Crônica sobre o Álcool
Há tantos pensamentos na minha cabeça...
Que parece que tenho uvas de mais e álcool de menos
Então lembrei de uma estória.
- Meu mundo ....
Ela disse ... Vem, é nosso.
Eu fui .
Nele fiquei
vivi
Amei
Mas então ela me olhou e disse :
- você é espelho
E sepulcrou ruidosamente
Esqueceu tanto de mim
que nem mais nome lembrou
Então, eu voltei e esqueci
Do mundo em que ela ficou
Esqueci
Mesmo sendo inimigo do álcool,
Ontem eu esqueci de beber,
Eu quis mas esqueci de doar o meu afago,
Queria ter embelezado o Sol entardecido,
Queria beber aquela água cristalina,
E acabei ficando com sede,
E fui esquecendo das coisas,
Esqueci das lembranças,
Esqueci da minha imaginação,
Esqueci tudo que eu escrevi,
Esqueci do resto que restou,
Esqueci minha biografia,
Esqueci quem eu era,
Equeci dos castelos de areias,
Esqueci os monumentos,
Esqueci de cada momento,
Esqueci o passado,
Esqueci de voar,
Esqueci de quem eu amei,,
Esqueci das sombras que me acolheram,
Esqueci das imagens,
Esqueci que era sobrio,
Esqueci das minhas loucuras,
Esqueci das juras insanas,
Esqueci das emoções,
Esqueci até do meu coração,
Esqueci de caminhar,
Esqueci de sonhar,
Esqueci que fui ilusão,
Esqueci que fui criança,
Esqueci de brincar,
Esqueci que sabia,
Esqueci que eu era a arte,
Esqueci de quase tudo,
Mas nunca esqueci,
Que fui amado,
Embora rejeitado por muitos,
Não esqueci de perdoar,
Não esqueci que teria algumas para lembrar,
Não esqueci de Deus,
Não esqueci que tinha que registar,
Essa inspiração.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Os cactos estão nascendo
o açúcar derretendo
o álcool evaporando
a vaca foi pro brejo
ela vai voltar mais tarde
anunciando alguma coisa
ou coisa nenhuma
nada será como foi
o verde não amadureceu
a moça já tem netos
o galo canta dia e noite
as trovoadas, relâmpagos e raios
anuncia que a tempestade chegou
ela é forte e muito poderosa, também destruidora
ela não vai ficar
e querendo que ela volte sempre
não importa o tamanho da destruição
mesmo deixando vidas em ruinas
ela será sempre desejada como uma felicidade
semelhante ao amor
O PROBLEMA DA ALMA E O MÉTODO DE AUTOCONSCIENCIALIZAÇÃO
No Planeta Terra a Alma Humana é nascida e vive no estado de Apego, isto é, a Alma existe apegada ou presa ou colada aos seus Conteúdos, tal como um metal preso a um íman e que se move no movimento do íman.
Os Conteúdos da Alma são, a Consciência ou Informações Impregnadas na própria Alma, o Corpo com os seus fenômenos de sensações e emoções e sentimentos, a Mente ou Informações gravadas e fluentes no Cérebro em forma de pensamentos e imagens e línguas faladas, o Ambiente externo social e natural.
O Conteúdo primordial e de maior importância é a Consciência, porque significa a Personalidade com que se nasce e constitui a visão básica da Alma sobre a vida, que determina a qualidade da tendência e da intenção essencial da Alma na sua existência visível, e porque é a situação da Consciência que determina o destino da Alma.
É na situação da Consciência que reside a explicação de factos sociais tais como, o hábito que alguns doutores licenciados têm de consumir álcool até se estatelarem, o hábito que alguns filhos educados por pais com excelente conduta moral e condição financeira têm de se injectar com drogas.
Precisamente, as questões são, porquê alguns licenciados costumam consumir álcool até se estatelarem apesar de terem uma Mente com Instrução Superior? Porquê alguns filhos costumam se injectar com drogas apesar de terem recebido excelente educação e condições de vida pelos seus pais?
