Textos de Meninas
DE MENINA, A MULHER DE CORPO CONSAGRADO
Hoje você faz mais um ano de vida...
São tantos...
Tão poucos!
Que mais sejam de alegria...
Que poucos sejam de agonia!
Tu sabes...
Fazes do melhor à tua vida!
Tens sido de força ao ganho,
Tens ficado distante do engano,
Que nesta força nunca tenhas dano!
Que no nunca, o sim...
Ao experimento extravagante do teu querer,
Deixe de ser como sendo o imponente!
Que o não...
Seja no sempre, força de vontade da consciência pelo saber!
Que sempre entendas,
E, que o erro não te engane!
Que sempre te faças compreendida!
Que de tua verdade obtida,
Sempre tu tenhas posse de plena guarida!
Foges aos quantos te querem,
De todos por um querer maldoso,
De tantos que não faz jus ao que és!
Rejeitas... Rejeitas aos que não te vêem em teus valores...
Não te baste aos que do teu belo interior não enxergam!
Aos tais dos quais te olham mais pelo desejo,
Que, em tua beleza são vencidos por sentimentos impropérios,
Esfomeiam-se apenas pelo encanto da formosura do teu belo,
E, não entendem que perceber-te é descobrir tua pureza...
Deles, desencanta-te, não se dobrando ao seu desfigurado prazer!
Escuta-me como amigo ao teu ouvido meu sussurro:
A estes, te fazes intocável!
Fazes-te impossível!
Do teu tudo, apenas com perfeito amor,
Seja por gosto em pureza, cedido ao outro do teu belo visível!
Que deste dia,
De poder a consumação da felicidade,
Como sempre...
Tu que te mostras superior,
Digas não a todo tipo de leviandade!
Repousa nesta data o melhor do que vives!
É o hoje...
De tamanha importância a teu prazer em existir!
É do hoje...
De grata ao que se pode mostrar de ti!
Hoje te fazes mulher...
Mulher de corpo consagrado!
Deixaste de ser menina...
Não insistas!
Olhas ao teu redor... És esplendida... Venceste!
Então, digas assim: Este é meu dia!
Dia que me consagro mulher experiente!
Dia de tanto gosto à minha satisfação esperado!
Reconheces: Fizestes-te dona de si!
Desfrutas... Que seja ele o mais querido... Em tudo agradável!
Apresento agora um ultimo desejo:
Que datas como esta de brilho encantado,
Seja por ti, outras vezes comemorada!
Mas, que sempre tenhas de Deus à tua festa,
Por Sua Divina Glória ao teu tudo adornada!
Gosto muito dos seus trejeitos que engloba suas atitudes saindo de menina para uma mulher que sabe o que quer;
Você me deixa louco, fazendo que eu diga sempre sim nos sentimentos mais louco que há;
Seus instintos despertam meus líbidos para seu bel prazer demostrado com o seu belo sorriso infinito pela plenitude que vem como um raio de sol;
Se prepara menina...
Você tera noites de insonia, pensando a onde você errou por que ele não gosta de você..
Você tera varios motivos para chorar..
Ficara abalada com apenas o fato de se ignorada..
Mais você não é fragil, não vai chorar, ao contrario vai passar por ele sorrindo, de cabeça erguida.
Ontem, Aquela garotinha, com um coração doce de menina, usando sapatinhos e vestidos, vivendo em um conto de fadas.
Hoje, Aquela mulher, com um coração que já foi várias vezes machucado, mais com tantas feridas, sempre levanta pra mais uma luta, usando um grande salto, e o estilo de uma mulher de verdade, encarando a realidade.
“Ei, você…
Sim, essa menina que adora escrever, porque na verdade é o seu único modo de conseguir se expressar. Você que vive na “mess”, nessa confusão que é sua mente profunda. Você que sabe diferenciar o certo e o errado, mas que queria fazer as coisas só por fazer. Você que é bonita tanto por dentro quanto por fora, mas não quer ver. Você que sempre se arrepende depois de feito ou não feito. Você que parece ser fria e sem coração, mas que na verdade é como uma boneca esperando ser quebrada. Você com essa maldita! armadura que esconde o quanto você sofre quando machuca alguém. Você que é divertida e estúpida, na maioria das vezes. Você que não vive sem um abraço e sem gestos inesperados, e que deve estar se odiando por ter que admitir isso. Você que odeia cálculos, mas ama escrever. Você que ama as coisas mais simples mais que tudo.
