Casa Velha
Somos histórias
Me sinto como esta casa grande
de janelas pequenas, pintada com
tinta velha e sem muita beleza
onde só o próprio dono de bom
coração se agrada.
Mas o que isso importa?
Se todos os dias pessoas veem e
pessoas vão; Sou invisível para os novos,
esquecido na memória dos velhos
sou história contada quando lembrada
DIANTE DO PORTÃO, SENTIRÁS UM SILÊNCIO
( Nilo Deyson )
A velha silenciosa casa rangia.
Uma velha silenciosa solidão morava ali.
Em meio aos lírios do campo e dos crisântemos.
Áspera vida aérea de vento.
Todos os dias oscilavam as flores,
nos fundos tenebrosos daquele quintal dourado pela caridade do sol.
Há muito tempo a porta não se abria, mas rangia por dentro de saudades de ninguém.
E o lustre da luz banhava o telhado que se congelava com o frio de todo amanhecer, quando um par de pássaros vindo acasalar e fomentar ninhos ali pairava.
Se demoravam muito, escolhendo a estação e seus portos seguros.
Partiam, desconfiando daquela morada que não mais reconhecia os ventos rarefeitos de horizontes distantes.
A pobre solidão ali se contorcia toda de dor.
Dentro da velha casa rangida, resmungando do tempo.
Em meio aos dias desconhecidos, quando os quintais se emudeciam sob o passar das sombras no inverno, dois pássaros pequenos se acomodaram dentro de uma das calhas, e depois expulsos pelos repetentes de uma chuva que desatou todas as suas flores e choros nas brincadeiras e alambiques da enxurrada.
Nunca mais foram vistos.
Nem entrevistos entre as folhagens que cercavam a casa e compunham quadro morto com a copa de uma árvore baixa que não mais gemia quando do alvorecer do vento em seus galhos frágeis, minguados.
Depois desse dia, a casa perdurou muitos meses até se recuperar do profundo sono que a chuva lhe causara, lhe contara um grande sonho.
A pobre solidão ali pensava.
Dentro da velha casa tingida de breu.
Comungando em sua igreja sem alma.
Nunca rezava, apenas ouvia os afagos da ventania que lhe sombrava a vida.
E os quintais se emudeciam com o passar da mão do sol pelo chão ainda noturno sob a árvore, de tão sombra .
Que o dia se estendia no mar de nuvens do céu, clarão de flor entreaberta.
Era verão.
E a casa antiga, onde adormecia alguém mais antigo do que ela, a infinita solidão, se condoia toda, com dor nas juntas.
E dois pássaros um dia pressagearam em seus telhados impingidos de luz.
A casa olhou para o solo e desmoronou.
Os pássaros se foram.
Era o fim do tempo.
- Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Não é apenas uma casa velha.
É uma história construída no tempo.
Um pouco de tudo.
Um pouco de muitos.
Assim vejo nas antigas moradas,
Um livro sem letras
Que a vida escreveu.
Me sinto como uma casa velha de madeira, fazendo barulho a noite;
assustando quem eu queria que ficasse mais perto.
Lembranças da Infância
Ainda me lembro da velha casa da minha infância de tantas magias
Era a casa do vovô e vovó paternos
Uma casa centenária do final do século XIX , ainda construída pelo meu bisavô quando chegou com a vontade e a coragem imigrante das terras portuguesas
Lembro da mangueira, do balanço feito por vovô para os netos quando viessem
E da alegria do encontro com os primos e todos os tios nas tardes de domingo
Vovó era uma doceira de primeira fazia questão de servir o lanchinho da criançada com bolinhos de chuva
O café era passado no coador de pano , lembro de vovó fazendo todo um ritual para o ato
Era uma casa grande cheia de quartos e quintal com variedades de plantas
Não posso esquecer do cão, chamava-se Bigurrilho em homenagem a uma canção, era arteiro e um otimo guardião.