Assim, se as suas Mentes receberam boa Educação, então, a causa fundamental está na situação das suas Consciências que faz com que tenham tendências autodestrutivas.
Os outros Conteúdos são secundários, na medida em que, constituem condições que podem favorecer a tendência da Alma causada pela situação da sua Consciência.
Como exemplo de sequência de condições que favorecem a tendência autodestrutiva da Alma temos, a existência desenfreada de álcool ou drogas no Ambiente Social, o desejo no Corpo e a Mente não reflexiva.
A situação da Consciência pode ser Maléfica ao originar as más intenções e as tendências autodestrutivas ou pode ser Benéfica ao originar as boas intenções e as tendências autoconstrutivas, um dos exemplos de má intenção predominante é fazer algo para mostrar-se superior ou para dominar outros.
O Apego da Alma aos seus Conteúdos faz com que ela se veja como sendo os próprios Conteúdos, incapaz de estabelecer uma distância entre ela e os seus Conteúdos de modo a ser ela a gerir os seus Conteúdos e não mover-se a ritmo dos seus Conteúdos.
É o Apego que faz com que a Alma se veja como sendo o seu Corpo, a sua Consciência e a sua Mente, bem como, que faz com que seja incapaz de observar e mandar embora os seus desejos, as emoções, os sentimentos e os seus pensamentos, sofrendo bastante com isso.
Portanto, o Problema fundamental da Alma Humana Terrestre é a sua Consciência Maléfica e o seu Apego aos seus Conteúdos, a solução para esse Problema parte do desenvolvimento da Autoconsciência e do Desapego.
O processo de Autoconsciencialização e Desapego é progressivo, baseia-se no Método 'AIL' que significa Autoobservação e Identificação de fenômenos e Liberação, no Organismo.
Os principais passos do Método 'AIL' são:
1. Fixar Atenção na extremidade inferior do Corpo, como no caso de todos dedos dos pés ou de apenas dedos mínimos dos pés, para descongestionar a electricidade no Cérebro.
2. Observar e identificar cada fenómeno que ocorre no Organismo.
3. Focar-se em cada fenômeno identificado até o seu desaparecimento.
4. Observar-se a si mesma como Alma desprendida e como observadora do Ambiente interno e externo do Organismo.
O resultado da naturalização no Método 'AIL' proporcionará condições necessárias para a prática da Reflexão Crítica e do 'ser Correcto em Tudo', completando deste modo os Aspectos da Solução do Problema de Consciência Maléfica e Apego.
Por conseguinte, a Consciência Maléfica e o Apego constituem o Problema da Alma Humana Terrestre, por sua vez, a Prática da Autoconsciencialização e Desapego bem como da Reflexão Crítica e do 'ser Correcto em Tudo' constituem a Solução para o Problema da Alma Humana Terrestre.
"Mesmo que uma pessoa branca não reconheça seu lugar social, constituído historicamente, e como este atua simultaneamente na forma como acessa e mantém privilégios, essa é uma realidade. A negação das discrepâncias sociais e das classes sociais que o racismo produz são ferramentas coloniais e um recurso amplamente utilizado por grupos hegemônicos.
É necessário mentir, ser perverso e arrogante para manter as coisas como são. Afinal, a mentira é um precioso recurso do racismo. Também é necessário fingir que está tudo bem em ser herdeiro, mega-empresário. Aqui é a mentira da meritocracia que é repetida incansavelmente até que uma pessoa comum acredite que privilégio é, na verdade, resultado de esforço.
Estou dizendo isso para que a gente reflita sobre o fato de que a indústria do álcool é branca e que é uma hipocrisia, no nosso país, falar sobre consumo prejudicial de álcool sem dimensionar quem mais se prejudica e quem mais lucra nesse contexto. Muito se fala sobre quem consome de forma abusiva. E quem produz de forma abusiva?"
