21 obras de arte mais famosas do mundo que marcaram a história

Adriano Padilha
Adriano Padilha
Mestre em Comunicação, Arte e Cultura

A arte não deve ser vista apenas como uma construção estética, mas também como um importante símbolo que serve para representar movimentos, posicionamentos, contar histórias e, principalmente, nos fazer refletir.

Selecionamos algumas das obras arte mais famosas do mundo e que possuem um papel significativo para a história da arte!

1. O Pensador (1880)

“O Pensador” de August Rodin
Auguste Rodin (1840-1917), um renomado escultor francês do século XIX, marcou a história da arte com sua icônica obra O Pensador. A intensidade no rosto do Pensador transmite a profundidade de suas reflexões e concentração total na busca pelo conhecimento. A escultura não apenas representa a contemplação intelectual, mas também retrata o esforço físico e mental necessário para se aprofundar no mundo do pensamento.

Essa obra se tornou um símbolo duradouro da busca pelo conhecimento, conquistando um lugar especial no coração da arte e no imaginário coletivo.

2. Mona Lisa (1503 - 1506)

Pintura ‘Mona Lisa’ de Leonardo da Vinci

Este é um dos quadros mais famoso, comentado, reproduzido e valioso da história da arte! Mona Lisa é criação de Leonardo da Vinci, considerado um dos artistas mais completos e conhecidos de toda a humanidade.

Da Vinci tem muitas outras obras populares, mas nenhuma chega ao nível de Mona Lisa. Há séculos esta pintura tem despertado a curiosidade e interesse dos amantes das artes plásticas, principalmente devido a expressividade enigmática da modelo.

O sorriso e o olhar de Mona Lisa são apenas algumas das características que chamam atenção na obra, que serviu (e serve) de influência para diversos aspectos culturais desde a sua criação.

Atualmente, Mona Lisa é uma das principais atrações do Museu do Louvre, em Paris.

3. A Última Ceia (1495 a 1498)

“A Última Ceia” por Leonardo da Vinci

A Última Ceia é uma obra-prima icônica criada por Leonardo da Vinci (1452-1519), renomado artista italiano. Essa pintura mural monumental, também conhecida como "Santa Ceia" e realizada entre 1495 e 1498, retrata o momento crucial em que Jesus Cristo compartilha sua última refeição com os apóstolos antes da crucificação.

Localizada atualmente no refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, a obra evidencia a habilidade de Da Vinci em capturar expressões e emoções individuais, resultando em uma representação poderosa e intensa.

A combinação de técnicas inovadoras e a habilidade de Da Vinci em criar profundidade e dramaticidade por meio do jogo de luz e sombra, faz dessa pintura um marco do Renascimento e um tesouro artístico de valor inestimável.

4. O Nascimento de Vênus (1483)

Pintura ‘O Nascimento de Vênus’ de Sandro Botticelli

Obra de Sandro Botticelli, O Nascimento de Vênus também é tido como uma das pinturas mais reproduzidas na cultura popular, seja no cinema, em propagandas, na literatura, na música, entre outras manifestações contemporâneas.

Originalmente, esta quadro faz parte de uma série de trabalhos feitos por Botticelli que eram inspirados em relatos de obras-primas da Grécia Antiga.

Esta obra encontra-se exposta na Galeria dos Ofícios, na cidade de Florença, na Itália.

5. A Noite Estrelada (1889)

Pintura ‘A Noite Estrelada’ de Vincent Van Gogh

Esta é sem dúvida uma das pinturas mais famosas de Vincent van Gogh, artista holandês pós-impressionista. Ao contrário de suas outras obras, A Noite Estrelada é uma das poucas que foi pintada sem a existência de uma paisagem real como modelo. No entanto, o artista alega ter se inspirado nas paisagens de Provence.

A Noite Estrelada foi um dos 150 quadros que Van Gogh pintou enquanto esteve no asilo em Saint-Rémy-de-Provence, na França. O artista esteve internado por muitos anos na tentativa de tratar de problemas psicológicos.

Atualmente, A Noite Estrelada encontra-se no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York.

