Contos de Fábulas
Eu conto!
Não é meu mas tomei pra mim.
Viajei igual "Paloma" ... "Se orieente, Waninha!"
"O Menino da Praia e a Menina do Maiô verde."
Primeira parte:
"Mais um ano chegava ao fim e, todos os moradores da vila onde o menino da praia morava, se preparavam para receber os visitantes que ali vinham passar suas férias.
O menino da praia saía de casa bem cedo todos os dias. Colhia flores da restinga e enfeitava a casa onde sua amada vinha passar o verão com sua família. Aguardava com seu coraçãozinho apertado esse momento tão esperado. Subia no alto do morro onde tinha uma igreja e pedia com toda força para que ela viesse com seu maiô verde passar suas férias na vila.
Os dias se passaram os visitantes chegaram e a sua amada não tinha chegado.
Catou as flores mais lindas e lá foi ele enfeitar a casa, sempre na esperança dela chegar.
Caminhou até o alto do morro e dessa vez levou a flor mais bonita e colocou no altar da igreja; olhou para Jesus e pediu com toda força do seu coração para que ela viesse que ele estava com muita saudade.
Saiu da igreja e, logo lá do alto do morro, viu um carro chegando na vila ... desceu o morro correndo e, quando o carro passou, lá estava ela na janela com seus lindos olhos.
Ele correu para praia e começou a cavar a piscina e construir o castelo na areia.
Não demorou muito lá veio ela, mais linda do mundo, e as lágrimas de amor voltaram a molhar a arreia da praia.
Ele correu, "puxou ela" pela mão, colocou uma flor amarela no cabelo dela e lá se foram eles, felizes, pulando e se abraçando na pureza de seus coraçõezinhos.
O amor deles é muito lindo."
Segunda parte:
"O penhasco.
Mais uma vez o verão acabou e a menina do maiô verde retornou para sua casa
Lá se vai o carro com toda família indo embora
Ela já era a moça mais linda do mundo.
Dias de tristeza para o menino da praia.
Ela mora dentro do seu coração com seus cabelos negros anelados
Ele resolveu procurar um lugar mágico,
saiu à procura. Ele gostaria que fosse em um penhasco à beira mar para ver o sol nascer e se por todos os dias e, nos dias de lua cheia, ele e ela se amariam sob sua luz.
Passou por muitos lugares lindos mas o que ele procurava tinha que ser mágico, onde o vento, quando passasse por lá, levasse o perfume dela. E, por onde o perfume dela passasse, o amor brotaria.
As flores ficaram mais bonitas."
Terceira parte:
"Muito tempo se passou desde o dia que o menino da praia viu o amor da sua vida pela última vez.
Ele adormeceu deitado na areia à beira mar.
Todas as noites desde que ela se foi seu único sonho era encontrar a menina do maiô verde que o destino, sabe-se lá porquê, tinha traçado caminhos diferentes para eles.
Coisas do destino...
Surgiram os primeiros raios do sol na linha do horizonte.
O dia amanheceu lindo, uma brisa leve carregava as flores mais lindas da restinga espalhando seu perfume pela praia.
Ele sentiu dentro do seu coração uma força que o mandava seguir na direção daquela brisa que carregava as flores.
Levantou pegou seu cajado e partiu.
Longos meses se passaram e ele continuava seguindo a direção da brisa.
Quando parava para descansar escrevia na areia da praia poemas mais lindos para as ondas da mar saberem o tamanho do amor que ele sente por ela.
Certo dia numa vila de pescadores uma velha senhora falou que não muito distante morava uma moça encantada que tinha um lindo jardim cheio de flores e que ela era muito linda e bondosa.
E lá foi ele caminhando.
Ao cair da tarde ele avistou a casa com o jardim mais lindo que já tinha visto e a brisa parou de soprar.
Ficou ali alguns minutos admirado as flores do jardim quando, para sua surpresa, seus olhos viram pendurado na varanda um maiô verde como o que o amor da sua vida usava quando criança. Nesse momento ele soube que tinha chegado ao seu destino.
Lá estava ela linda...formosa.
Quando seus olhos se encontraram correram se abraçaram se beijaram e se amaram para o resto da vida.
Eu conto
Cá na minha poesia eu conto contos
Eu conto nas entrelinhas desencontros
Nos sub textos a ficção de reencontros
Eu conto várias buscas de encontros
Conto as dores sem ter descontos
Eu conto os devaneios e confrontos
Faustos atos, reticências e pontos
Os sonhos em forma a serem prontos
Tricotados no amor em prespontos
Cá só não conto segredos de contrapontos
Particulares, os que deixam tontos
Estes só a mim mesmo... Eu conto!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11'04", 11 de junho, 2012
Rio de Janeiro
A Jornada
(Um micro-conto surreal)
Empreendi uma jornada.
Uma jornada para dentro de mim mesmo.
Uma jornada para conhecer meu Ser.
Quando entrei em Mim, arrepiei-me.
Não sabia que Eu era tão sombrio.
Escuro, cheio de corredores e portas.
Estátuas... Ruídos... Vultos.
Que isso? Um choro?
Espiono por detrás de uma pilastra.
E eis que Me vejo sentado, abraçado aos joelhos, chorando convulsivamente entre soluços.
Não sabia por que, não me lembrava daquela cena.
Olhei por mais um tempo, me comovi.
Continuei andando, vez por outra me assustava com os ruídos e os vultos que eram constantes.
Meio perdido neste labirinto de Mim mesmo.
Ouvi gargalhadas... algazarra...pilhérias...
Muito curioso fui observar o que era.
Em uma sala pequena e abafada, com um ar avermelhado e opaco.
Estava Eu, a inebriar-me com cânhamo e muito vinho.
Rodeado de mulheres despudoradas e devassas.
Promiscuidade... inferninho...ebriedade...
Fiquei com asco de Mim mesmo, sai correndo.
Correndo...correndo...corren...
Parei, estava cansado, sentei-me num canto.
Que como tudo por aqui, também é escuro
Cochilei, fui desperto por umas batidas violentas.
Fui procurar de onde viam, viam de perto.
Aproximei-me, as batida se intensificaram.
E Eu com muito medo perguntei:
Quem está ai dentro?
- Me solta!!! Me solta!!! Me solta!!!
- Eu não sou louco!!! Eu não sou louco!!! Eu não sou louco!!!
- Ninguém Me entende??? Só quero Ser livre!!!
Reconheci-me de imediato, em um dos meus piores momentos.
Não, Eu não queria ficar ali, sai correndo novamente.
Fugindo de Mim mesmo dentro de Mim mesmo.
Quando parei de correr, percebi que estava em um lugar diferente.
Havia uma tênue luz de tons lilases, e o ar cheirava a jasmim.
Até que em fim! Um lugar que não seja tão sombrio.
De repente, ouço vozes, elas discutem.
Fiquei escondido em um canto, só a observar.
Era um casal, espera ai!!! Sou EU e Ela!!!
- Não, não dá mais Guto!!!
- Por que não???
- Você é muito confuso, tem muitos altos e baixos, hora está deprimido hora está eufórico!!!
- Mas você sabe que não é culpa Minha, é culpa da Bipolaridade!!!
- E não é só isso, você com esse negócio de Espiritualidade, de Intelectualismo, sem falar que você vive Filosofando e fazendo Poesias, você vive no Mundo da Lua não no Mundo Real, pra mim chega, eu não quero esta Vida para mim!!!
- Mas, mas como, você sempre gostou do Meu jeito!!!
- Pode ser que no inicio sim, mas cansei, para você tudo é motivo para Filosofar... Blá..Blá...Blá...chega eu quero é vida “Real”, Adeus, não me procure que não vou te atender!!!
