Cadáver
Em seu mais belo jardim que enterro meu cadáver
para que nasças novamente.. e aprecie a minha carne...
É mais fácil ressuscitar um cadáver humano do que um sentimento de amor, que morre para a beleza e ao em vez de pó, vira ódio.
Quando os alunos fazem a média anual no 3º bimestre, zoam as aulas no 4º. O que falta para o cadáver ficar em pé não é nota!
É mais fácil encontrar vida em um cadáver, do que encontrar vida em um cristão que não tem comunhão!
A televisão a cabo é hoje um cadáver perfumado da televisão comercial de ontem. Os programas da tevê convencional com a nova à cabo se misturam, e o que se copia não é só a programação com perfumaria, mas a forma de elaborar o conteúdo da caixa ideológica da programação, como a maquiagem também. Temos programas tão ruins na televisão a cabo hoje quanto tínhamos na tevê comum ontem.
CADÁVER 3 (B.A.S)
Não há caminhão de mudança
em enterro, nem gaveta em caixão.
Mas o que você dá com generosidade
é como uma semente bendita que multiplica
e pode alimentar muitos outros...
Cadáver
Você (ansiedade) me cerca e dilacera minha alma
Perdão a mim mesmo
Por tantas permissões tolas
Perdão a mim mesmo
Pelas loucuras expostas
Pelos pássaros presos
Nas masmorras da ignorância
Pelos sins que deveriam ser nãos
Pela corda colocada no pescoço
E por puxar o banco
Por tantas desventuras e arrogâncias
Num barco à deriva
Eu cortei meus pulsos
O oceano encheu-se de mim
Bebeu do mais incerto sentir
Andorinhas pousaram sobre meu corpo
E dançando valsa, levaram meu espírito
Raios de sol queimam minha pele
Pálida como papel
Distante como a lua
O céu permanece azul
Tubarões se aproximam para olhar o seu rei
Uma coragem lastimável
Um impacto de forças
Eu me pergunto agora
O que faz alguém se perder
Eu me questiono nesse momento
O que faz alguém pular
Qual momento é o momento
Qual o tamanho dessa dor
Qual o tamanho do sofrimento
Os olhos lacrimejam adeus
Ainda há um círculo de sorriso no mais escuro da pupila
Um ato sem despedidas
Uma busca por respiração
Os sonhos somem como as veias
Quanto vale um corpo que sonhou?
Ou já é um cadáver que amou?
Não vou descansar, não vou hesitar, não vou parar, até estar em cima do seu cadáver, segurando, em minhas delicadas mãos, seu coração pulsante.
Cordas! Cordas em minhas mãos. Seus movimentos têm o monopólio do cadáver. Ande, pule, sinta, quebre seu coração. Apresentando-se para as cadeiras vazias continue seu número. Enrrolado sem cor, sem medo, sem amor. Um homem na mão de outros, um boneco no peito de seu amor. Corte! Corte minhas mãos! Mas não deixe-me terminar o show. O refletor é venda. Onde está? O amor próprio que me salvou?
Não esconda-se de você, se quer tente, eis em saber que ainda que cadáver é você ali representado...
UM CAIXÃO CONFORTÁVEL
(Bartolomeu Assis Souza)
Um cadáver confortável?
Mas quem é que quer ser...
A vida não pode ser
UM CAIXÃO CONFORTÁVEL...
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Vivemos porque sentimos, afinal, que diferença existe entre um cadáver e uma pessoa insensível? Nada mais são do que duas faces diferentes da mesma morte
56. Disse Jesus: Quem conhece o mundo, achou um cadáver; e quem achou um cadáver, dele não é digno o mundo.
" Todo cadáver no Monte Everest foi um dia alguém motivado, proativo e fora da sua zona de conforto."
Eu já estou morto.
Ao escrever este poema, sou apenas um cadáver que teima em segurar a caneta.
Não sei o dia, nem a hora de quando eu morri —
talvez na juventude, talvez no primeiro verso, talvez no primeiro amor que não me amou.
E é isso.
Estou morto, e não há mais volta.
Ninguém chorou.
Não houve velório, nem lamentos, nem lápide com meu nome.
Morri e continuei vivo, preso ao corpo como se ele fosse meu.
Sem céu, nem inferno.
Após a morte, só há o hábito de existir,
onde meu cadáver se senta a escrever
como quem cava a própria cova
com uma colher de chá.
Continuei a fazer as coisas de quem vive:
amar sem saber o que é amor, crer sem fé, desejar sem saber por quê.
Morto, mas não suficientemente;
vivo, mas não inteiramente.
Sem saber se invento a vida ou se ela me inventa.
Morri sem testemunhas.
Nenhum mau cheiro, nenhum adeus, nenhum vestígio.
E o pior: nem eu mesmo percebi.
"Se sua beleza matasse, eu seria apenas um cadáver, por admirar algo que eu nunca poderia alcançar.
Tento respirar ao vislumbrar sua beleza e me falta o ar.
Aos homens é tão fácil o ódio, o difícil é o amar.
O coração, arrebenta-me o peito, a cada olhar.
Quando por seu amor, ressurrecto, eu faria-lhe a cada respirar, uma prece.
Quando nossas lembranças, inundam meus pensamentos, meus olhos inundam minha pele.
Eu tento esquecer de ti, mas o coração não esquece.
Suas juras, que eram minha fortaleza, hoje me enfraquecem.
Me enfraquecem as palavras que eu deveria ter dito e não pude falar.
Cega-me o Sol, ofusca-me os olhos o brilhar.
Como o Sol, a felicidade em ti é algo que vislumbro ao longe, só faço admirar.
Sua beleza de por do Sol, feita para ser admirada ao longe, é algo que nunca poderei alcançar..."
Oração de um cadaver desconhecido
Morri!
Agora sou um objeto inútil.
Apenas, morri.
Meu corpo foi atacado.
Meu espírito ja não está mais em mim.
Foi devolvido para o criador.
Minha alma está vagando pelo espaço e algum legista chegará em breve para me abrir.
Usarão a ciência e muitas teorias para desvendar minha morte e minha descendência, Mas, será tudo em vão...
Vivo, ninguém quis saber quem eu era, quem dirá morto, sem vida, sem fala, sem alma, sem pensamentos e sem passos...
Talvez, através do meu cadáver descubram algumas novidades para futuras descobertas na medicina...
Como sou um indigente, posso ser útil nas mãos de algum estudante....
Fora isso, a minha espera está uma embalagem negra e sombria.
Dentro dela estarei gelado, sem respiração e sem movimentos e para debaixo da terra eu vou....
Embalado, ja não serei mais lembrado.
Enterrado, minha moradia será uma cratera, e ao passar do tempo irei apodrecer.
Quando em vida, a fé não cheguei a conhecer..
Se vivi, não sabia que estava vivo, vegetei e tudo perdi....
Hora insana, não me lembro como tudo aconteceu...
Não me lembro como nasci e morri,
nem de onde eu vim e nem como vim parar,
aqui.....
( Inspirado na oração do cadáver
Escrita por. Carl Rokitansky, )
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Oração do Cadáver original
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“Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente. Tu que tivestes o teu corpo perturbado em seu repouso profundo pelas nossas mãos ávidas de saber, o nosso respeito e agradecimento “.
A oração ao cadáver desconhecido foi escrita por Carl Rokitansky, um médico patologista que nasceu na Áustria, em 1804, e supervisionou cerca de 70.000 necropsias, executando 30.000 delas no Instituto de Patologia, em Viena. É uma forma de homenagear aqueles que cederam seus corpos para o aprendizado de estudantes da área da saúde.
