Carta de Filho que Morreu de Cancer

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Na Índia, os mestres dizem que a diferença entre alguém que está com cancêr e alguém com uma dor de cabeça depende da intensidade da aula de que a pessoa está precisando.

Na vida, quanto mais teimoso for o aluno, mais as aulas serão dolorosas.Quanto menos o aluno aprender, mais a vida vai bater pesado para que acorde e aprenda.
Todo problema traz em si uma oportunidade para crescer.
Quando nos aproveitamos dessa oportunidade, o sofrimento vai embora.
Deus não coloca os problemas em nossa vida para nos sacanear.Dificuldades são oportunidades de crescimento...E depois de superados, nos mostram a nossa verdadeira capacidade.

Quero que essa semana pensemos em nos superar, e com sorte MUDAR ...
É como disse-me uma vez a minha orientadora(pesquisas), quando fui na primeira visita de estudos:
Vamos estudar Inovação aberta...(Cara de sem entender)
Pra onde será que isso vai me levar?
Não tinha a menor idéia...rsrsrs
Inovação Aberta,tem haver com melhorar algo que já existe com sugestões de fora do seu ambiente...
Que me perdoe a minha mestre, se pequei na explicação...Aqui serei poeta.
Então...
Vamos deixar que as sugestões que venham de fora mude os nossos velhos hábitos.
Esteja aberto pra aprender as lições que a vida tem trazido ate você, pra MUDAR.

E mudar exige coragem.
É saltar do conhecido rumo ao incerto...
Crescer significa ter a ousadia de explorar o desconhecido.
Viver em segurança, é o mesmo que viver na pobreza...
Quem quer viver somente o conhecido precisa se acostumar com pouco.
É isso que quer pra sua vida?
Pouco?
No processo de mudar, sempre haverá medo de algo.
É necessário aprender a fazer o que assusta.
Lembre-se: o que for importante em sua vida, sempre...Sempre provocará um friozinho na barriga.
O grande desafio, é mudar...
É fazer o que nos propusemos, mesmo com o medo por perto.

Para Chico Xavier, "o momento mais díficil é o de evoluir"
Mudar exige uma REVOLUÇÃO de postura, de atitudes, de idéias, de intenções e de ações.
Mudar e evoluir exigem que se olhe para o alto...
Lembre-se, quem olha pra trás acaba batedo a cabeça no muro.

Mude e cresça.
Mas, não abandone sua alma em algum canto qualquer...
Faça aquilo que lhe deixa feliz e em paz, sempre!

Uma grande semana, e domingo nos falamos.
Um abraço apertado e demorado de saudades***

Texto em homenagem, a duas grandes pessoas que ousaram mudar,
Bruno Arakaki e Sandra Jesus*

Inserida por CHANCES

Me dessedento por este amor, tu és o meu câncer!
Eu tenho premência por ti... não devo requerer algo que tu não podes me doar!

Esta azáfama traga o meu psique a minha calma. O meu amor é bravil, desvairado, que amor é esse?
‘O amor devorador’, que tem o espirito sublime, ele é egoísta!

Tu és a minha droga, tu me vicias, e minha lucidez é estrábica. Logo,Te exalo para sobreviver!

Inserida por dantaspriscila

O Começo

O naufrágio da humanidade está assentado no egoísmo. Se descobre a cura do câncer, retrocedem na classe humana. Somos ignorantes enjaulados em um mundo coletivo. Enquanto não se pensar em falar a língua universal. E apenas buscando realizar nossos interesses pessoais, não será as doênças, nem a violência urbana o mal maior. A falta de humanidade é o verdadeiro apocalipse.

Inserida por Ricarlos

Os índios já sabiam de tudo, ou pelo menos estavam no caminho certo, viramos um câncer planetário quando acabamos com eles, acabamos com irmãos, que viviam em harmonia com as leis da nossa natureza e consequentemente com o criador. Será que fomos projetados ou desviados para cometer esse erro? Pois acabamos com diferentes culturas, ou quem sabe, mais "elevadas" que a nossa, esvaziando nosso interior, nos levando a avançar tecnologicamente, sugando todos os recursos do planeta Terra, modificando a natureza e por fim acabando com tudo.