E Eu ali observando, de repente as nuances lilases sumiram dando lugar as mais densas trevas, e o aroma de jasmim deu lugar a um cheiro putrefato.
Fiquei triste, melancólico, sai dali me arrastando ouvindo os ecos de Meu próprio choro.
Andei... andei...and...Por dentro de Mim mesmo, uma Jornada.
Andando pelos corredores, me deparei com algo que Eu lembrava mas não queria lembrar.
Eu estava sozinho em um quarto, com uma idéia fixa, “Vou me matar”.
Sim, Eu me lembro bem, esta idéia fixa e meio litro de soda cáustica.
Em um impulso irrefletido... Glup...Glup...Glup...foi-se a soda cáustica.
Vômito, estava vomitando a Mim Mesmo, Minha carne, Meu sangue.
Queimava, ardia, arrependera-se, mas é tarde, vai morrer!!!
Não, lembro-me de ter sido socorrido a tempo.
Fui salvo por cinco minutos, cinco minutos me separaram da Morte.
Basta, não quero mais lembrar, isto é passado!!!
Continuei minha viagem pelos corredores.
Acho que vaguei por horas Me explorando.
Quando cheguei a determinado lugar, percebi uma luz alaranjada.
Segui em direção luz, que aumentava de intensidade de acordo com minha aproximação.
Cheguei ao que me pareceu ser uma câmara, estava toda iluminada de luz laranja.
De repente, tudo virou Fogo, Fogo vivo.
E o Fogo falou:
- Gutemberg ouça-me!!!
Neste momento entrei em pânico, ajoelhei-me, prostrei-me ao chão
- Eis-me aqui Meu Senhor!!!
Sua voz tinha a potência de um trovão, era com o rolar de mil cachoeiras
- Entre em Mim, que sou Fogo Consumidor
Mais que depressa obedeci, levantei-me e entrei no Fogo, enquanto estava ali, sendo consumido pelo Fogo, Ele dizia:
- Eu sou o Alfa e o Omega, o Princípio e o Fim... Eu sou o Verbo Divino, eu sou a Palavra, por meio de Mim é que fostes criado, e saiba que és conhecido desde o ventre de sua Mãe, agora seja consumido pelo Fogo de Ruach HaKodesh e renasça, renasça para uma vida nova, tiveste coragem para se aventurar em você Mesmo, mas há muito mais a ser desvelado, por hora basta, já encontraste-me, Tu me aceitas???
- Oh, sim Meu Senhor eu o aceito de todo Meu Coração!!!
- Então vá, endireite tuas veredas e Nunca se esqueça de quem sou!!!
- Eu Sou o Que Sou...
...YESHUA HÁ MASHIACH...
O unigênito de...
...YHWH ELOHIM SABAOTH ...
Medo de Mim mesmo???
(Um micro-conto surrealista.)
Estranha sensação de estar andando por horas a fio, sem perceber paisagem alguma. Não havia nada. Não há nada para ser visto?
Que estranho!!!
E repentinamente o tudo se faz.
O ar é pesado, o céu num misto surreal de cinza e laranja, e a frente um sem fim por caminho. Andando, andando, andan...
Uma pedra? É sim, é a minha pedra. Corro em sua direção, quero descansar na pedra. Aquela que fica no meio do caminho....
Sentei, agora estou seguro, protegido. Mas do que mesmo? Também não sei. Ah deixa pra lá, OK?
De repente a pedra se agiganta, monte, montanha. Agora estreita-se, e ergue-se tal qual um obelisco e sobe aos céus tal qual a Torre de Babel (Babel= Rebelião). Eu aqui de cima vejo tudo, vejo abismos colossais. Não, não são abismos, não passam de rachaduras no solo, meras ranhuras no solo árido. Rios, é isso são rios, olhe os corpos em curso. Corpos de que mesmo? Tanto faz, são só invólucros, apenas casulos de algo maior. Ou será que não? Hum?
