Vazio
Esse mundo é tão grande
mas cá, dentro está tão pequeno, apertado
olho para os lados, so vejo tua imagem
distorcida, esta desparecendo, estou com medo.
O peso de ser
Na vida calma e sem graça,
O tempo se arrasta em monotonia,
Onde as pessoas só cobram
E a hipocrisia encontra moradia.
As cores do mundo parecem desbotadas,
E o riso se torna um eco distante,
Enquanto as cobranças incessantes
Transformam sonhos em frustração constante.
Na dança da vida, falta a música,
E os passos se perdem na descrença,
Enquanto a hipocrisia reina suprema,
Sufocando a verdade com sua presença.
Mas em meio ao vazio e à desilusão,
Ainda há uma esperança acesa,
Que clama por uma mudança,
Por uma vida plena e verdadeira, sem surpresa.
Quebrar as correntes da hipocrisia,
E deixar a autenticidade florescer,
É o caminho para uma vida que pulsa,
Com a verdadeira essência do ser.
Então que possamos erguer-nos,
E buscar a verdade com bravura,
Para transformar a vida sem graça,
Em uma jornada cheia de ternura.
LABIRINTO QUE HABITA EM NÓS
Na paleta sombria da vida em preto e branco,
Caminhamos nós, em loop infinito,
Onde o riso é efêmero e a tristeza é constante,
E a felicidade, apenas um breve aflito.
Ansiedade e cansaço, amarras que nos prendem,
Em meio a uma sociedade de máscaras e mentiras,
Nos sentimos como naufrágios solitários,
Em uma ilha deserta de almas vazias.
Cada passo é uma dança na corda bamba da existência,
Onde o sol se põe em tons cinzentos de resignação,
E a lua brilha com um brilho melancólico,
Sobre os destroços dos sonhos sem direção.
Somos peões em um tabuleiro de ilusões fugazes,
Onde o amor é um espelho quebrado de desilusão,
E a esperança se dissolve como areia entre os dedos,
Neste teatro de sombras, sem redenção.
No eco dos dias, ecoam vozes de silêncio,
Entre a multidão, nos sentimos estranhamente sós,
Como um quadro em branco, esperando a cor que não vem,
Somos poemas inacabados, em versos sem voz.
Não há final feliz nesta sinfonia de desencanto,
Apenas a melodia triste de corações desencontrados,
Onde o tempo se arrasta em um ciclo impiedoso,
E o vazio preenche os espaços, sombrios e deixados.
Assim seguimos, entre sombras e clarões passageiros,
Na dança eterna da busca por algo que se perdeu,
No labirinto de nós mesmos, nos encontramos perdidos,
E a vida em preto e branco, continua, sem adeus.
A escuridão pode ser contestada, pois não ocupa lugar algum, a escuridão é a ausência de luz, por outro lado a luz além de poder ser vista ocupa lugares , a escuridão conota vazio.
depressao é você ter tudo que te completaria, mas mesmo assim em algum lugar te falta algo, um vazio insuportável
Aplaudidos sejam aqueles cujo os olhos não enxergam a cor cinza e pálida ao seu redor.
Louvados sejam aqueles que tenham contemplado muitas experiencias satisfatórias em sua vida, e assim preenchido o seu vazio com algo significante, para lembrá-los de agradecerem por estar vivos.
E que sejam poupados, os miseráveis que viram a verdadeira face desta terra, de viver está vida novamente.
Nota em papel sujo
Te perdi.
Ou você me perdeu primeiro.
Não importa.
Resta a cama vazia,
o cheiro podre da tua ausência
grudado na parede.
Não volto.
Você não volta.
Mas ainda ouço teu nome no escuro.
As lágrimas da melodia
O choro da meia-noite,
um ar de melancolia;
A melodia é aguda,
mais escura que a própria noite.
Meu fone é alto,
tentando me fazer sair desse mundo;
alimentar meu pensamento;
me fazer esquecer tudo.
Nada pode substituir,
minha música melancólica,
que me faz me esvair,
e apenas o som fica.
Casamento não é uma caça, é uma conquista. É necessário mudar a si mesmo para viver em paz juntamente a outrem... pena que poucos alcançam esse estado. Morrem fadados a uma vida de insignificância, de constante inquietude para matar se o que dói, mas em contraste, constrói.
A maneira mais fácil é continuar postando irrisórias fotos para o mundo, e fingir que está tudo bem... por mais que o vazio ainda permaneça em ti.
SONETO 01 - QUEDA LIVRE
Além de Si
Quando dei por mim
Já não era mais eu...
Tudo onde via ser meu
Faziam partes do fim.
O amor que outrora fora tudo,
Agora não mais restava um pouco.
Momentos marcados como loucos
E eufóricos foram apenas absurdos.
Um todo por metades desiguais,
Ou fragmentos de uma parte.
Pois o meu desejo foi a arte
Que preencheu esse vazio demais.
Agora estou eu cá sem ver o que há aqui...
Por doar-se demais além de si.
Ecos do Nada
Prometeram sentido — tarde demais.
O altar já estava em ruínas,
e a fé, como um fantasma que jaz,
sorria com suas mentiras finas.
Ergui minha alma como quem cospe sangue
em direção ao céu rachado.
Mas só ouvi o eco que nunca responde
e o silêncio, de novo, ensurdecido e alado.
