Voltei a Escrever
Beijo roubado
Levou junto
o olhar
o desejo
os pensamentos
o sorriso
o sossego…
nunca mais
ela quis beijar
apenas
que roubasse
seus beijos.
Coragem!
Junte nas tuas mãos
os teus medos secretos
arremesse-os
com muita força
com toda a força
de dentro de ti
para o universo
dissipar
e transformar
em coragem
em afronta
em capacidade
faça com fé
e os medos
terão receio
em te habitar.
Com templo
Contemples enquanto há tempo
a flor
o pistilo
a cor...
o cheiro
inale devagar
é apressada a vida
há beleza no contemplar
contemple
enquanto ha tempo.
Minha escrita não é para mim. Quando escrevo penso em quem deveria ler. Se digo algo, minhas palavras saem tão confusas quanto o pensamento. Mas se uso o lápis que desenho, desenho minhas palavras como quem imagina o momento. E tem quem olhe e diga que com ele acontece exatamente assim. Por isso repito: minha escrita não é para mim.
Se escrevemos sobre os momentos que vivemos então decididamente o paraíso que meus olhos não vêem realmente está ao meu redor.
Sou um deserto fazendo monólogos, de braços cruzados brigando com o mundo. Mas as palavras me emancipam!
O amor e o poeta:
"Vejo-me só com meus poemas
E em quantos deles o amor desprezei
Mesmo assim é ainda sobre ele que escrevo
Que insistência esse amor tem!"
E o que eu faço com as palavras?
O que faço com o desejo incontrolável de escrevê-las, de dizê-las?
E o que eu faço com as inspirações imprevisíveis?
Com a busca incansável por respostas, com o não-contentamento que permanece?
O que eu faço com as indagações, suposições, com os pensamentos sempre surgindo, descompassados e ansiosos em serem perpetuados?
O que eu faço com a necessidade intermitente de saber, e tornar a saber depois que já se sabe?
O que eu faço com a busca pelo eu, pelo eu do outro, e pela "re-busca" e novas buscas do meu ser?
Com o desejo de estar sempre buscando o inatingível?
O que eu faço com o fato de me tornar cada vez mais introspectiva, vendo que o universo lá fora é bem menor do que o universo interior que cada um carrega?
E o quanto é gostoso e viciante descobrir que não se pode chegar ao fim?
O que faço com as palavras... todas elas que surgem do nada, e do nada se vão, para depois retornar com mais força?
É assim... dias de silêncio, dias de vazio, dias de branco. Dias e dias, dias de buscas, dias de perguntas, dias de respostas, dias de perguntas com respostas, dias de respostas sem perguntas.
O que eu faço com as palavras?
Eu as deixo livres. Elas são o que são, e eu sou apenas instrumento...
apenas mais um instrumento, à espera da próxima reflexão.
Do próximo rascunho, do próximo eco, da próxima inquirição.
Nada que se lê em redes sociais dura mais que um momento. Quem sabe, momento nenhum para alguns, momentos longos para outros e momentos perenes para raros. Se alguma coisa acontecer em corações e mentes, já terá valido a pena escrever. Se não servir para nada, que sirva a quem escreveu.
"Quando transfiro o que estou sentindo para um papel, parece que tudo o que me deixa ou tenta me deixar triste desparece. Escrevo o que está além dos meus pensamentos e sonhos. Escrever é para mim algo que meu coração sempre teve vontade de fazer. Acho que eu é que demorei para descobrir o quanto me sinto bem, por conseguir transformar letras em palavras, e assim dizer o que me vai na mente e na alma."
"Não existe a voz do poeta. Ser poeta é ter mil vozes... É trazer novecentas e noventa e nove sensações diferentes a quem experimentá-las. Uma é só de quem escreve, a qual orgulhosamente, não dividirá com mais ninguém."
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