Textos para Teatro sobre Alcoolismo

Cerca de 23 textos para Teatro sobre Alcoolismo

Sorria sarcasticamente, mesmo após várias discussões para os quais o alcoolismo levava. Sentia ter controle sobre a situação embora mal pudesse se manter em pé. A cada dose, a felicidade ilusória tomava conta de seus relacionamentos, de seu emprego, de sua vida. Prejudicando não só a ele, mas também todos que o cercavam e dependiam de sua sobriedade.
Os erros cometidos eram perdoados pela esperança da mudança que não vinha, todas suas ações eram praticadas em função do vício. As influências que começaram como farra aos finais de semana, tornou-se um hábito, todos os dias.
As críticas logo passaram a ser rebatidas agressivamente, seu desgosto e raiva pelas situações cotidianas eram descontadas na bebida e posteriormente nas pessoas. O dinheiro já não sustentava o vício e as necessidades que deveriam ser priorizadas, os empregos eram instáveis e sua reputação era danificada sem chance de reparos.
Não queria nada da vida, negava qualquer ajuda que não pudesse colaborar com a alegria proporcionada pelo álcool. A afeição existente da família destruída e pessoas próximas, passou a ser compaixão ou desprezo. A solidão tomou conta dos cômodos da casa, até o momento do despejo. Só então a ficha caiu, mas resolveu tomar alguns goles para amenizar o sofrimento.

Dopamina

Há um tempo que tranquei minha boca
Para os copos transbordando alcoolismo
Você é o único prazer em alto teor que devo provar

Há um tempo que fechei meus pulmões
Para cigarros que já haviam se tornado sagrados
Você é o único mau que me tira o ar

Há um tempo que fechei meus olhos
Para a realidade que destruía meu mundo
Você é minha única bomba nuclear

E há quem diga
Que sustento meus vícios
Invés de alimentar nosso amor

E há quem siga
Os caminhos dos quais fujo
Para não sentir dor

Há bons anos que afastei-me do ciclo
Vicioso que minha vida se tornara
Por conta de caos que se tornara constante

Há bons anos que entreguei-me à ti
Como forma de protesto às minhas origens
Por conta de um amor viciante

Há bons milênios que vago por aí
Em busca de um corpo capaz
De me encaixar a ti

Para provar e ter overdose
Da dopamina que traz
Tua presença
Que me é vicio
Desde o início
De todo fim.

⁠ANOMALIA
A arrogância é como o alcoolismo. Todos que permeiam o recinto, percebem e a reconhecem como um vício ,porque é um ato doloso. Se autodeterminar melhor do que o outro, deixar explícito a supremacia intelectual, social ou espiritual perante o seu oponente, valorizando enfadonhamente com exclusividade os movimentos rasos e retilíneos; É um erro!
O sujeito quando se auto avalia o exemplo a ser seguido, assina automaticamente a sua confissão de arrogante.

ARSENAL CONTRA O ALCOOLISMO – SÓ NÃO TRATA QUEM NÃO QUER

Por Fernando Vieira Filho (1)