Ei, você…..
que ainda é criança, que se lambuza com chocolate, e com sorvete. Você que é ingênua. Você que transparece ser orgulhosa, mas na verdade é tão humilde que esconde isso, para ninguém ter o que falar. Você que é idiota por querer situações de filmes, e ainda…querer coisas imperfeitas, brincadeiras, idiotices! Não entendo você….
Ei, você….
fique sabendo que tudo bem não saber o que fazer, tudo bem não estar bem, tudo bem não conseguir seguir seu coração, tudo bem se arrepender, tudo bem não querer admitir essas coisas para si mesma, tudo bem…
Tubo bem ser você mesma.
No encontro de uma Constante - A menina que não se achava bonita
Não importa o quanto diga
Que não há beleza no seu olhar
Não tente comparar
Posso afirmar, eles são
Nem menos, nem mais
Apenas suficientes para fazer qualquer um viajar.
Sua alma sem igual capaz de tornar
Esse mundo cada dia melhor
Possa ser eterno
Ela sempre me disse
Que não era bonita
Como não?
Sua beleza torna tudo tão belo
Seus olhos são como o paraíso
Suas palavras uma amostra da felicidade
Se ela não for bonita
Não sei mais o que é belo.
(trecho)
A menina dos meus olhos
Olhei-me no espelho e vi que não era mais aquela menina
que todos enxergavam.
A menina aos poucos desaparecia havia crescido se transformardo.
Meus olhos não vêem mais a beleza do mundo
Meus olhos me enganam mentem traem...
Aos poucos perçebo que a única coisa que meus olhos vêem é apenas
O meu reflexo no espelho esperando a melhor oportunidade de rever
os olhos da menina que existia em mim.
Me olhe com desejos, na flor da idade em um sorriso maroto menina-mulher enquanto a beleza embriaga como um gole inesperado;
Mas não me pegue pelo meu ponto fraco com uma conversa fora, maltratando-me mostrando que você pode ser tão fácil para me fazer de idiota;
Eu sei que ando pirado encarando meus desafios, sorrindo com exageros para multidões que não me suporta;
A menina qeu fabricava pensamentos
Naquela manhã, a menina que fabricava pensamentos acordou triste outra vez. Sentia uma tristeza que lhe era alheia, pois parecia mais pertencer a outra pessoa. Como os amigos costumavam dizer, a tristeza não combinava com ela. Contudo, naqueles dias, perecia ser uma velha amiga.
Ela continuou deitada, escutando o pipilar distante dos pássaros. Noutras manhãs, teria apreciado com um copioso encantamento aquela melodia ritmada. Agora, no entanto, os cânticos passavam despercebidos pelos seus sentidos, sem deixar registrada uma nota sequer, como se fossem parte de uma sinfonia muda que, embora fosse ouvida, não podia ser sentida. O sentimento malogrado era fruto de um pesadelo que a menina tivera durante a madrugada de dias atrás, um pesadelo que não nascera para ser pesadelo, pois sempre tivera a aparência de um sonho, um conto noturno recorrente, que sempre lhe arrancara sorrisos. Naquela madrugada, entretanto, quase a levara às lágrimas.
Ponderava se não teria sido um pesadelo dentro do sonho, algo de uma dimensão além, da qual ela pudesse fugir ao acordar. Seria possível sonhar enquanto se já estava sonhando? Era uma ideia na qual a menina teria acreditado com todas as forças, não fosse a nitidez do vívido pesadelo, que teimava em permanecer em seus pensamentos. Depois de muito tempo - ou seria tempo nenhum? - ela sentou-se na cama. Descalça, caminhou até a janela e abriu-a.
