Cronica de Graciliano Ramos
Amor tranquilo é aquele no qual existem as cobranças, os ciúmes e todas as turbulências que sempre virão vez ou outra, mas que não ficam em grau mais alto do que a paz, porque muitas vezes, antes mesmo da pergunta surgir, o outro já responde, o outro já comete um ato que limpa a lama, o outro já demonstra que não faz o que não gostaria que com ele fosse feito, o outro entende o que ficou mal esclarecido antes de precisar da intimação, o outro capta o que você está indagando antes que indague, não só por conhecer você, não só pela intimidade, mas por sempre lembrar de deixar claro o que ele gostaria que por ele também claro ficasse, caso os papéis estivessem invertidos. Amor tranquilo é aquele no qual os questionamentos já vêm seguidos de uma certa certeza e calmaria, porque os valores se encontram. Amor tranquilo é aquele no qual qualquer diferença é bem-vinda, mas a semelhança está nos princípios de um relacionamento, do que é respeito, do que é somar, do que é um impulsionar a vida do outro. A paz reina quando as brigas existem, e jamais elas estão em constância, jamais a mesma muito depois de já ter sido finalizada, jamais também sempre a-calma, mas sempre há calma pelas certezas que ficam em primeiro lugar. Porque tem a importância, e ela nunca é estática, ela que é observadora pelo cuidado, ela que é detalhista, que desencadeia certas loucuras por tantas análises, que dá bronca, bronca sem precisar sofrer. O resto nem é amor. Amor turbulento é tudo, menos amor. Amor turbulento faz com que o bem-querer passe a ser rebaixado, e onde ele não existe, não é casa. E o amor nada mais é do que onde morar tranquilo. Em alguns cantos da sala ou quarto, você tem que tirar uma poeira mais difícil, tem que fazer faxina, tem que cuidar de forma mais árdua, mas não há outro lugar onde gostaria de dormir, porque ali você dorme seguro, você dorme deitado nos pontos de afirmação. Tudo sempre moeda, tudo sempre caberá em ondas. A questão de ser tranquilo é dar mais paz do que zunido, é a predominância do que percorre no coração. E tudo o que sangra mais do que estanca, não vale a pena ficar na balança. Tentar criar um maior equilíbrio só é válido para o que pesa no peso mais leve.
Aqui, a maldade do mundo me pareceu normal.(...) É neste momento, quando passamos a achar trivial aquilo que consideramos incorreto, que está na hora de ir.(...) Estou batendo a porta e deixando alguns recados na geladeira, alguns tênis para você colocar nos pés e, algumas mochilas para que, quiçá, utilize para plantios. Vou levar aquele jarro belíssimo que deixou no canto da varanda. Afinal, sempre existem desses em todas as casas destroçadas. Mas eles só são esperança e motivo para ficar, quando o mal ainda é ruim, quando migalhas não são aplaudidas, quando quem dá o que não quer receber, ainda é desmerecedor. Quando o que é básico, não vira sinônimo de muito; quando o que seria morada, não vira sinônimo de estranheza. Quando o adeus não vira sinônimo de poder voltar – para casa.
"Fui desbravar o mundo na bicicleta da minha imaginação. Não tão rápida quanto os carros, em que não poderia observar os detalhes da vida. E nem tão devagar quanto os pedestres. Assim poderia descobrir o cotidiano no tempo dos poetas." (Diário de um ciclista - Victor Bhering Drummond)
"Pessoas elegantes se reconhecem pelo que é dito (ou pelo silêncio bem pontuado). Pessoas elegantes têm atitudes nobres; pessoas elegantes não destilam veneno; pessoas elegantes vestem-se de paz e equilíbrio social; pessoas elegantes somam na vida das outras; pessoas elegantes são gratas umas às outras e não incendeiam a vida alheia com fofoca; pessoas elegantes entendem que a fineza está muito mais ligada à vestimenta da alma do que a do corpo! Pessoas elegantes não puxam o tapete de quem lhes estende a mão! Pessoas elegantes entendem que precisam umas das outras e que a vida é uma dança das cadeiras: um dia sentado… outro dia de pé! Pessoas elegantes cumprem o que prometem." (Fragmento MAIS ELEGÂNCIA POR FAVOR)
Reciprocidade é um idioma universal. Você sabe quando ele está sendo servido, quando seus gestos são correspondidos, e principalmente; quando o ambiente não lhe é favorecido. Não gaste energia dobrada com pessoas que desconhecem o valor do que você oferece. O mundo está abarrotado de energias compatíveis com a sua: vá de encontro onde ela é apreciada.Sabermos identificar o descaso é tão importante quanto reconhecer a grandeza de quem nos corresponde.É preciso aprender a não se perder tão facilmente no universo alheio, deixando-se levar por uma mera fagulha brilhante no céu,quando se tem galáxias inteiras cintilando dentro de si. É preciso aprender a sair de ambientes tóxicosque nos aprisionam apenas com intuito de sugar o que há de melhor em nós, sem a mínima intenção de acrescentar.Dê prioridade a sua saúde mental; não aceite menos do que você merece. Aprenda a ir embora da vida das pessoas para não correr o risco de ir embora de si mesmo.
