo surgimos no Universo e nos encontramos; nunca vou saber como nem porque, e descobrimos que eu posso amar um alienígena e ele pode amar uma criatura. E isso é estranho o bastante para nós dois. "

A REVOLTA DO LIXO

(Uma historinha para crianças de 0 a 100 anos)

Uma caixinha de leite condensado já devidamente vazia foi atirada no quintal por Dona Carmem, porque ela estava na varanda preparando um bolo; apressada e desatenta não viu a lixeira por perto. Uma chuva um pouco mais forte logo levou a caixa, que foi parar num córrego pertinho dali. Dona Carmem, que não é de fazer lambança, logo depois da chuva deu por si e foi procurar a embalagem. Não a encontrou, mas também não deu muita importância, porque afinal, era só uma caixinha.
Quando chegou ao córrego, a caixinha deu de cara com um jornal. Fez amizade com ele. Sem demora, um carrinho de madeira que estava logo ao lado se aproximou. Resmungão como ele só, reclamou do mundo e da vida e disse poucas e boas do menino que o desprezou. Pensava, inclusive, numa forma de se vingar, mesmo sendo apenas um brinquedo inutilizado pela falta de peças e por algumas partes quebradas.
Mas ali não havia somente caixa, jornal e carrinho. Além de muitas outras embalagens, impressos e brinquedos, também havia latas, vidros, plásticos, sacolas, garrafas pet, ferro, madeira... Uma infinidade de sucatas que lambões de todas as classes, idades, etnias e religiões atiraram nas ruas, nos quintais e pátios públicos. Isto sem contar com os não lambões, como Dona Carmem, que acabaram deixando a desejar, por causa da pressa e a desatenção que resultou dela.
Foi aí que aconteceu uma coisa inusitada: Toda aquela lixaria, que poderia ter tido sina mais digna, em muitos casos sendo reciclada e voltando a ser algo importante, resolveu se vingar dos cidadãos daquela cidade: Uniu-se à primeira chuva intensa e forte que não demorou a chegar, para punir a todos, até os que não tinham culpa, com uma enchente de proporções catastróficas! O evento gerou muitos danos, encheu as ruas de lama, ratos e doenças, e deixou centenas de pessoas desabrigadas!
O que não se sabe até o presente momento é se aquele povo aprendeu a lição ou se continua deseducado. Gente, desde que o mundo é mundo, é mesmo assim: Demora muito a aprender que a vida é um bem precioso e que ela depende muito do nosso amor por nós próprios e pelo ambiente que nos cerca.

Sou a floresta e o rio preso naquela pintura,
Sou a parede branca suja por crianças,
Sou o hotel das pessoas de ontem,
Sou a música, sou a alma, tenho alma
[E um lápis
Sou um profeta do futuro,
Sou a casa da vizinha, você olha, mas não quer ver,
Sou a luz acesa, mas às vezes apago,
Sou o vaso quebrado e jogado e colado,
Sou da cor do céu, mas meu humor define qual tom,
Sou a poesia sem poeta,
Sou o cheiro que não senti da flor,
Sou intenção, me inventei e agora sou.

Rostinho travesso, sorrisos largos e sinceros, olhar de esperança.
Crianças deveriam ser assim, sempre e em qualquer lugar!
Do pouco que lembro, minha infância foi meramente maravilhosa!
Gostaria de voltar à essa época, se pudesse.
Sem problemas, sem responsbilidades, sem preocupações...
Era uma vida de gargalhadas, aprendizado e muita "festa".
É uma pena não podermos ser crianças para sempre!
Tão ingênuas, tão puras!
Queria ser cirança para sempre ;)

Um certo dia um homem foi em uma escola falar de DEUS. Chegando lá perguntou se as crianças conheciam a Deus, e elas responderam que sim. Continuou a perguntar e elas disseram que Deus é o nosso pai, que ele fez o mar, a terra e tudo que está nela, que nos fez como filhos Dele, etc. E o homem se impressionou com a resposta dos alunos e foi mais longe: “Como vocês sabem que Deus existe, se nunca ninguém O viu?”
A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse: “A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu café com leite que ela faz todas as manhãs. Eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do café com leite, mas se não colocá-lo , fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos; mas se Ele sair de perto, nossa vida fica sem sabor...” O homem sorriu e disse: “Muito bem Pedro, eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida...” Deu a bênção e foi embora da escola surpreso com a resposta daquela criança. Deus quer tornar a nossa vida muito abençoada, mas para que isso aconteça é necessário deixarmos que Deus faça milagres e uma grande transformação em nosso coração. Pense nisso, hoje e não esqueça de colocar "AÇÚCAR" em sua vida!