A semente do remorso assassino foi jogada no espaço, para enfim, com o desejo ajudar, mas na verdade INTERVINDO na evolução de outros planetas, onde podemos até ser considerados Deuses, tocando em "crianças" puras dessa outra terra, perfeita, projetada para evoluir em harmonia, e, de fato, nascerem Deuses.

Com este ponto de vista, será que qualquer dogma/religião que não são os Demônios que impedem os seres de irem além das fronteiras?Parece que isso acontece conosco, onde temos de um lado a prosperidade (tecnologia) e do outro a paz (ou amor).

Quem sabe o encontro dos dois lados será a chave de tudo? Nós não vamos saber, portanto, vamos juntar no presente os dois lados da moeda.

Inserida por daniel9d

Lutar contra o Câncer requer forças, mas lutar contra as forças que buscam através de muitas doenças te derrubarem, isso é ousadia!
Quando você tiver certeza que o diagnóstico é o fim, lembre-se o fim é a única certeza que todos temos. Então só cabe a nós como queremos estar no fim.
Por isso, mesmo que todos ao seu redor te considerem louco(a), não importa. Porque o que importa foi o que você fez em sua vida... sempre haverá os limites impostos, os bloqueios construídos, porém os “insanos” conseguem ver além, assim como os gênios e os verdadeiros heróis.
Re Pinheiro

Inserida por RegianePinheiro

Estamos vivendo mais um OUTUBRO ROSA na PREVENÇAO contra do Câncer!
... e HOJE, mais que saber que o Câncer tem cura é PRECISO vencer a barreira do DESCASO na "ausência do profissional oncológico", é VENCER a" burocracia de acesso ao exame preventivo", é encurtar o tempo entre a necessidade e a execução dos exames de avaliação precoce.
O Câncer na deve ser visto como plataforma política. Quem sofre com a doença EXIGE DIGNIDADE, RESPEITO E ACESSO ao que a Lei garante como Direito Constituído a saúde.
O Câncer tem cura...
Mas, o DESCASO INSTITUCIONAL e a FALTA DE RESPEITO ao cidadão negando-lhe o acesso, MATA!
E, ainda, fechar os olhos para uma realidade tão gritante, é pior que o preconceito.
Abrace essa causa e apaixone-se por essa ideia... Os piores tipos de Câncer é o DESCASO e a INDIFERENÇA.
Diga NÃO a NEGLIGÊNCIA... Diga SIM a PREVENÇÃO!

Inserida por MariaZenith

Meu pai foi ausente, alcoólatra e imoral!
Com 69 anos contraiu câncer de cabeça e pescoço e faleceu.
Eu lia a Bíblia para ele, tocava violão e cantava para ele ouvir.
Ele enchia os olhos de lágrimas e, em meio a tantas dores, dizia: "Eu nunca senti tanta paz. Você é como um anjo na minha vida!".
Eu respondia que o que ele estava sentindo era o amor de Deus pela vida dele. Minha irmã e eu fizemos tudo o que pudemos para cuidar dele, mas ainda achamos que fizemos pouco.
Ele não merecia o nosso carinho? Não me considero grande cantora e mal toco violão, mas era tudo o que eu tinha. Cada um oferece o que tem!
No final dessa história, o bem venceu o mal, e isso é o que importa! E você? O que tem a oferecer?

Inserida por NannyeDias

Qual seu câncer mental?
Qual seu câncer pessoal?
Qual é o seu câncer diário?

O mundo está impregnado com celulas mentais infectadas. Persistimos na rotina constante de auto destruição.
Vivemos com medo, sentimos o fracasso e plantamos em nos mesmos a semente do "acreditar" e do "esperar". Enquanto isso a doença aumenta, a tristeza alimenta a nossa mente e a nossa alma. Mas não podemos nos desesperar, a sociedade impõe isso a você. Conviva com o seu fracasso, encare os seus problemas, engula todos os sentimentos de angústia. Permaneça sereno, calmo e tranquilo, suporte aquelas pessoas que te entregam o caos e seja simpático com elas. Guarde todas sinceridades no pensamento, seja omisso, omita seus medos, seus receios e suas desgraças, a não ser que queira que suas angustias sejam usadas contra você.
Vista-se todos os dias com a sua máscara da hipocrisia deixe o seu câncer dominar.
E chega o momento crucial, da cura ou da putrefação. Mas geralmente, iludidos com a aceitação, escolhemos a auto destruição.

Inserida por MichelleKPLirioPecly

Em tempos do Câncer do politicamente correto, de máscaras, falsidades e hordas estúpidas gritando pela travestida diversidade com todo seu radicalismo vazio e autoritário, onde as pessoas tentam seguir seus grupos e unanimidades burras, me parece que o melhor seria simplesmente deixar o outro ser o que ele quiser. Ninguém muda ninguém e se o que o outro é não te atende, desrespeita e/ou te faz mal afaste-se. Siga seu caminho sozinho ou no grupo que melhor lhe aprouver. Aceite que existem outros diferentes e que estes tem o direito de existir.
Neste movimento procure não se enrijecer (ou se quiser se torne pedra e se lance aos outros) e busque escutar o outro nas suas “verdades”, posicionamentos e atitudes, palavras, sentimentos e o carvalho a quatro...
Pessoas são diferentes, pensam diferente, sentem diferente, se comportam de forma diferente, tem atitudes diferentes, falam diferente, se relacionam de forma diferente, gostam de forma diferente, gostam de coisas diferentes.
Opinar é essencial, escutar é fundamental, concordar não é necessário, nem mesmo entender, mas se posicionar é crucial e significa apenas que você pensa e é alguém único. E mais, não concordar ou ter uma opinião diferente é o que faz com que cresçamos como seres humanos diversos e falar ou expressar estas diferenças não significa que estamos julgando ninguém. Apenas que temos opiniões diferentes. Aqui a forma como nos posicionamos, na educação que nosso pai e mãe nos deu, é o que importa.
“Ouvir” o outro não significa necessariamente “concordar” com ele. O fato de eu discordar de alguém não quer dizer que eu me recusei a escutá-lo. Eu ouvi, escutei, refleti e não concordei, discordei.
Nos relacionamentos, de qualquer tipo, o que a mim parece dar certo é estar aberto a escutar e disposto a falar em um caminho de mão dupla. Ser honesto consigo mesmo e com a outra parte tentando ser o mais próximo possível de quem se é de verdade ou seja, você mesmo sem máscaras ou personagens criados.
E se a diferença e a diversidade são o contexto, busque seguir seu caminho com aqueles cujas diferenças sejam parecidas com as suas. Parece contraditório, mas aceitar as diferenças não significa ter de praticá-las ou de se envolver com o que ou quem você não concorda e que não te faz bem. Aqui tudo se resolve com a velha e boa educação.
Ter opinião própria e expressa-la é essencial. Se adaptar sem perder ou “vender” seus valores e princípios faz parte da evolução.
Liberte o outro para ser ele mesmo. Se não lhe faz bem, afasta e segue com o que te faz feliz.

Inserida por ascaldaferri

Sou rosa
Câncer
Cravo

Agonia

Apareço
Me desfaço
Despedaço
Sou obra da alquimia

Desagrado
Desafeto
Isolado
Descolado

Mas ainda estraçalhado
Patético
Absurdo
Ovacionado
Abstrato
Abismado com a corte que queimou a minha mente
Conturbada e demente
Criminosa envolvente
Eu sou a dor vivente
Eu sou a dor latente

Inserida por aierroc

“ Sorrir é mais fácil “( Irmã Jô)


Irmã Jô é mais uma vítima de um câncer que a judia, a maltrata por muitos anos.
Perde o equilíbrio sempre que tenta andar ou ficar muito tempo em pé.
Mas é aluna assídua na EBD, não falta nenhum domingo.Salvo por um motivo da própria doença.
Dá um beijo em todos os que chegam e não é um beijo qualquer é um “ doutor beijo “, porque vem cheio de fraternidade, carinho e amor.
Não sei como são os dias da irmã Jô, mas sei que um dia ela me disse esta frase quando perguntei sobre a doença e em síntese ela me respondeu com esta frase acima.
Qual o seu problema?o que é mais fácil?

Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.
Santo Agostinho

Inserida por salesge

Meu câncer está me matando...
Ele me mostra que viver já não tem a mesma função de outrora.
Que as pessoas não se importam mais como antigamente.
Com ele, estou aprendendo que não devemos esperar nada de ninguém, porque quando criamos expectativas em cima de grandes pessoas, em pouco tempo nos damos conta de que grandes eram apenas as expectativas, e não as pessoas.
O câncer pode me levar a morte... Ou como tenho percebido, me fazer viver dentro da realidade.

- Mas onde é o seu câncer?

- Na consciência!

Inserida por buenorick

É ASSIM MESMO!!!
Falsos amigos são como um câncer tentam corroer nossa alma,sugar nossa energia tornando nosso coração amargo,e nosso dia sem brilho,demostra a insistência de saber se estamos bem torcendo para ouvir que não,mais se decepcionam ao ouvir que estamos sempre bem,pois Deus é sempre + e o exercito de anjos ao nosso redor nem sequer cochilam......

Inserida por valdeir2vieira

Fazer o auto exame e não esquecer: CÂNCER TEM CURA!
Trata-se de mais uma doença como tantas outras, pelo fato de sempre ter sido associada a morte surge o medo generalizado até do nome... precisamos rever estes conceitos, a MEDICINA evoluiu muito nos últimos anos, o tratamento existe e vem demonstrando que EXISTE VIDA APÓS A DOENÇA!
QUANTO ANTES COMEÇAR O TRATAMENTO, MAIS RÁPIDO E MAIORES AS CHANCES DE CURA!
Nos últimos 02 anos presenciei VÁRIAS mulheres que venceram o medo, venceram a doença e estão contando suas histórias!
Dezembro 2013

Inserida por SidTrombini

Em Dois mil e a cura do Câncer
Eu quero estar vivo
E presenciar, nem que fosse por alguns segundos
Dessa "nova vida"

Queria ver a discriminação
Queria ver se ainda existia a fraude de político imundo
Queria ver se ainda existia machismo,
O capitalismo do Homem
Construindo prédios e mais prédios (como sempre)

No mundo que talvez, seja tão moderno, quanto imaginamos...
Tão moderno, que vá ao ponto
de ter uma tecnologia de ponta, que,
talvez, acabasse até com o HIV...

Ah... por alguns segundos vi-me além,
Pude sentir a fama,
Mas que pena que podendo presenciar isso
Seja apenas o meu Holograma

Inserida por KhristianFerraz13

A gente é a soma das nossas decisões, todo mundo sabe. Tem gente que é infeliz porque tem um câncer. E outros são infelizes porque cultivam uma preguiça existencial. Os que têm câncer não têm sorte. Mas os outros, sim, têm a sorte de optar. E estes só continuam infelizes se assim escolherem.
— Martha Medeiros.

Inserida por gabiacesnof

Para todas as mulheres fica o alerta:
Previnam-se contra o contra o câncer de mama.
São muitas mulheres que perdem suas vidas, acometidas por este mal.
Prevenindo podemos superá-lo.

A PREVENÇÃO SALVOU A MINHA VIDA

OUTUBRO ROSA

Todo dia é tempo de seu seio apalpar
Com este gesto fácil e simoles
Sua vida você pode poupar
OTUBRO ROSA é uma foema alegre
De a todas as mulheres conscientizae...
Um cancêr no corpo, calado,
Você pode precocemente detectar
Visitar seu médico e os exames realizaar
e como eu, sua vida poder salvar.

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Guardar sentimentos,rancor, mágoa ou ódio pode causar câncer? Mito ou e verdade?
Verdade! senti isso na pele... hoje não guardo nada, me libertei desses sentimentos destrutivos! só lembrando, tem muita gente por ai com síndrome do coitadinho(A), isso também é um sentimento destrutivo ta.. só para lembrar.

Inserida por Edvaina

RIO DE JANEIRO, 9 de dezembro de 1977 – dez e meia da manhã. Quando – em decorrência de um câncer e apenas um dia antes de completar o seu quinquagésimo sétimo aniversário – a prodigiosa escritora Clarice Lispector partia do transitório universo dos humanos, para perpetuar sua existência através das preciosas letras que transbordavam da sua complexa alma feminina, os inúmeros apreciadores daquela intrépida força de natureza sensível e pulsante ficavam órfãos das suas epifânicas palavras, enquanto o mundo literário, embora enriquecido pelos imorredouros legados que permaneceriam em seus contos, crônicas e romances, ficaria incompleto por não mais partilhar – nem mesmo através das obras póstumas – das histórias inéditas que desvaneciam junto com ela. Entretanto, tempos depois da sua morte, inúmeras polêmicas concernentes a sua vida privada vieram ao conhecimento público. Sobretudo, após ter sido inaugurado, em Setembro de 1987, o Arquivo Clarice Lispector do Museu de Literatura Brasileira da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB/CL) – constituído por uma série de documentos pessoais da escritora – doados pelo seu filho, Paulo Gurgel Valente. E diante de cartões-postais, correspondências trocadas com amigos e parentes, trechos rabiscados de produções literárias, e outras tantas declarações escritas sobre fatos e acontecimentos, a confirmação de que entre agosto de 1959 a fevereiro de 1961, era ela quem assinava uma coluna no jornal Correio da Manhã sob o pseudônimo de Helen Palmer. Decerto, aquilo não seria um dos seus maiores segredos. Aliás, nem era algo tão ignoto assim. Muitos – principalmente os mais próximos – sabiam até mesmo que, no período de maio a outubro de 1952, a convite do cronista Rubem Braga ela havia usado a identidade falsa de Tereza Quadros para assinar uma coluna no tabloide Comício. Assim como já se conscientizavam também, que a partir de abril de 1960, a coluna intitulada Só para Mulheres, do Diário da Noite, era escrita por ela como Ghost Writer da modelo e atriz Ilka Soares. Mas, indubitavelmente, Clarice guardava algo bem mais adiante do que o seu lirismo introspectivo. Algo que fugiria da interpretação dos seus textos herméticos, e da revelação de seus Pseudos. Um mistério que a própria lógica desconheceria. Um enigma que persistiria afora daqueles seus oblíquos olhos melancólicos. Dizem, inclusive, que em Agosto de 1975, ela só teria aceitado participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria – em Bogotá, Colômbia – porque já estava completamente convencida de que aquela cíclica capacidade de renovação que lhe acompanhava, viria de algum poder supremo ao seu domínio, e bem mais intricado que os seus conflitos religiosos. Talvez seja mesmo verdade. Talvez não. Quem sabe descobriríamos mais a respeito, se nessa mesma ocasião – sob o pretexto de um súbito mal-estar – ela não tivesse, inexplicavelmente, desistido de ler o texto sobre magia que havia preparado para o instante da sua apresentação, e improvisado um Discurso Diferente. Queria ser enterrada no Cemitério São João Batista, mas – em deferência aos costumes judaicos relativos ao Shabat – só pode ser sepultada no dia 11, Domingo. Sabe-se hoje que o seu corpo repousa no túmulo 123 da fila G do Cemitério Comunal Israelita no bairro do Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro. Coincidentemente, próximo ao local onde a sua personagem Macabéa gastava as horas vagas. No entanto, como todos os grandes extraordinários que fazem da vida um passeio de aprendizado, deduz-se que Clarice tenha mesmo levado consigo uma fração de ensinamentos irreveláveis. Possivelmente, os casos mais obscuros, tais como os episódios mais sigilosos, partiram pegados ao seu acervo incriado, e sem dúvida alguma, muita coisa envolta às suas sombras jamais seriam desvendados. Como por exemplo, o verdadeiro motivo que lhe incitou a adotar um daqueles pseudônimos. Sua existência foi insondável, e seus interesses tão antagônicos quanto vorazes: com ela, fé e ceticismo caminhavam ao lado do medo, e da angústia de viver. Sentia-se feliz por não chorar diante da tristeza, alegando que o choro a consolava. Era indiferente, mas humanista. Tediosa e intrigante; reservada e intimista; nativa e estrangeira; judia e cristã; lésbica e dona de casa; homem e mãe de família; bruxa e santa. Ucraniana, brasileira, nordestina e carioca. Autoridades asseguravam que ela era de direita, outras afirmavam que ela era comunista. Falava sete idiomas, porém sua nacionalidade era sempre questionada. Ao nascer, foi registrada com o nome de Chaya Pinkhasovna, e morreu como Clarice Lispector. Mas afinal de contas, por que a autora brasileira mais estudada em todo o mundo era conhecida pelo epíteto de A Grande Bruxa da Literatura Brasileira? Que espécie de vínculo Clarice teria estabelecido com o universo mágico da feitiçaria? Por que seu próprio amigo, o jornalista e escritor Otto Lara Resende advertia sempre alguns leitores: "Você deve tomar cuidado com Clarice. Não se trata apenas de literatura, mas de bruxaria”.
Certamente, ainda hoje, muitos desconheçam completamente, o estreito envolvimento que a escritora mantinha com práticas ligadas ao ocultismo, assim como o seu profundo interesse na magia cabalística. Para outros, inclusive, aquela sua participação em uma Convenção de Bruxas, seria apenas mais uma – entre as tantas invenções – que permeavam o imaginário fantasioso do seu nome. Inobstante, Clarice cultivava diferentes hábitos místicos. Principalmente, atrelados a crendices no poder de determinados números. Para ela, os números 5, 7 e 13, representavam um simbolismo mágico, uma espécie de identidade cármica. Durante o seu processo criativo, cafés, cigarros e a máquina de escrever sobre o colo, marcando sempre 7(sete) espaços entre cada parágrafo inicial. E, por diversas vezes, não hesitava em solicitar a amiga Olga Borelli para concluir os últimos parágrafos dos seus textos que, inevitavelmente, inteirassem as páginas de número 13. Ela própria escreveu: “O sete é o número do homem. A ferida mais profunda se cura em sete dias se o destruidor não estiver por perto [...] O número sete era meu número secreto e cabalístico”. Há sete notas com as quais podem ser compostas “todas as músicas que existem e que existirão”; e há uma recorrência de “adições teosóficas”, números que podem ser somados para revelar uma quantia mágica. O ano de 1978, por exemplo, tem um resultado final igual a sete: 1 + 9 + 7 + 8 = 25, e 2 + 5 = 7. “Eu vos afianço que 1978 será o verdadeiro ano cabalístico. Portanto, mandei lustrar os instantes do tempo, rebrilhar as estrelas, lavar a lua com leite, e o sol com ouro líquido. Cada ano que se inicia, começo eu a viver outra vida.” E, muito embora ela tenha morrido apenas algumas semanas antes de começar o então ano cabalístico, sem dúvida alguma, todos esses hábitos ritualísticos, esclareceram a verdadeira razão pela qual – aceitou com presteza e entusiasmo – o inusitado convite do então escritor e ocultista colombiano, Bruxo Simón, para participar – como palestrante/convidada – do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria organizado por ele. (Prefácio do livro: O Segredo de Clarice Lispector).

Inserida por marcusdeminco

CÂNCER
Gostaria de lamentar da vida também... Como um fato comum...mas, não sei se seria justo.
Tive longos meses batalhando contra um câncer. Muito doente, tinha hemorragias todos os dias e estava grávida. Precisei muito de força... Mas não tive os meu queridos amigos ao meu lado e não os condeno por isso. Ouvi a médica dizer ao meu pai no telefone que eu estava morrendo. Sim, quando você não está preparado pra guerras que você simplesmente não compreende, é difícil mover a luta. Diziam que eu não poderia ter aquele filho. Que ele não teria saúde, entre outras coisas intragáveis.
Ah, me espanto com minha própria lembrança. Minha alma estava no escuro, pois a vida já não me trazia sentindo de amar. Havia quatro paredes dentro de mim e sobre mim. Meu filho, era Deus no meu corpo, manifestando esperaça no meio de tanta dor e abandono. Até eu mesma me abandonei, me odiei, acreditei em cada ranger de dor da minha carne. Mas, a única coisa que eu não podia abandonar, era o meu filho. Queria que tudo me ocorresse, mas que nada atingisse a ele. Eu pedia pra Deus que eu fosse atingida, mesmo questionando a minha fé, meu merecimento... Acordava e dormia fazendo preces para que o meu filho ficasse bem, e fosse muito amado por todos, nunca pedia algo pra mim, eu só queria poder olhar o rosto do meu bebê.
Polpando vocês de detalhes intragáveis ...Quero que saibam que Deus não foi bom comigo. Ele foi maravilhoso o tempo todo... O câncer regrediu e desapareceu após o abraço que Deus me deu... o nascimento de Benjamim. Lido com a realidade de forma clara, estou aprendendo a viver em um corpo, mente e espírito que muitas vezes se contradizem, mas estou tranquila, pois quem elabora minhas lições é maior que tudo isso!
Deus me deu um tempo da vida para amar... e este é o meu maior motivo pra querer amar verdadeiramente as pessoas desconhecidas ou não, afinal o amor é cego.

"O coração tem razões que a própria razão desconhece."
A cada dia esta frase compartilha novos sentidos em mim.

Inserida por MirlaSantos