O dia lá fora cumprimentou-a com uma saborosa lufada de ar, que veio numa temperatura perfeita, nem quente, nem frio. Acariciou o seu rosto e, em seguida, invadiu com despreocupada indiscrição o quarto atrás dela, tomando conta de todo o ambiente. A menina sentiu com prazer o seu cheiro adocicado, e, por um momento, um breve momento, pode apreciar a gloriosa manhã. Depois, o pesadelo.
Agora, assomado à tristeza incomum, sentia também uma fagulha de raiva. Porque, incrivelmente, sentia saudade do que a levara ao anseio do choro, sentia falta do seu pesadelo mascarado, do sonho que, agora ela percebia, nunca fora sonho. Que sutil e cruel ironia: a vertigem que nutria a sua tristeza era também um horizonte, que suscitava a sua saudade.
A menina olhou para baixo e vislumbrou uma ruela movimentada. As pessoas do lugar costumavam acordar muito cedo, e saiam de suas casas muito cedo, como se quisessem disputar com as primeiras luzes da alvorada uma corrida imaginária.
Um homem que ia passando acenou para a menina. Quase no mesmo instante, uma mulher que levava o filho para escola fez o mesmo. A menina ensaiou um sorriso, mas não teve muito sucesso. As pessoas pareceram estranhar. Em seguida, outro homem, de passagem, a cumprimentou, e depois mais outro, este acompanhado por sua esposa e filha. A garotinha sorriu para a menina debruçada sobre o parapeito da janela, que retribuiu o gesto com um aceno desanimado.
Então, a garotinha puxou a beirada da blusa da mãe, que parou e se virou para ela. Do segundo andar de sua casa a menina não pode escutar, mas soube no mesmo instante que a garotinha falara alguma coisa a seu respeito, porque, no momento seguinte, sua mãe e seu pai pararam e, girando nos calcanhares, ergueram a cabeça para olhar para ela. Ali ficaram os três, pai, mãe e filha, encarando a menina que fabricava pensamentos, ambos num silêncio caudaloso, quase tangível.
Então, a garotinha perguntou:
- Por que você está triste?
Ao que a menina respondeu:
- Um pesadelo que usava a máscara de um sonho. Costumava me fazer sorrir. Algumas noites atrás, a máscara caiu e ele quase me fez chorar.
- Não fique assim. Você sorri para mim todas as manhãs; não gosto de vê-la assim triste.
- Fui uma tola. Encantei-me com a beleza de uma rosa e não vi os seus espinhos; acabei me machucando.
Desta vez, quem falou foi o pai da garotinha:
- Menina que fabrica pensamentos, todas as noites você nos ensina algo novo com as suas mensagens de amor, amizade, alegria, fé... você sorri e vem nos cativando há muito tempo, e quando chora, sempre é de alegria. Esse semblante de tristeza não lhe cai bem.
- Ultimamente, parece fazer parte de mim - respondeu a menina por fim.
Mais pessoas foram passando e parando em frente à casa de Nº 14, onde morava a menina que fabricava pensamentos. Em poucos minutos, a ruela estava ocupada por uma pequena multidão. A menina continuou a observar as pessoas que se juntavam em baixo de sua janela, olhando para ela num silêncio expectante, como se esperassem dela um sinal de que a sua alegria voltaria ou então o seu próprio dia não seria feliz. Quis sorrir em resposta, mas sentiu que apenas os enganaria e a si própria. Se seus pensamentos fluíssem como sempre haviam fluído - ao mais tenro de seus estímulos - a menina diria algo que abrandasse a aflição nos olhares lá embaixo. Contudo, nem mesmo uma palavra se articulava. Era como se os pensamentos, em protesto por sua tristeza, tivessem decidido acompanhar o coro silencioso das pessoas ali em volta.
De repente, a menina reparou em uma movimentação à sua esquerda. Algumas pessoas se afastavam para os lados, dando passagem a uma terceira pessoa. Achou que o movimento se assemelhava ao do mar: uma ondulação cadenciada se afastando do pondo onde a ruela fazia esquina com uma alameda e seguindo num ritmo consistente, decisivo, rumando para a margem do oceano, para a sua casa. Lá chegando, a menina pode ver de quem se tratava.