Amigo...

Amigo não tem idade. Pode ser jovens, adultos, velhos e crianças.
Amigo pode ser aquele de anos, pode ser aquele de horas...
Amigo é aquele da escola, aquele do futebol, aquele da rua, aquele da casa, aquele da vida...
Amigo é pai, é irmão, é família...
Amigo, como dizem por aí, é alicerce...
Amigo é mais que alicerce... Amigo é alicerce, é parede, é teto...
Amigo te constrói e quando alguém te derruba ele te reconstrói...
Amigo é porta. Abre quando você está no caminho certo e se fecha quando está no caminho errado.
Amigo é janela. Quando você se sente sufocado se abre, mas se fecha quando você se sente desprotegido.
Amigo erra, mas não falha. Perde uma batalha, mas nunca entrega uma guerra.
Amigo luta pela paz. Amigo é perdão.
Amigo não morre, apenas adormece.
Amigo aparece nas horas boa ou nas horas ruins, mas sempre aparece.
Amigo não se esconde.
Amigo é jóia, mas não é diamante. Diamantes são duros, mas se quebram facilmente.
Amizade é jóia, mas não é um cristal. Cristais quebrados não reatam jamais. Amizade se reata com o perdão.
Amigo não necessita de ouvir palavras... Amigo lê os olhos.
Amigo ri da suas vitórias, chora suas derrotas...
Amigo ganha com você, perde por você...
Amigo está sempre junto, mesmo que quilômetros de distância.
Amigo é a pura essência da palavra: AMIGO...

Amigo, sempre estarei aqui!...Porque sou seu AMIGO...


Jorge Guida

O DIA DAS CRIANÇAS E O MARTIM PESCADOR



Naquela manhã de doze de outubro, André, um menino de apenas seis anos de idade acordara cedo na esperança de receber logo o presente do Dia das Crianças. Ao passar pela pequena varanda, observa no alpendre a gaiola dependurada com o pássaro Martim Pescador, cujo brilho colorido e esverdeado nas asas, suspendendo em todos instantes a fina película que revestem o globo ocular com a presença do guri ao seu lado.

Inerte, o pássaro apenas acompanha os olhares do pequeno, transmitindo a tristeza no canto das talas do engradado. Logo, inquieto e curioso indaga:

- Hei! Amiguinho. Por qual motivo você está triste? Eu ainda não ouvir você cantar. Sabe. Hoje é um dia especial, é o dia das Crianças.

O passarinho levemente e sem pressa, mergulhado na melancolia suspende a sua plumagem verde-azulada, responde:

-Vejas! Eu estou aprisionado neste cubículo. Não posso viver, não posso cantar, não posso voar e muito menos pescar no riacho.

As palavras ditas com comoção invadem a alma de André, residente na localidade ruralista do segundo Distrito da cidade de Caxias, Estado do Maranhão, denominada de Sambaída. Instantes em que fala com um tom abreviado e candente.

-Amiguinho! Não fique triste. Aqui é seu lar. Nada, nada mesmo há de faltar pra você. Agora, abras as suas asas bonitas e solte o belo canto.

O Martim Pescador desanimado exclama:

-Como eu posso voar! Eu não me adaptei olhando o vazio nestas grades. Não enxergas que estou preso, e sem a minha liberdade? Eu nasci pra voar entre os vales dos rios e riachos.

Ininterrupto, o menino afirma tentando aviventar o passarinho.

-Mas o meu pai lhe trata muito bem. Aqui não falta nada pra você, além de está protegido dos predadores.