O Monólogo do Abstêmio
São oito horas da manhã de um domingo,
Os raios de sol invadem a cozinha pela janela,
Uma paz enorme me toma,
Como que quando fechou os olhos pareço flutuar,
É como se eu estivesse nos braços do Universo,
Como um abraço,
Me sinto tão completa agora,
Tão feliz,
Uma força motriz,
De dentro para fora,
Enfim, consigo me enxergar,
Respirar,
Sem a face escondida pela máscara do vício em álcool,
Sem a depressão que só passava no fundo de um copo e num comprimido de Rivotril,
Comprimido era meu ser, minha alma,
Num engano intrínseco,
Em passar um pano,
Em fugir da realidade ao invés de enfrentá-la,
O álcool era minha bengala,
Velha, quebrada e que no final o resultado era o chão,
As perdas imensuráveis,
Os vexames inomináveis,
Que agora ficam só na lembrança,
Sim, tenho que me lembrar,
Porque para aquele buraco,
Nunca mais quero voltar,
Essa liberdade que agora sinto,
Eu voltei a respirar...
Alegria Efêmera.
Sou completa em mim,
Embora, não são todos os dias que dão certo,
Carrego o amor como maior jóia,
Enquanto as vezes também se torna pedra de tropeço.
A taça é meu trabalho,
Mas, demais é kriptonita,
Não aceito o fato de te perder pra mim,
Num momento que nem era eu,
É uma briga do certo com o ardor da garrafa,
Onde, se não existe nada do ocorrido se fez,
No meu peito mora ninho,
Não gaiola, mas, a kriptonita engarrafada apaga a memória,
Desconstrói até o ser humano mais construído,
Constrange,
Até os dentes rangem,
A falta que você me faz.
Acordo mais um dia, noite horrível.
Sempre esperando resposta do que não vem. Sentindo o vazio que tenho no peito, cada dia mais vazio, cada dia mais eu.
Me aprofundando em filosofia, esquecendo de exercer o amor como prioridade.
Eu te pediria todos os sonhos do mundo, pra que eu pudesse sonhar. Queria te ter do meu lado, pra que eu pudesse sonhar como criança, que o sonho é ter uma bola de futebol. Ao teu lado, os sonhos mais simples, seriam mais lindos e complexos, os mais complexos, seriam simples, os momentos, seriam amores, os amores, seriam todos os momentos, cada declaração, me faria repetir, mas cada vez que eu repetisse, quereria te amar de novo.
Só você preenche essa lacuna. Esse pedaço que falta, só você tem, ninguém mais, se tiverem, não quero.
Queria saber esconder esse vazio, não demonstrar num olhar, que a peça que tens em mãos seria minha chave dos momentos felizes.
Tudo nos impede. Nossas vidas, nossas histórias, você.
Quebre as regras, fuja das correntes, não fuja de mim. Eu sou um pobre coitado, de peito aberto e coração dilacerado. Ajude-me com sua companhia, suas mãos leves, seu olhar que me furta, sua voz que me ganha e sua dúvida que me corrói.
Podes rir, mas ria com força de mim, pra que eu veja seu sorriso refletido nas estrelas, do poço onde estou. Pra que eu deixe de achá-lo belo e encha meu vazio de mais álcool por um dia.
IPIRANGA
Entre amigos,
gargalhadas,
poemas a declamar,
ouvidos atentos.
Néctar fermentado,
não me faz tremer,
poema citado,
agora podemos beber.
Beber e ler,
antes do sol nascer,
do bar fechar e
o som desligar.
Pés errados no meio fio,
visão embaçada,
palavras dobradas.
Somos tão jovens,
Como Renato,
selvagens.
Bexigas cheias de cerveja,
banheiros do posto am/pm
pensamentos embaralhados,
ser-veja.
Sentir-se sóbrio após mijar,
apenas mais um efeito do álcool,
que resulta em poesia.
Com o tempo percebi,
Que não só a droga entorpece,
Não só a bebida embriaga,
A fumaça do cigarro,
Não é a única à intoxicar,
O THC não é o único à fazer viajar,
Sentimentos são assim,
Tanto quanto ilusão pra mim,
Balão de gás hélio,
Em seu mais alto vôo,
Estourou,
Tornando-se em partículas,
Sopradas pelo vento,
Parte à parte,
Entre aprendizados e tormentos,
Sigo adquirindo conhecimentos,
Inebriantes,
Escaldantes ou congelantes?
Que seja.
Nasce um menino influenciado pelo som pesado e amargo do blues. Emocionado com as noites felizes que lhe inspiravam uma letra triste.
Este menino procurava nas estrelas um porque de tudo. Com as mãos no bolso e um cigarro na boca ele andava a noite. Com as mesmas sensações e pelos mesmos lugares, talvez fosse outra história, porém ele sabia, que como todas outras, teria o mesmo final.
Meninas novas falando as velhas mentiras que ele amava acreditar. Fazer o que, ele só quer blues e assim entorpecido por aquela sensação perguntava pra noite:
- Por que não deu certo? Talvez eu gostasse dela.
Ele sabia muito bem qual seria a resposta, perguntava mais por deboche da sua própria vida. Sentia-se confortável quando as coisas não estavam indo bem. Pensava e ansiava por um amor correspondido. E no silêncio, repetia pra si mesmo:
- Mas e aquele blues do cara enganado que me emociona, que eu escuto fumando um cigarro e bebendo uma cerveja, será que ele não vai mais falar de mim e eu não vou fumar nem beber por ele?
Ele fazia tudo à sua maneira. Imaginava-se um vira lata na noite, logo ele, que não aconselharia nem um cachorro a segui-lo, mas, sim, virava latas a noite. Com certeza e com cerveja ele se sentia completo, colecionava mágoas durante os dias, para então, bebê-las em um copo gelado a noite. Gelada, loira e amarga como várias garotas que ele conhecera.
As histórias que ele contava eram novas, mas o final era sempre o mesmo e ao menor sinal de que daquela vez seria diferente, fazia de tudo para que fosse igual. Sem muito esforço, notava-se nos seus olhos, quase fechados, e naquele sorriso amargo, que a noite estava boa. Ele só precisava disso, a parte melancólica da noite estava guardada nele e ele sabia disso, mas o brilho ou sereno da noite lhe fazia esquecer. O amargo da cerveja e a fumaça do cigarro lhe fazia bem. O menino boêmio sabia que assim que amanhecesse o sol viria, os amigos iram e a ressaca chegaria.
Com um bom café, um cigarro e o triste silêncio da manhã é chegada a hora de lembrar-se dos problemas e de resolvê-los sem fazer nada, apenas transformar aquele sentimento horrível em uma bela letra, uma bela poesia. O problema deixava de ser visto como problema.
Agora tudo aquilo virou música, virou frase, virou arte. Ele se via como um palco onde muitas pisaram e deixaram lindas apresentações. Onde todas atuaram muito bem.
Todos viram e ele acreditou que o personagem fosse real, afinal, ele era o palco e gostava muito dos ensaios.
Quando ficava sozinho, com a atriz principal, sabia que ela estava ensaiando para outras pessoas, mas mesmo assim só queria que ela fosse bem porque quando ela fosse aplaudida iria dizer:
- Essa é a minha garota, pisou em mim, me deixou ver por baixo do seu vestido e agora aplaudida por todos, ela vai pra longe de mim, essa é a minha garota.
Boêmio, bluseiro, o cara mais fácil da cidade, mas, também, o mais complicado de se entender, mesmo que pra ele aquilo fosse tão simples e tão óbvio.
- Você namora; você é enganado; você se sente mal; você sai; você faz tudo errado e depois, volta pra menina com a boca manchada por alguém que nem te conhece.