Era o filho do dono da alfaiataria que funcionava ali perto. Ele, que poderia ter a mesma idade que ela, se destacou da multidão e começou a escalar a parede lateral da casa, a mão direita fechada num gesto esquisito, o punho enrijecido e meio torto para dentro, como se estivesse quebrado. A menina observou-o apenas, sem expectativa de saber ou entender qual era a sua intenção. Quando ele empoleirou-se na frente de sua janela, o gesto dele surpreendeu-a.
Na mão direita, surgiu uma rosa, que estivera escondida por trás do punho que parecia quebrado. Ele entregou-a à menina sem fazer delongas, e disse sem rodeios, olhando-a com um meio-sorriso:
- Gostaria de lhe dar isso, para que você veja que nem toda rosa tem espinhos e que, apesar dos sonhos ruins que possam lhe causar o choro, haverá sempre quem escale paredes, só para te fazer sorrir novamente.
A menina registrou cada palavra do garoto, mas as suas próprias pareceram se tornar estranhas à sua percepção, e ela não pode pronunciar nenhuma. Muito distante dali, pássaros continuavam a cantar.
A menina sofre pela incapacidade de fixar aquele que gosta em sua vida, Em busca de uma explicação ela relata os fatos e conclui: - Não há nada que possa ser feito, Não há quem possa ganhar o amor deste rapaz, pois tantas sofrem pela mesma encucação , é a mesma história;
indeciso, vida bagunçada.... Não sabe, Não viu... Milhares de corações partidos a procura de uma entendimento, Não que este rapaz seja alguém considerável, mas porque essas meninas são boas o bastante pra se submeterem a loucura deste. O problema não está nas meninas e sim no problemático, egoísta e infantil. Não age como um homem, se acha bom o suficiente pra envolver várias e na hora do sentimento foge. Meninas, não percam seu tempo... Esta história já se repete há anos e não há nada que possa ser feito... Ou há, quem sabe um dia este inconsequente comece a ver o mundo de forma real...!
Venha sem chão para que eu possa te levar no colo feito uma menina inocente que simula um sentimento doce e singelo;
Porém não quero que seu coração me condene por minha sede que se faz filosofia que tanto me auxilia;
Pode haver todo dinheiro do mundo, mas não pode comprar a alegria e até felicidade que transborda o coração com palavras lindas;
FLOR MENINA
Flor!
Que da vida ao meu jardim.
Regas com teu amor,
perfume,
beleza e ardor.
E te rendes... a mim.
Com teu jeito incomparável
Me cativa,
me anima...
Tudo em ti,
é amável.
Minha linda flor, MENINA!
Sou teu, jardim "encantado".
De amor sem fim...
Cravo sou! Enamorado...
Pois, a tenho para mim.
Aonde foi parar aquela menina?
Hoje dei pela falta da menina que morava em mim... Nem vi quando ela se foi...A menina que já chegou contando as horas... De manhã quando a acordei já não estava mais aqui. Eu não tenho mais a menina por dentro. Fiz de tudo para segurá-la, quase a pressionei. De frente ao espelho, finalmente, para quase desespero meu, vi a velha que hoje se instalou sem me perguntar se podia, se havia lugar para ela... De olhos opacos, rugas , de lábios ressequidos, de mãos de bruxas da minha infância..... Bati muitas e muitas vezes, a porta do tempo em sua cara... E hoje ela finalmente, arrombou as trancas que a prendiam lá fora e se apossou de mim contra a minha vontade. Em restos de ilusão, borrei -a de rouge carmim, pus -lhe máscaras, troquei suas roupas antigas, vesti-a de novas roupas coloridas, enchi- a de balangandãs, levei-a aos antigos lugares onde ia, mas ninguém viu nela sequer resquícios da menina que um dia foi... Não consegui disfarçá-la. Ela estava ali, num fio de cabelo branco, numa ruga onde antes era pele de cetim... Eu não queria que ela viesse..Não a convidei, não estava preparada para recebê-la... Assim como a menina teve pressa para ir, ela teve urgência em chegar. Alguém teria que ocupar meu