Com razão, o Martim Pescador induz com interrogação:

-Amiguinho! Você gostaria de ficar num cárcere, e depois, ficar olhando todos os dias o reflexo do sol pelas fendas de uma grade? Inclusive, sem poder passear pelos parques, bosques, ruas e não desfrutar das brincadeiras com os amigos? Vejas como eu me encontro tão isolado do meu mundo.

O garotinho ficou calado. E, várias gotículas escorregaram das pupilas castanhas na face, neutralizando a alma inocente do miúdo que não se conteve. A expressão caótica fizera a pequena criança compreender a razão e a luz enviada pelo pássaro no sentido da melancolia atravessada entre as talas da gaiola.

Momentos, André pressente a chegada do pai, surpreendendo com uma enorme caixa envolvida com papel de presente, perguntando:

-Pai! É o meu presente?

-Sim. Aqui está o seu presente pelo Dia das Crianças. É o presente que você sonhou. Qual é a razão de você está deprimido? O que aconteceu? Fale. Você não gostou do presente?

-Gostei pai. Só que eu quero fazer uma troca. O senhor aceita a minha proposta?

- Que proposta meu filho! O que você quer realmente trocar? Que troca é essa? Na verdade, eu não estou lhe entendendo, comprei o que você mais queria ganhar no dia de hoje.

-Pai. Dê esse presente para o Zezinho da tia Mundica. Ele não tem pai e nem mãe, e o dinheiro do coco da tia não dá pra compra um presente.

Insatisfeito com a indicação ofertada, o pai reclama.

-Isso não dá pra fazer. É um presente caro e me custou mais de seis diárias de serviço aos olhos do sol.

-Eu sei que custou caro. Mais o senhor pode fazer e cumprir o meu pedido. Trocando o presente pela liberdade do Martim Pescador. Tenho certeza que não vai custar nada abrir a gaiola. Retrucou o apucado guri tentando esclarecer.

Indignado ao ouvir a proposta, afirma:

-Isso eu não posso fazer. Você pede pra dá o presente pro Zezinho, e depois me pede pra soltar o Martin Pescador. Impossível.

-Solte papai! Solte o Martim Pescador! Ele é tão jovem pra ficar preso nesta gaiola. Que malfazejo ele fez pra não ter a sua liberdade. Solte! Insiste o menino.

-Ah filho! Depois resolveremos esse problema. Hoje é o seu dia e vamos deixar isso de lado. Passarinho é passarinho, aí fora já tem demais, e não fará falta um na gaiola.

O meninote ainda persiste, suplicando:

-Solte papai! Por favor! Pelo menos me faça hoje feliz já que é o meu dia. Deixe ele voar pelos céus e banhar no Riacho dos Cocos. É lá que ele mora.

-Não filho. Se eu soltar nunca mais eu vou ter um Martim Pescador. Eu adoro esse pássaro.

As lágrimas pela segunda vez se arrastam naquele semblante envolvido pela soltura do pássaro. E André esfrega os olhos com a mão direita lastimando.

-Pai! Veja como ele está triste. Não canta e não se alimenta. Olha! Eu prefiro vê a sua liberdade do que assistir todos os dias da minha vida a sua tristeza na gaiola. Solte! Ele vai viver mais feliz na natureza. Eu sei que outros presentes eu posso ganhar. Mas por favor, me dê este presente pelo o dia das Crianças.

Retraído, o pai do menino se afasta e vai ao encontro do Martim Pescador, abrindo a porta da gaiola. Momento, em que o passarinho voa pela casa, abrindo o seu belo canto e agradecendo o gesto humilde do pequeno amado.

Naquele mesmo dia, à tarde com o sol brilhante e o céu todo azulado. André se dirige ao Riacho dos Cocos. Em pé, observa a descida da correnteza quando surge o Martim Pescador fazendo lindas acrobacias no ar. Com a beleza das plumas esverdeadas, desce velozmente na direção do riacho na posição em que dorme o sol até desaparecer dos olhos do guri.