O que? Eu falando? Ah sim, as estrelas, são realmente belas. Quais? As do mar? Ou as do firmamento? Que diferença faz? Se Eu quiser alcançar as do mar, lanço-me ao profundo mergulho. Se for as do firmamento lanço-me ao destemido vôo. De qualquer forma será uma bela experiência.
Este céu, este céu me amedronta, me oprime, mas também me conforta, me acolhe, gosto de estar sozinho, perdi o medo e o vento quente é gostoso.
Eu não estou bem, acho que estou alucinando!
Surgem três luzes piscantes, inicialmente muito tênues, mas logo se firmam, e começam a se movimentarem freneticamente no céu alaranjado.
O medo voltou, quero correr, mas para onde, minha pedra me traiu se Eu me mexer caio em queda sem fim...
As luzes! Elas pararam, agora rolam sobre si transformando-se, de círculos pequenos em linhas horizontais e paralelas, duas em cima lado a lado e uma logo abaixo.
Três riscos no céu, que se abrem e rasgam o firmamento. Os dois de cima assumem formas de olhos, gigantescos olhos. O de baixo assume a forma de uma boca que acompanha a proporção dos olhos, não ouso me mover, não consigo nem respirar, não tenho noção de mais nada, nem sei se estou vivo. Que horror!!!
Encarando esses olhos que me encaravam, Dês’javu. Sim Eu os conheço, são os meus olhos, meu olhar. Minha cabeça gira, estou tão confuso, onde estou mesmo?
- O que teme tanto homenzinho tolo?
A bocarra falou, e falou num coro de três vozes em uníssono. Uma grave e profunda, gutural, uma suave e aveludada, a última seca, metálica e gelada. Três vozes em uma só voz que saia de uma boca que percebi ser a minha boca. E repetiu a pergunta, tirando-me dos devaneios e me assustando novamente.
- O que teme tanto homenzinho tolo?
- Você, eu temo você, não sei o que é e me assusta.
- A sua ignorância o faz temer a si mesmo.
- Como posso temer a mim mesmo?
- Pois ainda não percebeu que sou você?
Quero acordar, me tirem daqui, estou ficando louco. E ainda não dá para fugir. Sumiu? A pedra sumiu, caindo,caindo, cain...
Minha feição voltara a ser riscos, que voltaram a ser círculos luminosos, que acompanhavam minha vertiginosa queda, em um espiral de luzes e Eu em seu centro.
Senti um impacto, mas não doeu, acho que nem senti, apenas percebi.
Levanto-me e procuro-me, as luzes sumiram. Sem roupas? Que vergonha! Estou nu! As luzes voltaram, surgem a minha frente, do nada, uma bem a minha frente, uma a minha direita e uma a minha esquerda. Tomam formas humanas, e atrás deles tronos formam-se a partir do solo.
Sentam-se, e de cabeças baixas permanecem. Eles vestem apenas uma túnica negra que lhes cobrem por inteiro.
Não conseguia ver seus rostos, nem seus gestos, pois não se moviam.
Toda essa situação continuava a ser assustadora, não havia nada entre nós a não ser o vazio, não saberia dizer se Eu estava de cabeça para cima ou para baixo, e essa situação causava-me caos. Por quê? Por que causa confusão e angústia viver uma situação onde não conseguimos nos situarmos nem ter certeza de nossa posição!
- Ouça-nos.
E mais uma vez sou tirado de meus devaneios com susto. A voz que havia falado era diferente, era uma única, era a mais grave e profunda, nesse momento quase soou paternalmente.
- Ouça-nos e guarde-nos.
A voz pertencia ao ser que estava a minha frente, sim, era a minha voz que eu ouvia, sim era a minha voz mesmo, mas bem diferente.
- Ouça-nos e guarde-nos, você precisa entender que....
- Acorda!!! Guto!!! Acorda!!!
- Hã, o que foi, o que aconteceu???
- Você desmaiou e ficou um tempão desacordado.
- Mas, mas e agora!!! Como vou saber o que Ele ia-me dizer?
