Conto Amor de Clarice Lispector
Como eu odeio sentir sua falta.
Quanto mais penso que seria melhor te esquecer, mais me dou conto que continuo lembrando de você e te vendo em tudo. Quanto mais eu tento não sentir falta, mais me lembro que a sua ausência me deixa infeliz, e me lembro do que me disse da última vez, "Não coloque sua felicidade nas costas de alguém, pois vai destruir a sua vida e a vida da outra pessoa" ... e isso me cala! Eu odeio essa falta, assim como odeio seu silêncio, e sua terrível dramatização de tudo, acompanhada do seu sumiço que pensa ser o certo... Eu odeio odiar coisas que me ligam à você, e odeio ainda mais não querer deixar de amar você, é a minha escolha, e advinha, eu a odeio também!
Encanta conto canta
Lamenta tudo passar
Conto canta encanta
Percebe vai melhorar
Canta encanta conto
Enquanto esperançar
Voa vislumbre balão
Meu medo deve levar
Vislumbre balão voa
Deixe só brio no lugar
Balão voa vislumbre
Aqui sempre vai ficar
Põe comigo consigo
Lembrança de papear
Comigo consigo põe
Jamais irá se apartar
Consigo põe comigo
Esquecer nem se findar
…
Eu conto
Cá na minha poesia eu conto contos
Eu conto nas entrelinhas desencontros
Nos sub textos a ficção de reencontros
Eu conto várias buscas de encontros
Conto as dores sem ter descontos
Eu conto os devaneios e confrontos
Faustos atos, reticências e pontos
Os sonhos em forma a serem prontos
Tricotados no amor em prespontos
Cá só não conto segredos de contrapontos
Particulares, os que deixam tontos
Estes só a mim mesmo... Eu conto!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11'04", 11 de junho, 2012
Rio de Janeiro
intuição
todo conto tem um ponto
toda treta um desconto
os versos tem diálogos
todos eles seus catálogos
todo olhar tem emoção
e as palavras convulsão
da ilusão se tem o sonho
do silêncio o som enfadonho
toda inspiração as suas trovas
de quem do amor tenha provas
e assim se valsa na ilusão
do limite de o sim e do não...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, setembro
Araguari, Triângulo Mineiro
É que não sou perigo pra você, é que não conto.
Não te causo arrepios, não te provoco...
Não há desejo na tua boca, não há vontade no teu olhar.
Pra você é tanto faz,
Se tou com frio, se tiro a roupa.
Pra você tanto faz que eu fale, cale.
Não diga nada
Não aumento, nem subtraio.
Sou nada,
Já você é tudo !
Meu riso solto, minha estrada...
Eu conto!
Óculos novo que eu amei tanto quanto a história que me fez comprar ...
O meu antiguinho já vinha apresentando um probleminha com um parafusinho e fui dando aquele jeitinho que só o bom brasileiro sabe dar. Tudo "inho". Uma hora não dá certo mais. E não deu. Estava no shopping Boulevar, em BH, de frente pra duas óticas. Entrei na Ótica do Povo. Ô gente...pensa num atendimento nota 10. Foi mais que isso. O moço foi de uma elegância, um profissionalismo, gentileza ... um cavalheiro, melhor, um "anjo", como o chamei na hora. Só vendo. Depois vim a saber o nome difícil dele e o motivo também do tão bom astral. Motivo "duplo" né Rudnei Hastenreiter? Conseguiu consertar apesar de não ter oferecido garantia de sucesso. Ufa! Que alívio. Sabe quanto ele me cobrou? Nada. Pessoas assim, gente, engrandecem o mundo. Bom, agradeci e, ao sair, vi esse maravilhoso par de óculos na vitrine. Eu olhei pra ele, ele olhou pra mim de volta: amor à vista, literalmente.
Gentileza gera gentileza, é assim mesmo que fala né?
Por isso que eu falo,
Bom dia pra quem é de amor.
Bom dia pra quem não é de amor ... ainda!
Eu conto!
Não é meu mas tomei pra mim.
Viajei igual "Paloma" ... "Se orieente, Waninha!"
"O Menino da Praia e a Menina do Maiô verde."
Primeira parte:
"Mais um ano chegava ao fim e, todos os moradores da vila onde o menino da praia morava, se preparavam para receber os visitantes que ali vinham passar suas férias.