Inesperadamente, aponta o pássaro percorrendo o contorno do riacho com o mágico bico, e num único vôo rasante, mergulha e sobe com maestria carregando uma enorme traíra. Cujo feito, rebate e atordoa o peixe nas galhas secas tentando acalmar, e traçando com elogio, arremessa aos pés do garotinho. E diz:

-Boa tarde meu André! Eis o seu presente pela passagem do Dia das Crianças. É uma grande traíra. Pois, é tudo o que posso ofertar como um presente pelo bom menino que você é.

André ficou deslumbrado com tamanha gratidão do pássaro realizando transposições e sobrevoando com magníficas acrobacias. Em seguida, voou e pousou num galho de árvore seco ao lado do barranco do riacho e cantou.

Sorrindo, André acenou com a mão direita enquanto o Martim Pescador, o guardião do Riacho dos Cocos afirmava com felicidade o seguinte:

-Que a liberdade do pássaro é voar e a do homem é manter a boa relação e o equilíbrio com tudo o que há natureza.
fim
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Espírito Natalino

Ho ho ho!
É véspera de Natal, as crianças despertam mais cedo
para desfrutar do momento que ainda está por vir.

A manhã se cala diante da natureza encantadora dos pequeninos.
Sua sutil inteligência age conforme seus sonhos, como
Papai Noel, desequilibrando os corações na busca de
um novo acontecer.

Os avôs observam atentamente o percurso dos tão aclamados, sentem a saudade bater à porta.
Relembram com orgulho seu passado...

Os pais veem a hora chegar, quando então,
no sublime instante...
As lágrimas caem, como um riacho de felicidade.

A voz dos pequeninos soa profundamente, como
um piano a tocar, ao mesmo tempo, destroem com seus
gritos ensurdecedores quando notam a presença do senhor
de barba branca entrar.

A lareira se esconde com tantos presentes, dando espaço
para o aconchego familiar.
São os gestos mágicos natalinos, indo de encontro com o
toque diferenciado, coberto de esperança, de amor.

Mas no final daquela noite a surpresa...
Um pequenino deslumbra a irradiante comoção.
Ele, olha com seus olhos singelos nos olhos vivos da
vida dos avôs e diz:

- Feliz Natal!

PROFESSOR EDUCADOR

É comum, no período que antecede o início das aulas, terem as crianças uma certa expectativa, um certo desejo, antecipando o que será a escola. Têm, as crianças, a tendência de gostar do professor. É o gosto da novidade, do que não conhecem – é a aventura do aprendizado. Começam as aulas e algumas expectativas são superadas, outras frustradas. Alguns encontros se revelam marcantes, outros nem tanto. Há alunos que voltam para casa, dos primeiros dias de aula, desejosos de narrar aos pais cada detalhe de seus professores.
Em uma leve viagem ao passado, todos rapidamente nos lembramos de alguns professores. Por que desses e não de outros? Porque alguns marcam mais. E é desses professores que a pessoa se lembrará ao longo da vida.
Infelizmente, muitos professores se convertem em burocratas da escola. Estão ali exercendo a profissão de estar ali. E nada mais. Sem perfume nem sabor. Sem encontro nem encanto. Apenas ali, munidos de um programa determinado, e sequiosos do fim, já no começo. Tristes mulheres e homens que embarcam na profissão errada e lá permanecem aguardando a miúda aposentadoria. Não são maus. Apenas não são educadores.
Há aqueles que educam desde os primeiros raios da aprendizagem. Preparam-se para a celebração do saber e do sabor – palavras com a mesma origem. Lançam redes em busca de curiosidades, surpreendem e permitem surpreender; ensinam e aprendem com a mesma tenacidade. Estão ali, em uma sala de aula, desnudos de arrogância e ávidos de vida. Não temem a inquietação das crianças e dos jovens. Não negligenciam o conteúdo, mas valorizam os gestos. Gestos – é disso que mais nos lembramos dos nossos mestres que passaram. E que permaneceram.
Lembro-me de alguns, como a Ana Maria, professora de história, que nos instigava a estudar antes da aula o tema que seria trabalhado. Quando chegava a aula, ela propositadamente errava, e nós a corrigíamos. Era um jogo, uma didática simples que empregava. Eu chegava a sonhar com aquelas aulas. Ela despertava o gosto pela pesquisa e destravava os mais tímidos. Todo mundo queria corrigir a professora.
Talvez um exercício interessante para o professor seja o das lembranças. Lembrar-se, de quando era aluno, daqueles professores que eram educadores, e de repente ter a humildade de imitá-los ou até reinventá-los.
E não há tempo nem idade para fazer diferente. É só ter uma característica que Paulo Freire considerava importante para toda a gente mas essencial para quem educava: gostar de viver.
Quem gosta de viver não tem preguiça de reinventar, nem medo de ousar. Quem gosta de viver não tem medo de ternura, da gentileza, do amor.
Quem gosta de viver, educa!

