Textos de Chuva

Cerca de 3224 textos de Chuva

⁠Casamento.

Alegria de viver...
Alegria da chuva...
Alegria do Sol...
Alegria das estrelas...
O Amor é assim...
Pura alegria....
A dor que se vai...
Uma cura que se chega e fica....
Em gotas....
O balde se transborda...
Tudo novo...
Tudo pensado...
Tudo sonhado...
Tudo realizado...
Chuvas de arroz...
Momento único....
Um velejar renovado....
De um evento arquitetado...
As cortinas se fecham com o vento....
O que era solidão...
O que era ausência...
Agora...
Puro calor e atenção...
Pura alegria de criança...
Fotografias reveladas...
No álbum...
Ficará...
Marcado pra sempre...
Aquele momento...
Tão significativo...
E ardente...
Desse casamento....

Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

Neste sonho,
depois da chuva de primavera,
a cortina de pérolas desce do céu,
resvala a relva ruiva
da inspiração do encontro:
pérolas de orvalho
irrigam a palma nua dos meus pés.

Há um outro lado da cortina
como a página de um livro? – eu penso.
Oh! ela se esvai com o sol
relógio das estações.

Mãos de seda dobram o tecido,
zelosas das gotas de orvalho,
e o recolocam no útero da árvore.

Um homem vem
puxando uma carroça de junco
cheia de pétalas rosa chá
e passa sem deixar nem mesmo
o perfume da sua presença.

Em minhas mãos vazias
um punhado de sementes
pequenos pássaros sonolentos.

Inserida por RicardoCarranza

Flores de hera

Por ti, na primavera
Caminhei na chuva
Em busca das flores de hera.
Mas sobre ti me enganei...
Tal qual a hera, que não produziu flores
Nem mesmo no fim da primavera.

Esse amor infértil
Também nunca me ofereceu nada
A não ser anoiteceres e madrugadas.
Nunca sozinho um ninho fez para sua amada.
Nem derramou pétalas sobre nossa cama desarrumada.

Porém, tal qual as flores de hera!
Nem um ramo me oferecia.
e nunca, nunca, a mim, tentou ser primavera.

Inserida por joanaoviedo

Quando criança a alegria era banhar na chuva, correr descalço, apertar a campainha do vizinho, brincar na rua até o sono vir, lamber a vasilha com os restos do bolo, estourar plástico bolha e tantas outras brincadeiras que nos levava a felicidade. Quem dera se resgatássemos essa criança em nós e deixássemos as pequenas alegrias virar rotina e assim sermos felizes todos os dias.
Insta: @elidajeronimo

Inserida por ElidaJeronimo

Todo mundo tem um sonho, mas estão congelados pelo medo
Nós não dançamos na chuva, nós correremos para nos proteger dela
Tudo isso é culpa de se deixar ser escolhido por outro
Então nós seguimos em frente e encontramos alguém que irá nos amar e apoiar
Dizer que nos adoram, talvez até lutar por nós
Então esquecemos que as ambições e as decisões mudaram

Inserida por pensador

Capa de chuva num dia ensolarado
porque, no altar, forte é a tempestade.
De acordo com o combinado,
os membros todos vestidos de ambiguidade.

Na igreja eles rezam, rudimentam-se e roem
suas próprias vísceras. Comida não há
e a sanidade os destrói.
As portas de madeira, lacradas. Lá
no céu, os portões enferrujaram.

“O altar está em chamas!
Socorro! Não quero morrer
tido como louco!”

“A água benta evaporou!
Deus, me perdõe
mas para o inferno sei que vou!”

E berram até perderem a voz
aqueles que não desmaiaram de pavor.
Morrerão, sim, todos. Nós
assistiremos tal sacro-divertimento sem respingo de dor.

Inserida por sinestesiam

Você pode gostar da chuva e dançar sob ela

Você pode amar a chuva e deixar que ela lave sua alma

Você pode sentir-se desconfortável entre tantos pingos d’água

Você pode detestar a chuva que encharca você e tudo o que você olha ao redor

Você pode fingir que não chove, enquanto a água escorre forte pelo seu corpo

Mas, repare

O céu permanece inabalável

E a chuva segue

Inserida por andres_gianni

ESPETÁCULO DA VIDA

Gosto de ver a chuva caindo
Sentir ela molhando meus cabelos
Escorrendo pela minha face...
Gosto de sentir o cheiro dela.

Gosto do sabor do café
Do pão francês fresquinho e crocante
derretendo a manteiga
Gosto de acordar pelas manhãs.

Estar vivo
Poder respirar
Ouvir música
Poder sonhar.

Gosto de poder sentir o Sol
Brilhando seus raios sobre nós
Das cores e sons que transformam o dia
Gosto de poder sentir calor.

Gosto de admirar as estrelas
Piscando nos céus pras multidões
Enfeitando as noites no escuro
Gosto da energia noturna.

Estar vivo
Poder caminhar
Escrever poesias
Poder descansar.

Gosto.de estar vivo e saber
Que mesmo sendo apenas mais um
Só eu, sou eu dessa forma
Gosto de ser como eu sou.

Gosto.de observar pessoas
Indo e vindo em seu eterno vai e vem
de planos e sonhos
Gosto de saber que eu sou igual.

Estar vivo
Poder respirar
Participar do espetáculo da vida
Poder amar...

Inserida por AlandersonHudson

Lá fora a chuva cai.
Impiedosa e solene.
Intempéries?!
O tempo. A vida.
Um conjuga o outro.
Cai a chuva.
Bate o vento.
As gotículas atrofiam o olhar.
Esse olhar que deixa a chuva cair.
Esse momento que parece um redemoinho.
Tempo! Vida?
Pois...
É Dezembro. É Natal.
É tempo de solenidade.
Traz a vida pura saudade.
Tempo audaz.
Saudade inevitável.
Nascimento do salvador.
Que atenua um pouco a dor.

Inserida por dora_marques_marques

Na noite cai a chuva
Cai lentamente sobre o cinza urbano
No lúgubre cintilar dos faróis acesos
Contorno sombrio e profano

Perdidos na manada de metal
Na incerteza da vida
Na escuridão da noite
Contando cada real

Viajando pelo irreal, o irracional
O consentimento da escravidão
Cravado em cada centímetro moral

A vida acaba, voa passarinho
Voa livre, livre da selva de metal
Voa livre, de volta ao teu ninho

Inserida por jonadabi_ferreira

Acredito nos recomeços e nos fins, acredito nas tempestades e nas bonanças, na chuva que lava e no sol que esquenta.
Acredito no que quando for pra ser será e também que se deu errado é porque era pra ser assim.
Acredito na verdade, mesmo que doa, na coragem de viver e lutar pelo que me faz feliz. Acredito em heróis disfarçados de pessoas comuns e em demônios de anjos. Acredito na ignorância de algumas pessoas pois isso faz bem ao ego delas mas também acredito na força de quem é do bem. E vocês em que acreditam?

Inserida por geraldo_neto

Tão digna quanto a luz que ilumina
Já vem de outros carnavais,
Outras fantasias
Ela é chuva, tempestade e ventania
Se reinventa e acrescenta
Escreve em páginas de metal
Ela não usa folhas finas
À noite ela fecha os olhos
Pertencendo ao mundo
Leva consigo as palavras,
Sabe que para ser feliz
Tem que ir além e desejar profundo.

Inserida por gislainnes

⁠VENTANIAS

Tão fraca essa chuva desacompanhada de vento
Proveio certamente de alguma nuvem dispersa
Fugidia da madrugada de alguma noite sem graça
Estanque sobre o telhado acima da minha cabeça
Não que não mereça que meu derredor se molhe
Com essa calmaria própria dos bem-aventurados
Porem estou acostumado a solavancos constantes
Tanto que me estranha tamanha bonança repentina
Sou eu afeito de trovões e ventanias da montanha
Que sacolejam e soçobram insanos restolhos de asas
Absurdamente inconstantes entre abas e serpentinas
Por isso a minha casa é de pedra incólume e bruta
Plantada sobre sólidos e poderosos alicerces da lida
Mas despreparada à suave nudez de uma brisa