Mães e esposas aflitas muitas vezes me procuram solicitando apoio profissional para seus filhos e maridos alcoólatras, e grande parte vem ao meu consultório desacompanhada do familiar doente. Pergunto o porquê da ausência do marido ou filho em questão. Elas respondem que eles não estão interessados ou não quiseram vir. Então, digo a elas que não posso fazer nada por eles, pois para tratar o alcoolismo é preciso que o próprio doente se comprometa e queira sair do “pântano sedutor” da autopiedade, da autocomiseração. É necessário que ele aceite iniciar uma luta para o resto de sua vida, que se responsabilize 100% por seu próprio destino. O que faço com essas mães e esposas é ensiná-las a lidar com o doente, orientando-as no sentido de estimulá-lo, de forma bem sutil, na decisão de buscar seu próprio tratamento.
Em minha vivência profissional percebo que a maioria dos alcoóis-dependentes não quer deixar o vício, pois estão “viciados” nos ganhos secundários que advêm da doença, como atenção e cuidados de parentes e amigos. Por exemplo, quando uma mãe ou esposa se refere ao filho ou marido alcoólatra dizendo: “Meu filho é muito bonzinho, coitado, sofreu muita decepção na vida”; “Meu filho, ‘tadinho’, não deixo faltar nada para ele, dou comida, lavo as roupas e se for preciso dou até banho. Eu o trato com carinho; “Meu marido bebe todo dia, mas é trabalhador, é bonzinho com a família, o coitado sofreu muito e não sabe falar ‘não’ para os amigos”; e por aí vai, eu afirmo o seguinte: enquanto as mães e esposas e, também, os amigos continuarem a “passar a mão na cabeça” do dependente alcoólico, ele dificilmente tomará a decisão de sair desta “zona de conforto. ” É sempre bom lembrar que o amor tem que ser exigente.
Infelizmente, até hoje, é expressivo o número de pessoas que desconhecem a existência de medicamentos seguros e eficientes e, bem antigos, que são de grande valor no tratamento do alcoolismo. Então, vamos falar de dois deles:
O clordiazepóxido, que no Brasil é conhecido como Psicosedin, foi o primeiro benzodiazepínico (ansiolítico) sintetizado no mundo, em 1957, e, três anos depois, começou a ser comercializado nos Estados Unidos e Europa com o nome comercial Librium. Com o tempo se revelou uma medicação de primeira linha para interromper o uso da bebida alcoólica. No caso do alcoólatra, sabemos que não se deve interromper, de supetão, o uso contínuo de álcool, assim o Psicosedin (clordiazepóxido) é uma ótima escolha para a substituição do álcool. A interrupção do álcool sem nenhum suporte de medicamento psicotrópico pode trazer mais problemas do que a continuidade do vício, por causa da síndrome de abstinência. Esta medicação – o Psicosedin - deve ser mantida pelo tempo que for necessário até que se constate o término do período de abstinência alcoólica. A síndrome de abstinência constitui-se no conjunto de sinais e sintomas observado nas pessoas que interrompem o uso de álcool, de uma só vez, após longo e intenso uso. As formas mais leves de síndrome de abstinência se apresentam com tremores, aumento da sudorese, aceleração do pulso, insônia, náuseas e vômitos, ansiedade depois de 6 a 48 horas desde a última bebida, e, na forma mais violenta, o Delirium Tremens.
Em 1920 foi descoberto, o dissulfiram que é comercializado com o nome de Antietanol (Brasil), Antabuse (USA) e Antabus (Europa). É outro medicamento para ser usado no tratamento do alcoolismo, que atua de forma a provocar desagradáveis efeitos colaterais quando na presença de álcool. O dissulfiram, uma substância sem atividade psicotrópica inibe uma das enzimas de metabolização do álcool, provocando acúmulo desse metabólito no organismo e consequentemente forte mal estar mesmo para doses pequenas de álcool. O dissulfiram deve ser usado junto a um apoio psicoterapêutico.
Temos outros medicamentos mais modernos como a naltrexone, conhecida como Revia, e o acamprosato (evita a recaída alcoólica), conhecido como Campral, que podem ser associados aos mais antigos.
Enfim, existe um verdadeiro “arsenal” medicamentoso para ajudar o álcool-dependente na “guerra” que irá empreender contra o vício-doença. O doente vai precisar do apoio da família, do médico psiquiatra (totalmente necessário) e do psicoterapeuta. E a religiosidade deve ser estimulada por amigos e familiares, pois é de grande valia no fortalecimento da fé, bem como é importante frequentar as reuniões dos Alcoólicos Anônimos (A.A. – www. alcoolicosanonimos.org.br)
No meu trabalho psicoterapêutico, depois do comprometimento do doente alcoólico com o seu tratamento, inicio com uma investigação das possíveis causas emocionais, muitas inconscientes, que o levaram a buscar na bebida uma forma de se autopunir. A autopunição - de forma absolutamente inconsciente - é uma consequência do remorso que advém da culpa. Mas o que o levou a sentir culpa? A mágoa (ódio) por si mesmo ou por alguém? Por ter, tempos atrás, julgado, criticado, humilhado algum parente, amigo, um pai ou mãe alcoólatra?
Aos poucos, o doente começa a entender e a se conscientizar das causas que o levaram a se submeter à droga. A partir daí a pessoa adquire o controle sobre si mesma e, então, a oriento na utilização das “ferramentas” e técnicas necessárias para o início de sua luta, que é manter a doença sob seu controle para o resto de sua existência. Como diz o psicólogo Cel. Edson Ferrarini, que trabalha gratuitamente há mais de trinta anos na prevenção, orientação e recuperação de dependentes do álcool, tabagismo e das drogas, na cidade de São Paulo, o vício é um “leão” dentro da pessoa, e, até hoje, não foi descoberta uma forma de matar esse “leão”, portanto, a recuperação consiste em manter o “leão” adormecido por toda a vida. Para entrar em contato com o Centro de Recuperação, acesse http://coroneledsonferrarini.net.br/, ou ligue: (11) 5058-0726.
E, finalizando, é bom que se diga que para qualquer tipo de dependência química - e não só o alcoolismo - é fundamental que o dependente queira se tratar, com verdadeiro comprometimento, persistência e disciplina.