O menino da praia saía de casa bem cedo todos os dias. Colhia flores da restinga e enfeitava a casa onde sua amada vinha passar o verão com sua família. Aguardava com seu coraçãozinho apertado esse momento tão esperado. Subia no alto do morro onde tinha uma igreja e pedia com toda força para que ela viesse com seu maiô verde passar suas férias na vila.
Os dias se passaram os visitantes chegaram e a sua amada não tinha chegado.
Catou as flores mais lindas e lá foi ele enfeitar a casa, sempre na esperança dela chegar.
Caminhou até o alto do morro e dessa vez levou a flor mais bonita e colocou no altar da igreja; olhou para Jesus e pediu com toda força do seu coração para que ela viesse que ele estava com muita saudade.
Saiu da igreja e, logo lá do alto do morro, viu um carro chegando na vila ... desceu o morro correndo e, quando o carro passou, lá estava ela na janela com seus lindos olhos.
Ele correu para praia e começou a cavar a piscina e construir o castelo na areia.
Não demorou muito lá veio ela, mais linda do mundo, e as lágrimas de amor voltaram a molhar a arreia da praia.
Ele correu, "puxou ela" pela mão, colocou uma flor amarela no cabelo dela e lá se foram eles, felizes, pulando e se abraçando na pureza de seus coraçõezinhos.
O amor deles é muito lindo."
Segunda parte:
"O penhasco.
Mais uma vez o verão acabou e a menina do maiô verde retornou para sua casa
Lá se vai o carro com toda família indo embora
Ela já era a moça mais linda do mundo.
Dias de tristeza para o menino da praia.
Ela mora dentro do seu coração com seus cabelos negros anelados
Ele resolveu procurar um lugar mágico,
saiu à procura. Ele gostaria que fosse em um penhasco à beira mar para ver o sol nascer e se por todos os dias e, nos dias de lua cheia, ele e ela se amariam sob sua luz.
Passou por muitos lugares lindos mas o que ele procurava tinha que ser mágico, onde o vento, quando passasse por lá, levasse o perfume dela. E, por onde o perfume dela passasse, o amor brotaria.
As flores ficaram mais bonitas."
Terceira parte:
"Muito tempo se passou desde o dia que o menino da praia viu o amor da sua vida pela última vez.
Ele adormeceu deitado na areia à beira mar.
Todas as noites desde que ela se foi seu único sonho era encontrar a menina do maiô verde que o destino, sabe-se lá porquê, tinha traçado caminhos diferentes para eles.
Coisas do destino...
Surgiram os primeiros raios do sol na linha do horizonte.
O dia amanheceu lindo, uma brisa leve carregava as flores mais lindas da restinga espalhando seu perfume pela praia.
Ele sentiu dentro do seu coração uma força que o mandava seguir na direção daquela brisa que carregava as flores.
Levantou pegou seu cajado e partiu.
Longos meses se passaram e ele continuava seguindo a direção da brisa.
Quando parava para descansar escrevia na areia da praia poemas mais lindos para as ondas da mar saberem o tamanho do amor que ele sente por ela.
Certo dia numa vila de pescadores uma velha senhora falou que não muito distante morava uma moça encantada que tinha um lindo jardim cheio de flores e que ela era muito linda e bondosa.
E lá foi ele caminhando.
Ao cair da tarde ele avistou a casa com o jardim mais lindo que já tinha visto e a brisa parou de soprar.
Ficou ali alguns minutos admirado as flores do jardim quando, para sua surpresa, seus olhos viram pendurado na varanda um maiô verde como o que o amor da sua vida usava quando criança. Nesse momento ele soube que tinha chegado ao seu destino.
Lá estava ela linda...formosa.
Quando seus olhos se encontraram correram se abraçaram se beijaram e se amaram para o resto da vida.
Eu conto : saudade de contar meus “causos”.
Meu cachorro Branco passou mal ontem, tadinho. Sujou a varanda e jogou o tapete por cima, o levado. Faz bagunça e esconde … mas não tinha tapete pra tanta coisa !
Ficou lá na varanda, o bichinho; não entrou mais na sala, onde gosta de ficar.
Quando eu cheguei na varanda e vi aquilo tudo, olhei pra ele, ele olhou pra mim ainda deitado e ficou esperando.
Eu falei pra ele : passou mal porque comeu a ração do gatinho, né Branco?
