Textos sobre Vida Bob Marley
SOBRE AMIZADE
Já tive dúvidas, quanto a saber se meus amigos cabiam na palma da minha mão. Contudo, hoje tenho certeza que não cabem, minha mão não é suficientemente aconchegante para acomodar o amigo que almejo. Todavia ainda espero encontrar algum que caiba e queira morar dentro do meu coração.
MAIS UMA SOBRE PLATÃO.
Se por caso você soubesse
De tudo que às vezes eu sinto
Do quanto tenho que fingir
Para não revelar meus sentimentos.
Quanto sofro, aqui calado
Com uma dor infame no meu peito
Quantas noites não durmo
Pensando em você, no que poderíamos ter sido
Se juntos vivêssemos a ilusão do amor perfeito.
Você nunca saberá do meu tormento
Da aflição que é amar alguém secretamente
O amor é uma ilusão poética
Filosofia platônica, um canto sacrossanto
Que minha alma mesmo atônita
ainda canta pra você...
Evan do Carmo 26/09/2019
O esforço exaustivo do pianista surdo
ao compor a Nona Sinfonia
o sopro de Deus sobre os mares
na criação do mundo em seis dias
as lembranças dos amores não vividos
tudo isso tem a mesma força artística
das valquírias de Wagner
e do Messias de Handel
para um poeta em desespero criativo.
SOBRE O AMOR
Dizem do amor,
que é sutil, singelo e gentil
outros que é força descontrolada
raio-x da alma, marcador perfeito
de tempo e espaço.
Digo do amor, do pobre e do rico
que ele não se mede nem se compra
e que não há maneira mais extrema de ser miserável
para aquele que não amor,
nem foi de alguma forma amado.
Evan do Carmo
TODAS AS CANÇÕES SÃO SOBRE O AMOR
Todas as canções deviam ser canções de amor
Uma fala de desencontros
Outras de encontros casuais
No fundo todas as canções são sobre amor
Na vida e na ficção todo amor vira canção
As canções são feitas para festejar o amor
O amor não é só procura
O amor também é perda e desilusão
Umas lamentam amores não vividos
Enquanto outras cantam amores esquecidos
Se o amor é conquista, logo vira
Canção ou quadro impressionista
No fundo todas as canções são sobre amor
E nem só poetas sabem amar ou cantar o amor
Todo suspiro humano é canção de amor
Na alma do pobre e na tese do doutor.
No fundo todas as canções são sobre o amor
Evan do Carmo
SOBRE O AMOR
Já que ninguém normal pode ser feliz sozinho
Precisamos de alguém ao nosso lado
Necessitamos de afeto, de conforto e de carinho
Há só uma forma de mar possível, capaz de suprir
Todas as nossas carências emocionais
É o amor incondicional como abrigo
Aquele que não espera recompensa
Pois se amamos fazemos por necessidade natural
Sem amor tudo está perdido
Não há paz no coração dos amantes
Nem aperto de mão generoso
Nem abraço fraternal de um amigo.
SOBRE A SAUDADE
Nem me fale da saudade
Que arrebenta com a gente
Neste tempo diferente
Que a ausência se firmou
Como alma penitente
Sempre ao lado do senhor.
A saudade roí sem pena
Fez morada aqui no peito
Nem por força vai embora
Já não tenho este direito
De viver as alegrias de outrora
Quando o mundo era perfeito.
Hoje só respiramos por sorte
Quando a dor não está presente
É a saudade dos amigos
Dos filhos-netos e de parente
Mas o que de fato doí é saber
E viver como indigente.
Desprezado sem um abraço
Já que somos feitos assim
De carne e osso, sangue e afeto
Precisamos de carinho, olho a olho
De um sorriso bem contente
De alguém que esteja perto.
Evan do Carmo
SOBRE A PAIXÃO
É possível que uma mente
iluminada pela inteligência
venha sucumbir à paixão?
Sim, até certo ponto
pois ninguém está totalmente imune
ao encanto da beleza e da inteligência superior.
Contudo, uma mente evoluída,
experimentada em vários campos da existência humana
tem a presciência de que a paixão é nociva
ao equilibro da alma.
Sendo assim, esta mente privilegiada
saberá administrar os efeitos da paixão,
que mesmo sendo pela beleza inteligente
pode ser instrumento de dor e sofrimento
a terceiros envolvidos.
Porém, a presunção humana pode nos induzir
ao erro, ao erro de nos achar superiores
Todavia, nesse campo, só a vivência pode nos socorrer.
Portanto se já dominamos a paixão carnal
especialmente no campo romântico
temos de fato franqueza no falar
e, em contrapartida, uma mente treinada
para vencer quantas paixões vierem nos atrair.
SOBRE AMAR NOSSO SEMELHANTE.
Disse Jesus, ao ensinar seus discípulos sobre o alcance do verdadeiro amor, que eles deviam amar seus inimigos e orar por aqueles que lhes perseguissem. Amar nossos irmãos deve ser algo provável para muitos, amar pessoas desconhecidas, talvez seja uma aventura prazerosa, um ótimos desafio para alguns.
Contudo, amar nossos inimigos, pessoas com quem não temos nenhuma relação nem afinidade, mas por quem temos repulsa e preconceito, é algo de fato inatingível para seres humanos imperfeitos, sobretudo para quem não consegue superar o medo de mar incondicionalmente seus semelhantes, independente da suas preferências ideológicas, etnias, costumes e crenças.
Pensando assim, a quantos anos luzes estamos distante do Cristo, e quantos caminhos ainda temos de trilhar na prática genuína do amor cristão.
Se hoje é natal para muitos que professam seguir as pegadas do Mestre, o nosso senhor Jesus Cristo, devemos nos perguntar: “As minhas ações refletem verdadeiramente a minha crença e o meu conhecimento teórico nesta seara?”
TODAS AS CANÇÕES DEVIAM SER SOBRE AMOR.
Eu sempre vivi entre a música e a literatura, tive meus momentos de presunção, sobretudo com a literatura. Porque a arte de escrever, não raro faz com que o escritor, poeta ou filosofo pense que tem um poder supremo, e uma certa divindade. Contudo, a música tem uma força superior ao texto, a melodia invade a mente e o coração instantaneamente, o mesmo não ocorre com o texto.
Quando afirmo que toda canção devia falar de amor, digo com justa razão, pois penso que todos os afetos se resumem no amor, este sentimento que nos traz paz e segurança emocional.
Durante este ano de pandemia, foi a música que me manteve vivo, foi a música que me sustentou a lucidez. Produzi muita música, mas não fiz nenhuma que não fosse sobre amor, e revendo todas as outras que compus em 30 anos de carreira, percebo que o amor é o tema central das minhas canções. Embora eu tenha escrito mais de dois mil poemas, alguns romances, contos e outras formas de literatura, são as canções que realmente me representam. Quero ser lembrado pelo amor que semeei, na vida e na arte.
Sem amor nada somos, sem amor somos infrutíferos, estéreis, nunca o mundo precisou tanto de amor como agora, nunca vimos tanto sofrimento, e ao mesmo tempo tanta intolerância, então só arte pode nos redimir, especialmente neste tempo de isolamento, de falta de abraço e de afeto físico.
Amar, em ações, em pensamentos e atitudes é um desafio. Penso que as canções podem ser uma saída, um oásis, um porto seguro, para que possamos suportar as agruras dessa vida atual.
SOBRE O AMOR
Sobre o amor, dizem que quem ama cuida, quem ama perdoar, quem ama aceita, quem ama não limita, quem ama acredita, dá segunda chance.
Tudo mentira. Quem ama escraviza, domina, ignora o desejo do outro, quer sempre ser visto e aceito em primeiro lugar, acredita firmemente no direito de posse, esta é de fato a forma humana de amar.
A forma perfeita de amar não é possível aos seres humanos, pois no amor perfeito não há cobrança, nem exigências, o amor perfeito não limita nem condiciona o objeto amado.
O amor que desejo amar é livre, perfeito, sem hipocrisia ou condição, este amor que idealizo é uma utopia. Nem mesmo Deus, no contexto teológico cristão ama dessa forma, pois há uma condição. Os que não se curvam às suas leis, no final, no dia do juízo, serão desprezados, condenados, esquecidos, banidos de sua filiação.
Talvez a definição de Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, cap. 13:4-8 se aproxime desse amor perfeito, contudo o resto da doutrina esqueceu esta parte, mas foi um bom começo para iluminar esta forma de amor que almejo.
UMA PROSA SOBRE FERNANDO PESSOA
Fernando Pessoa foi um lunático, visionário, sem dúvida um esquizofrênico consciente, inofensivo e adorável. Homem subterrâneo, viveu isolado, entre aquilo que ele era e aquilo que desejava ser. Tinha, como eu, todos os sonhos do mundo. Não se achava especial, apenas superior a todos os seus contemporâneos.
Para suportar o peso do mundo inventou outros mundos, outro universo, onde ele podia facilmente se livrar do mundo real, ou pelo menos daquele opressivo em que todos vivem, onde se acham normais, pessoas comuns que se casam, têm filhos, bebem e fornicam, sem muita preocupação com arte ou metafisica.
Fernando não teve um grande amor, pelo menos não foi correspondido, por isso achava que o amor era uma perda de tempo, uma ilusão que causa muito sofrimento e dor.
Eu sou visionário, como ele, mas tenho um amor correspondido, tive filhos, publiquei mais que ele em vida. Tenho bons e maus hábitos, similares aos dele. Gosto de vinho, de café e de solidão para pensar e escrever. Sou músico, ele não foi. Vivo em uma época fascinante com muitas facilidades e distrações que poderiam muito bem me desviar do meu objetivo cósmico-divino, e com isso me diminuir, no que diz respeito ao talento do qual fui dotado. Tenho a obrigação, assim como ele de contribuir com a evolução da humanidade, no que tange ao desenvolvido cultural e espiritual do homem.
Portanto, não isento-me dessa responsabilidade, cada artista deve entender qual é sua missão, seu papel no mundo.
Não se faz necessário ser erudito, estudar em grandes faculdade, coisa que Fernando não fez, ora por não desejar isso, ora por não corresponder aos critérios exigidos na sua época. Ele poderia ter se formado em letras, mas percebeu que sabia muito mais do que seus instrutores, foi isso que lhe permitiu produzir tanto, pois sua formação intelectual era algo incomum pata qualquer mortal, ele já tinha ajuntado todo cabedal de conhecimento suficiente para compor sua obra. Este conhecimento oriundo dos livros, os quais ele lia com uma velocidade espantosa. Chegou ao ponto de dizer que não havia mais nada de interessante para ler, foi quando percebeu que era hora de observar mais a natureza e as atitudes dos homens, para completar sua magistral obra.
Eu penso assim como ele, que já li tudo que valia a pena, rejeitei, como ele a instrução formal de uma faculdade de jornalismo, onde aprendi algo muito significativo, o que é estudar. É saber ler, saber escolher o que ler... Abandonei, como ele a faculdade para me dedicar ao meu oficio, escrever, produzir conhecimento.
Fernando teve muita preocupação com o mito; leia-se Deus, religião, espiritualidade, às vezes ia muito fundo nesta busca, outra hora retrocedia e negava tudo, mesmo que por intermédio de outros, com seus heterônimos. A verdade é que ele mesmo não cria em nada além da vida, e muitas vezes duvidou de que a vida de fato fosse real, se perdia em delírios de que a vida devia ser uma grande ilusão.
De qualquer forma ele foi único a definir o mito, de forma poética e filosófica resumiu o mito e toda metafisica em uma frase: “O Mito é um nada que é tudo.”
Fernando Pessoa, mesmo não crendo em metafísica, nem em vida em outro lugar, continua vivo, e escrevendo com a mente e as mãos de muitos autores em todo o mundo.
Quem mais escreveu com a sapiência e astúcia de Fernando Pessoas, foi José Saramago. Saramago deu sequência à obra dele, boa parte do que produziu teve influência direta da mente criativa de Fernando Pessoa. Se você não sabe do que estou falando, leia este livro do Saramago. O Ano da morte de Ricardo Reis, contudo só vai inferir completamente o que eu afirmo se for capaz de se aprofundar nas obras dos dois autores portugueses geniais.
Evan do Carmo
DEPOIS DO ARCO-ÍRIS
Depois do arco-íris
há um horizonte,
infinitamente azul
sobre a imensidão do mar
onde tudo é permitido
para quem sabe sonhar
para quem sabe ouvir o coração
um mundo pleno e colorido
onde todos pintam
com as cores da imaginação.
Depois do arco-íris
não há regra de conduta
desrespeito ou punição
a vida não tem fim
o sol nunca se põe
o amor é livre e belo
o verde e o amarelo
são símbolos de união.
Depois do arco-íris
há vida inteligente
passado e presente
se unem com razão
a mente se ilumina
o verso encontra a rima
no abraço entre irmão.
Sobre as futilidades dos homens.
Arthur Schopenhauer conta,
que sempre que sentava num bar,
ele pegava um moeda de 20 francos
e colocava sobre mesa.
E dizia pra si:" Se a conversa destes homens
que sentam ao meu lado não girar em torno de cavalos,
mulheres e política, então eu darei esta moeda para o garçom.
Fez isso por 20 anos, e nunca ficou sem sua moeda.
Teu silêncio me confunde
Teu sorriso me distrai
As vezes penso que estou certo
Sobre ti, sobre o que queres me dizer
Mas de súbito me desperta
Quando dizes estar certa
Que nada queres de mim
Ah, como isso me dói
E me faz perder o chão
Fico sem saber o que fazer
Pois meu coração insiste em te amar
Mesmo que tu não queiras me amar
Se pudesse mudar o rumo
Faria tudo diferente
Buscando atender teus desejos
E tornar tudo mais coerente
Mas a vida é assim, cheia de surpresas
E quem sabe um dia, quem sabe
Possamos juntos fazer um novo começo
Até lá, guardo em meu peito
A chama do amor que sinto por ti
E continuo a te olhar
Com a esperança de que um dia
Venhas a perceber
Que estou aqui, sempre a te esperar
Poema do Abismo
O homem ergue-se, cego, sobre as ruínas do ser,
com a ilusão de tocar o céu, de conquistar a luz.
Mas o céu é vazio, a luz, um reflexo do abismo,
e ele caminha em círculos, perdido, sem fim.
A razão, essa chama fraca, não ilumina mais o caminho,
apenas queima, sem piedade, a carne que se arrasta.
O mundo é uma mentira, um espelho quebrado,
onde os rostos são sombras e a verdade é um grito.
Os poetas, esses destemidos, olham o abismo,
mas o abismo é profundo demais para ser compreendido.
Eles escrevem, mas suas palavras são ecos de desespero,
gritos que se perdem nas cavernas do caos.
O homem luta, mas a luta é fútil,
pois o caos não cede, ele apenas se expande.
A liberdade é uma ilusão, um véu rasgado
que a morte, implacável, rasga sem compaixão.
E assim, o homem cai, sem saber, sem lutar,
afogado em suas próprias mentiras,
enquanto o poeta observa, impotente,
sabendo que não há fuga, que a dor é eterna.
Estou Prenhe
O pôr-do-sol, uma luz flamejante,
Desce sobre o meu horizonte.
Dentro de mim, há um inalcançável deserto,
Perdi, em algum lugar,
O que os homens chamam de paz.
Meu eterno buscar
Veio com mais força que antes,
Como um vulcão que dormira por milênios.
É assim que ruge,
No fundo d’alma,
Meu espírito inconstante.
Às vezes penso:
Algo muito grande
Vai sair de dentro de mim.
Não pode ser outro poema,
Nem um livro.
O que esperneia no meu ventre
É algo assustador,
Mesmo para quem está acostumado
A dar à luz filhos estranhos.
Mesmo para um espírito criador,
Esta sensação
É deveras incomum.
Um longo período de gravidez
Produziu em mim,
Ou alimentou dentro de mim,
Um ser bizarro.
Crepúsculo de Ouro
O sol despede-se em fogo e mel,
derramando luz sobre os ombros da cidade.
As montanhas, sombras líquidas,
respiram o último suspiro do dia.
Um raio tímido dança no vidro,
sussurra segredos ao vento morno.
O céu veste ouro, veste brasa,
desfaz-se em luz antes do adeus.
E a noite, lenta, estende os braços,
balsâmica promessa de silêncio.
Mas o sol, eterno, dorme apenas,
guardado nos olhos de quem o viu.
Evan do Carmo.
Luar Crescente sobre
o Médio Vale do Itajaí
é o luar ancestral
de quem cruzou
o Oceano Atlântico
para construir Pátria,
E de quem tem
raízes fincadas aqui,
É luar sobre Rodeio
abraçada pelo Pico do Montanhão,
e também de cada derradeiro
poema a cada nova inspiração.
Gostaria de falar um pouco sobre mim para vocês eu acho que mais transparente do que eu sou aqui é impossível quem ler as minhas poesias quem lê os meus textos sabe bem como eu sou..
Quando amo alguém verdadeiramente e profundamente não é um sentimento em que você vai ali na esquina e troca como você compra um tênis uma camisa, uma cueca ou uma calça...
Um sentimento não é substituído de forma rápida.
Ele é conquistado palmo a palmo,
Por isso que não é fácil quando não somos correspondidos...
Nos permitimos conhecer outra pessoa mas isso não significa que de uma forma rápida você vai esquecer o amor anterior e começar a amar outra pessoa em um estalar de dedos...
O amor ele tem que ser cultivado ele tem que ir crescendo aos poucos...
O que acontece é que você se permite conhecer outra pessoa
Você se permite ter ter a valorização por outra pessoa que não seja aquela que você ama...
Então Esse sou eu....
Quando conhecemos outra pessoa e somos valorizados isso vai conquistando a gente porque vai mostrando quem somos e que temos valor...
Porque não é fácil ser rejeitado...
Não é fácil ser pré julgado
Então quando alguém chegar perto de você e te valoriza você se sente bem agora não cobre imediatamente essa pessoa que você valoriza que ela esqueça a outra de uma hora para outra...
Isso deve ser conquistado com paciência...
Porque o amor é um sentimento tão bonito que quando ele é verdadeiro ele permanece no seu coração até que venha outro amor e te conquiste..
Pense nisso