Verbo
PRESO
Como eu poderia ter-me em minha boca
Para o beijo e para o verbo,
Se o sabor de tudo isso sentido
Continua a ser detrás,
Daquele tempo que não se parte.
E para atender estes teus olhos
Cor da clara noite, lanternas acesas.
Como posso? Dos meus olhos
Deixei lá atrás nas encostas de orvalho
No vidro límpido que debaixo dele
Viajam peixinhos graçapés
Que por minhas mãos nunca consegui prender.
Um só sequer. Apenas um para tê-lo em casa
Já numa arca de embalagem
Transparente pressenti-lo de perto
Em carícias por ele pelo lado de fora.
A minha boca ficou no desejo da manga rosa
Dos cajus no seu tempo, onde experimento
Qual o mais doce ou qual o mais acre.
Salvo meu beijo, que não o dei,
Na forma de toda a ansiedade
Na menininha irrequieta e tímida
Por minha vontade que não se expressava.
E até o beijo da minha boca
Ficou solidificado, nos lastros das árvores.
Nas mãos dos meus pais, dos meus avós
E de meus padrinhos, na santa devoção
De estar beijando também outro pai.
De onde tirarei de mim para te ofertar
Por este amor sentindo em mim
E que há em mim somado
Ao que deixei do que eu era todo
Retidos no azedume das frutas ruins
De ternuras que foram desta maneira
Tocados pelos meus olhos,
Entretidos nos corpos de seda
Das afeições, caminhos, não resolvidas
Mas que em mim, detidos
Repassam a mim as fragrâncias e o desejo
Que preteri, em vez de fazê-lo.
Pegar minha baladeira e sair
Depois de uma chuva de inverno.
Pois vou preferir sempre ser verbo... Sou cantar, dançar, sonhar, falar, olhar, procurar, encontrar, imaginar, lutar, estudar, pensar, acordar, tocar, cheirar, beijar, fazer, conhecer, aprender, oferecer, querer, ser, viver, construir, unir, pedir, abrir, seguir, ouvir, sorrir e sentir.
Mas não se engane, também quero cair pra poder levantar; quero perder pra poder ganhar; quero colher o que me dediquei a plantar, quero morrer pra poder renascer, quero sofrer pra poder amar.
O que gosto mesmo é de movimentar, de ir pra conseguir chegar, de dar pra poder receber, de me arriscar pra conseguir voar, de dormir pra conseguir sonhar, de acordar pra poder realizar.
Não dou conselhos de como se deve viver a vida dos outros, vou sempre falar sobre a minha percepção sobre a vida como um todo, e seguir vivendo a minha vida, sem arrependimento, e será sempre resumida em uma palavra... Sentimento.
PRESO
Como eu poderia ter-e em minha boca
Para o beijo e para o verbo,
Se o sabor de tudo isso sentido
Continua a ser detrás,
Daquele tempo que não se parte.
E para atender estes teus olhos
Cor da clara noite, lanternas acesas.
Como posso? Dos meus olhos
Deixados lá, nas encostas de orvalho
No vidro límpido que debaixo dele
Viajam peixinhos graçapés.
A minha boca ficou no desejo
Das frutas doces de eterno gosto.
Salvo meu beijo, que não o dei,
Na menininha irrequieta e tímida
Na forma de nuita ansiedade,
Por minha vontade que não se expressava.
E até o beijo da minha boca
Ficou solidificado, nos lastros das árvores.
Nas mãos dos meus pais, dos meus avós
E de meus padrinhos, na santa devoção
De estar beijando também outro pai.
De onde tirarei de mim para te entregar
Por este amor sentindo em mim
E que há em mim somado
Ao que deixei do que eu era todo
Retidos de ternuras
Que foram desta maneiras
Tocados pelos meus olhos,
Entretidos nos corpos de seda
Das afeições, caminhos, não resolvidas
Mas que em mim, detidos
Repassam a mim as fragrâncias e o desejo
Que preteri, em vez de fazê-lo.
Pegar minha baladeira e sair
Depois de uma chuva de inverno.
Saudade é assim, lembrança do antes vivido e desejo do que há ainda a se viver. Saudade é verbo que tambem podemos conjugar no futuro, se o presente nos prender por demais ao passado
Cantar poesias, escrever refrães, soltar canções
Soltar o verbo no saguão
Tudo que deveria ser feito, mas foi tudo em vão
Palavras vieram como expressão, soltando um sermão de uma dor sem razão
Juntos fazemos letras, juntos fazemos união, juntos fazemos o amor, separados vivemos na solidão
Solidão de um mundo cheio de rancor
Pétalas caem ao chão como uma dor sem perdão
Palavras ecoam ao vento como um descontentamento
Subentendidos são apenas aquelas palavras sem explicação
Se houvesse amor entre o perdão, nada disso existia não
Temos que começar, começar um caminhar para um futuro melhor
Temos que procurar abastecer de coisas boas
Primeiramente conhecer a nós mesmo
Para poder fazer disso que somos hoje um melhor amanhã.
Você sabe conjugar o verbo amar?... Então, vamos conjugar juntos: Eu te amo; tu me amas; ele te ama; nós amamos; vós amais e eles amam. Se você gostou da ideia, vamos curtir e compartilhar com os demais amigos e amigas. Abraços fraternais.
Quão ruins são os desalentos que o amor nos causa.
Que loucura é o verbo amar, em todos os tempos.
Já dizem especialistas que conjugar esse verbo causa cegueira sem previsão de cura;
Causa também dores internas, não identificadas por exames médicos;
Em busca de laudos muitos procuram solução divina, porém outros acreditam que o Deus tempo é o único capaz de arrancar essa dor, há quem discorde.
A angústia sem sentido comprovado, provoca tonturas, enjoos e delírios.
Um estudo de centenas de anos não seria o suficiente para entender a fundo as causas, o tratamento e a cura.
Fica no ar esse grande mistério.
BEIJO FRUITIVO
Flui dos olhares bacantes
Verbo, poesia e prosa
Das declamações pedantes
Verso, primazia em glosa
Dúlcido beijo Fruitivo
Deleitável ardor vivo
Leve como flor airosa.
CONJECTURAS SOBRE AMOR E PERDÃO
O maior erro do ser humano é conjugar o verbo amar no passado, e acreditar que reatar um relacionamento é sinônimo de retrocesso na vida.
Perdoar não significa assumir uma fraqueza ou dependência, e sim admitir que não é impassível!
Passamos a vida em busca da felicidade que na maioria das vezes está bem perto, na simplicidade de momentos que deixamos passar por acreditar em paixões idealizadas.
Perde-se tempo em curvas escorregadias que não levam a lugar algum, esse tempo é cobrado pela sombra da inquisitória solidão, espraia-se o orgulho... E lá se vai o tempo, e mais tempo, até perceber que a mais pura ignorância é considerar-se autossuficiente por medo de viver uma frustração.
É nesse momento que devemos deixar de lado a carapaça, levando em conta tudo que aprendemos com doridas quedas, nos vestir de humildade e abraçar com todas as forças aquela que pode ser a última oportunidade de compreender a importante missão do amor.
DOMINGAR além de um verbo regular faz alusão ao ato de
trajar-se com estilo e acrescento também que é o dia em que a família tem tempo para reunir-se e fazer selfies.
A lembrança é um sentimento de recordação que conjuga o verbo viver no presente preservando o futuro, o símbolo do conjuntivo o medo do já vivido.
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