Ele levantou, veio pra perto de mim, me olhou com carinho como que me pedindo alguma coisa. Depois foi até o portão e de lá olhou pra mim de novo. A Pequena Preta ficou impaciente, parecia chorar mas não estava brava como de costume. Ela ja sabia, eu ainda desconfiava.
“Você quer ir pra rua né Branco?”, perguntei pra ele. Há muita verdade nesse olhar de cão.
Falei com ele : vai um pouco, quando eu voltar você entra, tá bom?
E fui comer a canjiquinha do Marcinho, aquele manjar dos deuses. Não sei quem ficou mais triste sem aquela delícia … não fez ontem mas ja temos um encontro pra próxima quinta. Ele prometeu.
Chegando em casa, “lá vem” ele - como falava meu amigo contador de histórias inventadas, que adora o “lá ia” - . Chegou, brincou, pediu carinho - que retribuí, lógico -.
Não entrou. Foi andando, olhando pra trás me mostrando o caminho como se me chamasse pra ir - pra eu me alegrar com o convite -, mas era só mesmo pra mostrar que ia e por onde iria. Desconfio até que tem uma morada fixa por ali, mas sempre volta.
Ainda agorinha (umas 4 e pouquinho) acordei, li mensagem triste que não quis ler ontem pra dormir tranquila, e fui lá fora abrir o portão pra ele. Não estava. Ainda não. Com esse frio, cão de rua que é, certamente achou um abrigo pra dormir. Quem sabe a tal morada fixa? Mais tarde vem tomar o leitinho dele. Tomara!!!Comidinha caseira é bom mas o que cura mesmo é a grama, o capim da rua.
Depois conto o retorno do Branco e a alegria da Pequena Preta. Ela nao sai do portão.
Essa historia é verdadeira, uma “fábula parabólica”.
Bom dia pra quem é de amor.
Bom dia pra quem não é de amor … ainda!
Xô vendaval
Tu conta
Ou eu conto?
Canto, encanto, encontro
O murmurar do sol rachando
_ Ah, ainda tem canto em algum canto
Vinho na taça
Flor no quintal
Amor na vida
E fé para continuar
Ainda tem chão
Roupas no varal
Sorriso de criança
E amor para curar
Poema curto autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 22/10/2021 às 23:40 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Conto da vida real - 1
Dalila deixou a sua vida segura para ir viver com Augusto. Partiu sem olhar para trás, fascinada em conhecer o que havia de interessante do outro lado do atlântico, culturas, novos lugares e estar com a sua paixão, o Augusto.
Não se passou muito tempo e Dalila estava encantada com tudo que vivia. Mas, em uma ocasião, sem que ela tivesse astúcia para perceber, lá também tinham as suas coisas esquisitas.
Depois de viver muitos anos por lá e desistir de tudo, Dalila começou a recordar de muitas dessas coisas, situações que a paixão não permitia que enxergasse. Foi então que Dalila me contou uma delas, dentre tantas outras que veio a contar mais tarde. Vou relatar a primeira, deixando as outras para adiante.
Era uma noite fria, ela não se lembra bem se já era inverno, poderia ser uma noite de outono. Augusto ainda não se tinha deixado conhecer plenamente por Dalila, aliás, nunca se deixou conhecer, mas sempre a tratava com muito carinho e desvelo. Os dois saíram naquela noite e foram à Nazaré, um sítio de praias bonitas e turísticas, lugar que Augusto conhecida muito bem, pois passou a sua infância, adolescência e continuou a frequentar freneticamente na vida adulta, conhecia cada ruela de casas antigas e bem conservadas, muitas ruelas não se entrava com o carro.
Dalila já não muito jovem, estava entrando na idade dos seus 40 anos, mas ainda tinha lá um charme que encantava e, em sua cegueira por Augusto, lhe confiava a sua proteção diante do novo. Tanto Augusto quanto Dalila gostavam da boêmia e bebiam uns copos para se divertirem.
Naquela noite, depois de não beberem muito, estavam alegres e sorridentes, quando Augusto encontrou três pessoas, uma mulher e um senhor, ambos de meia idade, e um terceiro senhor mais jovem e de boa aparência, usava um sobretudo, talvez de cor preta ou cinza escuro, na luz da noite não se fazia possível perceber bem. Foi então que algo muito estranho aconteceu.
Dalila não compreendeu o que Augusto conversou com eles, estava mais para sussurros do que para uma conversa descontraída. Augusto pega na mão de Dalila e a puxa, quanto ela pergunta para onde iriam, ele responde, vamos até um lugar com essas pessoas, pessoas mesmo, que ela nunca soube os seus nomes.
