Textos de Chuva

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EM TARDE CHUVOSA (soneto)

Março. Em frente ao cerrado. Chove demais
Sobre meu sentimento calado, aborrecimento
Gotejado do fado.... Rodopiando nos temporais
Enxurrando desconforto, angústia e sofrimento

Verão. E meu coração sentado na beira do cais
Da solidão. Do mar agitado e cheio de lamento
Por que, ó dor, no meu peito assim empurrais
Essa tempestade e tão lotada de detrimento?

A água canta, lá fora, e cá dentro o olho chora
Implora. Para essa tempestade então ir embora
Que chegaste com o arrebol e na tarde ainda cai

E eu olha pela janela deserta, e vejo o céu triste
E, ao vir do vento, a melancolia na alma insiste
Sem que das nuvens carregadas a ventura apeai

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Oi, perdi minha alma.
Hoje chove e ela ainda deve de estar por aí.
E se você me batesse ouviria o eco que sai de mim, estou vazia, estou me afogando na minha própria seca.
Estou chorando lágrimas que não descem, estou despejando palavras não minhas.
É que esse nada, se acumula facilmente como se fosse um tudo.
Dele estou repleta, este passeia por minhas veias e artérias procurando algo mais importante que o coração que bate fraco.
Marquei de encontrá-la aqui, nessa esquina onde jamais deveria te-la soltado.
Espero por alguém que não vêm, eu deixei que a levassem de mim.
É que minha alma, precisava de você, e agora te segue por todos os cantos para que se sinta próxima o bastante.
Por favor me diga que ela chegou bem e que a convidou para entrar.
Não a deixe caminhar...
Até a floresta das almas abandonadas.

Inserida por Ondeahistoriatermina


• Você é como o cheiro da terra seca quando chove em uma tarde quente

• Você é como o primeiro raio de sol em uma manhã fria

• Você é como a lua em uma noite com o céu limpo

• Você é como o nascer do sol no horizonte de um mar tranquilo

• Você é como água gelada que sacia a sede

• Você é como um oasis no meio de um deserto

• Você é como a calmaria de um final de tarde ensolarado depois de um dia cansativo

• Você é como um arco-íris após uma tempestade

• Você é como o calor de um abraço apertado daquele parente mais amado

• Você é como o beijo do amor que por muito tempo foi esperado

• E a ti os meus versos e poemas sempre serão dedicados.


Inserida por Tarcisio_

⁠Hoje o dia amanheceu nublado,
chove.
O mar está revolto, lastima-se.
Deito-me na areia, faço do mar minha cama.
Lentamente as águas abraçam-me,
abençoam-me...
Para de seguida vaguearem conturbadas
em meu corpo.
Meu coração bate apressado,
meus sonhos juntam-se ao lamento do mar,
Olho sua imensidão, tem espaço para ti.
Chamo-te...
A voz perde-se no vazio,
de um grito que calo.
Deixo as lágrimas caírem livremente,
juntamente numa perfeita combinação de gosto de
mar.
As águas lavam meus sonhos, desfeitos,
deixando somente a minha existência.
Abençoas-me...
Mar que me tocas com tuas mãos sagradas,
que meus pensamentos vagueiam em ti.
Silêncio-te...
Ouve-me,
preciso falar-te deste meu amor invísivel,
que só o meu coração vê.
Amor insano aos olhos do mundo.
Contigo falo em palavras feitas de silêncio...
Ouve-me.
Meu mar, refúgio do meu ser.

(Espírito Cintilante)

Inserida por ademar10

⁠Teus olhos

" O sol inundou minh'alma...
Ao olhar - te
sinto uma certa calma...
Chove amor em mim
por causa de ti.
Transbordo alegria
por saber que me amas,que sempre estarás
aqui, perto de mim...
Tu és amado
por mim, meu
olhar só sabe
lhe mirar...
Teus olhos
arco - íris
que faz meus
dias encantar,
nosso amor
é de se admirar!
O sol inundou minh'alma...
Basta contigo estar,
e o sorriso em
meus lábios brotar.
O sol inundou minh'alma...
Na simplicidade dos dias,
o teu amor me fez sonhar,
me encontrei no teu olhar. "

Inserida por Tati7082


E chove,
chove torrencialmente
Choveu a noite inteira
Embalando o sono
Ao lado da casa
O som de uma biqueira
Casualmente também
surge indiscreta uma goteira
Grossas gotas explodem
aguaceiro inunda a calçada
Ilhados ficamos
Mas protegidos em nossas casas
Mas o que é uma goteira
Uma calçada inundada
Um pequeno bueiro transbordando
Um galho cansado caindo?
Tragédias invadem vilas
periferias desprotegidas
casas do barranco deslizando
enxurradas invadindo casas
Assim passam a madrugada
Temendo a vida perder
Moradores alarmadoss
agem com rapidez
Há urgência de viver
E a chuva continua
dilúvio despenca dos céus
Nível dos rios sobem
alagando tudo à volta
crateras se abrem
carros são tragados
Quanta calamidade
Famílias desabrigadas
Pessoas ilhadas
Situação de vulnerabilidade

Inserida por editelima

⁠Não é segredo para ninguém
que sempre chove muito
na Bela e Santa Catarina,
e nem sempre para nós é poesia.

Direto daqui de Rodeio
o Rio vem se mostrando cheio,
ultrapassando o estradão
e em alguns locais sempre
que chove não há
como escapar dele não.

Muitas cidades do Estado
e do nosso Médio Vale do Itajaí
sempre convivem com esta situação,
e mesmo assim amamos viver aqui.

Os deslizamentos em alguns
lugares e pelo mundão
afora são recorrentes
por causa dos efeitos
do que chamam de civilização:
uma geração inteira que
vem se esquecendo de deixar
quieto na ribanceira o matão
para a segurança de cada Nação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Aqui chove...
Já aqui relampeja!
Chove fora
Chove dentro
Dentro de mim?
Troveja!
Já as flores
Que amanhã ilustrarão meu caixão
Serão jogadas no lixo
Agora
Murchas
Sem valor
Sobre meu túmulo
Solitário
Mas, acabo as engolindo
Desesperado
Como-as hoje para matar a fome
De ontem
De amanhã
Fome insensata essa, não?
No "país das maravilhas"
Todos passam fome
E infortúnios.

Inserida por RafaelZafalon








Um dia, sem olhar para os céus, mesmo quando
chove, um dia sem ver as flores do jardim, sem pisar
descalço no chão, sem sentir o vento em seu rosto,
um dia sem ouvir o canto dos pássaros...
Um dia sem ver o mar azul, no contraste com
a cor ao fundo traçando o horizonte, é só um dia.
A alma precisa viajar, criar em sua
imaginação mais dias assim, entrando pela noite
procurando as estrelas e a lua, deixe o amor
invadir você, para ter lindos sonhos.

Inserida por LiduinadoNascimento

⁠Chove e um gélido sopro me toca
Em meu coração também chove
Meu peito chama o amor da minha vida
Anseia bravamente o teu calor
Quer se envolver no teu cheiro
Quer degustar do teu sabor
Quer que nunca vá embora
Quer com você ficar por horas
Torce desejosamente viver uma verdade que até chora
Desejo gigantesco, que por medo, meu coração até se assola
Quer você por inteira comigo agora!
Vem meu amor, te quero pra sempre, não demora!

Inserida por alexcgms

⁠Lá Fora

Lá fora chove
Lá fora faz sol
Lá fora vejo o Arco Íris
Lá fora gritam
Lá fora riem
Lá fora choram
Lá fora pedem perdão
Lá fora pedem que fique
Lá fora pedem que vá
Lá fora sentem compaixão
Lá fora a vida corre loucamente
Aqui dentro o tempo parou
Aqui dentro só sinto, saudades de você

Aqui dentro não importa mais,
Até você voltar pra mim.

Inserida por ojulianopeixoto

⁠o clima lá fora é que nem aqui dentro
quando chove, chove a semana inteira
da uma tristeza
e então faz sol
recupera as energias
faz sorrir as alegrias
porém nos outros dias
queima até cansar
faz suar
incomoda
atrapalha
e então chove
acalma
faz relaxar a mente
traz conforto pra gente
até o segundo dia chegar
pro ciclo nunca se quebrar

Inserida por brendabeling

⁠VERSOS do A ao Z

A- Andorinha quando chove
Quer logo se abrigar
Procura um telhado
Não gosta de se molhar.