Mudamos e passamos a defender aquilo que talvez possamos mudar amanhã. Freud parece querer nos manter numa psicanálise mitológica, umas espécies criadas de efeitos viciosos, de uma tristeza exata num dia bonito. Estamos mal acostumados a ter lenço para conter as gotas em tempos meio santos. Estamos desacostumados a retirar do poço a água limpa, a água santa passou a ser vendida em copinhos e não mais apanhadas na fonte. A libido é também diferente da intelectualidade sendo os extremos dos pontos, intelectual é um estado de discussão quase sem concordância que são também os afrontes propósito da libido. Freud é um interlocutor de verdades “criadas por ele mesmo”. Então somos uma espécie quase psicopata quase esquizofrênico pelos maus costumes em disseminar a crença freudiana; espécies de indivíduos que não misturam libido com intelectualidade. Freud parece mais ser um inventor de neuroses, individuo culto dotado de verdades e alto poder de convencimento que associa os poderes da mordida do cachorro com o poder da força do bigode de um pai. Ninguém sabe o quanto o coração sofre ou fortalece por um aroma de libido; ninguém sabe o quanto o corpo padece ou rejuvenesce por um estado de êxtase espiritual. A libido e a inteligência dependem de um estado de oportunidade. Assim o pecado libidinoso é um estado de nostalgia que desfila pelos sentidos espirituais nas escadarias dos templos a fim de um perdão intelectual; ao mesmo tempo a libido que com seu aroma ignora a inteligência, sem amor e sem clemência. (A. Valim)
Tenha Deus na sua vida ele sim estará com você o tempo todo aonde você estiver ele sim vai ver você se erguer ele sim vai ver você construir uma família Então não perca a fé nele ele é Deus do Impossível tenha fé tenha força tenha perseverança Por que Deus nunca vai nos deixar ele é o Deus do impossível do possível Tenha fé nele...
Discursos não combinam mais com a política. Históricos, fatos e atitudes falam mais do que muitas palavras. Mudanças são necessárias para curso da vida e são elas que determinarão o futuro para as próximas gerações. Estude o passado, reflita o presente e o futuro será o conjunto das suas escolhas.
"Coloque-se à prova em todos os momentos de sua vida e confie em si mesmo, nas suas emoções, intuições e nas suas sensações. Para que seus projetos e idéias não sejam apenas meros projetos e idéias, tenha a capacidade de traduzi-los em algo capaz de deixar marcas e um legado, dentro de você e a todos que estão ao seu redor."
“Não seja ímpio contigo mesmo, pois não sabes como seja o ar, apenas sinta o toque sincero e os efeitos e não se derive, porque as melhores coisas ela simplesmente acontecem. Veja o sol, brilha, mas não sabe ele que pode até indicar a hora através do tempo, como também, não sabe sua localização, apenas aquece, alimenta e cuida com seu calor. Não se despreende por incertezas tolas. Porém, no espaço de tempo entre o pôr do sol e o amanhecer ele espera o dia chegar, abraçando a noite. E no dia seguinte, cuida novamente daquilo que mereceu ser apreciada.”
