Um Estranho Impar Poesia

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⁠Música no ar

Um despertar sonolento...
Da vida apenas mais um momento
Que se esvai nos raios de luz que o sol
Traz com o arrebol.

Alvorada... fria madrugada.
Tênue luz indefinida...
Amarelada... azulada?

Não há nuvens no céu.
A brisa é leve e suave.
Começa devagarinho o canto das aves.

Uma música no ar.
Alguém acordou com vontade louca de dançar...

É outro dia que se inicia...
O que trará de novo...
Medos... tristezas... ou alegrias?

Inserida por RosangelaCalza

⁠Queria

Queria ganhar de presente um pôr do sol...
Queria ganhar mil sorrisos...
Queria da vida só alegria.

Queria ganhar de presente as luzes do arrebol...
Queria ganhar amizades...
Queria da vida toda a felicidade.

Queria ganhar de presente uma onda do mar...
Queria ganhar uma estrela do céu...
Queria da vida todo o sabor do mel.

Queria ganhar de presente uma estrela do mar...
Queria ganhar floquinhos de nuvens...
Queria da vida só paz e dias e dias de muito amor

Inserida por RosangelaCalza

⁠Linha... linha...

Um encanto encantado.
Pelo vento às vezes sou levado...
Linha... linha... linha...
Tudo desalinha, tudo curva.
Uma vida que deixou de ser só minha.

Jogado pra lá e pra cá.
Tento me equilibrar.
O vento a soprar...
Eu a rodar, a rodar.

Percurso sinuoso.
Sinto-o um tanto tortuoso...
Há dias em que tudo se embola...
Num vai e vem que tudo enrola.

Paz...
linha... linha... linha...
Uma reta que parece não ter fim...
A vida enfim... deu uma trégua pra mim 😉

Inserida por RosangelaCalza

⁠Medo do fim

Um caminho.
Um caminhante.
Uma via reta.
Uma estrada deserta.
Um começo... um meio... um fim.
O que tem a vida reservado pra mim?
Nascer e morrer... um ponto.
No meio... milhões de encontros.
Curvas sinuosas... labirínticas... tortuosas...
Precipícios sem fim...
Um medo que se aloja em mim.

Inserida por RosangelaCalza

⁠A vida é uma só

Um começo.
Recomeço... de voltar quando é preciso nunca me esqueço.
Um ponto de partida... depois... tudo é vida... até chegar ao fim.
Caminhada sem volta.

A vida dá suas próprias voltas...
Percurso sinuoso... ondulante...
Não tem jeito...
Tem de seguir sempre adiante.

Paradas obrigatórias.
Momentos de glória.
Estende bem alto a bandeira da vitória.

Segue o dia a noite...
O vento... um açoite.
Há vezes que tudo embola...
A vida enrola...
Cada nó que dá dó...

E a vida é uma só.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Em câmera lenta

Olho na distância o tempo que se esvai...
Queria um mundo mais lento... pausado...
Queria que meu andar fosse um andar arrastado.
Mas corro.
Não posso me demorar.
As belezas ao meu redor nem consigo aproveitar.
Nasce o dia...
Nova correria...
Morre o dia.
O tempo que se foi numa total afobação.
Nesse grande afã... onde vamos parar?
Podemos parar?
Olho no espelho.
Vejo o reflexo do que um dia fui.
Meus olhos verdes estão amarelando...
Busco a essência dentro de mim.
Um grito perdido ecoa... ecoa...
O tempo voa.
Uma ânsia de ver em câmera lenta o tempo passar.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Dessa dor

Um mar de sentimentos.
Um passado que não cansa de retornar...
E eu que só no presente queria ficar.
Minha vida se transformou num castelo intransitável.

Fantasmas descalços vêm ao meu encalço...
Fecho os olhos pra não os ver...
Mas o frio que com eles chega me faz estremecer.
Vivo como se espinhos tivesse cravados na alma.

Foi-se pra um lugar inatingível toda a minha calma.
Sofro... essa dor intrusa e hostil...
Fe em mim sua morada... fez-me presa do seu covil.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Esperança

Meus passos na areia...
Desaparecem pouco a pouco...
Na vida... tudo é o tempo de um sopro.
No vai e vem das ondas...

O mar num eterno ir e vir...
Impressão: seu movimento é eterno... o fim nunca irá atingir.

Será?
Malabaristas que somos.
Pra onde exatamente vamos?

Iludimo-nos a cada dia que nasce...
Uma esperança louca que em nós renasce.

Intrusa hostil.
Sentimento infantil...
Esperança... sim, não passa de coisa de criança.

Mas... como sem ela viver?
Iríamos muito mais rápido apodrecer.

Inserida por RosangelaCalza

⁠É o que resta

Louco temporal
no céu negras nuvens...
um vento frio que entra pelas frestas...
voam folhas de árvores e envolvem as pessoas...
sombrinhas que se dobram ao vento...
água fria que escorre pelos corpos.

Frio que engole o calor do dia.
Frio que leva embora toda a alegria.

Riscam raios o céu.
Pedras de gelo quebram vidraças.
carros amassam.