6. Os Girassóis (1888)

Girassois. Obra de Vincent van Gogn

Os Girassóis, do pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), são uma série de pinturas icônicas que transmitem a paixão e a visão de mundo do artista. Com cores vibrantes e pinceladas enérgicas, Van Gogh busca capturar a essência da vida na beleza efêmera de seus girassóis.

Suas obras revelam a ligação do pintor com a natureza, sua constante luta interna e a busca por significado através da arte, convidando o espectador a contemplar a riqueza da experiência humana.

Até hoje, essas pinturas encantam e inspiram pessoas ao redor do mundo, lembrando-nos da importância de encontrar beleza nas coisas simples e de apreciar a luminosidade mesmo nas horas mais escuras.

7. O Grito (1893)

Pintura ‘O Grito’ de Edvard Munch

Uma das obras mais famosas do artista norueguês Edvard Munch e de toda a história da arte moderna!

O Grito se transformou num ícone cultural ao longo dos anos, sendo considerado como uma das obras que melhor define o movimento expressionista da época.

Poucas obras artísticas foram capazes de transmitir com tanta clareza o sentimento de angústia e desespero do ser humano como O Grito.

Esta obra é considerada uma das mais caras do mercado da arte, sendo vendida num leilão em 2012 por 119,9 milhões de doláres. Atualmente, o quadro encontra-se em exposição na Galeria Nacional de Oslo, na Noruega.

8. Vênus de Milo (século II a.C, provavelmente)

Escultura ‘Vênus de Milo’

Ninguém sabe ao certo o ano em que foi feita o quem foi seu criador (algumas pessoas consideram Alexandros de Antioquia como o provável escultor), mas uma coisa é certa: Vênus de Milo é uma das poucas obras da Antiguidade que conseguiu se tornar um ícone popular na contemporaneidade.

A descoberta da estátua aconteceu em 1820 na ilha de Milo, que na época pertencia ao Império Otomano. Por causa das escassas informações registradas, existem muitas divergências sobre como a obra teria sido encontrada e, principalmente, como teria perdido os braços.

Esta é uma das obras mais famosas em exibição no Museu do Louvre, em Paris.

9. Moça com Brinco de Pérola (1665)

Pintura Moça com brinco de pérolas de Johannes Vermeer

Esta obra de Johannes Vermeer é tida como uma das mais famosas do artista, sendo muitas vezes referida como a "Mona Lisa do Norte" (Vermeer era holandês).

Não se sabe ao certo o ano em que Vermeer pintou a Garota com Brinco de Pérola, mas muitos historiadores da arte acreditam que foi por volta de 1665.

Devido as poucas informação que existem sobre a vida e obra de Vermeer, toda a "aura de mistério" em torno de seus trabalhos faz com que estes sejam ainda mais interessantes. Este quadro foi motivo de tamanho interesse que até ganhou uma adaptação para os cinemas!

Moça com Brinco de Pérola (2003) é baseado no romance de Tracy Chevalier, com direção de Peter Webber, e conta a história de como Johannes Vermeer supostamente teria criado este quadro icônico.

Atualmente, Garota com Brinco de Pérola se encontra em exposição em Mauritshuis, em Haia, um dos mais importantes museus da Holanda.

10. Abaporu (1928)

Pintura Abaporu de Tarsília do Amaral

Esta é a obra mais icônica de Tarsila do Amaral, artista brasileira conhecida como uma das principais precursoras do Modernismo Brasileiro.

Abaporu, nome de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente", foi o marco inicial do Movimento Antropofágico, que consistia na deglutinação da cultura estrangeira que chegava ao Brasil, adaptando-a para a realidade do país.

Tarsila pintou Abaporu como um presente de aniversário para o seu marido na época, o escritor Oswald de Andrade. Atualmente, esta pintura é a tela brasileira mais valorizada no mercado artístico mundial.

Abaporu encontra-se exposto no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires (MALBA), na capital argentina.

11. Guernica (1937)

Pintura ‘Guernica’ de Pablo Picasso
Guernica, Espanha - 10 de outubro de 2015: Uma parede de azulejos em Gernika lembra o bombardeio durante a Guerra Civil Espanhola. Picasso, Pablo. Guernica (1937). Fotografia. Tichr/Shutterstock.com

Uma das obras mais famosas de um dos artistas mais famosos: Pablo Picasso. Guernica é considerado uma das pinturas mais importantes e simbólicas do movimento cubista.

Para quem não sabe, esta obra é uma representação do bombardeio que a cidade espanhola de Guernica sofreu em 26 de abril de 1937, durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, este quadro possui um significado político e apresenta uma crítica ao caos e destruição provocado pelo Nazismo.

Guernica encontra-se em exposição permanente no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid, Espanha.

12. O Beijo (1907-1908)

“O Beijo” de Gustav Klimt

O Beijo é a obra mais famosa do renomado pintor austríaco Gustav Klimt (1862-1918). Criada entre 1907 e 1908, essa pintura é amplamente reconhecida como uma das maiores realizações da arte ocidental. Ela faz parte da icônica "fase dourada" de Klimt, na qual ele incorporou folhas de ouro às suas obras, conferindo-lhes um brilho singular e uma atmosfera verdadeiramente mágica.

A pintura, profundamente intensa e repleta de simbolismo, transcende a mera representação de um momento romântico e adentra o reino dos símbolos e do subconsciente, permitindo diferentes interpretações.

O Beijo é uma obra que transcende o tempo e as fronteiras culturais, cativando e encantando pessoas em todo o mundo. Um testemunho da genialidade artística de Gustav Klimt e de sua habilidade técnica em capturar emoções e transmiti-las por meio de sua arte.

13. A Persistência da Memória (1931)

Pintura ‘A Persistência da Memória’ de Salvador Dalí
Salvador Dalí: A persistência da memória, 1931. Kumachenkova/Shutterstock.com

Esta é outra obra de destaque e constantemente referenciada como um dos quadros de maior impacto na cultura popular.

De autoria do pintor catalão Salvador Dalí, A Persistência da Memória é um dos principais símbolos do Surrealismo, estilo artístico que caracterizava a maioria das obras do artista.

De acordo com Dalí, este quadro foi quase que totalmente feito em apenas duas horas, sendo que o pintor levou apenas cinco horas para concluir totalmente este magnífico trabalho.

Atualmente, a obra está em exposição no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, nos Estados Unidos.

14. A Liberdade Guiando o Povo (1830)

Pintura ‘A Liberdade Guiando o Povo’ de Eugène Delacroix

Obra de Eugène Delacroix feita em comemoração à Revolução de Julho de 1830, que celebra a queda do rei Carlos X de França e a ascensão de Luís Felipe, o duque de Orléans.

Delacroix é um dos pintores franceses romantistas mais consagrados da história da arte. Esta obra apresenta um simbolismo histórico muito forte, representando os ideais republicanos e nacionalistas que eram defendidos pelo Iluminismo.

Atualmente, esta obra de Delacroix está exposta no Museu do Louvre.

15. Medusa (1597)

pintura medusa- Caravaggio

Um dos trabalhos mais conhecidos de Caravaggio, um dos pintores italianos mais notáveis de todos os tempos. Esta obra retrata a figura mitológica da medusa, uma criatura que tem serpentes no lugar dos cabelos e com o poder de transformar as pessoas em pedra, sempre que estas olham diretamente em seus olhos.

Atualmente, a Medusa de Caravaggio está localizada na Galleria degli Uffizi, em Florença, na Itália.

16. O Jardim das Delícias (1504)

Pintura ‘O Jardim das Delícias’ de Bosch

O paraíso e o inferno se encontram nesta exuberante e perturbadora obra do artista brabantino Hieronymus Bosch, pseudônimo de Jeroen van Aken. A obra é um tríptico, ou seja, um conjunto de três pinturas unidas por uma moldura e retrata nas laterais o inferno e o paraíso e ao centro um mundo que celebra os prazeres da carne.

Descobrir as reais intenções de quem encomendou esta obra é uma tarefa tão difícil quanto desvendar a vida do próprio autor.

A quantidade de detalhes nesta obra já deu margem às mais diversas teorias e estudos sobre a pintura, que continua a intrigar a humanidade. Hoje, ela está no Museu do Prado, na cidade de Madrid, na Espanha.

17. O Juízo Final (1535-1541)

Pintura ‘O Juízo Final’ de Michelangelo

Um das obras que ajudou a imortalizar Michelangelo como um dos artistas mais importantes de todos os tempos!

O Juízo Final é um enorme afresco que ocupa a parede do altar da Capela Sistina, no Vaticano. Inspirado na narração bíblica, o artista reproduz imagens que representam o momento da ressurreição dos mortos e da Justiça Divina.

Este afresco foi feito após o extenso conjunto de pinturas que Michelangelo já havia feito no teto da Capela (1508 - 1512), representando nove cenas do Gênesis (criação do mundo). A Criação de Adão, no entanto, é considerada uma das mais famosas.

Ambas as obras do pintor italiano são consideradas marcos da pintura Renascentista e uma das mais icônicas da história da arte.

18. As Meninas (1656)

Pintura ‘As Meninas’ De Diego Velázquez

Um dos trabalhos mais populares de Diego Velázquez, tido como um dos principais artistas do Século de Ouro Espanhol, As Meninas faz parte de uma fase que o artista denominou como "La Familia".

Durante este período, Velázquez representou cenas do cotidiano. No caso desta obra, vemos a jovem infanta Margarida Teresa de Habsburgo rodeada pela sua pequena corte de damas e empregados.

Esta famosa pintura é considerada uma das mais analisadas do mundo, principalmente por causa da sua complexidade e composição enigmática.

Atualmente, As Meninas está em exposição no Museu do Prado, em Madrid.

19. Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (1884-1886)

Pintura ‘Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte’ de George Seurat

Uma das obras mais importantes do movimento impressionista foi realizada pelo francês George-Pierre Seurat utilizando a técnica do pontilhismo. A pintura retrata a Ilha de Grande Jatte, localizada no rio Sena, e apresenta pessoas e animais desfrutando de uma tarde de domingo no ambiente idílico.

O pintor estava especialmente interessado nas teorias das cores e ilusões de ótica para aplicar a nova técnica de pintura.

Na cultura popular, o quadro também ganhou muita importância. Um musical com o nome “Domingo no Parque com George”, do compositor norte-americano Stephen Sondheim, tentou desvendar as histórias dos personagens apresentados no quadro e também do misterioso pintor.

20. Fonte (1917)

Escultura ‘Fonte’ de Marcel Duchamp

Qual o real conceito da arte? Esta foi a principal questão que o movimento dadaísta deixou para os artistas e público em geral no começo do século XX.

Marcel Duchamp caiu de cabeça na ideia de "antiarte" e cria o icônico A Fonte, que consiste em nada mais do que um urinol invertido. Com esta atitude provocativa, Duchamp marcava a história da arte ao ser um dos pioneiros a estabelecer o debate entre "Conceito x Arte".

Para Duchamp e os demais dadaístas, para ser um artista a pessoa não precisava ter o "dom" de desenhar e pintar perfeitamente, mas apenas ser capaz de criar algo novo, intrigante e que fizesse as pessoas refletirem. Este acabou se tornando um dos princípios básicos de toda a Arte Contemporânea.

21. A Ronda Noturna (1639-1642)

pintura a ronda noturna de Rembrandt

Esta é uma das obras mais conhecidas de Rembrandt, artista neerlandês que se destacou por suas pinturas barrocas.

Rembrandt concebeu esta obra por encomenda da Corporação de Arcabuzeiros de Amsterdã, que desejava decorar o salão da sede da companhia. Assim, o artista criou A Ronda Noturna (que originalmente iria se chamar "A Companhia do Capitão Frans Banning Cocq e do tenente Willem van Ruytenburch a Preparar-se para Avançar") que tem uma dimensão enorme: 5 metros de comprimento e quase 4 metros de altura.

A Ronda Noturna, considerado o magnum opus de Rembrandt, atualmente encontra-se em exposição no Rijksmuseum, o museu nacional dos Países Baixos, localizado em Amsterdã.

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