"...e não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos dos empurrões e das más vontades. Do negativismo e da falsa esperança. Do medo apostolado e dos sermões revestidos de caridade. Das intenções maldosas envoltas de santidade bolorenta e do cinismo com que nos tentam conquistar.Das falinhas mansas e das raivas camufladas e dos assaltos á integridade que ainda e a todo o custo conservamos ....livrai-nos de todo o mal que nos faz cair vezes sem conta para nos levantarmos mais fortes, ainda que ensanguentados. Porque a gente caí muitas vezes para melhor ver o motivo da queda ...não somos árvores, somos gente, e sempre nos levantamos ainda que no processo deixemos no chão, os ramos que erroneamente pensavamos que nos sustentavam"
A. impossibilidade de participar de todas as combinações em desenvolvimento a qualquer instante numa grande cidade tem sido uma das dores de minha vida. Sofro como se sentisse em mim, como se houvesse em mim uma capacidade desmesurada de agir. Entretanto, na parte de ação que a vida me reserva, muitas vezes me abstenho e outras me confundo. […] A ideia de que diariamente, a cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu certamente deveria tomar conhecimento e que entretanto jamais me serão comunicadas — basta para tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro à minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido. Nem me consola o pensamento de que, entrando na confrontação simultânea de tantos acontecimentos, eu não pudesse sequer registrá-los, quanto mais dirigi-los à minha maneira ou mesmo tomar de cada um o aspecto singular, o tom e o desenho próprios, uma porção, mínima que fosse, de sua peculiar substância.
É curioso, a alegria não é um sentimento nem uma atmosfera de vida nada criadora. Eu só sei criar na dor e na tristeza, mesmo que as coisas que resultem sejam alegres. Não me considero uma pessoa negativa, quer dizer, eu não deprimo o ser humano. É por isso que acho que estou vivendo num movimento de equilibrio infecundo do qual estou tentando me libertar. O paradigma máximo para mim seria: a calma no seio da paixão. Mas realmente não sei se é um ideal humanamente atingível.
E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.
Data daí a opinião particular que tenho do canapé. Ele faz aliar a intimidade e o decoro, e mostra a casa toda sem sair da sala. Dois homens sentados nele podem debater o destino de um império, e duas mulheres a graça de um vestido; mas, um homem e uma mulher só por aberração das leis naturais dirão outra coisa que não seja de si mesmos.
A influência exercida sobre a nossa alma, pelos diferentes lugares, é uma coisa digna de observação. Se a melancolia nos conquista infalivelmente quando estamos à beira das águas, uma outra lei da nossa natureza impressionante faz com que, nas montanhas, os nossos sentimentos se purifiquem: ali a paixão ganha em profundidade o que parece perder em vivacidade.
Mas para isso precisaria de um gênio criador, porque teria de carregar o homem de qualquer coisa, da mesma maneira que eu o carrego de uma inclinação para o mar que fará dele construtor de navios. Só assim cresceria essa árvore que depois se iria diversificando. E ele havia de pedir de novo a canção triste.
Aprendi muito cedo que o sonho é mais que a realidade. No sonho, o cruel se desfaz com a mudança de foco. É simples. É só deixar de pensar. Se a paixão não convém é só trocar a cara. Fácil de resolver. A imaginação permite retoques, mudanças constantes. De Belo Horizonte a Paris eu levo um segundo. Não pago passagem, nem tenho problema com excesso de bagagem. Eu vou leve. Esqueço as roupas, Volto pra buscar. Troco a cena. Mudo o clima. Faço vir a chuva pra dormir logo. Invoco o sol para o meu mergulho e imagino a neve para amenizar o calor. Acendo lareiras nas noites frias; encontro a promissória perdida; ganho na loteria, e divido o prêmio com os pobres. Na angústia, adio a decisão. Na agonia, antecipo o fim. Na alegria, prolongo o início.
Castelos e sonhos construídos em pessoas pequenas demais. Não direi adeus aos meus sonhos, porque sei que serei feliz. Porque ter esta certeza? Não sei. Não sou muito religiosa, mas tenho fé que Deus não se esqueceu de mim. Lágrimas do presente se forem sorrisos do futuro… Serei feliz.
A filosofia por vezes é eterna, é profunda. Mas quem escreve precisa saber tocar nos corações das almas perdidas que precisam de ser guiadas. Eu fui guiada. Agora, espero conseguir fazer o mesmo. Talvez conseguir guiar alguém, uma cidade, um país. Sonhos.
Se hoje fosse o teu último dia, perdoarias os teus inimigos? Dirias adeus ao “Ontem”? Recordavas todas as memórias? Viverias de novo frases ditas e palavras esquecidas? Voltarias a beijar quem amas? Esquecias tudo o que te magoou? Dirias a todos o quanto eles são importantes?
Cada segundo conta porque não existe segundas oportunidades. Então lembra-te, dá valor a tudo o que tens. Porque hoje pode ser realmente o teu último dia.