B-Beija-flor é diferente
Adora cheiro de chuva
Entra em nossa casa
É alegria pra gente.

C- Centopéia nas folhas se esconde
Não quer molhar os pesinhos
Na casa da vovó
Esqueceu seus sapatinhos.

D-De manhã, bem de manhãzinha
Assim que nasce o Sol
A lagartixa preguiçosa
Entra embaixo do lençol.

E- Esperança é um bichinho
Com a sua cor verdinha
Se camufla na natureza
Parece uma folhinha.

F- Formiga aventureira
Foi passear na floresta
Trabalha no verão
No inverno faz festa.

G- Gavião chama o pardal
Que logo se esconde
Sem querer muita conversa
Foge e não responde.

H-Hoje vai ter folia
A chuva tá chuviscando
Urubu tá resfriado
Um chazinho tá tomando.

I- Iguana procura sombra
Nos galhos da aroeira
Com o frio pegou no sono
Dormiu a tarde inteira.

J-Joaninha foi na cidade
Esqueceu a sombrinha
A chuva caía forte
Molhou a pobrezinha.

L- Lá vem a bicharada
Brincando com alfabeto
Chamou o professor
O leãozinho Alberto.

M- Manhã de chuva é assim
Tem folia dos bichinhos
Tem canto de cigarra
Serenata de passarinhos.

N- Nenhum fica de fora
Tem nambu e sabiá
Quero- Quero e coruja
Tem coelhinho e preá.

O- O macaco aventureiro
Querendo atrapalhar
Foi cutucar a onça
Fez a pobre se molhar.

P- Papagaio gaiato
Foi na casa da foca
Pediu logo um café
Começou fazer fofoca.

Q-Quando a noite chega
Morcego fica acordado
Tem medo da claridade
E dorme dependurado.

R-Rato e ratazana
Esperando a chuva passar
Sonham com um queijo
Para a fome passar.

S- Sapo e jacaré
Foram morar na cidade
Logo se arrependeram
Lá só tinha maldade.

T-Tanajura fica feliz
Desfila no calçadão
Se exibindo depois da chuva
Exibindo o seu bundão.

U-Uma hora a chuva para
O Sol vai aparecer
Grita a araponga
Antes do amanhecer.

V- Vespa se aproveita
Corre para o pomar
Às frutas madurinhas
Logo vai devorar.

X- Xexéu é um passarinho
Escolhe a melhor hora
Avisa aos amigos
Bate asas, vai embora.

Z- Zangada a borboleta grita:
Parem de reclamar
Precisamos tanto da chuva
Para a vegetação brotar.

Irá Rodrigues.

Inserida por Irarodrigues

Sombra e Névoa , Cai o crepúsculo. Chove.
Sobe a névoa... A sombra desce...
Como a tarde me entristece!
Como a chuva me comove!

Cai a tarde, muda e calma...
Cai a chuva, fina e fria...
Anda no ar a nostalgia,
Que é névoa e sombra em minh’alma.

Há não sei que afinidade
Entre mim e a natureza:
Cai a tarde... Que tristeza!
Cai a chuva... Que saudade!

Inserida por Gaivota07

⁠Meu querido,
É final de tarde, é domingo, chove e Djavan invade minha casa, minha alma e de repente estou cheia de palavras, transbordando e derramando versos por aí pois eu simplesmente não caibo mais em mim. Não queria escrever, não queria lhe falar mas foi mais forte do que eu. A poesia foi mais forte do que eu e eu simplesmente vim aqui dizer que meus sentimentos por você são intensos e eu gosto e odeio você com uma intensidade que eu já não sinto há anos. Eu sou intensidade. Odeio os meios termos. Odeio indefinições. Amo certeza. Não gosto de cores opacas, meias palavras ou prontos de interrogação. Eu sou feita de intensidade, de pontos de exclamação. Eu sou doida, eu sou teimosa, eu sou exigente, eu sou workaholic, viciado em café e eu amo você.