O resgate da cidadania


Resgatar o conceito de cidadania nas crianças e adolescentes brasileiros é um desafio e, por isso mesmo, o principal objetivo do programa Mutirão da Cidadania - lançado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. O objetivo é trazer à tona o sentimento de nação, de civismo, de solidariedade, de união e de amor aos valores dignificantes que têm sido cada vez menos apreendidos pelas novas gerações. O Mutirão será composto por diversas ações que visam ampliar nos estudantes da rede estadual de ensino a compreensão sobre questões essenciais à sua formação pessoal e profissional. A ética, a nobreza de caráter, o espírito de equipe, o respeito ao próximo e às suas diferenças de gênero, raça, credo e classe social, a preservação do meio ambiente - a começar pelo cuidado e valorização do espaço da própria escola -, o incentivo ao voluntariado e os estudos dos símbolos nacionais constituem as bases principais do programa. Uma das medidas que adotadas para a conquista desses objetivos é o hasteamento da Bandeira e a execução do Hino Nacional nas unidades de ensino, todas as segundas-feiras. A idéia é estimular a criação de espaços voltados ao resgate de valores ligados à vivência da cidadania, ao mesmo tempo em que a utilização da linguagem musical é otimizada como forma de expressão, comunicação e convivência. O programa será desenvolvido por meio de parcerias com as secretarias da Justiça, da Cultura, do Meio Ambiente e da Juventude, Esporte e Lazer, além de instituições como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Procon e o Faça Parte. Juntas, essas entidades trabalharão a consciência cidadã dos alunos, incentivando a participação ativa dos jovens tanto na escola quanto na comunidade. Elas fornecerão orientações sobre a formação e administração de grêmios estudantis, a realização da coleta seletiva de lixo nas escolas - ressaltando a importância dessa ação para o ecossistema -, a criação de Bandas da Juventude nos estabelecimentos de ensino, a conscientização dos direitos e deveres do consumidor e o estímulo ao voluntariado, que se constituirá em exercício efetivo de solidariedade. Acreditamos que a prática dessas ações será fundamental para a formação de cidadãos críticos que possam ocupar, definitivamente, um lugar de destaque nos cenários político, econômico, social e cultural do Brasil. Vivemos numa sociedade mutante, diversa e repleta de peculiaridades. Independentemente disso, o mundo todo atravessa um período de mudanças radicais que alteram o comportamento das pessoas provocando fenômenos sem precedentes na história da humanidade. Basta lembrarmos o quanto a família se modificou adquirindo novos modelos de estruturação - o que não quer dizer que está mais presente na vida das crianças e jovens. Ao contrário, paralelo às mudanças na estrutura familiar, o mercado de trabalho tem exigido cada vez mais de todos, tornando o tempo que os pais dedicam aos filhos mais escasso quantitativa e qualitativamente. A carência afetiva é a porta de entrada para o recebimento de influências negativas do meio e da mídia - essas últimas por meio da exposição exagerada à televisão e ao computador, sem nenhum critério seletivo. O resultado desse processo é evidente quando observamos a inversão de valores fundamentais à vida em sociedade, favorecendo o consumismo exacerbado, o culto exagerado ao corpo, da superficialidade das relações e a ascensão acelerada da violência e das drogas. Com isso, o papel da escola hoje é muito mais amplo e complexo do que há algumas décadas. Cabe a ela não só ensinar, mas auxiliar a formar o cidadão. Outro fator importante de mudança está na universalização do ensino, que trouxe aos bancos escolares pessoas extremamente diferentes, muitas vezes provenientes de famílias desestruturadas e/ou com situação econômica precária. Essas crianças, até há pouco tempo excluídas do ambiente educacional, necessitam de cuidados e atenções redobradas dos professores. Com a política da escola pública para todos, a rede oficial precisou reestruturar a proposta pedagógica para acolher os mais variados perfis estudantis. Nesse sentido, O Mutirão de Cidadania é uma ferramenta mais do que importante para garantir aos alunos uma formação mais adequada aos desafios impostos pelo século XXI. Machado de Assis, o grande mestre da literatura brasileira, nos forneceu um alento para as adversidades quando disse: "Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corrigir." Se depender de nossa vontade e de nosso esforço, a educação conseguirá, sim, cumprir sua função: ser a bússola para mostrar um norte, um caminho seguro em direção ao futuro.


Publicado no Diário do Grande ABC

Tempo e Essência

A linha tênue entre dois tempos mágicos nos faz refletir...
Crianças e idosos tem em comum: um sorriso solto, a liberdade, o tempo livre,a imaginação, o ar...
Confundem-se pela inocência, misturam-se pela essência.
São partes de nós. Fomos e somos crianças e seremos (se assim Deus permitir) idosos
crianças são inícios...
Idosos também.
Início que se complementam, inícios de vidas.
Nos proporcionam sabedoria, cada um no seu tempo, ritmo, passo...
Aprendemos com eles: com as espertices das crianças, o valor do sorrir do brincar, os idosos nos ensinam a viver ,a amar...
Ensinam sobre a vida, no olhar e na forma calma de andar...
Crianças são ansiosas, idosos não. A ansiedade se dilui com o tempo e transformam-se em presente, um dia por vez.
O tempo ensina a andar com passos diários, sem pressa em doses homeopáticas.
A criança brinca de pula, pula com o presente, o idoso lembra o passado e sorri do agora, sem preocupações com o futuro.
Cecília Meireles nos diz: [...] Já não se morre de velhice/ nem de acidente/ nem de doença / mas, Senhor, só de indiferença.
Que possamos abolir a indiferença, aquela que agride, marca, que ofende, maltrata tanto crianças, quanto idosos...
Que sejamos um só: com olhos curiosos, esperançosos e sabedoria de quem muito tem a ensinar.
A criança se distrai brincando com o tempo e o idoso nos ensina (com a sabedoria de quem teve a companhia do tempo) a verdadeira essência da eternidade.

Hoje em dia as crianças
Só sabem mexer em celular
Falam muito sobre tecnologias
E pensam pouco em estudar

Estudar é importante
E é bem fundamental
Os jovens têm que entender
Que o estudo é essencial

Se você não for à escola
Você não vai passar
Além disso sem estudos
Você não passa no vestibular

Vestibular é importante
E ajuda a entrar na faculdade
O jovem tem que entender
Que pra estudar, não tem idade.

Estudo é importante
Mas não precisa se matar
Temos que ter tempo para outras coisas
Pra dormir, comer e brincar

Sei que hoje em dia
Há uma grande pressão
Se você não passar no vestibular
Você não vai ser alguém na vida não

Mas se liga aí meu jovem
Não foca nisso não
Porque oportunidade nessa vida
Não vai faltar para você não

A pressão é normal
Principalmente dos nossos pais
Tem vezes que não aguentamos
E só queremos um pouco de paz

Quando falam de vestibular
Já pensam logo em Enem
E ainda falam se não passarmos
Não vamos ser ninguém

Estudar é importante
Mas tudo em excesso já sabemos que faz mal
Estudar mais de 10 horas por dia para passar para medicina
Isso já não é normal

Então estude
Mas não deixe de viver
Pois se tiver que fazer medicina
Você irá fazer

Por isso, meu jovem
Não perca o seu tempo
Faça também dos seus livros
Um pequeno passatempo

A escola é importante
Nos transmite conhecimento
Estude
Mas viva cada momento

Então já sabemos que o estudo é importante
Mas também não se ilude
Tem coisas mais importantes
Como por exemplo a nossa saúde

Estude
Viva
Mas não viva para estudar
Estude para viver
Pois com estudos
Eu sei que irá vencer

Sistema

Crianças tão inocentes
Brincam de barquinhos
De papel, e avião de plástico,
E… Como pode?
Ter um ser assim
Tão poeta…
Os jovens são tão
Ligeiros, e degustam
Tantas coisas novas,
Como pode?…
Serem tão poetas.
O adulto que corre
Em busca de coisas sérias
Que perdem tanto ao estado,
Mas às vezes tanto reclamam
Como pode?
Poetas que vivenciou a vida,
E esse sistema que quer ver
Os nossos olhos fechados.