Caminharam um pouco pelas ruas estranhas da Nazaré e o senhor mais velho abriu uma porta, vagamente Dalila se lembra que mais parecia estarem entrando em um porão. O ambiente era mesmo muito estranho com algumas mesas e bancos de madeira, e também algumas cadeiras, não havia muita coisa lá dentro, e com pouca iluminação, era como se estivessem num mausoléu de tamanho maior, tudo muito fúnebre.
Dalila se lembra que serviram uma bebida que continha álcool, não sabe que tipo de bebida, também não sabe o que adicionaram na bebida, porque ela se sentiu diferente depois de ingerir alguns goles, e parou imediatamente de beber. Augusto ficou conversando com o senhor e senhora mais idosos e deixou Dalila sem muito ambiente e a solta. Dalila são sabe dizer se Augusto estava a fazer tudo com algum propósito, com certeza Dalila sabe que Augusto, homem da vida e bem vivido, de inocência não tinha nada.
Passado alguns minutos, o senhor de sobretudo e mais bem aparentado, começou um diálogo com Dalila, conversa estranha de gente esquisita, ao ponto de dar uma cantada na Dalila como se ela fosse uma mulher da vida. Ela percebeu que tudo aquilo era extremamente novo para ela, era o submundo que nunca havia conhecido e, sutilmente se achegou a Augusto e disse para irem embora que a conversa não era agradável. Mais estranho foi a atitude de Augusto, sem titubear e nem pegar na mão dela, saiu muito furioso e a andar depressa sem esperar por Dalila, que saiu correndo atrás de Augusto que já se retirava do recinto.
Caminhando apressadamente, Augusto na frente e Dalila atrás sem entender nada, foram até o carro e se dirigiram para casa e, nunca mais falaram sobre o ocorrido.
Dalila e Augusto voltaram muitas vezes na Nazaré e, Dalila se lembra em ter visto o tal senhor do sobretudo, mais de uma vez, ele fingia que não a conhecia e ela também. Dalila nunca comentava nada com Augusto.
Passaram-se alguns meses e Augusto falou para Dalila que o tal senhor mais velho havia falecido. Dalila pensou... estranho Augusto se interessar sobre a vida e a morte de uma pessoa tão esquisita... Teria Augusto mais conhecimento naquelas pessoas que ela não percebia? Seria Augusto tão estranho quando eles? Queria Augusto em conluio com aquelas pessoas testá-la, por não a conhecer bem e não ter certeza de quem ela realmente era? Queria Augusto que Dalila fosse uma mulher da vida para conseguir proveitos financeiros? Era Augusto um atravessador de prostitutas e se deu muito mal com Dalila?
Hoje Dalila sabe o quanto foi míope durante alguns anos. Sim, o homem que ela prezava tem como resposta, para todas as perguntas mais negativas que ela se fez e faz sobre ele, positiva. Augusto é do submundo.
Insônia
Despertei, são 23hrs, respiração está acelerada, palpitação, conto as batidas do coração,
Um nó na garganta, nada sobe ou desce, nenhum fio de ideia, só essa sensação estranha, de quem está sozinho na escuridão,
Desprotegido e trêmulo com frio, buscando um abrigo, um colo, tateando uma letra ou outra, sem inspiração para poesia,
mas sei que logo vem eucê.
Não sei se minha vida é um conto de mistérios
Ou uma grande loucura da minha cabeça
Não sei se me comparo a Alice
Ou se tenho um armário
Uma porta na minha cabeça
Que me leva a um mundo imaginário
Também tenho um ímã
Que atraí pessoas com as mesmas experiências e pensamentos que eu
Isso me fascina
Me faz voar muito fora da caixinha
Cada experiência
Minha mente se expandi
E quanto mais ouço
Mas percebo
O quanto ainda sou leiga
Um conto de restauração
Era uma vez uma família linda, onde tudo era tão feliz, até que chegou um monstro vestido de bom moço e tocou a alma de todas as mulheres de forma sanguinária e cruel, e foi embora.
Elas calaram diante da dor, mas uma delas se levantou, gritou que não aceitava! Foi o fim do ciclo de dor que rasgava aquela família por gerações e foi a coragem desta mulher que arrancou as correntes das suas ancestrais, mas a história não acabou, agora é hora de colher amor, continua...
