Textos sobre Mar
Se Eu Não Enxergasse As Flores
Estou aqui na praia no carnaval
Tomando banho de mar,
A manhã apenas começou
Sem quem eu quero amar.
Todo mundo está cansado
De sambar a noite inteira
Agora a praia está vazia,
E eu dentro da água,
Engolida pelo mar
Mas sem quem eu quero amar.
Não vou ficar de baixo-astral
Porque afinal é carnaval,
Vou dançar na areia e coisa e tal.
E seria tão legal
Se além de ter o mar
Eu pudesse só beijar
O Leão que eu quero amar.
Nado mais pro fundo do oceano
Na ilusão de me tornar uma sereia
E nadando chegar nas praias portuguesas.
Porque afinal é carnaval,
Agora a praia está vazia,
A manhã apenas começou,
E eu dentro da água,
Engolida pelo mar
Mas sem quem eu quero amar.
E seria tão legal
Se além de ter o mar
Eu pudesse só beijar
O Leão que eu quero amar.
Nado mais pro fundo do oceano
Na ilusão de me tornar uma sereia
E nadando chegar nas praias portuguesas.
Banho de mar no carnaval,
Todo mundo está cansado
De sambar a noite inteira,
Agora a praia está vazia
E eu dentro do mar
Sem alguém pra me amar.
PRAIA DAS ANGÚSTIAS
Sentado nas areias cinzentas da inquietude,
Vislumbrando o negro mar,
Calmo, quase estático…
Espero,
Espero uma esperança que não sei se existe…
Devo esperar?
Em meu aguardo,
Fantoches me chamam,
Me tentam…
Os mesmos fantoches que sempre perambularam por minha vida desalmada
Rostos diferentes,
Mas as mesmas simploriedades vazias do espírito que apenas fingem me entender
Mas olhe!
Ao longe vejo minha alma
E ela sorri
Sorri para mim?
Atiro pedras ao mar,
Tentando provocá-la
Mas não consigo resposta…
A alma não se move
Tampouco o mar se agita…
Apenas ondula levemente, quase que em tom de deboche
Agarro essas ondas e tento juntar significado…
Mas eles diluem na areia…
Não quero todas as respostas,
Ainda prefiro o mistério das perguntas
Mas estou fraco…
Cansado…
Preferia ao menos receber um sinal,
Um aviso
De que devo aguardar
Aguardar que minha alma retorne,
Pois não suporto apenas vislumbrá-la
Um gesto,
De que não devo novamente cair nos braços inventados dos fantoches,
Pois agora, mesmo que quisesse
Não consigo…
Me sinto mais vazio que os braços que me acolhem
Por enquanto espero,
Mas sei que por muito não aguentarei
Não sentarei pela eternidade para ver minha alma voar ao longe
Não ficarei sentado sozinho cercado destas marionetes
O nosso rumo?
Não sei ao certo
O nosso futuro?
Não me importa agora
O nosso fim?
Entrego ao destino
Não tenho as respostas e não quero trilhar caminhos engessados
Só quero saber…
Só preciso saber…
Se minha alma quer voar comigo.
O Beijo Perdido
Ligo o rádio na "Itatiaia"
E vou viajar
Vou para praia
Ver o mar à areia beijar
Vou correndo e cantando
Pulando e dançando
Vejo os dois se amando
Mas...
O tempo passou
O mar secou
O deserto da distancia chegou
De tristeza a areia chorou
O seu amado partiu
Para além do horizonte
De repente uma ponte surgiu
Como um ombro amigo
O casal ela uniu
_ Que beleza, o mar regressou!
A areia exclamou
O mar a areia beijou
De alegria a areia chorou.
OLHANDO ALÉM DO HORIZONTE
Numa praia deserta fiquei a fitar o mar sentindo a brisa suave a soprar meu rosto, meu pensamento voou além do horizonte te encontrar, uma saudade doida me fez voltar...
Fechei meus olhos te senti no som das ondas sua voz parecia murmurar meu nome chamar
O sol foi embora, a lua apareceu os amantes já adormeceram e eu ainda não encontrei o amor
Fiquei a imaginar enquanto pensamento a voar além do horizonte...
Se o amor existe onde andará?