corpo, ou então a morte viria fazê-lo... É uma velha e por ser velha, sem brilho, sem viço, sem verdor... Eu quero a menina de volta, seus risos, sua beleza, sua alegria... A menina a embalar-se e a embalar meu sonhos... Eu quero a menina que o tempo levou... Eu não quero despedir-me de mim... Eu não sou essa pessoa que vejo no espelho, eu nunca fui assim... Não reconheço sua amargura, nem essa pele macilenta, nem esse rosto flácido... Eu não quero essa pessoa que precisa de retoques, que precisa de disfarces, que não posso assumir... Eu não quero esse ser quase invisível que agora está aqui...Eu não sei o que fazer com esse meu jeito assim sem graça, já não desperto interesses, não recebo mais olhares, eu quero a beleza perdida que o tempo roubou e levou com a menina que vivia aqui...Quero-a de volta, mesmo com sua inexperiência, com suas inconsequências, de cabelos ao vento, sem pensar no amanhã...Quero a sua juventude, sua rebeldia sem causa,quero as asas que ela tinha,sua felicidade sem motivo ,quero os sonhos que ela levou... as canções que ela inventava e cantava pra viver... Essa velha é preocupada, já não dorme direito nem me deixa sonhar...Vive perdida no passado e paradoxalmente, corre contra o tempo quando o que eu mais queria era que ele parasse ...Sei que busca a menina que desapareceu na distância sumiu na curva da estrada ...Foi dando adeus de mansinho, avisando que iria, mas eu não acreditei... Dentro de mim a menina seria eterna, até ontem, quase a toquei num resto de brilho que havia em meu olhar, no homem que passou e olhou para mim, na velha calça desbotada que ousei colocar... Mas hoje ela se foi definitivamente... E cheia de bagagem... Nada deixou para traz... Nem um vestido de renda, nem um laço pro cabelo, nem um pingo de rubor na face...Me deixou só lembranças e lembranças não enfeitam, não rejuvenescem...Nem uma gotícula do tempo que passou, sequer um estrela cadente ,um desejo escondido... Até isso ela levou... Hoje passou por mim na rua, trocou de calçada, fez que não me viu... Seguia em bandos de adolescentes, em gritaria de estudantes, em risos soltos no ar... De vestido esvoaçante, de gargalhadas por nada, ela não sentiu saudades daqui... A casa estava se desmoronando, seus pilares arqueados, ao invés de Milk shake, chá das cinco, ela nunca gostou disso... Ela precisava viver... Foi em busca de outros corpos, de outros sonhos e me deixou ficar... A menina travessa precisava da alegria que eu já não tinha mais, de se perder em devaneios, precisava da beleza,de forças para acender o sol e apagar a lua... Agora que ganhou a chave da casa, de vez em quando faz -me visitas esporádicas em forma de recordações que para nada me servem... Vem em sonhos depois me acorda e me faz fitar um espelho que não reflete o que fui quando ela estava aqui... Não quero as marcas que ela me deixou...São na alma e não no corpo...desse, quase nada restou...Não quero seguir sozinha essa estrada sem beleza, sem risadas, sem nada...Quero o fim de uma história que não acabou...Quero alegria que ela me trazia, a vida que ela me deu...Não conheço essa pessoa que agora vive aqui...Procura-se desesperadamente por mim!
GAROTA-MÃE MENINA-MULHER
Menina-Criança,
foi pega de surpresa,
por culpa de seus atos,
meros fatos,
outrora, inatos,
mas que faz diferença,
pra pobre menina.
Oh... pobre menina,
cuja infância fascina,
mas foi interrompida,
para dar vez à outra infância.
Oh... pobre menina,
tão pequenina,
tão abandonada.
Oh... pobre menina,
largou a boneca,
aprendeu a trocar fralda.
Oh... pobre menina,
ainda tem muita esperança,
mas, alimentará uma nova criança.
Pobre menina,
esquecida pela criança feliz,
transformada naquela mini-mulher crescida-menina
que deu a luz
a uma nova menina,
e perdida no mundo,
a menina-mulher segue a vida.
Uma menina e um rio de emoções.
