Crepúsculo
O Importante é viver, deixando como exemplo o melhor de si, la na frente, no crepúsculo da vida, olhar pra traz, e ter a sensação de dever cumprido, de vida útil e bem vivida e a consciência que não respirou por respirar, que viveu apenas por viver, não passou por aqui, só por passar, lembre-se, seus exemplos ficam, sendo eles bons ou ruins e ecoarão pela eternidade.
Bodane A. Cordeiro
PARA ENCONTRAR COMIGO
(Rayme Soares)
Deixo que falem as dores
Estanco no crepúsculo e vagueio
Acordo os acordes nas canções
Não me perco no que anseio
Saio de perto do fel
Esqueço quem me despreza
Fico atento àquele ou àquela
Convirjo com o que reza
Busco marés e mares
Expurgo qualquer rancor
Busco a pureza dos ares
Aceito das mãos o tremor
Penso nas minhas filhas
Visito a minha mãe
Afasto-me das ilhas
Não deixo que me aranhe
Choro sob o chuveiro
Libero o meu sorriso
Não preciso ser o primeiro
Nem preciso do meu aviso
São nas pequenas coisas, no despertar do dia ou no adormecer em um crepúsculo que Deus revela sua arte e sua glória.
mato, meus sentimentos desvairados...
no crepúsculo do meu coração...
abandono tudo que interpreto...
na solitude tua garras são flores,
puro engano da tua plenitude,
jogo meus sentimentos com azar,
tudo é feito para manipular...
o que sinto e vivo...
a mídia é uma sinfonia de engodo,
no qual todos que se beneficiam estão no poder,
a dor no fundo da alma por ver um povo...
tão sofrido se a base da riqueza dos poderosos...
o que tudo isso que se não um negocio,
aonde tudo é absolutamente lucro,
sinto a tristeza mas a um fogo,
que cresce na minha alma,
esse fogo esta espalhando se tudo parte da luta...
por uma vida melhor,
não deixe que eles dominem você.
por celso roberto nadilo
Que Mimo!
Tu és morena e sublime
Como a hora do sol posto.
E, no crepúsculo eterno
Que te envolve o lindo rosto,
O céu desfolha canduras
De alvoradas e jasmins,
E passam roçando n'alma
As asas dos querubins...
Teu corpo que tem o cheiro
De cem capelas de rosas,
Que t'enche a roupa de quebros,
De ondulações graciosas,
Teu corpo derrama essências
Como uma campina em flor:
Beijá-lo!... fôra loucura;
Gozá-lo!... morrer de amor...
Eu tenho uma não velha lembrança...
Era domingo, não muito tarde, começo de crepúsculo.
Não pude evitar e então percebi que amava o seu sorriso, seu jeito, seus olhos, foi tranquilo, foi calmo e foi ali.
Eu não me limitaria e por ironia o tom da sua voz e seus ombros eu queria, me perguntava se então ali eu ficaria e se você permitiria.
Eu diria para vir aqui, sentar aqui, respirar o ar daqui e sentir o que se senti aqui.
Chega mais perto, nada se é concreto.
Eu aceito suas condições, a calçada ainda se encontra no mesmo lugar e lá eu te levaria e o universo conspiraria.
- Ao conto da lagoa e o sapo, que se descreve como bom e inesperado.
o crepúsculo da solitude uma ponte ate tua alma,
em suplicas de amor abandonam virtude na clareza do teu ser...
profanando o sentimento através da tua dor,
sutileza é profunda,
como ar do teu coração,
espelhado num mar azul.
teu amor é eterno no meu coração para sempre.
por celso roberto nadilo
Não sou um Hater porque antes de criticar Crepúsculo eu assisti todos os filmes, e antes de criticar a Bíblia eu li todas as páginas.
NUMA TARDE
Dentro do crepúsculo no horizonte
Do entardecer do cerrado luminoso
No céu espalha o devaneio ramoso
Encanto peculiar, e plural viva fonte
Entrelaça-se, nas cores, em monte
Em um sintoma mágico e viçoso
Se vestindo de um atrativo fogoso
Corando o ar no dia em desmonte
O silêncio da tarde corre fugidio
As pombas gorjeiam no beiral
E o sol empalidece num arrepio
É a noite saindo do véu virginal
E o vento em um afiado assobio
Poetando um entardecer casual...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Numa tarde, 2020
Sertão da Farinha Podre, Triângulo Mineiro
#CREPÚSCULO
Tarde vem...