Nildinha Freitas
Aos que inventaram o mito "Deus" minhas felicitações.
Este conto foi pra que tão somente satisfaça alguns de seus desejos!
Fora deste conceito Deus não serve pra nada.
Digam-lhes que, o céu não existe, inferno muito menos, e que nunca houve nem irá haver proteção e benevolências.
...e o mito desaparecerá, se quer será lembrado.
Vivemos a mercê do ego, onde pra se manter produz o medo.
Queremos um gênio numa lâmpada pra eu friccionar, toda vez que "eu" estiver em declínio ou com nescessidades.
É, ou não é, uma ilusão mitológica alimentada pelo orgulho e vaidade?
Tentando não perder
o desenrolar dos fatos
debaixo para cima,
e de cima para baixo,
conto o quê deve
ser sempre contado,
correndo o risco
do erro com palavras
que não são minhas.
Não rompendo nunca
com a paz possível,
a poesia quando
sabe pouco nada,
ela vai por aí em busca
da memória e da verdade.
Com o sorriso apagado
dizem que o Capitão
nunca esteve ligado
na Operação Aurora,
incomoda o quê está
passando com a tropa
como ela fosse minha,
vai dormir pensando
na gravidade da notícia:
"Paramilitares siembran
minas en la zona
del Catatumbo
venezolano y la guerrilla
impuso el toque
de queda en El Guayabo".
Um dia essa moda pega
de todo mundo querer
virar poeta esperando
o raiar da liberdade
contando tantas histórias
da América Latina
que fácil se esquece
até dos protetores
das borboletas monarcas.
Testemunha sensorial
destas tristezas
do continente e pedindo
a liberdade do General
que está preso inocente
e que não viu nestes
quase dois longos anoa
sem ver o sol da justiça,
assim sigo aborrecida(....)
Lágrimas de Potira
Na beirinha do rio de toda
a minha vida,
Sou eu que conto as lágrimas
de Potira transformadas
por Deus em diamantes
para eternizar o amor
que ela sentia pelo heroico Itagibá,
De poesia em poesia
vou escrevendo a minha Pátria
porque ao menos no meu
peito eu a quero viva
para ninguém com ódio a reinventar.
Classicismo Poético em Rodeio
Aqui conto com os elementos
mais perfeitos que existem
e que fazem com que eu encontre
no Classicismo Poético em Rodeio
tudo o quê permite escrever
nestes tempos tortuosos
a minha poesia rara, mansa
e absolutamente apaixonada
num mundo que não
encontra mais sentido em nada.
Conto cada Borboleta-aro-vermelho
que vem se aproximando ao redor,
Sem receio mergulho em mim
para escrever sobre o amor.
O fel alheio não me sufoca
porque tenho vida anterior,
Sei da onde vim e para onde vou:
ser ainda melhor só cabe a mim.
De mãos dadas com o tempo
o interminável minueto,
ele sussurra e eu apenas solfejo.
Porque quem tem razão
não precisa se antecipar,
tem tranquilidade para continuar.
O palácio das "noivas".
'Breve conto poético'
Numa cidade antiga conhecida como "lugar do coração",
Havia sim, um homem imponente, sábio e virtuoso,
Chamado também Salomão.
Seus pais assim o chamaram,
Em homenagem ao grande rei.
Porque quando crescesse, diziam seus pais,
Ele dirá: grande como ele, também eu serei!
O garoto cresceu, e andou por toda a cidade imponente,
Garboso, observador e contente.
Sempre sorridente,
Mostrando com elegância a linda brancura do dente.
Observara ele o nobre e extravagante,
E sempre se lembrava do Rei Salomão.
Pois apesar de tudo, coisas tristes lhe aconteceram,
Que serviria para uma grande lição.
Então, comparando essas coisas ruins dos nobres e Salomão,
Disse: farei a mesma coisa, mas com encantada inversão!
Salomão Rei tivera mil mulheres,
Que lhe perverteram o coração,
Pois eu terei "mil" noivas que me ajudarão a permanecer no caminho da retidão!
Vi os nobres de minha cidade,
Corromperem-se e casarem-se com a megera luxúria,
E o fruto desse nefasto casamento lhes gerou a penúria!
Vi que puseram em seu leito a amante inveja,
Que sempre deseja o que a ela se supera.
Vi em seu leito a paixão desenfreada,
Que faz perderem-se os homens de nobreza encantada.
Vi o amor ao dinheiro,
Que entorpece o coração,
E faz com que se cometa os maiores atos de devassidão!