Roupas no varal voam, se contorcem.
pássaros nos ninhos se escodem
procuram proteção...
negra poesia nesse dia.

Sombrio.
Frio que não passa.

Tristeza sacode a manhã.

Era pra ser um dia de festa...
agora, ao se irem o vento e a chuva na direção do mar que logo ali está, restabelecer a ordem que a tempestade causou...
é o que nos resta.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Coração amargurado

Coração solitário...
Um barquinho em alto mar
sem rumo a navegar.

Coração quebrado.
Em mil pedaços despedaçado.
Estilhaçado...
No fundo do mar mergulhado...
Quer vir à tona...
Precisa de ar.
Desesperadamente tenta se recompor.
Livre pra bater... viver um eterno e tranquilo respirar.

Coração reconstituído.
No vai e vem das ondas busca sentido.
Um vagalhão carrega-o pra bem longe.
No fundo... bem mais fundo...
Da borda continental às fossas abissais.

Volta refeito pro lugar para o qual foi feito.
Coração – bate no peito.
Constantemente por si próprio.

Esqueceu o que é ser amado.
Mas não esqueceu do coração cruel que transformou sua doce vida de mel...
No gosto mais amargo que o próprio fel.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Como uma nota musical

Um olhar de menos de um segundo
e mudou minha percepção do mundo.
Uma nota musical
e nunca mais nada ficou igual.
Uma batida do coração
e a emoção se rendeu à razão.
Muito...muito mais de um bilhão de seres no planeta
e um... só um... um só encontrou morada no meu coração...

Inserida por RosangelaCalza

⁠Solitário

Solitário – como um lobo sem matilha.
Coração cruel.
Esfola todos os que o amam.
Empurra pra bem longe todos o que por perto o querem.

Mas, mesmo assim, não o ferem.
Não, não é má pessoa.
Sua voz paz ecoa.
Suas mãos aos outros oferece.
Mas a ninguém faz sequer uma prece.

Frio como uma pedra de gelo.
Estilhaçado, não deixa transparecer o quanto está quebrado.
Seus cacos cortam-me devagarinho.
Sangro... choro baixinho.

Amo-o, apesar de tudo.
Faço das minhas dores meu escudo.
Escondo as lágrimas.
Finjo uma alegria que não tenho.

Outra companhia, que não a dele, desdenho.

Do que quero me punir?
Por que continuo ao seu lado eternamente a fingir?
Gosto eu que viva ele a me ferir?

Inserida por RosangelaCalza

⁠Alone

You are not alone.
Há todo um Universo a te acompanhar.
Sozinh@ você não está...
Sempre ouvi...

Por que você tinha de partir?
Partiu como segue o rio...
O caminho que bem entende,
Contornando, horas a fio,
O fio que está à frente...

Sem perguntar a qualquer um se consente...
Ou se, em sua ida... partida, tristeza alguém sente.

Frio que congela a alma.
Medo que nada acalma.
Era pra sempre o combinado você me amar...

Como pôde esse amor das minhas mãos escapar?

Eu... que o segurava bem firme.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Ambiguidade

Em cima da mesa
Um pedaço de papel...
A letra era conhecida,
mas parecia distorcida... tremida.
"Adeus! Te amo... mas não posso mais."
Não poderia ter sido um "até breve"?
Me ama! E não me quer mais?
E o "não posso mais..."?

Sempre teve meu total apoio, fui suporte, fui a forte...
poderia ser até mil vezes mais...
Pois é... sou a que compreende, a que entende,
a que de tudo já viveu mais, viveu demais...

E... a rosa vermelha!?
Ele adora dar...
E eu, ele sabia, eu nunca gostei de ganhar...
Por que junto com o bilhete tinha de deixar!?

Tanta ambiguidade é de matar...
Me deixa cheia de esperança que ele não vai mesmo aguentar...
E pros meus braços ele vai voltar.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Da fome

Que olhar sofrido.
Que lento caminhar...
Lixeiras vejo-o vasculhar.

Um pedaço de quê?
O que espera ele encontrar?
Busca nas cinzas, nos restos um lampejo de vida.

Fecho os olhos pra não ver.
Meu coração se nega a crer...
No fundo do poço?

Quanto fez ele de esforço?
Se deixou levar pelas águas de um rio?
Foi um vento forte... um vento frio?
O que o levou e lá no fundo o amarrou?
Seus lábios amordaçou...
Por que não aproveitou e sua fome matou?

E o que mais assusta é que a humanidade segue... segue como se a fome do outro não importasse.

Vasculhar o lixo...
Isso não é coisa nem pra bicho.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Amar... planeta terra

Queria um lindo presente...
Poderia ser o mais belo pôr do sol...
Ou as luzes do arrebol.
Queria o bailar das andorinhas
Das flores coloridas em um eterno jardim...
Que tudo isso fizesse parte do meu quintal.
Queria uma onda do mar...
Pra nela ir e vir...
Navegar por tantos mares...
Conhecer os mais belos lugares...
Uma onda que brilha no amanhecer...
E se recolhe no fundo do mar quando o dia começa a morrer.
Queria um planeta bem redondinho...
Com tudo no seu lugar...
Queria (com)viver só com quem sabe tudo amar.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Meu verdadeiro eu: um monstro

Desistiu... desistiu de mim.
Seus olhos negros como a noite transmitem um desespero sem fim.