Céu escurece...
Cai...
Sol escondendo...
Frio chegando...
Alguém passando...
Lua diz que virá...
Quer na noite brilhar...
Mas somente depois...
Que a primeira estrela se apresentar...
Não tem seresta...
Não tem serenata...
Tempo estranho...
De paixões mal contadas...
As pessoas se recolhem...
Trancam-se em suas casas...
Na rua quem caminha...
É o vazio...
O nada...
Será uma cólera divina ?
Fado...
Triste sina...
Me recuso a aceitar...
Quero ser como a lua...
Pelo menos por essa noite...
Brilhar...
Sandro Paschoal Nogueira
SONETO NO CREPÚSCULO
Morre o dia. Aqui no cerrado goiano
Dizemos-nos adeus silenciosamente
À meia luz do entardecer confidente
O sol no horizonte desfalece profano
Em um purpureado lôbrego poente
O céu é degustado pelo breu ufano
Num longo abraço de um cotidiano
Do sol e a terra num valsar ardente
Da vidraça, o crepúsculo soberano
Invade o quarto numa luz pendente
Vindo do luar voluptuoso e fontano
E, como uma orquestração silente
A noite se prostra num olhar arcano
Embalando o dia misteriosamente...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, novembro
Cerrado goiano
CREPÚSCULO
Vê-se no silêncio, e vê, pela janela
O cerrado, eclodindo pra vespertina
Melancólico, perece o sol, e mofina
Outro fim de tarde, e a noite vela...
E ai! termina mais um dia, e revela
As horas, que a viveza se amotina
De sua rapidez, pérfida e assassina
Tão sem troco... - um atributo dela!
A melancolia no horizonte, é saudade
As sobras das lembranças, é desgosto
E o que se resta agora é outra idade...
Olhos rasos d’água narram o sol posto
Lúrido, duma emoção em calamidade
- de o crepúsculo do tempo no rosto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/03/2026, 17'00" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
MARÉ DE LÁGRIMAS
No amanhecer do dia novo,
E, no crepúsculo do sol...
Mergulhei, no mar em perspicácia dor!
Nadei em meio ao desespero.
Naveguei, naveguei e naveguei...
Até às trevas mais profundas,
Encontrei_me no alto mar das lágrimas,
E nos espinhos do COVID_19 me assentei...
Como vento, espalhou_se o Corona Vírus,
Invadindo o país como a invasão do exército babilónico em Israel...
E como praga sobre flores verdejantes,
A sua epidemia no tecido humano se estendeu como na cama o lençol.
Num piscar de olhos,
Deixou registrado dezenas de testemunhos oculares!
Nos hospitais locais...
As bancadas ficaram insuficientes!
O sol está radiante o seu brilho é mesmo, mas se ora o percebo crepúsculo ora entardecer nada tem haver com o grande astro e sim com minha posição no universo.
Assim como crepúsculo, brilhar da aurora,primavera au cair das folhas seca para prota novas o meu amor por você se renova a cada ano.
NOITE
A carruagem de Apolo termina seu percurso e o mundo suspira em anuência
O crepúsculo efêmero da primavera esboça um afago meigo em uma gentil cadência
Nix se manifesta trazendo estrelas ao firmamento
Sossego, quietude, silêncio, uma balsa ilusória nas correntes do tempo
Nossa dança penosa e áspera sublima enquanto um véu de ébano cai como que por encanto
A realidade não é a mesma, ainda que tudo o mais o seja, sentimos notas suaves de acalanto
Não importa onde fomos haveremos invariavelmente de parar
Morfeu nos chama ao longe à segurança e ao refúgio do sonhar
Brumas anciãs se erguem do Tártaro unicamente para nos provocar
Naqueles momentos de silêncio vislumbramos o impensável, o impronunciável, nossa barreira entre ser e estar
Nos é permitido desejos jamais vocalizados, sonhos nunca alcançados
Passados e futuros em esboços traiçoeiros que jamais foram pintados
É o momento das estranhas verdades ocultas à luz do dia
De uma parada escondida, de sentimentos guardados em uma caixa que sequer existia
Sob a harmonia celeste que ecoa a completude que jamais teremos em um singular harmônico mudo
Somos tempo, vontades, doces sombras esquecidas, perdição e, envoltos no brilho da noite, somos tudo.