Ainda recordo com riqueza de detalhes as emoções que senti ao pôr os pés pela primeira vez naquela rua. Havia muita lama, devido a grande chuva da noite passada. Senti muito nojo daquela água escura molhando os meus pés. Felizmente meu pai percebeu minha aflição e logo me pôs nos braços, papai era forte e eu era só uma garotinha de sete anos. Senti-me tão protegida nos braços dele.
Aquele rio de emoções ainda fervilhava por dentro,queimando feito pequenas fagulhas. Aquele acanhado lugar ainda era estranho demais, para uma menina acostumada a viver numa rua asfaltada, rodeada de prédios que tocavam as nuvens. O que me chamou maior atenção foram os meninos brincando no meio do lamaçal, com as roupas imundas de barro. Mas, com um sorriso bem largo no rosto e, eu odiando aquela cena, aquele novo mundo ao meu redor.
Senti tanta dor por dentro, uma saudade do conforto do meu antigo lar, da rua em que sempre vivi. Mas, meu pai havia perdido tudo nos jogos, isso foi sua maior vergonha. E, por isso, teríamos que viver para sempre naquele lugar. Lembro-me que a maior surpresa ainda estava por vir, foi quando entrei no meu novo quarto, que susto sentir, ele era minúsculo e tinha cheiro de mofo. Eu logo pensei “onde irei guardar minhas bonecas”. O que eu não imaginava era que, logo elas estariam nadando na lama em frente a minha casa.
Passei longas noites chorando, olhando o céu nublado, vendo a chuva e o meu mundo debruçando sobre mim, pensando que aquela não era a minha vida. Mas, tempos depois fui me adaptando, à medida que os novos amigos foram chegando. A princípio estranhei aquelas brincadeiras, a meninada parecia não gostar de tomar banho, mas, naquele instante isso pouco importava, pois, eles haviam preenchido a lacuna do meu coração. Não demorou muito para que eu também fizesse parte do grupo que brincava na chuva e no meio da lama.
Hoje, quase quinze anos depois, distante daquele lugar, daquele ar frio e ao mesmo tempo cinza, eu sinto falta de tudo, do meu pai, das crianças emporcalhadas de barro e até mesmo da lama que um dia senti nojo. Pois, aquela era minha nova vida, a oportunidade que Deus havia me ofertado, para que, eu pudesse conhecer outras realidades, novas pessoas, outros olhares. Isso me ensinou a enxergar um mundo de possibilidades, de ir sempre ao encontro do novo, de novas emoções, porque algumas talvez me marquem eternamente.
Sobre a pia da cozinha azul estavam dois pratos na casa de uma menina onde escritos em sua identidade - solteira - e jurava de pés juntos que sua idade era menos 5 números "inventados" pelo documento.
Com a cozinha vazia, porta do quarto fechada e - sem querer - portal da entrada aberto. Morava na capital, por segurança era com três trancas na porta que se podia descansar em paz,porém era de se perceber que a distração foi tanta que nem encostar a porta foi possível.
No quarto os lençóis estavam embolados, mas a algum tempo estavam frios e sozinhos. O chuveiro estava ligado, e seus corpos se entrelaçavam em baixo d'água. Reparando novamente nas pias, nesse banheiro havia apenas uma única escova de dente, o que dava a entender que aquilo "envolvido" no boxe não era o que se chamava de um casal.
A imagem que acabava embaçada era refletida em um espelho imenso que faz qualquer um achar defeitos em si. Mas, ali estavam dois perfeitos. Um para o outro, mas infelizmente o destino traçado nem sempre é cumprido, ali se amaram, mas não se amariam para sempre.