A moral — um teatro de bonecos partidos,
pendurados em cordas de culpa e dor.
Choram por virtudes que nunca existiram,
rezam por um bem que fede a horror.
O tempo é uma piada repetida
contada por cadáveres em festa.
E a verdade? Uma prostituta envelhecida,
sábia demais para ainda ser honesta.
Nada é profundo. Tudo é abismo raso.
E quem ousa olhar… afunda.
Pois pensar é morder o próprio atraso,
e viver, uma doença sem cura, vagabunda.
Sem entender, tento definir esse sentimento e simplesmente não veem palavras que define essa sensação.
Nesse momento não consigo explicar o que a mente tenta passar, a minha boca não transmite o que eu quero dizer. Quero gritar, correr, sentir o vento no meu rosto a chuva no meu corpo, quero sentir o sol me esquentando e que tudo possa preencher esse vazio em mim. Hoje estou assim, sem definir o que é importante para mim.
Nada supre o que os meus olhos querem ver, e o meu corpo não sente o que o meu coração quer mostrar. Mas, somente hoje permito-me ficar assim.
Sinto uma solidão em meu peito.
Sinto uma dor na alma.
Palavras parecem se machucar.
Palavras ferem.
Tudo em nossa volta está se destruindo.
A saudade afoga o coração.
A saudade dói no peito.
Não tenho vontade de sair da cama.
Não tenho vontade de me alimentar.
Odeio quando falam o meu nome.
Não suporto mais, me olhar no espelho.
E ver a pessoa triste e sem graça que eu me tornei.
Não aguento olhar para o sol.
Mas ninguém entende o que eu sinto no peito.
Ninguém imagina a minha dor, minha angústia.
A depressão não e frescura.
Depressão é viver dentro de si mesmo, viver dentro de uma bolha.
A depressão causa ansiedade, baixa estima e euforia.
Não consigo colocar os pés na rua.
Mas lágrimas não para de cair em meu rosto.
Mas um dia de tristeza e solidão em mim pobre vida.
Só peço a Deus coragem para sair disso logo e voltar a ter a minha vida normal.
A solidão não pode, me derrubar para sempre.
Poesia de "Sabino Tavares".
Escritor, Roteirista, Cineasta, Poeta, Diretor de cinema e ativista.
www.sabinartproductions.com.br
Uma palavra ao seus ouvidos á matou!
Um sorriso de bom dia arrancou sua alma e covardemente apagou seu brilho...
Ao chão ela se contorce pela grande dor que á aflige. Dedos atrofiados, pernas encolhidas, pele repleta de lesões e olhos arregalados
Da sua boca pode se escutar um som muito baixo, parece um nome ou alguma condição, parece ser...
Izadora que a garota encontrou!
O ódio dá forças para seguir adiante, mantém a estrutura frágil, entrelaça as linhas para que o vazio não tome conta de tudo.
"Vivendo em um mundo onde a felicidade só é aceita se você for da elite ou se simplesmente compra-la, não tem como se sentir confortável, pois a qualquer momento a sua luz é apagada pela escuridão do vazio de outras pessoas"
Natureza branca
Uma raposinha no matagal escuro.
Seu conhecimento é vasto ao sentimento branco.
Sempre sozinho, sempre imaturo.
Sua natureza é um formato endêmico.
Ao vale da sombra vazia, vaga a raposinha.
Sempre sozinha, coitadinha.
Acompanhado ao lado de bichos benevolentes.
A sua máscara é um pertence inerente.
A sua dor da natureza solitária.
O tornava ordinária.
Se culpava da sua solitude que mais virou foi solidão.
Muitas vezes seu desejo era apenas de ser o padrão.
Em um dia qualquer, com tudo mais tranquilo.
Tranquilo de mais, não fazia seu estilo.
Um vulto o atacou, formou uma dor de cavalo.
Isso sim combinava com seu sentimento modelo.
Mesmo desconhecido, ele sabia o que o atacou.
Aquele vulto, era o branco, ele voltou.
Desolado e desacordado.
Sentindo ser carregado.
Só podia sentir a presença de um ser bem maior.
As pregas do olhar, viu aquela que recuperou seu vigor.
Uma loba ao seu vislumbrar, percebera uma virtude.
Vidrado a aquele ser, só podia ver sua pulcritude.
Com receio as naturezas distintas, tinha medo de se machucar.
Mas quebrado pela loba, uma mudança estava a almejar.
Passado tempos, um sentimento criou .
Um desejo se formou.
Uma esperança brotou.
O devaneio o pirou.
Mas, a natureza não pode ser vencida.
Mesmo sem nossa vida.
Ela continua a crescer a uma lenta medida.
Mesmo com esforço.
O produto é um caroço.
Gerado em seu coração.
Perdera toda sua convicção.
A raposinha continua o seu caminho.
Sendo sozinho.
Tadinho, coitadinho.
Em seu caminho continua a trilhar.
Quem sabe um dia as diferentes naturezas não venham a culminar..
O Nada se alimenta de lembranças;
Ao devorar suas lembranças, você fica sem sentimentos;
Sem sentimentos você estará no vazio, e no vazio o Nada toma conta de você.
Estou perdida dentro de mim,inerte. A escuridão me é inerente nesse momento . Tudo é o que não parece ser ......
Uma prisão sem muros ....