- Ele? Ele quem? Será que você bateu a cabeça ao cair?
- Quer saber??? Deixa para lá você não entenderia nem acreditaria!!!
Conto os dias
Esperando a noite chegar
Mesmo tendo somente a Lua
Para iluminar teu corpo
De olhos fechados sinto
Teu calor
E entrelaço meus pés aos seus
Meu todo se aquece
Esqueço de todo o resto
Respiro o ar que expiras
Experimento o sentimento através de suas narinas
Então encosto meu rosto no seu coração
E ouço as batidas compassadas junto ao meu
Vivo o sonho de te ter
E adormeço...
AS HORAS
Enquanto passam-se as horas
Os dias vão se acumulando despejados,
Os anos que conto, são por ali separados.
Os minutos vão-se como penas ao vento,
Deles nada escrevi, não tomei nenhum assento.
Enquanto as horas se apressam,
Eu junto tudo com lentidão.
Tudo quer estar disposto em seus lugares.
A minha cadeira de balanço
O pêndulo onde eu tenho montado
Contando horas,
Contando tempo,
Contado dias,
Remando com o pé nos pedais,
Indo contra e a favor das marés
E o que passa, que eu conto,
Ninguém vê, nem sabe o que é,
A ânsia da espera, o medo da cara aberta,
Cabelos que não sei a cor,
Olhos, que imagino claridade.
E a minha idade, alguém contou,
Todos os segundos
E a hora por chegar...
Por que contaram de mim
Assim, desanimado?
Sob o azul
Conto sobre o azul por sobre pautas azuis.
Enxergo alto, de onde vem a cor do mar e assim falo de lá.
Se falo do mar, molho meus medos, já o céu me leva com eles esquecidos.
Deitado, navego seguro.
Firme no meu chão adentro abismos, espumas, vastidão.
Mesmo ambos sendo o mesmo; perto de mim está o mar. Mas sempre em meus melhores sonhos, estou a voar.
O conto da mulher.
Observava a distância, digo uns dez ou doze metros, uma mulher alta, pele clara, corpo não muito esguio e sim ocupado nos lugares certos por quantidades certas de carnes. Esta mulher apoiava-se em uma árvore frondosa que fazia muita sombra, ela desajeitada e muito delicada, tentava de maneira insistente colocar no seu pé, o esquerdo me lembro bem, a sua sandália que havia se soltado, talvez pelo excesso de pequenas folhas e galhos que forravam o chão debaixo da árvore, talvez ela tenha se atrapalhado quando se dirigia para algum lugar.
Apesar da distância eu não a quis perdê-la de vista, pois a cena ficava cada vez mais interessante, não sei por que não fui cavalheiro e ofereci ajuda, talvez por gostar do que estava vendo, ela vestia um vestido simples de corte comum, de cor clara e estampas um pouco mais escuras, conforme ela lutava com a tira da sandália seu cabelo meio preso e meio solto caía pelo seu perfeitamente delineado rosto, aquele cabelo tinha sido preso de forma de que quem o prendeu não se preocupava com a beleza que não tinha, pois se conformava com a que tinha. E o seu vestido, sim este eu devo falar que com o seu corpo inclinado para frente e sua mão preocupada hora com a tira hora com o cabelo, nem notava que a alça caía, mostrava mais daquilo que já estava exposto, ombros fortes e lindos, mostrava também parte da sua intimidade, que certamente cuidava sempre para esconder, a cena tornava-se cada vez mais maravilhosa, era muita sensualidade exibida sem querer.
O corpo: como citei antes, não esguio, mas forte, não torto, mas equilibrado, estava sustentado por alguns segundos, ou minutos, sei lá, por tornozelos fortes e eretos e nem um pouco trêmulos. Trêmulo estava eu, observando de longe tanta beleza. Resolvi me aproximar, de forma calma para não desmanchar tudo aquilo. Aproximando-me, ela levantou os olhos, não se mostrou surpresa, pois sabia que não estava ameaçada, de perto observei que os pelos que cobriam o seu braço estavam eriçados, culpa do vento que chicoteava as plantas envolta, ele carregava o ar frio que habitava as sombras das árvores, aquelas que os galhos deitavam até o chão, onde encontravam folhas, galhos e pequenas plantas.