(1) Fernando Vieira Filho - Psicoterapeuta/clínico, palestrante e escritor. Autor do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – 2ª Ed. - Barany Editora - 2012. E coautor do livro DIETA DOS SÍMBOLOS – 6ª Ed. - Melhoramentos - 2004.
É autor dos E-Books:
PSICOFÁRMACOS - Uso e aplicações de forma simples e eficaz.
PSICOPATOLOGIA - Apresentada de forma simples e objetiva - Incluindo psicopatologias infantis. SISTEMA DE TERAPIA FLORAL do Doutor Edward Bach (Portuguese Edition) – Amazon – 2013. E-book.
Para saber sobre o atendimento psicoterapêutico presencial ou online, via Skype. Entre em contato comigo através de meu site https://www.harmoniacomflorais.com/agende-uma-consulta.php ou entre em contato pelo fone: (34) 9 9972-4096.
Conheça seus blogs e sites:
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Inserida por fernando_vieira_filho

⁠O alcoolismo é uma doença que cria a noção de que você não tem nenhum problema. Você é o único que não consegue ver. Você se separa de seus amigos de sua família e da realidade em um processo de gotejamento que é tão insípido e demorado que é impossível dizer quando o problema começou.

Inserida por sammis_reachers

⁠Inflação é como alcoolismo. Nos dois casos, quando você começa a beber ou quando começa a imprimir muito dinheiro, os bons efeitos surgem primeiro – e os maus efeitos só aparecem depois. É por isso que, em ambos os casos, há uma grande tentação de fazer isso exageradamente: beber demais e imprimir muito dinheiro. Quando falamos da cura, porém, é o contrário. Quando você para de beber ou para de imprimir dinheiro, o lado ruim aparece primeiro e os bons resultados apenas surgem depois.

Milton Friedman
Why Inflation is Like Alcoholism. The Listener, 24 abr. 1980.
Inserida por bentojbbass

-Um veneno, o mais forte por favor!
Foi meu ultimo pedido, bebi o mais rápido que pude, todo de uma vez, andei alguns metros e cai em seguida, foi mais rápido que eu pude imaginar...
Em meus delírios via o mundo, as pessoas, sentia minhas lagrimas escorrerem sobre minha face lentamente. Todos que passavam pelo local paravam e tentavam me ajudar, em vão é claro, já estava caído ali e não pretendia levantar mais, não conseguiria ao menos. Recordações de minha infância e juventude, todas passando uma a uma em minha mente, como um daqueles filmes que passam em casamentos contando as história do casal, mas dessa vez contando as decepções de minha vida, desde amorosas a monetárias, tudo isso junto a azia devido ao mais forte dos venenos.
Tudo para de uma vez, dormência em todos os muculos do corpo, sera que enfim morri? O doce morte, és tu quem me abraça? Horas depois uma forte enxaqueca mostra que ainda vivo, uma sede incontrolável, droga estou atrasado!
Pago o bar, corro pra casa, tomo um banho e vou viver minha mediócre vida trabalhando. Bem, no próximo final de semana tento novamente me matar, espero que o bar faça uma promoção dessa vez.

<Chiquinho (Sexta-feira treze)>

Quando a morte nos abraça e segue caminhando a nosso lado, falando baixinho em nossos ouvidos os seus segredos mais bem guardados,
ela parece querer que ninguém desconfie que seus intentos são engenhosos:

- Uma queda da própria altura, um tropeção imbecil
e a cabeça explode em uma quina qualquer...
Quando a morte nos abraça pelo caminho
é o nosso descaminho que ela quer.

Não foi a cachaça maldita
nem esse bendito calor
caminhando pela rua do bairro, esquivou-se pra despedida
veio a morte enxerida e com um abraço apertado o golpeou.

Tentaram reavivá-lo... Não teve jeito!
Já estava confortável em seu leito chão.
Todos diziam que ele era um bom sujeito
mas agora caído, morto, duro e frio o que dirão?

Chamavam incessantes por seu nome:
- Chico! - Chico! - Chico! - Chico...
Tentavam reavivá-lo, faziam massagem em seu coração,
respiração artificial, preces a Nossa Senhora Aparecida...

Mas ele já estava confortavelmente acomodado em seu leito chão.
Descansava da vida
da sua nada mole vida
em vida.

Todos perplexos já haviam entendido
encerrara-se mais uma vida, secara mais uma flor
e aquele corpo duro e frio contorcido na avenida
padeceu feito outros tantos todos os dias, o motivo: - desamor.