Vi a senhora cólera em sua cama,
Violentar sua mente.
Que lhes deixava sempre desgostosos e com espírito descontente.
Observei a mulher mágoa,
E a intensa pobreza de alma em que se lhes deixava!
Convidaram em seu leito a morte,
Acode!!!
Porque contra ela, em amarras de pecado,
Nunca se pode.
Vi acréscimos de núpcias,
Dia após dia,
Vi a fome insaciável de relacionamento com as volúpias!
Vi a maldita traição,
Que levava à morte de um irmão.
Vi o que foi gerado com o casamento da desregra,
Que fazia com que os homens se acabassem numa cela!
Vi infanticídio, matricídio, parricídio,
Vi o irmão de sangue matando irmão de sangue,
Através do fratricídio!
Vi homicídio, feminicídio.
Vi a desgraça que comete o homicídio!
Todos filhos da traição,
Que faz as vidas serem ceifadas sem perdão!
Daí eu disse: eu não quero isso para minha vida não!!!
Casarei com mulheres diferentes, que sempre me deixarão alegre e contente!
Mais sorridente,
Prudente,
Diligente,
Inteligente,
Sapiente!
Relacionar-me-ei com a boa fama,
Por que não há um só dentre os homens,
Que com ela nunca se encanta!
Colocarei em meu leito também a senhora virtude,
E montarei um lindo harém cheio de magnitude!
Se Salomão teve mil,
Mil eu também quero ter,
Mas como eu disse em sentido inverso,
Para não pôr nada a perder!
Quero casar também com a intelectual solidão,
Que sempre me faz crescer sozinho,
E sair um pouco da multidão!
Relacionar-me-ei com a caridade,
Que faz os homens casados com ela,
Sempre fazerem gestos de piedade.
Colocarei em meu leito também a sabedoria,
Que a todos os mistérios sempre nos descortina!
Que faz o insondável ser sondado,
E o importante impenetrável ser com clareza penetrado!
Porei em meu leito a fé!
Que nos faz acreditar naquilo em que não se pode ver.
Com brilhantismo e convicção tal,
Que fica mais fácil de perceber!
Colocarei em meio leito a prudência.
Casarei com a inteligência,
Sapiência que nos fazem evitar a DEMÊNCIA.
Saciar-me-ei no bom e lícito “bacanal” do permitido!
Para que do reino da prosperidade,
Eu jamais seja demitido!
Deliciar-me-ei do banquete do que a vida pode me dar!
E rejeitarei as “prostitutas” da perversão,
Que às loucuras levam ao homem,
Sem pestanejar!
Só colocarei em meu leito noivas virtuosas,
Amorosas e que me querem bem,
Quanto as outras: NEM VEM QUE NÃO TEM!
Quero amar a suavidade,
Boa riqueza e prosperidade.
Quero a boa fama,
A amável sensibilidade.
E com ela fazer de tudo na “cama”.
Relacionamento com a sensibilidade -
Faz a tudo ver com clareza, singeleza,
Justeza, nobreza, delicadeza, pureza.
Puro desejarei sempre ser,
Pois com essas LINDAS “mulheres”,
Não haverá como não ser.
Essas são noivas para mim mui castas,
Puras, santas.
Que me fazem saciar-me em mel,
Preferir o mel, quando penso em me lambuzar de fel.
Como Zeus, que prolongou a noite para deliciar-se com Alcmena em amores,
Quero que o rei dos céus prolongue-me os dias com elas,
Para que eu não tenha dores.
Óh maravilha,
Divindades do céu,
Concedei-me o que vos peço agora,
Para que diante de vós,
Eu nunca venha a perder,
A intelecção do sábio Aitofel.
Aitofel Salomão também conheceu,
Pois fora conselheiro de seu pai Davi.
Davi significa AMADO,
E que sempre amado eu seja óh céu, para TI!
25.10.2015 – 14:35 h
Eu quis que nosso mundo fosse um conto de fadas
amando o tempo todo em todo canto da casa,
mas isso, hoje eu aprendi que não existe!
Mas nada vai fazer com que eu desista
nada é pra sempre eu sei que sou capaz,
a vida não é só isso ela é muito mais...
...só tenho que dormir um pouco pra sonhar de novo
Os meus olhos sentem a falta dos teus,
o meu corpo sente a falta do teu,
a minha alma sente a tua falta, amor..