Lembro-me que falei algo, mas não lembro o que disse, lembro do sorriso, do cabelo, da sandália e do vestido, aquele que caía e mostrava mais daquela mulher, lembro da árvore, da sombra e do que senti.
Lembro que foi um sonho maravilhoso que vivi
Lembro da personagem que neste sonho eu conheci, e não quero esquecer.
, 24 de Novembro de 2010 – 01h23min.
Conto do Coração sedentário
Ontem encontrei um sedentário, um coração que descansava meio despreocupado, em seu rosto um sorriso meio morno, olhos que lentamente piscavam no horizonte, e por vezes e alguns minutos nem abriam.
Sentei ao seu lado, numa rede que havia, dei duas balançadinhas de leve e no "ringir" daqueles enferrujados tornos fui arrancar alguns motivos.
Ouvia pouco, pois era de uma voz meio arrastada, um tanto tremula, mas dava para entender do que se tratava. Em meio ao diálogo que fui arrancando percebi que algumas veias já estavam secas, então foi evidente perceber que aquele se tornara um coração preguiçoso, era muito claro a falta do sangue quente que pulsara ali outrora.
Me contou dentre tantas coisas, que tinha vivido com um outro coração, e o mesmo te dava muito carinho, todas as atenções possíveis e nos mais diversos meios de comunicação, porém te traiu, e foi uma decepção só. Mas dessa vez tentou sorrir e saiu a rua, e saindo de casa foi aos ambientes mais sociais em busca de outro coração (ainda estava decepcionado), quando se encontrou com outro coração, engoliu o ar e foi lá, dançaram juntos naquela balada noturna, quando no dia seguinte o mesmo não te ligou, e aquilo se tornou uma frustração.
Mas coração de balada você sabe como é (...)
Sem cansar muito e nem pensar mais que duas vezes, saiu a sua rotina diária acabando por se deparar com o que ele chamava de 'hipertenso', era aquele típico coração que quer fazer todos os planos, mas nada muda com o passar dos anos, só bate, bate e bate acelerado com muitos desses planos, sufocava, agredia, mas não parava e tipo, não mudava. Desse cansou, nem sabe mais por onde andará este.
Só restou voltar para casa e por eventualidade daquele momento encontrou outro coração, esse mais carente, molhado de tanto que chorava, convenceu a tomar um sorvete e dar uma volta na praia, fizeram isso juntos e por fim percebeu um ar de amizade, hoje são grandes amigos e moram em cidades distantes.
Chegou, abriu a porta, tomou um bom banho para tentar tirar todas aquelas situações, sentou-se ali no alpendre, descansou sua alma, quando num monólogo interior disse.: 'Sentai, esperai que tão como você apareceu a tantos corações, o seu haverá de ser apresentado, mas apenas a quem quiser ser seu.' Então ali ele permanece até hoje, descansado, preguiçoso, sedentário.
Depois de ouvir tanto, só não quis me convencer, então sai em busca de meu coração. É melhor morrer tentando, a enfartar por corações partidos.
Está na hora de acordar e perceber que a vida não é um conto de fadas. Que nem sempre os principes são tão perfeitos e as mocinhas tão indefesas.
Esta na hora de se dar uma chance e viver cada momento como se fosse unico, porém apostando tudo nos "sins e nos nãos" da vida. Nem sempre a gente pode ter tudo o que queremos, mas podemos fazer do pouco que temos um tudo...