Inserida por psrosseto

⁠INSATISFAÇÃO

Pela manhã o silencio dos homens

Faz frio e a chuva cai

Proporciona prazer o som que

o gotejar produz ao tocar as folhas

das arvores e os telhados das casas

As nuvens no céu são densas

quase não se pode enxergar os montes

O cão ladra, uiva

talvez sentido o cheiro do cio

Os pássaros surpreendem

voam e cantam como se fosse

um dia ensolarado de primavera

E o homem que percebe tudo isso, murmura

Inserida por Le0nard0Batista

⁠⁠Se fosse apenas a vida
E se a gente tivesse só
Que olhar a chuva na janela
Mas tem dias que o ranger da porta assusta
Tem dias que o ranger da porta irrita
E tem dias em que a porta range
Custa um tempo a perceber a falta
das coisas que a chuva trazia
No silêncio a alma grita
Porém, é tão grande esse silêncio
Que nem mesmo a própria alma escuta
Mas ele é assim, tão lancinante
Que eu sei que o próprio Deus garante
A alma o sente
Não nos basta ter de volta aquele tempo
Aquela coisa corroída pela chuva
Um tempo carcomido pelo tempo
Por mais breve ele fosse
Muito ele abrange
Tem dias em que há previsão de tempestade
Se fosse então apenas
Ter que olhar o Sol pela janela
Abrir a porta ao vasto mundo
Perceber que amanhã
Também não trará nada
Nada além de outra manhã
Aquela que desfolha as flores
Ver as pétalas já mortas
Com o vento a levá-las
Todas pra bem longe
Sem cores, sem viço, sem nada
Em cada fim de tarde
O mesmo vento na janela
Aquela velha porta range
Não me assusta, nem me irrita
Me toca à duras penas
Me apenas convida a viver
Como se fosse outro dia de chuva
Sem chuva nova, sem nem mesmo a velha chuva
Apenas chove
Sem as coisas que ela trazia
Ela não trouxe nada
Eu não quero outra vida
Nem aquela de volta
Eu quero essa à distância
Olhar o mundo do espaço
Que um dia, antes da invenção do tempo
Eras antes do cansaço
Era assim que a vida prometeu que ela seria.


Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠já íntimos, sua chuva eu vi
e senti em meus braços
mesmo ao meu lado
me perdi em seus passos

então, senti sua luz me aquecer
apesar da minha noite fria
e... em você eu vivia
o que eu temia viver

no seu pôr do sol
o vento soprou calmo
as pétalas voaram
e as estrelas se aproximaram
e o meu sorriso foi roubado
sob um belo céu rosado

Inserida por Almirante

⁠BARCOS DE PAPEL (soneto)

Na chuva da temporada, pela calçada
A enxurrada era um rio, e o meio fio
O teu leito, com barragem e desafio
Na ingênua diversão da meninada

Bons tempos felizes, farra, mais nada
Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio
Cada qual com um sonho e um tal brio
Navegando sem destino, a sua armada

Chuva e vento, aventura e os barquinhos
Tal qual a fado nos mostra os caminhos
E a traçada quimera no destino velejada

Barcos de papel, ah ideais, são poesias
Que nos conduzem nas cheias dos dias
No vem e vai, no balanço, da jornada...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Sem Peso

A chuva cessou o vento parou e depois da tempestade o que restou
Foi um coração quebrado em lágrimas quentes rolando no chão
O que antes era uma fusão de almas, hoje se resume ao nada
Chega de peso, quero algo que traga calmaria, algo bom, perfeito e agradável como a vontade de Deus
Algo que me enriqueça e não que acrescenta dores
As vezes insistimos em algo que não é pra ser
Quero contemplar as flores que desabrocham e traz um perfume suave a atmosfera
Quero ver a lua, as estrelas
Quero me ver no sorriso da criança, quero me ouvir no canto dos passarinhos
Quero ver as ondas beijar a praia, quero o calor do sol, quero ver as folhas de outono, os casacos de inverno, quero sentir a fresca aragem da brisa
Quero viver, não apenas existir
Quero amar e ser amado, respeitar e ser respeitado
Não quero relacionamento pesado, quero paz
Afinal quando estou sozinho eu não brigo comigo mesmo
Antes só do que mal apaixonado
Quero algo verdadeiro e genuíno, a beleza da simplicidade me encanta, quero algo que seja notório
E se não for assim não terás nada de mim.

Pois redescobrir o amor próprio!

Inserida por RaiMota35

⁠Mais uma noite vem chegando
Nela, o barulho da chuva me trás a sensação de já ter vivido antes esse momento
A solidão da minha sala
Que me acompanha pelo flash da televisão e vozes de dublagens que se fazem presente nesse momento
Penso que poderia estar em outro lugar
Penso que aqui é tão bom também
Se eu fosse mais novo, faria outras coisas nesse momento, mas eu não suporto mais a noite
Não suporto mais bares, festas, aquela gente rindo, bebendo, gritando momentaneamente felizes!
Não suporto eles...
Eu gosto dos gatos que não pedem nada além da comida e um carinho quando se sentem sós.
Gosto da minha avó que fala tudo que gosto
Gosto dos meus amigos que estão nas suas casas com suas esposas e nos vemos quando é possível
Gostava daquela mulher que desejava tanto e que me abraçava
Mas, hoje eu estou só
E na solidão da minha sala, consigo enxergar planos, consigo enxergar o passado, e consigo ver o quanto perco tempo sentado aqui!

Inserida por Sumaki

⁠Eu sou calmaria, as vezes furacão.
Sou chuva serena, as vezes tempestade.
Sou brisa leve, as vezes tornado.
Sou mar calmo, as vezes revolto.

Minhas oscilações são como os fenômenos da natureza que ocorrem na maior parte das vezes sem um aviso prévio. Deixam marcas, mas sempre trazem algo de bom consigo.

Inserida por Poetamentegih