11 de abril de 2012
Cara menina,
Achei que a unica coisa que desapontava fosse o lápis, mas me enganei. Estou desapontada, triste com essa mudança repentina de “mamãe quero crescer”, mas as pessoas esqueceram que quando há crescimento tudo tem que aumentar - até o tamanho da roupa. Não me importo se você quer usar aquela sua saia vulgar, aquela blusa mais curta, um fio de calcinha, cabelo raspado ou despenteado. O corpo é seu, nada disso te faz uma pessoa pior ou melhor. Andei ouvindo também coisas sobre você, aquelas que ninguém quer assumir que a tua “amiga-desde-sempre” poderia fazer. Por mim tanto faz, não vou te julgar. Achei que estavam exagerando e que você tinha que mergulhar na tua fase jovem onde as peles bonitas não tem rugas e nem as espinhas abalam. Passou. Preferi deixar de lado quando o assunto era você, virava a cara, ouvia e jogava tudo no lixo, desprezava palavras absurdas. Queria cuidar de ti, mas vi que tem muitas pessoas ai para te ajudar. Senti ciúmes por você postar que precisava de tanta gente em suas redes sociais. Queria que você precisasse de mim, do meu conselho e de minhas piadas chatas. Resolvi até dar aquele alô do tipo “estou aqui” ou “passa aqui em casa para a gente conversar um pouco” e as suas respostas foram excelentes! Parabéns! Afinal você estava sem tempo, entrava em época de prova quando todos acabaram de sair da recuperação final, trocava o número do celular mas sempre que eu tentava ligar estava ocupado. Você me convenceu. Não se paga preço por uma amizade, a C&A não vai me dar uma amiga no cartão-presente de natal, minha cama não vai me abraçar quando eu sentir medo, o silêncio não me fará rir e assim eu só tenho a lhe agradecer. Boas histórias não podem ter somente lados felizes, e se pudessem você acabou com a minha. Deixou uma sensação de dever falhado por eu jamais ter conseguido te chamar de melhor amiga. Deixou a desejar o sonho de uma ligar para a outra para chamar em um feriado prolongado e ver filmes de comédia ou contar sobre um show, uma viagem. Desperdiçamos chances de sair juntas e exibir nossos brincos novos e de ir ao cinema só para comprar o maior pote de pipoca. Agora eu percebo que você foi importante na minha vida, mas sei que você não merece o “título” de melhor amiga, porque simplesmente não há nada assim.
Preciso desabafar com uma amiga mas o seu telefone continua ocupado. Decidi nem me preocupar com isso, sai e fui comprar um novo chip com o número diferente - mudei até a operadora -, resolvi mudar o meu e fingir que esqueci do seu celular, coloquei somente nomes de pessoas que me fazem bem (lembra aquelas que também te faziam felizes?) e assim fui viver a minha vida. Sem nada de culpa e julgamentos. Realmente me esqueci de você, até ontem que vieram falar de ti para mim, mesmo sentido culpa, dor e saudade respondi:
- Quem é ela mesmo?
Menina moça que me encanta.
Menina moça que me inspira.
Menina moça que meche com meus desejos secretos.
Ninique.
Anjo real da desordem de meu coração.
Seus beijos e olhares inexplicavelmente me confundem a razão.
Olhos azuis encantadores do qual o elogio se faz constante.
De onde furtou essa cor, pois nem o céu tem uma tão interessante.
Ei menina.
Eii, você mesmo!!
Porque choras, menina? Tem tantos motivos para sorrir.
Já se levantou da cama hoje? Já viu o sol lá fora? O sol está brilhando, te esperando para iluminar a sua beleza.
Ei menina, porque te escondes? Te sentes segura aí dentro?
O que há dentro de você que não te permite conhecer o mundo lá fora?
Permita-se menina!
Tem um sol bonito, brilhando, te esperando lá fora!
Milhões de Dólares
Você diz que não me ama
E que não gosta das meninas,
Você diz que já tem alguém,
E que sou só sua amiga.
E tudo que eu queria
Não era nem alguns milhões de dólares,
Eu só queria você aqui do meu lado,
Nós dois sorrindo empolgados!
Meu azar é tão grande
Que eu nem sei o que é mais difícil:
Eu ficar mais rica que o Bill Gates
Ou você querer ficar comigo.
E tudo isso é culpa da probabilidade
Que me fez encontrar você,
É essa matemática
Que só me atrapalha
E não me deixa viver.
Eu só queria
Um quark do seu amor,
Não sei por que você me abandonou!
Meu azar é tão grande
Que eu nem sei o que é mais difícil:
Eu ficar mais rica que o Bill Gates
Ou você querer ficar comigo.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp