Textos sobre o destino
"O Destino de um Casmurro"
Capitu, o que fizeste,
nesse ato de traição.
Resolveste minha mente
em infindável aflição.
Culpa desse destino,
Escobar você escolheu.
Que tristeza, jaz morto!
Já não me importo se ele morreu.
O que faz de mim miserável
é o fruto dessa relação.
Ezequiel, tão amável,
é filho da enganação.
Resta a mim só uma escolha,
que farei com grande temor.
Ou tiro-me a vida,
ou mato meu antigo amor.
Mas não é esse meu caminho,
Ezequiel me mostrou.
Hei de viver sozinho,
sem Capitu, que não me amou.
Liberdade em mim
Caminhei contigo pensando que era destino,
descobri no silêncio o engano do teu caminho.
O beijo que antes adoçava minha pele
foi manchado pela pressa do teu vazio.
Não te acuso — a vida se encarrega disso,
a consciência te visita no escuro da noite.
Enquanto tu te afundas na culpa que plantaste,
eu floresço inteira no peito de quem me merece.
Não carrego peso, não guardo ferida,
transformo em riso o que tentou ser dor.
Seus passos ficaram presos no passado,
os meus dançam soltos no presente.
O amor não morreu — apenas trocou de endereço:
ele mora em mim,
ele espera por quem chega de verdade,
sem pressa de partir,
sem medo de ficar.
autora: Janine Rodrigues Bernhard, 1/2010.
A felicidade não é um destino fixo—ela está nas escolhas diárias, nos pequenos momentos que nos permitimos viver e sentir. Às vezes, nos prendemos ao medo, à dúvida, ao receio de errar. Mas dar-se uma chance é um ato de coragem, um presente que oferecemos a nós mesmos.
Ser feliz não significa ter tudo resolvido, mas sim aceitar que podemos recomeçar, mudar de ideia, respirar fundo e seguir em frente. O primeiro passo pode ser pequeno, mas é poderoso. E, mesmo que o caminho não seja perfeito, a tentativa já é uma forma de vitória.
Seja gentil consigo. Permita-se experimentar a leveza de novas possibilidades. Quem sabe, ao se dar essa chance, a vida surpreenda de uma maneira que você nunca imaginou.
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Valdecir Val Neves - Vila Velha - ES
Destino e Amor
O destino traça linhas no ar,
como o vento a brincar no mar.
Cada curva, um mistério a se abrir,
cada encruzilhada, um novo sentir.
E o amor, teimoso e sereno,
segue os traços, dança ao tempo.
Às vezes brisa, às vezes furacão,
mas sempre ecoa no coração.
Se o destino nos guia sem ver,
o amor nos ensina a escolher.
Entre as rotas que a vida desenha,
só o amor faz a jornada ser plena.
Copyright By Izaias Silva
Tiktok:👉@izaiasmsilva
Meu Destino Final
Rumo ao céu, meu destino final,
ergue-se em mim um sonho celestial.
Deixo pra trás o peso do chão,
voo guiado por fé e visão.
As dores antigas se tornam canção,
eco suave no meu coração.
A noite já cede ao primeiro sinal
de um novo amanhã, puro e vital.
Vejo no alto promessas em flor,
luz que acalma, calor sem temor.
E cada estrela parece lembrar:
o fim é só forma de recomeçar.
Não é adeus, é novo portal,
rumo ao céu, meu destino final.
Ali serei paz, serei despertar,
um raio de sol voltando a brilhar.
Copyright By Izaias Silva
Tiktok:👉@izaiasmsilva
Rejeição ou Redirecionamento? A Dança do Destino
Há momentos em que a rejeição não chega com palavras duras ou despedidas formais. Ela vem sorrateira, como um vento que muda de direção sem aviso, levando consigo presenças que antes preenchiam nossos dias. O espaço outrora habitado por olhares cúmplices e risadas compartilhadas se torna um vazio profundo, e nos perguntamos o que fizemos de errado, por que nosso afeto, entregue de coração aberto, não foi suficiente para manter alguém por perto.
Mas há um mistério que transforma a dor em entendimento: nem toda partida é perda, e nem toda rejeição é negativa. Às vezes, é apenas o universo nos conduzindo com mãos invisíveis para longe do que não nos pertencia. Como um rio que sabe o caminho para o mar, a vida nos empurra, ainda que resistamos, para águas mais puras, mais profundas, onde nossa essência pode finalmente se expandir sem contenção.
Sim, é difícil aceitar o afastamento sem respostas. É doloroso sentir o calor de uma presença se tornar brisa fria, perceber que o brilho no olhar se apagou, que a melodia de uma voz que antes nos aquecia agora soa distante. Mas, quando a névoa da dor se dissipa, percebemos que cada ausência abre espaço para algo maior. O que partiu levou consigo o que não nos pertencia e, em seu lugar, a vida começa a desenhar novos encontros, mais alinhados com a verdade do nosso coração.
O amor genuíno nunca é um desperdício. Ele é um presente entregue ao universo, e quem não soube recebê-lo não era capaz de segurá-lo nas mãos. Não porque não fosse bonito, mas porque ainda não havia aprendido a vê-lo em sua grandeza. Então, ao invés de lamentar a perda, permitamos que o destino nos guie. Pois talvez a rejeição não tenha sido um fim, mas apenas um desvio para algo infinitamente melhor.
F. E. este poema é para você!
Te reencontrar, foi um presente do destino, um momento mágico, parecia que já estava escrito.
Seu beijo é uma combinação perfeita entre suavidade e sutileza, transmitindo emoção e carinho, despertando sentimentos e intenções, num ritmo envolvente e infinito.
Seu carinho é genuíno, seu toque, suave, sua mão macia, delineando cada parte do corpo, como se estivesse mapeando a minha geografia.
Seu olhar é intenso, verdadeiro, admirando contente tudo aquilo que via, observando cada detalhe atentamente.
Sua boca é doce, delicada e macia, proferindo palavras sinceras, pronunciando elogios, me transportando para o céu, nas nuvens, vendo estrelas.
Seu abraço é apertado, gostoso e confortável, me levantando, me tirando o chão e aquecendo meu coração.
Sua presença aqui foi maravilhosa, sua conversa sempre boa e agradável, me fazendo sorrir, me sentindo bem, com seu jeito tão amável.
Eu amei te ver, vou guardar no coração os momentos vividos, a lembrança dessa noite inesquecível.
F.E. este poema é para você! Saiba que deixou saudades e em breve, quero te rever.
Doce Devaneio
Delírio doce,
Desejo desmedido,
Dança de dedos,
Do destino decidido.
Dom de delírio,
Dócil delícia,
Durmo desnorteado
De tua divindade fictícia.
Dama dos dias,
Donzela de dourado,
Desperto dizendo:
“De ti, estou dominado.”
Deitei dentro
Do drama do desejo,
Denso, dramático,
Dado ao teu beijo.
Dissolvo dores,
Deixo dúvidas,
Dou direção
Das delícias mútuas.
Dizer, decerto,
Demais:
Desde dezembro,
Dependo de ti, demais.
A Passageira do Destino
Ela entra no carro sem aviso, trazendo consigo o perfume do acaso.
Seus olhos guardam histórias que não me contará, e seu sorriso é uma porta entreaberta para um mundo que talvez eu nunca conheça.
Por que aceitou minha carona? Seria apenas um gesto casual, ou o universo insinuando um encontro que ainda não estamos prontos para viver?
Fico confuso, dividido entre o presente e o devaneio.
Quem é você, mulher de passos silenciosos e palavras medidas?
Se nesta vida somos apenas estranhos cruzando estradas, talvez em outra existência possamos nos encontrar sem medo, sem pressa, sem segredos.
Até lá, sigo dirigindo, levando não apenas seu corpo, mas o peso suave dessa dúvida que me acompanha como uma canção inacabada.
SANTUÁRIO
Eu sou na vida um emissário...
Dono do apropriado destino
Que se abriga em santuário
Que é algo surreal e divino...
Esperando os novos dias...
Sem conter nenhuma dor
Um aspirante de alegrias
Por onde esteja ou for...
Rabiscando novos versos...
Que na poesia eu explicito
Se há esforço? Não o meço
Trago paz em meu espírito...
Sendo grato a cada instante...
Por contemplar a natureza
O pôr do sol tão radiante
O vem e vai da correnteza...
Tendo mar em frente à porta...
Em seu frenético movimento
Com minha morada exposta
À mercê de qualquer vento...
(SANTUÁRIO - Edilon Moreira, Abril/2025)
Tarde de Luz em Corações de Minas
Na sagrada tarde de segunda-feira, 30 de junho,
meu destino foi selado com passos serenos na encantadora Poté,
onde o tempo parece repousar sobre os ombros do afeto.
Um giro leve na pracinha principal,
onde bancos guardam segredos antigos
e o vento dança entre as árvores como velho amigo.
Um café coado com carinho
numa padaria da Getúlio Vargas,
onde o cheiro do pão quente mistura-se com lembranças de ações de segurança pública.
Na sequência, um reencontro com a Vila Paula,
terra de almas boas e memórias bordadas em fios de ternura.
Logo depois, um salto até Sucanga,
onde cada rosto é um poema vivo,
onde cada aperto de mão é uma oração silenciosa.
E assim, a tarde se deixou adormecer,
envolta em um manto de simplicidade e grandeza.
Gente humilde, de coração tenro,
como se o próprio céu tivesse pousado por um instante.
Era paz. Era bem-estar. Era ternura em estado puro.
Era o amor disfarçado de paisagem.
Era a beleza mineira, bordada em gestos,
que se eterniza nas retinas da alma.
Destino
Ei, o que você acha que é Destino?
Pensa um pouco antes de continuar:
O que te vem à mente quando fala em Destino?
...
Destino, pra mim, é simples.
É o objetivo final de uma jornada, de uma viagem.
É pra onde a direção aponta.
...
Hein?
Ah, você não pensou neste tipo de Destino?
Pensou em Destino no sentido de futuro de vida.
Entendi.
Eu também!
...
Destino não tem nada a ver com sorte ou acaso.
Nem com essa ideia de coisa inevitável ou imutável.
Destino é escolha diária do caminho.
Com a palavra,
Alice Coragem.
Encanto do Meu Destino
Fui encantado pelo brilho do teu olhar,
Como quem vê o sol nascendo sobre o mar.
Algo em ti tocou minha alma ferida,
E despertou em mim a vontade de ter outra vida.
Fiquei interessado, sem querer, sem notar,
Nas palavras que diz, no teu jeito de amar.
Cada gesto teu é pura poesia,
Um convite doce à mais bela companhia.
Hoje só penso em te conquistar,
Em fazer teu riso por mim se encantar.
Ser teu abrigo, teu porto seguro,
Construir ao teu lado um amor tão puro.
Pois o que mais desejo, com toda certeza,
É querer você em minha vida, com leveza.
Não por um dia, não só por paixão,
Mas pra caminhar contigo, de coração em coração.
Nos conhecemos no dia em que o destino decidiu brincar de poeta,
meu aniversário. Eu resolvi sair de casa sem nem saber o motivo, talvez meu subconsciente soubesse, era a tua chegada.
Olhares se cruzaram e o tempo parou,
como se nós já soubéssemos a qual caminho nos levou.
Paixão avassaladora, daquelas que não se explica,
pele que encaixa, beijo que justifica.
Teu cheiro no meu, feito promessa selada,
um vínculo de alma, uma dança entrelaçada.
Disseram: “Você parece emocionado.”
E eu apenas sorri com coração acelerado.
Emocionado? Não. Apenas reconheci o amor no teu sorriso —
simples, certeiro, como quem sempre soube que ali achara abrigo.
Agora somos dois que se sabem, sem máscaras, sem talvez.
Como abrigo, como fé, como paz que contagia.
Encontrei em ti o que nem eu mesmo sabia que queria.
E se me perguntarem o que sinto com verdade,
eu direi: é sentir proteção mesmo na tempestade.
É saber que entre tantas, era pra ser você —
e que esse momento tinha cheiro, pele, alma e nome. Só tinha que ser com você.
Belo caminho, serás tu a resposta?
Ou trágico, serás tu a causa?
És a dualidade do destino,
Que sob um manto, esconde a hipocrisia do porquê.
Mas o caminho é mais que dúvida,
É jornada, lutas, amizades forjadas.
A verdadeira causa do que nos tornamos.
E antes que me questione,
És o caminho que se abre,
E eu, a chave que o percorre.
Janela é uma pequena porta em pensamento,
Abrindo caminho a aventureiros sem destino.
Ver em uma singela janela um percurso,
Caminho incerto para quem o inicia,
Mas, à medida que se percorre, torna-se certo o que há de vir.
Sejam os verdes pastos ou os pedregulhos rochosos,
Cada ser e coisa, pela história construídos,
Mas por que construção? De quê?
Construção é história, é o sanar das dúvidas
Que trancam portas e janelas,
Necessitando, para abri-las, de uma chave
Ou do impulso que leva ao mundo além das janelas e portas.
Assim, ao falar de abertura, como outrora se dizia,
É o acordar de um sono infinito e perpétuo,
Que, imobilizados, não conseguimos agir,
Precisando, para acabar com isso, de um tapa ou um abraço.
É irônico, pois a vida é isso:
Vida é emoção, a unicidade que surge em nós
E a relação com o outro. Portanto,
Abertura é abrir os olhos limpos
Por aqueles que um dia estiveram em nosso lugar.
Ser janela é limpar e voar,
Como um passarinho que, mesmo tardiamente, tende a voar.
Ser janela é esperança,
Mesmo que ao fim não se aproveite.
Ser janela é provocar a construção de novas janelas,
Pois, como dito, janela é porta;
Porta também é janela. Assim,
O mundo de cada indivíduo se torna casa,
De onde podemos sair e entrar,
Pois, se a casa for prisão,
A vida deixará de lembrar de ser
E provocar novas janelas, ser livre e ser felicidade.
Destino
Nem tudo tem que ser assim,
Do sol, ao vento derrubando
Acalantos.
Nunca menti pra você
Nunca lhe disse a verdade.
Cada parte, cada traçado, cada
Momento, cada lamento, cada
Tormento em ternuras.
Só quero está aos seus
Braços e sentir cada aroma
Em brisas balsâmicas
E gozar os seus cabelos
Na lira.
Quero cada passo um abraço.
Cada laço uma moldura.
Cada compasso os seus cabelos um conforto.
E fitar a cachoeira batendo
Nos seixos... Feito
O sol se pondo ao céu
Deixando pequenos olhares
Nas estrelas.
NAS TRILHAS DO DESTINO
Profª Lourdes Duarte
Não sou forte não sou fraco
Sou destemido e lutador
No lugar do medo vem a força
Que me faz vencer a dor.
Caminhando contra o tempo
Nas trilhas do destino prossigo
Sufocando medos interiores
Encanto-me ao ver o que contemplo.
Enquanto em grande atropelo
Arco com erros e acertos
Aproprio-me dos ensinamentos
Para não sofrer desencantos.
Vislumbro um novo alvorecer
Prossigo nas trilhas do destino
Sensível ao novo horizonte que surge
Encho-me de júbilo e fascino.
Espero por um novo dia, cada dia.
Contra minha ansiedade prossigo
Construindo a minha história
Nas trilhas do destino caminho.
ENTRE AS CORES DO ARCO ÍRIS A VIDA SEGUE
Autora: Profª Lourdes Duarte
Sigo o destino na estrada da existência
Como se houvesse um arco íris ligando,
Sonhos e realidade, ora bela ora singela
Por esta ponte circular a vida passa
Com marcas que nem o tempo apaga.
Na estrada mística ou real, as vezes sinto
Toda dor do sofrimento no peito apertar
Sigo em frente na esperança de dias melhores
Que os dias chuvosos vão embora,
E o arco ires ressurja e o sol volte a brilhar.
A cada amanhecer um novo dia ressurge
Trazendo um arco íris da esperança
Com cores exuberantes e singelas
Na certeza de que as tempestades passam
E sem elas, não haveria bonança.
Entre as cores do arco íris a vida segue
Com raios e trovões ou sol a pino
A vida segue a cada passo lentamente ou veloz
Lutando, acreditando e com esperança
Que nuvens pesadas passem
E minha alma volte a brilhar.
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Se na vida não houvesse esses momentos maus, como saberíamos reconhecer os bons?
O arco ires de cada ser humano só apaga, se ele perder a esperança. Não desanime diante das dificuldades e sofrimentos, acredite, tenha esperança e quando superar mais uma dificuldade, desfrute da vitória porque Deus está sempre contigo.
monja de salto-agulha
encontra o teu destino
imola-te na laça poeira
do celeste e laço doce
uno absorvente e único
das infinitas cadências
porque virão galáxias
e cometas invisíveis
velar a mulher densa
untada do encarnado
quente e magmático
resplandecente corpo
onde a mulher morta
dá lugar ao vaticínio
há mil anos escrito
no sangue e no fogo
o universo ressurge
enquanto a deusa nasce
da kundalínica nébula
que os povos adorarão.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "monja de salto-agulha")
Poema dedicado a Sheila