- Eu não namoro, eu até sou enganado, sim! Sinto-me mal também, mas eu vou para o bar, bebo o que posso pagar, depois procuro alguém, de preferência que não me conheça pra eu manchar a boca dela, depois, com um sorriso de canto, que é a marca do boêmio, é hora de dizer adeus.
Ele é como um livro de blues andante e sabe qual página ler para qualquer situação, muitas não vão fazer sentido pra vocês, mas acreditem é exatamente o que um boêmio faria naquela situação.
Já se imaginou casado? Perguntei a ele. Animado me disse SIM!! Eu dei uma risada, perguntei o porquê da animação se o blues nada mais é do que um amor não correspondido. Ele me disse:
- Boêmio da noite, meu escritório é no bar, boa noite meu amor, estou indo trabalhar.
Em qualquer realidade ele é blues.
Ritual de purificação feminina
Certo dia cansada estava, chamei minha amiga que tanto sofria para beber. Peguei o papel e o isqueiro que a muito já anda na bolsa. De copo cheio então brindei:
O álcool a gente bebe
Papel a gente escreve
e depois queima
Se o ritual funcionou eu não sei, mas fiquei muito mais leve com a vodka. Minha amiga ria e eu tinha menos um caminhão de palavras entaladas na garganta. Que noite feliz meus amigos, que noite feliz.
Líquido Seco
Líquido, desfaz-se e busca a solidez,
na solidão eterna de um momento líquido.
- Barman ou Bauman?
- Ambos, por favor!
Há pontas, há ondulações,
há mágicos atritos que arranham e acariciam.
Líquido seco que o caos acalma,
que a calma tinge de guerra,
com a cor do sangue, sem a dor da alma.
A língua morre aos poucos,
entrega-se à morte do mundo que não vive.
Língua morta de uma mente viva
que nunca morre, que nunca dorme,
que sangra na taça.
É assim que lembro do meu tio alcoólatra, bebia até cair, a família cansou de buscá-lo na sarjeta, era uma decisão infeliz, ele não se sentia doente e nós não conseguíamos mudar seu ponto de vista.
Ele não era aparentemente saudável, usava roupas inapropriadas, cabelos assanhados, com uma vontade súbita de morar na mesa de um bar. De forma esplêndida ele se destruía a cada dia. Fiel a cerveja, whisky e cachaça.
Era um otimista incorrigível, a vida estava sempre pedindo comemoração com um copo de bebida na mão, havia mil razões para convencê-lo do contrário, mas ele estava completamente feliz com sua escolha.
A família foi paciente, passou por momentos de vergonha, por dúvidas sobre uma internação compulsória, sob o olhar de julgamento de quem não entende da cruz de ajudar quem não quer ser ajudado.
Às vezes damos mais importância às drogas ilícitas do que ao alcoolismo, mas o sofrimento é o mesmo de toda dependência, principalmente para a família que não sabe como agir.
Por várias vezes ele foi encontrado molhado de xixi, com frio de uma madrugada ao relento quando resolvia mudar de bar e sair de casa sem avisar, com dívidas exorbitantes de vendas no fiado.
Foi tudo repentino, uma dose aqui, outra ali, uma vontade de beber de dia, de tarde, de noite, de madrugada, uma vontade de não sair do bar até ser expulso porque o estabelecimento precisa fechar.
Nem ele acreditaria que fosse possível se viciar, de jeito nenhum, essas coisas acontecem com os outros, ficamos imunes, não sofro de nada, posso parar quando quiser, bebo porque gosto e me faz bem são as respostas de sempre.
Essas pessoas não afundam sozinho, não sabem a gravidade de adoecer a família inteira com preocupações, com emoções desgastantes, com falta de dinheiro desviados para o bar, meu tio foi rico, poderoso, político, importante, porém perdeu tudo, se afundou.
Perdeu principalmente a dignidade, o respeito, o amor-próprio, perdeu seus neurônios, perdeu o que a vida tinha a lhe oferecer, perdeu a bondade, se espatifou no chão, se destruiu.