Pais, mães, tutores, avós, tios e todos que cuidam e ensinam crianças....

Vocês nunca saberão o que é sofrer falta de amor e compreensão, a menos que já tenham vivenciado isso em suas vidas.

Então, deixem de lado o ego, preconceito, discriminação, racismo....

Coloque o amor acima de tudo e de todos para poder dar um bom exemplo e transformar nossas crianças em seres humanos amáveis.

Para isso acontecer, basta vocês seguirem algumas etapas simples, lembrando que para ter um bom resultado, você também deverá se transformar em uma pessoa amável, livre de conceitos pré estabelecidos.

Não crie suas crianças para serem exemplos estereotipados, sexistas, nem tampouco hipócritas.

Os crie para serem educados, respeitar quem os respeita, entender que há diferenças entre todos, terem liberdade de escolha, ter senso crítico, analítico e bom senso também.

Não caberá a mim e à ninguém escolher qual sexualidade meus filhos se identificarão. Cabe à nós instruí-los a melhor escola, a melhor faculdade ou profissão, mostrar à eles que existem pessoas boas e más e como identificar e se proteger delas, explicar que existem drogas, armas e ações que podem trazer más consequências como vícios, auto destruição, presídios e morte.

Eliminem quaisquer palavras de raiva, ódio, ameaças e agressões, substitua com diálogo e bons exemplos.

Sejam amigos das suas crianças, pois é um amigo que eles procurarão nos momentos de angústia, medo e dúvidas.

Tenham um diálogo saudável e sincero com eles e nunca usem contra eles o que eles confiaram à você, para não quebrar o elo entre vocês.

Os respeitem como desejam que te respeite, como ser humano, como pessoa de sentimentos.

Vocês deverão ser a luz na escuridão do saber.

O que desejo é que sejam felizes, independente de gênero.

Ame seus filhos, netos, sobrinhos, entiados, alunos!

Jane Fernanda N

Uma reflexão sobre o valor da vida: Para as crianças, não há limites para viver. Para os amantes, o tempo e a vida passam muito rápido nos momentos em que se entregam em amores. Para os afortunados, que esbanjam por uma vida boa, no entretenimento e no luxo a vida é maravilhosa mas nunca encontram seu sentido. Para os bêbados e os amantes da boemia a vida é só nostalgia. Para os cristãos sinceros o viver é Cristo e o morrer é lucro.
Minha mãe me ensinou muito, mas uma das maiores lições dela eu recebi na ocasião da perda do meu pai, foi quando ela sussurrou: “Esta vida não vale nada”. Hoje ela ama a vida porque entendeu o seu sentido. Isso me levou a refletir. O que será de nós quando quem faz a nossa vida valer a pena for tirado da gente? Quando a gente devota a vida em torno de uma pessoa, quando se vive um amor profundo onde os dois são um, a perda é irreparável. O tempo passou e hoje entendo o que ela quis dizer naquela ocasião. A vida então não valerá mais a pena, perderia até o sentido de ser, enquanto não entendermos o sentido de viver.

Feliz Dia das Crianças!
Feliz dia a todas as crianças!
Seres de amor, seres iluminados e de alma pura que Deus nos concede a concebê-los!
Que Deus onipotente proteja a todas e que não permita que pessoas ruins as machuquem.
Feliz Dia das Crianças para nós, que temos a permissão de instruir, orientar e saborear a alegria desses seres de luz em nosso planeta!
Feliz Dia das Crianças a todos os seres humanos, até porque cada um de nós temos uma criança em nossas almas.
Devemos preservá-las e mantê-las sempre vivas dentro de nós.

Feliz Dia das Crianças a todos nós!

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