Capela

Cerca de 64 frases e pensamentos: Capela

Se nunca ninguém se arriscasse, Michelangelo teria pintado o piso da Capela Sistina.

Capela em ruínas.
As aranhas tecem véus.
Cobrindo o silêncio.

Imagino Martinho Lutero colocando as 95 teses na capela de Wittemberg e os padres daquela época falando:
*Esse cara quer aparecer.*
A revolução inicia do não querer mas ao mesmo tempo o querer de Deus.

Não somos bons por que somos bons,
Mas porque ⁠temos a consciência do peso das consequências .

A única profissão que olha pro improvável e vê que em uma pessoa pode surgir um gigante é o professor.

Esforço e Facilidade

Quando Michelângelo estava pintando o teto da capela Sistina no Vaticano, lhe perguntaram de onde ele tirava tanta inspiração, ele respondeu que só um por cento daquilo era inspiração, os outros 99% eram do seu suor.

Temos o hábito de enxergar as glórias sem que enxerguemos o que está por trás daquilo. Como se tudo não precisasse de esforço para ser realizado.

Michelangelo pintou o teto da capela Sistina.
Picasso pintou Guernica.
Leonardo Da Vinci pintou Mona lisa.
Agora...
Quem pintou a arte de viver a dois?

O Último Toque

Capela entreaberta, credência posta, ambão entornado em verde e o lecionário aberto! Liturgia em tempo comum e a rotina diária de um grande hospital com sua complexidade: muitos doentes, familiares em oração, religiosas preparando a celebração, o terço deslizando nas mãos com petições e meu violão ao lado, esperando o momento certo de ser tangido.
O sacerdote se aproxima. Uma religiosa se levanta para acender as velas e enunciar o primeiro comentário da celebração e suas intenções. Pego meu violão e já anseio pela penúltima melodia, a única que consigo enternecer com facilidade. Ainda estou aprendendo!
A celebração se inicia. Durante a procissão de entrada, sinto que alguém fixou os olhos em minhas mãos. Pergunto-me: “será que estou tocando errado?”. A celebração prosseguia e o olhar daquele moço continuara inarredável. E aos poucos o jovem rapaz de banco em banco se aproximara lentamente.
Fiquei pormenorizando cada passo de sua aproximação. Já estava no ofertório, momento de entrega e concentração, quando vem ao em minha direção com um pedido insólito: “Por gentileza, posso tocar a música da comunhão?”. Logo me enraiveci. Era a minha música preferida! Levantei-me e fui ao encontro da religiosa responsável no intuito da não aceitação desse pedido esquivo. A irmã, já anciã, com o olhar compenetrado disse-me: “Deixe-o tocar!”.
A missa prosseguiu. Momento eucarístico. Enciumadamente, entrego-o meu violão. Para nossa surpresa, ele tocara maravilhosamente cada nota, numa harmonia que chegara ao coração. Mãos que tocavam divinamente e olhos em lágrimas que não pareciam ter fim. Questionei-me tamanha emoção, mas senti que vinha consigo uma dor inexplicável. Terminando aquele momento rico e divino, devolveu-me o violão com um sorriso satisfeito, porém senti que ainda havia uma dor imensurável naquele olha.
Após a benção final, como de costume, comecei a guardar os instrumentos musicais. Aquele moço que me surpreendera já havia se retirado. A religiosa anciã veio-me ao encontro e disse-me algo que jamais esquecerei: “sabe aquele moço que lhe pediu o violão? Eu permiti com que ele tocasse e vivesse aquele momento único, pois seria seu último toque”. Perplexo a questionei sobre o estranho “último toque”. Ela olhou-me, já lacrimejando, respondeu-me: “Nesse momento, ele está dirigindo-se ao centro cirúrgico e amputará o braço direito. Esse foi o seu “último toque””.

Inserida por ThatySousa

Nem toda capela é Sistina
Nem toda mulher foi menina.

Inserida por ZUZUFONTES

Toque todos os dias o sino do amor, quem sabe numa capela
distante alguém esteja esperando ouvir os ecos que gritam
de seu coração…

Inserida por Lulena

MÃE...