Quanto tempo?
A única saída que você vê é se destruindo, se matando com o doce sabor amargo da nicotina, e com o néctar venenoso e saboroso do álcool.
"Tudo bem, faça o que quiser... Ele só está deprimido". Nós confundimos a palavra deprimido com depressivo. Eu penso e me pergunto... Quanto tempo até você deixar tudo isso te consumir e se matar?
Slá, só mais um café.
"Ei vc seu bêbado! "
Nunca diga isso a uma pessoa.
Ninguém é doente por que quer,
Alcoolismo é doença, Se vc não pode ajudar, Não julgue, não critique.
Se vc não entende não caçoe. Respeite as diferenças. Ninguém imagina que pode se tornar um alcoólatra com o primeiro copo. Sempre pensando:
"Eu sei o meu limite, Eu não bebo todo dia."
Mas um dia vc pode acordar e sentir uma vontade enorme de tomar uma cervejinha e essa vontade passar a te incomodar diariamente. E quando vc achar que não, que conhece seu limite. Já se tornou aquilo que um dia repudiou. Um ALCOÓLATRA.
RESPEITE. Ame.
Sobre o rebanho
Lugares onde tem pessoas encalhadas que nunca deram certo em um ou mais relacionamentos atraem muito mais ainda muito mais pessoas encalhadas que nunca deram certo em um ou mais relacionamentos. Lugares onde tem muitas pessoas ricas atraem também pessoas com menos recursos querendo se passar por ricas. Lugares onde atraem pessoas bem sucedidas atraem também pessoas mal sucedidas querendo passar uma imagem de bem sucedidas. Lugares onde tem muitas pessoas problemáticas atraem também muito mais ainda pessoas muito mais problemáticas. Lugares que atraem pessoas vulneráveis atraem também muitos aproveitadores. Lugares onde atraem pessoas autênticas, honestas sem maldade, que querem apenas se distrair e não chamar a atenção atraem também os babacas, ignorantes, cretinos, tolos, deficientes de inteligência, sempre querendo chamar mais atenção para ser notado ou ser bem aceito no rebanho. E tudo gira em torno de uma única substância. O álcool.
Dizem que o consumo de certas drogas proporciona uma sensação de que é possível fazer qualquer coisa.
Pois é, eu consegui a mesma sensação com uma receita simples e que não é autodestrutiva:
1) Amar a Jesus;
2) Não beber álcool;
3) Consumir alimentos saudáveis
Vai Pra Cima
@mcmarombado
CRÔNICA DO BEBUM
O motorista é parado na blitz da Lei Seca.
Policial: "Boa noite, vamos fazer o teste do bafômetro?"
Motorista: "Não precisa".
Policial: "O que disse?"
Motorista: "Já confesso que bebi um litro de cachaça".
Policial: "Nesse caso, iremos conduzi-lo à Delegacia".
Motorista: "É o que quero".
Policial: "Pode se explicar?"
Motorista: "Flagrei minha mulher com outro".
Policial: "Caramba".
Motorista: "Recebi a notícia da morte de meu pai".
Policial: "Meus pêsames".
Motorista: "Meu filho foi preso por tráfico de drogas".
Policial: "E esse carrão"?
Motorista: "Emprestado do agiota para quem estou devendo uma grana".
O policial anota numa folha de papel e a entrega ao pobre infeliz.
Motorista: "O que é isso? É o endereço da Delegacia?"
Policial: "É da rezadeira".
UMA DOSE
(Crônica)
Deprê, Joana vai ao bar.
- "Vou querer uma dose."
- "De quê, senhorita?"
- "Esperança."
- "Desculpe, não temos essa bebida."
- "Que absurdo!"
- "Só temos uísque e vodca."
- "Esse bar é uma droga!"
- "Ainda vai querer sua dose?"
- "Sim."
- "De quê, senhorita?"
- "Dias Melhores."
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