Não consegue ver nem um pingo de bondade.
Não há lealdade.

Sou um fracassado.
Um caminhar malogrado.

Creio que ele se sente logrado...
Esperava mais de mim.
Não me queria assombrando seus pensamentos.

É... mas ele tirou dos olhos a venda.
E hoje o que vê é uma tremenda fenda...
uma frincha... uma abertura... uma fresta bem escura.

Uma tragédia. Ele não esperava por isso... nem eu.
Mas foi o que aconteceu: tirou a venda dos olhos e viu meu verdadeiro eu.

Há uma razão nessa escuridão.
Há uma razão... e isso entristece demais os corações... o dele e o meu.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Farrapos do tempo

O tempo... ah!!! O tempo.
Se parasse por um momento.
Eu juntaria os farrapos...

Teria tempo pra olhar pro lado...
Degustar com meu olhar as flores que estão no meu caminhar...
Sentir das borboletas o leve flutuar...
Ouvir dos pássaros o alegre cantar.

Olhar pra cima... pro céu que me cobre com suas nuvens escuras, pesadas...
Pro céu azul... puro anil.
Pras estrelas... nas noites de céu estrelado
Noites em que a chuva foi chover em outro lugar.

Se o tempo fosse um pouquinho mais gentil...
Teria tempo pra me aprimorar como ouro no cadinho.

Mas o tempo... corre apressado.
Com meu aperfeiçoamento não está preocupado.
Preocupa-se apenas em seguir seu próprio caminho.

Farrapos de tempo.
É o que tenho visto pra todo lado.

Inserida por RosangelaCalza

⁠Um mundo de todas as cores... um arco-íris... um mundo em que não haja distinção de cor, por favor!!

╭✿ ԑ̮̑♦̮̑ɜܓ❤ ╭✿ ԑ̮̑♦̮̑ɜܓ❤ ╭✿ ԑ̮̑♦̮̑ɜܓ❤ ╭✿ ԑ̮̑♦̮̑ɜܓ❤ ╭✿ ԑ̮̑♦̮̑ɜܓ❤ ╭✿ ԑ̮̑♦̮̑ɜܓ❤

O mesmo ar a respirar... os mesmos raios de sol em todo lugar... nos cabelos meus, nos seus a brincar... o mesmo vento a soprar... o mesmo tempo a passar... o mesmo dia a chegar.... a mesma noite a escuridão abraçar... a mesma lua... as mesmas estrelas no céu a brilhar... e um mundo cheio de um mundo de gente... e alguém resolveu classificar... separar... selecionar... e a cor ser o critério dessa separação... que sujeitinho mais sem noção...

A mesma gente... tudo igual e diferente - a-pe-nas... em sua in-di-vi-du-a-li-da-de... - gente que é gente não pensa diferente quando o assunto é gente. Não há raça superior, muito menos inferior... todos da mesma mão... todos o mesmo Criador.

Direitos iguais... igualdade... isso deveria ser assim desde sempre... pra todo o sempre... de eternidade a eternidade...

E eu fico aqui me perguntando: por que foi necessário marcar no calendário o Dia da Consciência Negra? Instituir por Lei um dia "dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira"? Por quê!? (Wikipédia)

"Não precisamos de um dia da consciência negra, branca, parda, amarela, albina... Precisamos de 365 dias de consciência humana"... concordo com você Thiago Saraiva...

Inserida por RosangelaCalza

⁠Loucura cômica... mais um D. Quixote... com a lança na mão... ops... com um teclado e uma conexão...

Uma única e simplisinha conexão e é possível alcançar qualquer pontinho deste mundo imenso... intenso... repleto de informação.
O que pode um escritor!? Ou melhor, qual o poder de um escritor!?

Nenhum.... nenhunzinho da Silva... o escritor apenas pode ter fé de mover o riso... fazer bater mais forte o coração... levar às lágrimas... levar à reflexão... só pode ter fé...
e se não for o amad@ leitor se dispor a parar sua vida... a deixar de lado o que está a fazer com seu precioso tempo e direcionar sua atenção por estas ... ou outras quaisquer mal traçadas linhas... a fala do escritor é uma fala só... bem sozinha.

Loucura cômica... e deliciosa...prazerosa.... ou não é um louco o que escreve como um louco sem garantia nenhuma de que as palavras cumprirão seu papel de transmissoras?? Nenhuma garantia há de que consigam deixar de ser palavras sem sentido... mera sequência de letrinhas... uma sopa de letrinhas deliciosa...
cômico... pois não é cômico quem fala sozinho!?
e deliciosa... porque... bem porque...
tal resposta só você, amad@ pode dar... e ainda lhe dou o direito de se deliciar a pensar aí com seus botões sobre o que eu tinha em mente ao postar este post... pelo simples prazer de postar...

Inserida por RosangelaCalza

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