Se foi velhinho com dezenove anos, muito idoso para um cachorro
Assim foi-se a infância passada entre os mimos da vovó e ensinamentos do meu avô
Foi meu avô que me ensinou as primeiras letras, e deixou o legado do amor pela música e a força das palavras
Os tios todos já se foram para a morada do eterno na saudade
Os primos fizeram seus sonhos pelos quatros cantos do mundo.
E vovó e vovô estão aqui dentro de mim, mesmo que meus olhos nunca mais puderam vê-los vivem eternamente na minha gratidão.
Minha singela homenagem pelo dia dos Avós-26/07
Escrito por Leovany Octaviano
@direitos reservados
#plagioécrime
MEMÓRIAS ENCONTRADAS 🌺
A casa velha continua muito bela
Apesar dos anos que vai passado por ela
Paredes de pedra de cal já gasta
As árvores são versos que a terra
Escreve no céu e os pássaros fazem casa
Entre as memórias curtas de verão
Da casa velha poucas lembranças guardo
Mas sim dos fantasmas que oiço
E que nas suas caves ainda habitam
COMPREENSÃO
A rua onde nasci era larga e extensa de vozes.
Nela havia uma velha casa de espera e de descobertas.
Minha mãe me ensinava a brincar de ver.
Ficava ao meu lado e com suas mãos me entregava seus olhos.
Dizia-me: O que vens?
Eu menino, com zeloso brio elaborava narrativas não aparentes.
As vezes via um pássaro falando com o vento.
Ora, era um arco-íris despontando no anoitecer.
E até eu voava, buscando palavras com asas.
Lembro-me quando lhe disse:
- Estou vendo uma dança no céu.
E ela pediu-me para tomar cuidado com os instrumentos, marcar os passos, ouvir a sinfonia.
E asseverou: Veras na vida aparências e essências.
Mas não tenha receio de vislumbrar.
No fim o que fica é o que se olha para dentro.
Antes de saber ler e escrever compreendi a ver poesia.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
A vida é um apeadeiro de memórias
A casa velha continua muito bela
Apesar dos anos que vai passado por ela
Paredes de pedra de cal já gasta
As árvores são versos que a terra
Escreve no céu e os pássaros fazem casa
Entre as memórias curtas de verão
Da casa velha poucas lembranças guardo
Mas sim dos fantasmas que oiço
E que nas suas caves ainda habitam
A vida é um apeadeiro de partidas e chegadas
Onde viajamos nos sonhos e regressarmos à realidade
É por a vida ser breve que agarro cada momento de felicidade
Certa vez; um homem que morava em uma casa velha se cansou por já está ali desde sua infância, e resolveu ir morar em um palácio. Lá descobriu que não havia alimentos. Retornando a sua velha propriedade, onde a lavoura era farta, descobriu que ela estava habitada por novas pessoas, e assim ele mendigou o resto de sua vida.
Cuidado com as escolhas que você faz, pode não haver retorno, e nem sempre o luxo tem a felicidade que aparenta ter.
Na frente daquela casa eu via,
As arvores que faziam sombra,
A velha cadeira de balanço que assobia.
Ali naquela velha choupana todos riam
Parece que toda a paz formava sua energia.
Dali irrompia alegria,
Formavam uma só harmonia.
Ali era um lar,
Ali era uma nostalgia.
Dali emergiria humanos,
Na sua acolhida embalava a vida.
Olho no olho,
Respeito e afeto,
Simples Acolhida.
Mulher que não casa até os 40 é vista pela sociedade como velha, encalhada e mal amada, o homem que não casa até os 40 é resumido em duas palavras, “sem futuro”.
"Deitar abaixo uma casa velha e substituí-la por outra mais nova não é desprezá-la, mas fazê-la reencarnar numa forma mais elevada. Assim, as presentes formas políticas, com as suas estreitezas que enchem de angústia milhões de homens de todas as condições, não podem durar muito mais agregando «camadas de pintura»; urge renová-las profundamente, urge uma renovação total."
Que ele se preparasse muito bem, porque a esposa que ele tinha em casa morreria e ressurgia a velha Eu, só que com bagagens maiores, dois filhos e sabendo que marido folgado a gente não aguenta e nem espera nada, a gente se livra. E se livra logo.
"Não é sobre casa."
Se eu soubesse o quanto que aquela velha casa ia me fazer falta -
Eu nunca a teria magoado.
Tão acolhedora, tão confortável...
Me sentia livre lá.
Mas infelizmente começou a esfriar -
Não era o mesmo que antes
Eu não tive muito zelo por ela...
Nem dei muito valor
Se eu soubesse que tudo ia "desabar"
Eu com certeza faria de tudo para consertar as rachaduras
Mas hoje não há nada que eu possa fazer... Só restou memórias e lágrimas.
Deposito das almas
Um belo dia um sábio homem se prostou a sentar no banco de sua velha casa então a filha de seu vizinho veio correndo lhe pedir conselhos:
Sábio:-Olá Eva! (Cumprimenta a moça)
Eva:-Sábio, Estou com dificuldades em meu relacionamento.(Diz olhando para as rosas que estava murchando)
Sábio:-Diga me do que se trata (Diz curioso)
Eva:-Além de meu noivo gosto de outra pessoa (Diz com a voz trêmula e com as mãos suando)
Sábio:-Eu perdi meu grande amor na mesma situação(Diz relembrando de seu passado)
Eva:-O que houve?
Sábio:-Eu era um homem que dormia com muitas mulheres mas quando conheci minha amada e falecida esposa eu me apaixonei mas demorei dez anos para conquistar a confiança dela.
Eva:-Isso tudo?
Sábio:-Sim.Mas durante os trinta e cinco anos de casados eu a traía com a mulher que ela mais odiava.
Eva:-O que?
Sábio:-O amor da minha vida morreu de desgosto, Ela era a mais bela que já vi e a perdi quando ela me viu com a minha amante na cama ela correu e foi para a rua e o carro a atropelou. Depois a levamos ao hospital e ela ficou paralítica, eu a trouxe para nossa casa mas como eu não podia ter relações íntimas com ela minhas necessidades masculinas eram muito grandes, Até que eu trouxe a minha amante e dormi com ela na frente de minha esposa que não falava, não andava e nem respirava sozinha as lágrimas saiam dos olhos dela, Até que no outro dia ela morreu de desgosto.
Eva:-Como pode fazer isso?(Se levanta totalmente indignada e chorando)
Sábio:-Eu fui ferido no passado antes de conhecer lá e não acreditei no amor dela até sua morte as últimas palavras dela foi um simples e singelo "Eu te amo". (Diz com a voz trêmula e limpando as lágrimas de seus olhos)
Moral da História:
Se está ferido jamais quebre o coração de alguém.
Livro:O Amor
Texto:Depósito das almas
Antes de comprar uma casa velha com a intenção de reformá-la, lembre-se de que ela pertenceu um dia a alguém que desistiu de fazê-lo.
Noites acordadas,
noites maldormidas,
casa velha de tábuas corridas,
a cair aos pedaços, com história,
com alma, com sentimentos, com vida,
onde moram dois velhinhos queridos,
amorosos, que vivem em conjunto há mais
de cinquenta e quatro anos,
os meus queridos pais.
Casa majestosa e velha...
Melodia em silêncio provocada pelo vento
Folhas de todas as cores espalhadas pelo chão
Despertam qualquer lamento naquela casa velha
Escura e mal-acabada, outrora fora uma casa charmosa
Agora não tem cor, paredes gastas, descascadas
Apagadas pelo tempo, distante, sozinha, vazia
Já sem dono ou talvez tenha sombra de quem
Foi bela e amada, agora é escura, triste nesta noite
Chuvosa, sem meio, sem fim, destruída sem ilusões!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp