Caco
No início da vida, quebramos a cara dando valor a amores "caco de vidro" acreditando ser diamante. Nos machucamos, decepcionamos, por darmos valores a algo frágil, descartável e que com a menor da intenção nos fere. Aprendemos, e aí damos valores a amores de papel, leve solto, mas que com qualquer pressão, se rompe... Mais uma vez, aprendemos, e passamos a dar valor a amores de plástico, resiste ao tempo, mas sufoca. E enfim damos valores a amores de metal, fortes com brilho mas que sem cuidado, vai se corroendo...
Antes de valorizar, qualquer "amores", aprenda a amar a si mesmo, você não é lixo, para ser reciclado. Valorize você, de amores a você, o verdadeiro diamante é você.
Aprenda a reconhecer e ver isso em você. Assim, não virão amores frágeis como o vidro, fracos como o papel, sufocante como o plástico e corrosivo como o metal...
Aparecerá amores, que te valorizam, que sabe todo o potencial que tem, que sabe reconhecer o diamante que você é. Se Ame, você é um diamante!
Em um momento temos de não mais querer nos refazer, são tantos cacos que seríamos mais cola que cacos. É aceitar e aprender a ser caco, ou cacos, grão, grãos, pó. E do pó viemos ao pó voltaríamos."
PENSANDO
Agora,tão certo,pairo
nessa imensidão que obtenho.
Desnudo ter que caço,sem haver.
Me acompanha,a ilusão,numa passagem
lúgubre,que faz querer viver.
Seio ardente em brasa semi-morta - você -
que sem esforço põe a acender.
Estou silêncio de fazer o vento falar,
sobre tal força que há aqui,no meu pensar.
Me atiro na proposta desse tempo,
no meu infante segredo,
que revelo nesse lido poetar:
Estás quase aqui,como nesse retrato.
Imóvel.Abstrato.
E o imaginar,vai formando na retina
do meu olhar,uma ponte a ligar,
dois mundos mudos,divididos
entre muros,que impedem tocar.
Não o pensar.
-Te lembro...
Hoje estou um caco de mim mesma mas é quando acaba o choro que vem aquele sono incrível e reparador e sei vou acordar pronta para viver mais !
A noite cai nos braços da morte,
caço um anjo na escuridão,
o silencio te beija,
o esquecimento caie sobre tuas asas,
o mundo desaparece entre as brumas,
sinto a vida que se esvarri ...
Trocamos toda a herança e sabedoria de nossos pajés por um caco de espelho sujo sobre o qual debruçaremos a admirar, pelo resto de nossas vidas, nossa própria feiura.
O MEDO FRÁGIL
O trato que tu fizeste...
Com seu íntimo amigo caco
destrinchado em confete...
Saiu do seu reles comodato,
e confessou, quebrou o pacto.
O frágil quando se mete,
em sua pose todo garbo...
Expele sebo dos pedaços,
treme chão com seu mormaço
e desequilibra em seu voar.
Desfaz do seu pesado fardo
... Dança fado sem as asas,
junta lágrimas p'ra chorar
tilinta a taça do seu medo
e bota o sebo p'ra coçar.
Estou chorando enquanto caço
Na fumaça, podem me ouvir chegando
Se você fosse eu e eu fosse você
Eu sairia do meu caminho
A gente acha que é super herói e pisa em caco de vidro, a gente esquece que sangra e ignora a dor da ferida, mas ela continua lá, latente.
" Eu me acho porque me caço, tudo em mim que procuro eu encontro, não tenho medo do ridículo, pois é lá que é o princípio de tudo, não tenho medo do que vão pensar, não faço coleção de pessoas, cultivo amigos. Eu me acho, eu me como, eu me bebo, eu me amo, eu me doo"
Estava na ponta da língua
quando eu tinha
quase certeza
que iria falar
Estava na ponta do caco
pronta para me cortar
aquelas palavras
e eu sabia que iria sangrar
Na sombra do dia, você chora por estradas não viajadas, se sente um caco no castelo de vidro, e você está impotente. Você se pergunta:'O que eu fiz?' e diz para todos:'Eu terei ido embora.'. É, pensa que é tarde demais e quer fugir, porque para você é mais fácil fugir.
Os pequenos detalhes lhe entregam e você fica em paz. E você apenas se pergunta:'existe um lugar ao qual eu pertença?'.Mas hoje você está quebrando o hábito e deixa de fora todo o resto, volta para casa rastejando, e no fim você não está sozinho.
A casa e o seu Dono
Essa casa é de caco
Quem mora nela é o macaco.
Essa casa tão bonita
Quem mora nela é a cabrita.
Essa casa é de cimento
Quem mora nela é o jumento.
Essa casa é de telha
Quem mora nela é a abelha.
Essa casa é de lata
Quem mora nela é a barata.
Essa casa é elegante
Quem mora nela é o elefante.
E descobri de repente
Que não falei em casa de gente.
O amor às vezes se espatifa no asfalto, se afoga na banheira, vira um caco de vidro debaixo do pé. O amor às vezes redime, noutras condena. É a nossa salvação e a nossa perdição, mais arame farpado que nuvem de algodão, mas quem há de renegá-lo quando ele chega abrindo todas as cortinas e acendendo todas as luzes como se a vida fosse uma eterna festa?
Não vale a pena. É como um diamante que se tornou apenas um caco de vidro que serve apenas para machucar alguém.