O MAR
O controle do homem não cessa mais na praia. Ele deixou a sua marca no mar, uma marca feia. Repulsiva. Como ondas do mar lançam a lama e a sujeira de seus excessos. Espumam seus próprios atos vergonhosos, e os lançam a vista de todos. Esquecem que os oceanos são uma chave para a vida desse planeta.
Laura viu o mar pela primeira vez. O que ela poderia dizer sobre o mar?
O que eu poderia escrever a respeito? Procurei na minha memória visões, depoimentos, vivências... Pensei em Carlos Drumond de Andrade em Copacabana vendo o mar... O mar de Rubem Braga... O mar que trouxe Neruda ao Chile e depois o deixou na costa, e o oceano o golpeava com espumas e o vento negro de Valparaíso o enchia de sal sonoro... Agora...
Encontrei um mar desaparecendo da face da terra. O mar se transformou num depósito de lixo. Esgotos sanitários, resíduos químicos de fábricas, e as águas carregadas de pesticidas que escorrem das terras agrícolas, tudo isso segue em direção dos oceanos via barcaças, rios e tubulações. O homem trata os oceanos como gigantesco esgoto. Os banhistas enfrentam inúmeras doenças no banho de mar, ao caminhar na praia ou, recebem todo lixo de volta nos peixes que comem. E ainda perguntam de onde surgem tantas epidemias. Parece muito? Isso não é nada. Respire fundo. Devemos muito desse ar inalado aos oceanos, especificamente as algas fornecem cerca de 90 por cento do oxigênio que respiramos. Os oceanos desempenham um papel crucial no clima global e nos ciclos da chuva. Caiu a ficha? Embora se ouça em uníssono: “Que tempo louco”. Quem?
Chegará o dia em que ninguém mais ousará dizer: “Vou ver o mar"
Feliz Ano Bom
Quero praia, sol mar,
Natureza, cachoeira, banho gelado.
Quero loucura de um trânsito chato, cansaço, esgotamento, descanso.
Quero música tocando no rádio, uma vitrola, alguns discos.
Quero amigos por perto, um novo amor descoberto...Amar, amar e amar...
Quero amor fraterno, amor conexo, amor desconexo,
Confusão de sentimentos (sim, é bom!), clarear de idéias numa tarde qualquer.
Quero aulas de danças, um novo idioma, uma bússulo, um binóculo,
Aventura certeira, viagens sem programar, som do piano, gaita, violino, ballet, guittara, contra baixo,coral, tango, jazz, blues, mpb e a tão sonhada Ópera!
Quero estudar, aprender, estudar, aprender e, quem sabe, ensinar.
Quero Deus ao meu lado, lágrimas colhidas pelo trono, sorrisos de gratidão lançados.
Quero trabalho! Expectativa, projetos, desafios, conquistas,
Sentimentos de missão cumprida, novos horizontes, caminhos abertos...um adeus!
Quero no fim dizer: Valeu a pena, que venha o próximo ano!
Eu olhava o mar
Fui à praia para tentar encontrar o meu amor.
Eu pensava que poderia encontrá-lo nas ondas do mar, nas estrelas, no vento, na areia.
Escrevi o nome dele nas alvas praias, onde bate o mar.
Olhando para as estrelas, fiz letras e soletrei.
Tudo isso numa bela noite ao mórbido luar.
As estrelas morreram; à água transubstancia-se e apaga o nome que estava escrito na areia.
Fiquei apavorada!
Descobrir que o seu nome foi apenas um sonho. Um sonho do passado; porque nem tudo o que busco encontro.
E nem tudo que encontro, eu amo.
Triste Guarujá.
Boa parte do prazer de olhar o mar, andar no calçadão da Praia de Pitangueiras e curtir essa beleza com que o Guarujá foi presenteada por Deus está se perdendo pelo desprazer de sentir o cheiro de fritura emanado dos carrinhos de comidas, que são verdadeiros restaurantes nas areias.
Esse cheiro se espalha pela areia e atinge os prédios que são barreiras que impedem a dissipação.
Uma ligeira olhada mostra que se vende de tudo na praia sem o menor controle.
É triste olhar para cadeiras e guarda-sóis velhos, rasgados e desbotados, bicicletas largadas na areia, barracas de todos os tipos, de sermos obrigados a que conviver com atendentes mal vestidos que cheiram bebida barata, carros velhos e podres estacionados de qualquer maneira na avenida da praia, e finalmente saber, que tudo isso nos é impingido por pessoas privilegiadas por alvarás distribuídos sem critério, transferências e licenças obtidas por favores políticos e perceber nitidamente que jã não basta dizer que Guarujá não é a mesma.
Está irreconhecível e tristemente nivelada tão por baixo que certamente provocará com o tempo novo êxodo que vai rebaixar ainda mais a outrora Pérola do Atlântico.
O menino nunca havia visto o mar de noite, nunca tinha visto a praia sem gente, ficou sentado ao lado do pai em silêncio, até que não aguentou mais. Falou como se a sua notícia fosse tão importante que o pai ficaria cheio de orgulho dele, como se fosse salvar a humanidade.
-Pai.
-Oi.
-Esqueceram de desligar as ondas.
-O quê?
-O salva-vidas saiu e esqueceu de desligar as ondas.
O pai deu risada. Riu muito até ficar com água nos olhos e abraçar o menino.
-As ondas nunca param meu filho.
-Sério, pai?
-Sim.
-Elas não servem só para a gente brincar e no final do dia o salva-vidas desliga um botãozinho que tem la na casinha dele?
O pai riu mais um tanto.
-Não, filho, as ondas estão aí sempre, sempre estiveram e sempre vão estar. Nunca param.
-Nossa!
ANCORA DA SAUDADE
Lá vem no mar à caravela
na praia a saudade d’ela...
Salta brilho no olhar.
As ondas, balança a ânsia
esperança torna-se pujança
diante de tanto amar!
À vontade éâncora no peito
os ventos arrastam sentimentos
que voam além do mar.
Momentos, perde-se no labirinto
o tinto do luar em noite cheia
de amor em meio às areias...
são lagrimas de um chorar.
Antonio Montes
Sentei-me na praia
e quando percebi
o mar me beijava
foi amor a primeira vista
paixão sem limite
percebi também que o sol
com a sua luz radiante
sobre o mar clareava
talvez contemplando
o beijo que o mar me dava
o nascimento de um amor sem fim
o sol brilhando sobre o mar e eu
eternizando um amor em mim.
ENTREGA NA PRAIA
Sob o mar, ninguém morre p'ra feder
p'ra ser enterrado
para se ter cruz, ou usar luto
para se ter marcha funerária...
Rezas orações para o defunto
pára andar de cabeça baixa
por cima, ou por baixo de viaduto.
No mar, não tem cemitério...
Não tem cova não tem tumulo
travessa, semáforo, beco arruelas
estradas, caminhos... Fim de mundo,
mãos abanando adeus,
lagrimas de choro por ela.
Sob o mar... Tem vida tem perola
tesouro, historias perdidas,
sem moveis pergaminhos, luz arandela
... Roupas, ou pano de cambraia,
a vida se move por água
e a morte morre na praia.
Sob o mar, não tem triste nem tristeza
não tem rostos chorosos nem alegres
Não tem lagrimas
Não acende velas
não tem trégua nem telas.
Lá no mar...
Ninguém chora para os mortos
ninguém paga pelo que vive
Não tem cachaça nem bêbado
desavença nem segredo
sob o mar, nada e navega
a vida sob o mar...
É, uma verdadeira entrega.
Antonio Montes
Mar da vida
No mar da vida
Deitado na praia do destino
Vejo-me alegre e sorrindo
Sobre o sol do futuro
Que brilhava como um sonho.
Levantei-me no presente,
e caminhando pelo passado.
Encontrei tudo que tinha buscado.
Na alegria de te encontrar,
o amor que me fez recordar.
Recordo-me de tudo que tinha vivido,
tudo que tinha amado e sofrido.
Amo-te, como tu me amas.
Amor reciproco meu e teu,
união realizada por meu Deus.
Gosto de dormir na praia...
sentir o barulho do mar...
de acordar com o orvalho da manha...
de sentir-me como uma sereia a nadar....
da brisa a bater no meu rosto e os cabelos a voar.!
andar descalça e sentir areia molhada...
de ver o por do sol e sentir o cheiro a café.!
amar o mar é como um fogo que arde no meu coração....
uma alegria que invade e eu .....
não consigo controlar a emoção...
de amar o mar e ter respeito por ele.!!
A Brisa Perfeita do mar,
Na Beira da Praia a Soprar,
Sua Pele Vejo arrepiar,
Eu logo quero Abraçar.
Eu Vou te envolver, em meus braços,
E te aquecer, em meu abraço,
Com amor sincero, Por você tudo eu faço.
Sinto o Vento a Soprar no vale
E o cheiro do seu Perfume, no ar,
Na colina vejo o despontar,
A luz do Sol que brilha, igual ao teu olhar,
Te amo, te quero, não dá para disfarçar,
Quem olha para mim,
Da pra ver no meu olhar,
Amor da minha vida,
Eternamente vou te amaaar,
O amor é como uma praia
Os teus olhos são azuis como o céu refletido no mar que me deixo levar pelas ondas apaixonar.
Os meus olhos são negros como o cego e mais profundo oceano que me deixo encantar.
Cabelos da cor da areia,
Sinto me uma sereia.
Com ondas altas e baixas,
assim é o amor a praia do nosso coração.
Arrastas-te os meus sentimentos como um peixe mísero sem ação atacado por um pescador burlão.
De tanto que tentei segurar a onda mais alta do teu coração,
no topo não aguentei a exaustão.
E eu fiquei à deriva no mais escuro e profundo do oceano onde os sentimentos se rasgarão.
Sob o Mar Interior
Na solidão da praia, o mar se estende.
Um reflexo profundo do que em mim se entende.
As ondas vêm e vão, como pensamentos,
Lavando as angústias, trazendo novos ventos.
Cada onda que quebra traz uma lição.
Purificando as dores, acalmando o coração.
No murmúrio das águas, ouço minha verdade.
Um sussurro constante que ecoa na eternidade.
Mergulho nas memórias, nas profundezas do ser.
Onde os medos se escondem, prontos a renascer.
O sal que arde na pele é o peso da vida.
Mas no mar eu encontro a calma perdida.
Os reflexos na água são sombras do passado.
Imagens distorcidas de um eu abalado.
Mas, enquanto me perco nas ondas do mar,
Aprendo a soltar o que me faz pesar.
A cada maré, um recomeço, uma chance.
De deixar para trás o que em mim não se lance.
E entre a espuma e a areia, sinto a conexão.
Com a vastidão do mundo e a força do coração.
Assim, ao olhar o horizonte, a vida se expande.
O mar limpa e purifica, enquanto eu me expando.
E na serenidade das águas, encontro meu lugar.
Um espaço de paz onde posso me curar.
Basta uma fração
― um instante ―
para imaginar-me
à beira-mar,
na obscura solidão
da praia esquecida.
O instante se desfaz
sem temores.
Escuto o vento,
distante,
soprando amores:
Voa, alma,
vá com a ventania!
Queria dar-te adeus,
mas nessas horas
as palavras
flanam, empacadas.
Chegando do Mar
Na praia ele atracou
Pensou seu coração acalmar
Da tempestade que o fustigou
A noite que o atormentava
Das agruras sofridas
Na alma que guardava
As suas chagas e feridas
Cansado de tudo
Resolveu desembarcar
De si mesmo,resolveu contudo
Seu ego esvaziar
Hoje é uma mera pintura
Que o tempo insiste em preservar
Para guardar os sonhos da mistura
De um outro sonhador navegando no Mar!
FÉRIAS NA PRAIA
Dia após dia em férias de frente para o mar
Maravilha de um novo dia para se apreciar
Ver o sol nascer com seus raios a brilhar
Por entre fendas nos morros fico a observar.
Seus raios douram as águas do mar
Contrastam com os pássaros que estão a voar
Ao fundo um barco nas ondas parece flutuar
Na encosta ao longe há o verde da mata para admirar.
Caminhando pela orla para relaxar
Sentindo a brisa da manhã com cheiro no ar
Olhar para as ondas solitárias a rolar
Parecendo dizer “Pare!” para me contemplar.
Olhar as crianças na areia felizes a brincar
Jovens deitados ao Sol para se bronzear
Idosos sentados nos bancos para prosear
E os animais acompanhados a passear.
Passear de caiaque sobre as ondas a navegar
No banana boat se pondo a aventurar
Saborear milho e crepe até se lambuzar
Um pouco das delícias para nos agradar.
Aos poucos, muitas pessoas começam a se acomodar
Para mais um dia de alegria com a família aproveitar
Das maravilhas que a natureza possa nos proporcionar
Mais um dia de férias para a meus olhos completar.