Inserida por JotaW

Nós bebemos demais

Ficamos risonhos, reduzimos nossos bens, falamos demais, teríamos tudo para estar tristes, mas estamos na mesa de bar preenchendo vazios. Nem sempre aprendemos a viver, difícil examinar a própria vida.
Conquistar o espaço é trabalhoso, precisamos ser fortes, melhorar, evoluir, aprender a não ter pressa num mundo tão rápido e cheios de informações. A gente busca dois empregos, nem passa tanto tempo com as pessoas que amamos, a gente cura dor e o vazio na mesa de bar.
Valorize a si mesmo e quem está ao seu lado, não tenha medo de enfrentar o mundo de frente, não busque o inadequado, o excesso, o exagerado, quem é você que se afunda em vícios querendo chamar atenção. Deixe sua luz brilhar. Construa tudo que for capaz.
Não incida sobre si mesmo cobranças que não são suas, não se odeie, não se revolte, a carga de adrenalina é grande, mas não é salutar, não se exija ser o que os outros são, para que?
Se afaste de “amigos” que sustentam os seus vícios, não se sinta sortudo por isso, esse preço a pagar é muito alto, vamos lá batalhar para conseguir o pão de cada dia, somos seres humanos complexos, um quebra cabeça em construção.
A gente bebe para se recolocar no mercado de trabalho, a gente bebe porque reprova nossas próprias atitudes e se culpa, a gente bebe para eliminar tristeza, a gente bebe porque estamos com muita preocupação.
Quando o vício já faz parte de nós, a gente se sente solitários, extremamente ansiosos, com falsas expectativas de que será fácil e sem estresse. Cuidado! A gente aprende muito durante o processo, mas é preciso se policiar.
O divisor de águas é aquele momento em que você toma uma decisão que vai mudar sua vida dali pra frente, mas acontece que a maioria das pessoas tem medo do novo e prefere ficar na comodidade do que é familiar, lute contra isso, lute para ser você mesmo: FELIZ.

Inserida por Arcise

Aceitação
Aceitação...será?
ACEITAÇÃO.......das coisas, das pessoas, da vida
A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, desistindo de mudar, sendo fracos.por ex.
Penso que nos meus relacionamentos, por vezes tinha dificuldade em aceitar as pessoas como elas eram, e na maioria das vezes tentava muda-las, hoje já vejo diferente, tento me adaptar ao jeito de cada um que pela minha vida passa.Me encomodava as vezes se a pessoa falava errado, se não se vestia como eu, se não gostava dos mesmos lugares que eu.... enfim.... Olhava sempre pro meu umbigo.


De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida, das nossas relações ou de nós mesmos devemos começar aceitando. A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou é que pode avaliar.Aceitação dum vicio, duma doença, de que as pessoas não são como queremos, aceitação. Aceitação sempre para viver melhor, não quero dizer com isso que vou me subjugar, mas quero dizer que vou tentar aceitar as coisas como elas são e me aceitar como sou, e olhem que me aceitar é brabo... rssss.

È realmente difícil aceitar perda material ou afetiva, uma situação de dificuldade financeira, uma doença, uma humilhação, uma traição, etc. Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria e humildade, já que existem inúmeras situações que não podemos mudar no momento em que acontecem.A traição por exemplo sempre fez parte da minha vida, nossa! quantas vezes já fui traida, e pelomenos umas 5 vezes eu vi a traição acontecer, devo aceitar porem, que nem todas as pessoas tem o mesmo carater que eu, com certesa são falhas de personalidade, mas posso eu mudar o mundo?
Da ultima eu sai do ortodontista, parei num bar para pegar uma agua, e lá estava a "pessoa amada" beijando na boca de outra pessoa, isso doi demais, desestrutura qualquer cabeça, qualquer um pira, asseguro.

E de maneira geral as pessoas são como são, dificilmente mudam. Na verdade não podemos contar com isso. Quem muda somos nós por escolha e vontade própria, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano. Ser resistente a isso, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se, etc, são reações emocionais carregadas de raiva; raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida e a raiva destrói, desagrega.Hoje em dia luto comigo mesma para aceitar as atitudes do outro, tentar compreender, perdoar, e não julgar, e acima de tudo não reagir no momento do fato, seja la ele qual for, e mais dificil ainda é viver sem emoçoes, não posso ter emoção de nenhum tipo, pois dai eu ciclo, a cabeça fica tosca.

A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar. Mas aceitar não é desistir, nem tão pouco se resignar. Aceitar é estar lúcido do momento presente como é, e se assim a vida se apresenta, assim deve ser, já que tudo está coordenado pela lei da ação e reação. No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós (carma) e soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazendo as respostas e as saídas para a situação. Tudo isso porque paramos de resistir à VIDA como ela se apresenta no momento.Aceitar é a melhor solução, aceitar meus gostos, minhas neuras, os gostos do outro, as neuras do outro.

A consciência de que tudo é movimento, nada é permanente, faz com que a aceitação aconteça mais facilmente. A nossa tendência "natural" é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado, aquele fardo nas costas, que traz insonia, dor de cabeça, gastrite rs.. e muito sofrimento interno.
Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados, frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais/emocionais criam mais e mais dificuldades, nunca trazem solução.È aceitando que nos encontramos, encontramos a paz tão desejada.

Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à Fé. É fundamental entender que aceitar não significa desistir; seguir adiante com otimismo e ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida. Aceitar se refere ao momento presente, ao agora, no instante que você aceita, ou em outras palavras, você se entrega, novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.Não me deixo mais nesse estado de sofrimento, de apatia mental, de dor na alma, sou complicada, eu sei mas estou ótima comigo mesma, apesar da perda da cunhada, apesar do frio que me faz muito mal, apesar das chuvas que me aprisionam e me deprime, apesar de tudo, estou de bem comigo mesma, e aceitando cada dia melhor as atitudes do outro, aceitando que só posso dar o que posso dar, nada alem disso, nadica mesmo.

Quando penso o quanto já sofri por não me aceitar como era, quanto já me escondi atras de remédios de latas de cerveja, de casamento, de mulheres, enfim..... me escondi e sofri por muito tempo, e asseguro aos mais jovens não vale a pena.
Espero que minha idéia de Aceitação sirva para alguns.
grande beijo a todas e todos.

Iracema Romanowsky

Inserida por iracema_f_n_romano

Um velho

Andava tonto de tanta ingestão de doses sem motivo
De um lado para o outro à deriva dos soluços noturnos
Sempre aos risos dos que olhavam, riam, e julgavam
Ele era incapaz de pedir ajuda, tampouco compreender a causa
No fim, era uma vítima. Dos risos, dos olhares?
Apenas vítima da vida que insatisfez e correu pelos braços,
Vivendo sem motivos e ingerindo várias doses de incertezas.

Inserida por itamazor

É assim que lembro do meu tio alcoólatra, bebia até cair, a família cansou de buscá-lo na sarjeta, era uma decisão infeliz, ele não se sentia doente e nós não conseguíamos mudar seu ponto de vista.

Ele não era aparentemente saudável, usava roupas inapropriadas, cabelos assanhados, com uma vontade súbita de morar na mesa de um bar. De forma esplêndida ele se destruía a cada dia. Fiel a cerveja, whisky e cachaça.

Era um otimista incorrigível, a vida estava sempre pedindo comemoração com um copo de bebida na mão, havia mil razões para convencê-lo do contrário, mas ele estava completamente feliz com sua escolha.

A família foi paciente, passou por momentos de vergonha, por dúvidas sobre uma internação compulsória, sob o olhar de julgamento de quem não entende da cruz de ajudar quem não quer ser ajudado.

Às vezes damos mais importância às drogas ilícitas do que ao alcoolismo, mas o sofrimento é o mesmo de toda dependência, principalmente para a família que não sabe como agir.

Por várias vezes ele foi encontrado molhado de xixi, com frio de uma madrugada ao relento quando resolvia mudar de bar e sair de casa sem avisar, com dívidas exorbitantes de vendas no fiado.

Foi tudo repentino, uma dose aqui, outra ali, uma vontade de beber de dia, de tarde, de noite, de madrugada, uma vontade de não sair do bar até ser expulso porque o estabelecimento precisa fechar.

Nem ele acreditaria que fosse possível se viciar, de jeito nenhum, essas coisas acontecem com os outros, ficamos imunes, não sofro de nada, posso parar quando quiser, bebo porque gosto e me faz bem são as respostas de sempre.

Essas pessoas não afundam sozinho, não sabem a gravidade de adoecer a família inteira com preocupações, com emoções desgastantes, com falta de dinheiro desviados para o bar, meu tio foi rico, poderoso, político, importante, porém perdeu tudo, se afundou.

Perdeu principalmente a dignidade, o respeito, o amor-próprio, perdeu seus neurônios, perdeu o que a vida tinha a lhe oferecer, perdeu a bondade, se espatifou no chão, se destruiu.

Inserida por Arcise

“O vício é um fantasma que assombra sua vida, despreza suas qualidades, zomba de suas capacidades e, o pior é que você abra as portas para ele, o coloca em sua vida, o alimenta, o deixa em lugar de destaque e de maneira submissa, aceita que ele o mate.” Luiza Gosuen


A dependência de bebida alcoólica tem se tornado um fator preocupante em diversos setores.
O índice alarmante está na área da saúde onde a quantidade de dependentes aumenta a cada dia, principalmente entre jovens e mulheres. Um dos fatores que contribuem para isso é o emocional, onde pessoas insatisfeitas consigo mesma, com problemas familiares e profissionais acham que a solução pode estar num copo de bebida e em companhia de pessoas que passam também por transtornos e carências afetivas e que em nada poderão contribuir para melhorar seu desconforto, ao contrário irão levá-los a caminhos muitas vezes sem volta.
Toda dependência chega disfarçada de alegria, vitalidade e bem-estar e de maneira covarde assedia ,conquista e mata sua presa, aos poucos.

Ouve-se muito as frases:"Eu sei meu limite" , ""Eu não estou bêbado"
Mas, como reconhecer esse limite?

Uma pesquisa recente do International Center for Alcohol Policies (ICAP), dos Estados Unidos, aponta que o flagelo do alcoolismo começa a ocorrer dentro do núcleo da própria família, com o direto incentivo dos pais, em 46% das famílias (Jornal o Estado de São Paulo do dia 21 de outubro de 2013, Caderno Economia, página B16).

Um pai que ingere bebida todos os dias tem o conceito para si de que essa atitude em nada altera seu comportamento e que seus filhos "entendem" como correto e aprovado essa sua atitude em família. Aí está o perigo, pois realmente este pai pode estar passando esta informação aos seus filhos, que os tem como exemplo do que deve ser seguido, sem contar que em alguns casos, esses filhos observam também a figura da mãe como participante ativa fazendo companhia ao pai e até oferecendo a bebida aos filhos, achando "bonitinho" e se divertindo com as caretas feitas pelas crianças ao contato com o gosto desagradável do que num futuro próximo poderá ser a causa de tragédias e dores irreparáveis.

Em pesquisa da OMS _Organização Mundial de Saúde, quem diariamente não consegue ficar sem beber uma única dose ou um copo de cerveja está na faixa dos "Alcoolistas", e quem, diariamente, bebe mais que dois copos de bebida alcoólica já faz uso nocivo do álcool. Se a pessoa beber três ou quatro doses num dia é considerado "Alcoólatra", estará expondo seu organismo a um nível de toxicidade que mudará seu padrão de sono e aumentará o risco de hipertensão, por exemplo. Um número maior de doses diárias além da dependência ,provavelmente irá ocasionar outros problemas como doença cardiovascular, acidentes pessoais, etc. e precisará de tratamento adequado, caso queira se livrar do vício e a possibilidade de recuperação.

A orientação da OMS é de que o limite para o nível de álcool em pessoas saudáveis não ultrapasse a 30g. O consumo não pode superar o equivalente a três copos de chope ou apenas uma dose de uísque ou vinho, por dia.
Para quem costuma beber diariamente mais de duas latas de cerveja ou duas doses de destilado, como uísque ou pinga, aqui vai um alerta: o nível de álcool presente nessas quantidades de bebida está acima do recomendado pela OMS, podendo causar danos ao organismo.
Para o consumo moderado, a quantidade de álcool presente em cada bebida é:
1 lata de cerveja - 17 gramas
1 copo de chope- 10 gramas
1 taça de vinho - 10 gramas
1 dose de destilado - 25 gramas (uísque, pinga, vodca)

Veja agora os efeitos no cérebro de acordo com a quantidade de álcool por litro,no sangue:
2 latas de cerveja ou 2 taças de vinho ou 1 dose de uísque - Até 0,5g - Leve mudança na percepção e relaxamento.
3 latas de cerveja ou 3 taças de vinho ou 1,5 dose de uísque - 0,6 a 0,9g - Euforia e redução da atenção
5 latas de cerveja ou 5 taças de vinho ou 2,5 doses de uísque- 1,0 a 1,4g - Forte alteração nos reflexos
7 latas de cerveja ou 5 taças de vinho ou 3,5 doses de uísque - Acima de 1,5g- Confusão mental, vertigens, visão dupla.

De acordo com Sociedade Brasileira de Clínica Médica da Regional São Paulo, o consumo moderado de bebida raramente prejudica a saúde do fígado ou do coração. Ao contrário. Baixas doses de álcool estão associadas ao menor índice de infarto, pois dificultam a adesão de placas de gordura nas paredes das artérias. O vinho, em particular, ainda tem os flavonóides, substância que aumenta a concentração do bom colesterol (HDL).

Porém, se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes, esses benefícios não existem e o álcool terá um efeito totalmente maléfico. Esse paciente nem mesmo pode beber, conforme orientação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Consumo acima de 30 gramas de álcool por dia também causa efeito inverso e pode provocar miocardiopatia alcoólica (dilatação do coração).

Nenhum médico deve estimular o consumo de bebida alcoólica como método de prevenção de doenças cardiovasculares.
Os especialista alertam seus pacientes que é bastante perigoso misturar álcool com medicamentos, principalmente os calmantes.

Alcoolismo é uma doença crônica onde o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação que a droga produz e quando é retirada por algum tempo sente os efeitos da abstinência. Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo.
Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo as estatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.
Se a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.
Uma das características mais importantes do alcoolismo é a negação de sua existência por parte do usuário. Raros são aqueles que reconhecem o uso abusivo de bebidas, passo considerado essencial para livrarem-se da dependência e quando isso não acontece é necessário um processo severo de desintoxicação, com possível internação em clínica especializada.
As recomendações atuais para tratamento do alcoolismo, envolvem duas etapas:
a) Desintoxicação – Em Clínicas Especializadas de internação geralmente programada para alguns dias sob supervisão médica, permite combater os efeitos agudos da retirada do álcool. Dados os altíssimos índices de recaídas, no entanto, o alcoolismo não é doença a ser tratada exclusivamente no âmbito da medicina convencional, sendo necessário o envolvendo de equipe multidisciplinar que irá auxiliar e fortalecer do tratamento e se necessário, essa programação poderá variar de 8 meses a 1 ano.

b) Reabilitação – Alcoólicos anônimos é uma outra opção recomendada. Depois de controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes devem ser encaminhados para programas de reabilitação, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem álcool na circulação sanguínea.
Para que o tratamento tenha sucesso é fundamental a participação dos familiares e amigos próximos.Essa demonstração de afeto fará grande diferença na recuperação do usuário.
Para apoio a familiares existe a Al-Anon, que é uma associação dedicada a dar apoio e orientação aos familiares dos dependentes do álcool.

Inserida por LuizaGosuen

"Sangue e outras drogas."

Não leia estes versos de solidão!
Pelo deus não mais rogado,
Em lápides, abandonado,
Eu sei, tua mente diz-te "Não!"

No refúgio do completo delírio.
Insegurança alheia ao querer.
Transmutei-me em meio ao "ser"
Ao tentar manter-te sóbrio.

Outros tantos aspectos adversos,
Outras tantas redes convexas,
Outras tantas paredes complexas,
Tantos outros amores anexos.

Ares ébrios, desnorteados.
Do perdido ao inconsagrado,
Pelo caminho do verbo ao vocábulo ligado,
O meu "eu" em teu ser, ilegitimados.

Desmistificando o antigo pudor,
Tomo a mim um temor crescente,
Revenda recorrente.
Dois corações sem valor.

Minha mão segurava um passado que se desprendia
A notícia no rádio anunciava o sepulcro
Tua voz ecoava um teatro do absurdo
Pelo quebrar de ossos o mundo implodia.

Thaylla Ferreira {Epitáfios para Lígia}

Inserida por ThayllaCavalcante

⁠ACORDANDO NU - O poema de um ex-alcoólatra

Estou em uma festa quando uma criança me pergunta:
"Ei, você quer beber, mano?"
Oh, não, obrigado, eu não bebo mais
Isso é uma porcaria
Otário, trouxa, fraco
Às vezes devo ser chato - então sou chato
As festas que geralmente vou consistem de café e sentimentos
Algumas vezes por semana, nós sentamos em um círculo
e tentamos reconstituir nossas vidas.
Não nos lembramos delas tão claramente.
Além disso, uma vez, quando pesava apenas 60 quilos,
matei uma garrafa de Jack Daniel's em trinta minutos.
Na manhã seguinte, acordei nu no banco de trás do meu carro
Com o gosto de vômito subindo até a garganta.
Sou alérgico ao álcool.
Toda vez que bebo eu acabo algemado
cago no carpete da sala e, em seguida, chuto uma porta.
Até hoje eu coloquei três gatos em uma mochila,
um cachorro em um armário
Não me chame de chato, senhor
Uma vez, eu esqueci onde era minha casa
Fui escoltado por estranhos
Estava com um pacote de biscoitos, um guarda-chuva
e completamente nu
Mas uma vez eu soquei o meu melhor amigo
tão forte que quebrei o nariz dele
E uma vez eu tomei mais comprimidos que eu consigo lembrar
E aceitei que estaria morto em uma hora
Não se atreva a me chamar de fraco
Eu engoli mais litros de arrependimento
do que o sangue que você é capaz
de bombear no seu corpo.
Não diga ao meu pai que ele era ‘chato’
ao olhar o seu único filho nos olhos
e perguntar-lhe se ele bebeu mais uma vez.
Você não será bem-vindo nesta casa.
Não diga a minha mãe que eu sou fraco
Ela não vai conseguir conter as lágrimas
ao lembrar-se de quando ‘passeava’ pela ala psiquiátrica
Para ver seu próprio filho algemado
a uma cama na sala de emergência.
Ela passou quatro anos orando pela minha sobriedade,
E você não vai tirar isso dela.
Se for me dar uma dose (tiro), é melhor ter um gatilho envolvido
A vez que me senti mais forte foi quando
eu disse “não” pra bebida pela primeira vez
Eu disse não, todas as manhãs desde 29 de setembro de 2008
Eu digo não dezoito vezes antes do café da manhã
Um para cada passo necessário para ir do meu quarto até a geladeira
Eu digo não dez vezes antes de trabalhar
Uma para cada outdoor que me diz que eu era mais forte quando bebia
Eu disse não mais vezes do que posso contar
Uma vez pra cada noite que minha família ficava acordada
tentando não imaginar a minha lápide
Você me faz a pergunta
Eu não ouço as palavras que você está dizendo
Escuto você me perguntar: você quer morrer, Michael?
Não, eu não quero mais morrer.

Inserida por sammis_reachers

Até quando

Cada um vive a sua maneira
Muitas vezes sem se importar
Com aqueles que estão próximos
Aqueles que ainda conseguem suportar

Conselhos você recebe aos montes
De pessoas que se importam com você de verdade
Mas você prefere se entregar ao seu vício
Ignorando todos e sua realidade

Você poderia ter uma família
Você poderia ter o amor de seus filhos
Você poderia estar presente na vida deles
Mas preferiu ficar com os prazeres do mundo

Hoje você sente o peso das suas escolhas
Sua saúde é reflexo da vida que levou
A cada gole sua vida se definha
Assim como a esperança daqueles que deixou

Não existe muita coisa entre nós
Apenas aquela velha rotina de nos encontrar
Me pergunto: Até quando farei isso?
Talvez esse dia esteja próximo de chegar

Inserida por ivanildo_sales

Não se desespere, não pense que você é menos que ninguém, e nem pense apenas no seu próprio umbigo. Não se engane, não existe vida sem problema... Nós não sabemos escolher, nós não sabemos decidir, lembram? Pois é, e a vida que eu e você levamos hoje, nada mais é do que fruto das nossas próprias escolhas e decisões.

Mas eu não sei qual é a tua fé. Não sei em que você crê. Mas eu creio em um Deus que tem prazer no impossível. Não é mais possível pra você? Esse Deus é Jesus e nesse Nome há Poder. Se você crer nEele, o impossível é possível pra você. Não desista, porque Deus faz caminhos onde não há.

Inserida por megglima

Vício

Se eu tivesse notado
logo no inicio
se eu tivesse escutado
que isso poderia acabar em vício

Mas o desespero falou mais alto
e essa era minha rota de fuga
e me preenchia um vazio, de fato
mas para parar agora, é uma luta

Minha família
já perdeu a paciência
que estou com malandragem dizem a maioria
mas só eu sei dessa abstinência

E agora internada
meu Deus, que ironia
eles me mantêm dopada
e isso ninguém via

Troca-se um vício por outro
do copo ao comprimido
pelo menos agora eu encontro
minha fuga na drogaria.

____Juliana Rossi Cordeiro

Inserida por juliana_rossi

Como uma criança que nasce e passa por vários estágios até seu completo caminhar, o dependente químico que quer vencer alcança sua sobriedade e recuperação. Resgata o que perdeu em função de uma doença tão devastadora, deixando de ser o “escolhido”, abraçando com muita dignidade e garra sua liberdade em “escolher”.

Inserida por universoadicto

⁠O álcool me arruinou financeira e moralmente, partiu meu coração e o coração de muitas outras pessoas. Mesmo que tenha feito isso comigo e quase me matado e eu não tenha tocado em uma gota em dezessete anos, às vezes me pergunto se eu poderia me safar bebendo um pouco agora. Eu concordo totalmente com a noção de que o alcoolismo é uma doença mental porque pensar assim é claramente insano.

Inserida por sammis_reachers