Aprecio a paisagem translúcida no espaço
Ouço o bater de sinos na capela distante
Vento varre a cabeleira dos verdes matos
No céu, vejo cortejo d’espíritos viajantes.

Balanços das folhas, vultos acenam pra mim
Dogmas infundados entre a vida e a morte
Sopram ao meu ouvido, que isso não tem fim
Círculo vicioso e simbiótico lançado a sorte.

Prolixa e moribunda divago sem entender
Na oculta inflorescência a busca do amor
Lágrimas gotejantes, doridas de um sofrer.

Na lápide, vejo um poço árido que secou
Nas flores silvestres, o toque de teu ser
Saudade mórbida foi apenas o que restou.

Inserida por Lulena

Um coração vazio é como uma capela, basta você cantar com dedicação que a melodia se espalhará cobrindo cada cantinho com doces e aconchegantes notas de amor.

Inserida por andresaut

Noites serenas,
poesia cantada à capela.
Desejo entoado em mantras
que ecoam no ventre das trevas.
Sorriso apagado.
Um momento de autoflagelo.
É o espelho da alma exaltando
as escaras de um mundo ébrio.
Alvorada. Desvairado disco.
Mais um equilibrista caminhando
na luz e na escuridão.

Inserida por vitor_alves

Parei na primeira capela que encontrei,
Acendi uma vela e orei,
O Paraíso é Ela, eu sei,
O Paraíso é Ela !

Inserida por michelfm

Nos uniremos naquela
Pequena capela
E eu viverei o paraíso,
Porque o Paraíso é Ela.

Inserida por michelfm

O VALOR DO ESFORÇO

Quando Michelangelo estava pintando o teto da capela Sistina no Vaticano, Itália, foi lhe perguntado de onde ele tirava tanta inspiração! Ele respondeu: Só um por cento é inspiração, os outros noventa e nove são do suor.

Temos por hábito de só valorizar o resultado final sem olhar o processo que faz com que cheguemos aos lugares desejados, como se tudo não precisasse de esforço para ser realizado.

Inserida por fabio_nery

A Capela

Ainda é a mesma, a capela
E nela,
No mesmo lugar;
A imagem da Virgem,
No seu pedestal.

Continuam no teto pintdos
Os anjinhos rosados.
Ao lado do altar.
Ajoelhados,
Dois ainda estão a rezar.

De joelhos também,
Repito
À Virgem Santíssima,
Outra vez,
A mesmíssima
Oração:

"Senhora das Graças,
Faça verdadeiro
Meus segundo pedido,
Já que o primeiro
Sempre me foinegado.

Faça seu, Senhora, o meu amado,
Proteja-o em seu caminho,
Que nunca lhe falta o carinho
Que eu mesma lhe teria dado.

Dê-lhe boa saúde e paz
E toda alegria que for capaz
De encontrar em sua vida.
E abençõe também aquela
Que for por ele querida
Para que não o deixe sozinho jamais"

Mas o meu terceiro pedido
Que há muito é repetdo
Não sei se quero realmente.
Peço,
Mas no inconsciente
Nego
Que queira esquec~e-lo.
Pois se peço
Que cesse essa paixão,
O segundo pedido ,
Como fazê-lo?

Esta saudade me é tão cara,
Faz-me tanta companhia
Que não sei se não quero tê-la.

Lá fora tudo mudou:
Os lugares não são os mesmos,
A rua,
O cinema acabou.
Só resta a capela
Eu nela,
E você,
Para sempre no meu coração

Inserida por adrianegq

►Beijos Fantasmas

Junto a minha tia eu fui a capela, por que ela queria
Talvez fora o destino, mas de longe vi uma menina
Linda, a pele branca como as nuvens do dia
Estava distante, estava sozinha
Eu fiquei fascinado pela sua beleza
Deixei minha companhia e parti,
Ao encontro da pequena sereia
Ela me disse que morava nas redondezas
Perguntei se não tinha medo do cemitério,
Ela respondeu dizendo que era bobeira,
Muitos de seus parentes descansavam lá
Quando percebi, o tempo havia passado,
Eu acabei por ficar enfeitiçado pelo seu charme
Minha tia já estava terminando,
E por aquela garota eu estava me apaixonando
Ao término, perguntei se poderia vê-la novamente
Eu conhecia aquela rua, e em concordar, fui embora contente.

No dia seguinte, lá estava ela, no mesmo lugar
Comecei a pensar que ela talvez gostasse mesmo de rezar
Eu não iria critica-la, cada vez mais eu estava a me maravilhar
Conversávamos sobre tudo, sobre as flores, sobre o mundo
Me lembro que ela me perguntou uma vez,
Se eu sabia quantos túmulos havia depois do muro
Eu não fazia ideia, ainda disse que sentia muito.

Nossos encontros se tornaram diários
Meus professores da escola se espantavam,
Com a rapidez que eu entregava os trabalhos
Apenas para subir aquela rua de pedra,
E me encontrar com a linda donzela.

Depois de algum tempo, sobre o olhar da Lua,
Nossos lábios finalmente se encontraram
Me senti como se pudesse iluminar aquela noite escura
Eu a segurava em meus braços,
Sentia toda a sua ternura,
E tentava aquecê-la, pois era fria a sua pele
Os beijos seguintes foram leves, mas nada breves
E estavam carregados com sentimentos esbeltos
Eu queria que aquele momento fosse eterno,
Mas para sempre ele estará vivo, escrito neste caderno.

Ao nascer do dia seguinte, não a vi
A capela ainda permanecia, mas ela não estava mais ali
Eu voltei nos dias futuros,
Meu coração começará a ficar inseguro, sentia sua falta,
E eu sempre chorava quando voltava para casa
Eu sentia uma grande saudade
Ela havia criado em mim uma fragilidade.

Alguns meses depois fui, junto a minha tia, ao cemitério
Era o aniversário de minha vó
Eu estava um pouco imerso, com pensamentos no deserto
Enquanto nos retirávamos, eu notei, lá de longe,
Um senhor de idade, ajoelhado, diante de um túmulo belo
Ao nos aproximar,
Indaguei aos meus olhos se eles estavam cegos
Não aguentei e simplesmente despenquei
Aquela a quem me beijará, jaz a mais de uma década naquele túmulo
O meu amor fora ou não real? Eu ainda era puro?

O tempo me obrigou a superar
Às vezes eu acordava e me lembrava
E com ela eu sonhava, nunca consegui acreditar
Até que a velhice veio me falar,
Que meu tempo haveria de chegar.

Me apaixonei por outra pessoa,
E junto a ela, tive uma vida duradoura
Nossos filhos deram, aos filhos, os nossos nomes
Eu sempre amei minha esposa,
Mas nunca quis esquecer daquela minha juventude,
Da garota especial, de quando estávamos juntos
Nunca se foi da lembrança seu beijo, apesar de tudo
Sessenta anos se apoiaram em meus ombros
E, lá no fundo, continuei amando ela, talvez esperando,
O dia em que eu fosse encontra-la, assim como antes.

Eu voltei a ser aquele mesmo rapaz,
Quando Deus finalmente me deu a eterna paz,
Fui descansar no fim da rua de pedras
Quando abri meus olhos, eu vi ela
Permanecia a mesma, e eu perdi uns setenta anos
Éramos novamente dois jovens se abraçando.

Ela esticou sua mão para mim, e partimos
Pelas ruas caminhávamos sorrindo
Me despedi pela última vez de minha esposa e filhos,
E subi, em direção aos céus, com aquela mesma garota,
Que conheci na capela, e que hoje comigo voa.

Inserida por AteopPensador

Diz um velho ditado que," onde Deus constrói uma igreja, o diabo vem e faz uma capela ao lado". Porém, a igreja ainda continua sendo muito maior que a capela.

Inserida por IoneMorais

O nevoeiro; o mar revolto e uma capela, é a trilogia ideal para o sentido da vida poética, onde se sente a magia no ar, porque a magia pode existir em qualquer lugar que expresse felicidade.

Inserida por soaraujo