Nessa chuva tão ensurdecedora , lá vejo a minha autora , autora do meu conto juvenil,com alegrias e amores mil
uma pessoa que eu queria sempre estar ou alguém que poderia namorar , mas como posso me apaixonar pela minha autora ,mas ela seria a mais promissora, nesse contexto não poderei pensar em nenhuma outra , sendo assim como pude me apaixonar pela minha autora , me deixar levar assim sem destino, assim depois de ser um homem volto a ser um menino.
A vida é como um conto de fadas
A varinha mágica são os nossos sonhos
Cada pedido são nossas realizações
De coisas boas ou ruins
Vai depender o que desejarmos
A forma que plantarmos
Cada pedido desejado
Mas tudo tem sua causa e efeito
Se plantarmos coisas ruins
Colheremos frutos podres
E quando iniciarmos a subida da escarpa
Acontecerá uma grande queda
Num abismo de tristeza e sem vida
Mas se plantarmos coisas boas
Colheremos saborosos frutos
E nossa subida será tranquila
E contemplaremos lá do alto
A verdadeira felicidade de viver a vida
A vida nos encanta
e a gente canta a vida
a vida a gente conta,
conta como conto
letrado, manuscrito
e melodia ao choro
a força ela dedilha
à sombra dos seus sonhos
quando se tem cavaco
e quando não, aos olhos
a falta ou excesso
de algum amor
se vem, se bate e volta,
pra qualquer efeito
ela só quer que a gente
fale sobre ela
e se a gente não fala
se nega a cantar
ela te sulga toda
lágrima do corpo
então, eu vou cantar
que hoje estou amando
e que ontem chorei
sozinha procurando
uma forma de esquecer
meu bem há tanta vida
no meu coração
porque você ta dentro
em cada distração
em cada parte do meu ser
e existir, e quando eu paro
e penso ,logo penso em ti
"Ei menina sabe aquele principe encantado que você sempre sonhou, pois é ele so existe em conto de fadas, mais te garato que alguém pra estar ao seu lado nas suas alegrias e tristezas, que te de carinho, amor, compreenção, que irá cometer erros, mais fara de tudo pra corrigilos arrancando sorrisos de seus labios e suspiros de seus abraços, que nao vira em uma cavalo branco, mais de carro, moto ou ate uma bicicleta, mais que quando ele chegar se coraçao ira bater tão forte que você tera certeza que o principe que tanto sonhou saiu de seus pensamentos e se tornou real"
fica a dica não o procure na hora certa ele vai te encontrar......
17/01/12
Eu também escrevo para demonstrar o que sinto.
Mais isso é segredo,portanto eu só finjo.
E conto nos dedos o que sinto e não sinto.
Eu sigo instintos,eu minto e não minto...
Fecho janelas e isolo ao redor delas
Omito palavras mudas em dias de primavera
Eu nem deixo o sol entrar quando ele vem me amar!
E qual razão será na minha confusão que se chama lar?
Eu também sei escrever quando não quero falar.
Declaração do amor
Hoje o amor contou-me
Não como uma confissão, mas num tom descontraído
Contou-me que andava perdido
Por entre meus olhos, por entre meus risos
Hoje a alegria contou-me
Cochichou discretamente como se segredo fosse
Contou-me o motivo de ser:
O amor embalava uma vida mais doce
O conto do castelo e das flores.
Um dia um jovem conheceu um senhor, que, cruzou seu caminho. O jovem percebeu que o senhor tinha algo de diferente, hora por suas atitudes, hora por suas palavras e por vezes por suas reações. Depois de algum tempo de convivência entre o fervor da juventude, que tem a cede de novas coisas, cede de crescimento, por muitas vezes desorientado e a calma dos anos de vivência e experiência do velho o jovem fez a seguinte pergunta:
- Não sou como você, não me igualo a suas qualidades, por muitas vezes contrariei seus conhecimentos, por muitas vezes joguei pedras contra você e mesmo depois de tudo isso ainda me devolves flores. Como??
E o senhor com toda a sua calma pegou o jovem pela mão e o perguntou se ele queria ver o resultado de tudo isso, e, o jovem o mais depressa que pode respondeu que sim.
O senhor então o conduziu para um belo lugar, um campo cheio de flores e um um belo castelo ao fundo. O jovem pensativo ficou se perguntando o que aquilo significava, e o velho lhe respondeu.
- Pode me jogar quantas pedras quiseres, com a força que quiseres, já tenho cicatrizes o bastante para superar cada uma delas, e, força o bastante para empilhar cada uma delas, e, um dia verá que ao seu redor não haverão mais pedras para lançares a mim, só haverão as flores que um dia te dei com todo o meu amor sem nenhum ressentimento. Você olhará ao seu redor e perceberá o quanto é melhor conviver com as flores mas que as pedras já se fizeram necessárias. E, se, mesmo assim achares pedras e arremessa-las a mim novamente, iniciarei mais uma torre de meu castelo e terei ao menos um belo jardim florido para contemplar.
O jovem pensativo se perguntou: Não teve medo de que eu fugisse?
Em resposta o senhor lhe disse que se resolveres fugir já sou grato pelas pedras que me ajudaram e, já terei lhe mostrado o mínimo de tudo isso: terei despertado em você a curiosidade, e, já estará presente em você a semente do BEM! Você já deu seu primeiro passo em relação a isso pelo simples fato de estar me questionando.
Por fim o jovem fez a ultima pergunta, porque não me devolveres as pedras que te arremessei?
O senhor sorriu de leve lhe disse:
Ahhh meu jovem, um dia entenderás que o mais fácil é devolver as pedras que te atingiram, mas, que é muito mais gratificante agir e educar pelo exemplo e não pela igualdade.
E foi mais ou menos assim...
Vivemos um conto de fadas, eu estava feliz por ter finalmente encontrado meu principe encantado.
Tivemos nossos momentos, nossa fases, mas o tempo todo eu te amei, talvez voce nao saiba o quanto e como eu amei,mas eu estava la, passando a mao no seu cabelo dormindo e acordando do seu lado.
Mas o conto de fadas acabou quando eu resolvi testar seu amor, eu fui embora querendo ficar, eu disse adeus quando na verdade o que eu queria era te amar.
O tempo passou e voce se ajeitou, disse que iria encontrar um outro alguem, e realmente encontrou.
O que voce precisa ainda aprender, e me olhar nos olhos e nao me querer, e conseguir me abracar sem chorar, eh conseguir nao me amar.
Por que eu sei que voce me ama, e voce sabe que eu te amo tambem, voce pode tentar me esquecer e talvez ate consiga por um tempo, e todas as juras de amor poderao ser levadas pelo vento.Mas eu sei que bem la no fundo, mesmo que voce nao queira,eu ainda serei diariamente parte do seu mundo.
ESPERO DE TI
Eu não espero alguém civilizado
Que saia dum conto encantado
Eu não espero alguém sensato
Para dizer o que fazer
Se formos vítimas de outro boato
Eu não quero chegar em casa
E ver você num sofá
Eu quero um amor que diga “sei lá”
Que não se importe com a grama a cortar
Mas quando eu precisar, vá
Onde for para me encontrar
Eu espero que sejas verdadeiro
Demonstre sua face direita
Pois a esquerda já é suspeita
Por ter chamado minha atenção
Eu te quero livre ou ocupado
Sem medo do que vão falar
Te espero sem pecados
Para juntos, todos praticar
Travesseiro
A ele conto
Todos os segredos e confissões
Todos os amores e paixões
Todos os sentimentos e emoções
A ele conto
Todos as travessuras e loucuras
Todas as dores e amarguras
Todas as horas que se passou a cada instante
E a qual dessemelhante se deixou passar
A ele digo
Tu és o melhor amigo
Que outro igual não haveria de ter
Tú és o consolo
Tú és o acalmar
Tu és o que ninguém jamais pode dar
Você é o travesseiro
O consolo de todas as horas e instantes
Que ninguém semelhante
Jamais pode me dar
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