Inserida por audreyponganborteze


VIAGEM TEMPORAL
São seis e quarenta da manhã, olho para o céu ainda indeciso, não sabe se chove ou faz sol, se vai embrumar de nuvens ou resplandecer. A mata parece escura, maior, imponente, como se fosse o seu todo de muitos anos atrás, hoje é apenas um pedaço que restou.
A neblina cinzenta sombreando a pequena mata me lembra de quando andei de barco a primeira vez, não faz muito tempo, peguei o motor e fui, apenas assisti um vídeo e meio na internet até perceber que o manual de instruções era mais prático.
"Quando se está de barco, o tempo é outro" diziam, "Não é como andar na estrada, demora-se muito mais para chegar onde quer".
Eu não fazia ideia de quanto tempo leva um barco para subir o rio até o sítio do meu amigo, preparei tudo e fui sem pressa. O motor praticamente novo funcionou logo de cara, no momento parecia bom, pois nunca tinha ligado um motor de barco antes.
Comecei a subir o Arinos com paciência e calma, lamentando por ver a barranca lotada de chacrinhas uma do lado da outra, pesqueiros e caminhos para descer o barco, casas e terreiros, cada um havia derrubado o tanto de mata que achava o suficiente para si.
O tempo passou tanto quanto quando se anda pela estrada, passei pelo sítio e nem percebi, até porque eu nunca tinha visto-o do rio, apenas do tablado. Quanto mais subia, menos chacrinhas com pesqueiros se via, a mata agora dos dois lados ficava cada vez mais densa.
Cerca de duas horas de subida depois eu já não via mais pesqueiro nenhum, era como se eu voltasse no tempo cada vez mais que subia o rio, que outrora reto como um aeroporto, agora cheio de curvas como uma serpente em agonia. Em alguns momentos eu tinha a sensação de estar navegando em círculos, mas é claro, o rio só corre para um lado.
A mata agora se impõe, tento me abrigar no centro do rio, que apesar de ter mais de quarenta metros de largura, ainda fica espremido pela floresta. Floresta densa, escura, antiga, aqui parece que nem o fogo lhe alcançou.
Quando olho para uma mata eu penso no passado, em tudo o que pode ter acontecido por ali durante séculos de isolamento e todo o caos das poucas décadas perante o poder dos homens. Estando ali no meio daquelas curvas, o silêncio predador, o cheiro das folhas e da água, o sol que parece quente e fresco ao mesmo tempo, tudo isso parece primitivo.
Enquanto acelerava pelas curvas, o sol tentava me seguir lá no céu. Nunca tinha o visto se mover daquele jeito, girava de um lado para outro sobre as árvores, tentando me alcançar. Como não havia sinais de vida civilizada naquela altura da viagem temporal, decidi retornar e seguir o fluxo das águas do tempo, rumo ao futuro, rumo ao lugar de onde vim, onde conheço, onde nada é tão novo assim.
Constantemente me recordo daquele dia, geralmente quando amanhece escuro e enevoado sobre a pequena mata aos fundos de casa, lá na baixada, onde a neblina demora a ir embora nestas manhãs. A mata perde seu negror noturno, mas prevalece sua escura-essência primitiva, de quando era inteira e não resto, de quando era viva e pulsante, de quando era silenciosa e imponente.
Me entristeço ao ver algo que outrora fora tão grandioso e imoldável desaparecendo, ver apenas o seu fim, sua triste memória. Me alegro de ainda poder me embrenhar e sentir o cheiro do mato, o ar abafado às sombras murmurantes, de ver o que foi, com meus olhos vivos nesta viagem temporal.
Crislambrecht 18/01/2024

Inserida por crislambrecht

⁠Somos cercados pelo privilegiado
verde do Médio Vale do Itajaí,
ainda chove e faz frio por aqui
e quando as flores azuis
do tempo voltarem a florir,
Prometo que vou te levar
no Horto da Irmã Eva
onde se preserva as plantas
nativas da nossa terra.

Na volta do nosso passeio
você vai tomar um bom
café com cuca sabor de Rodeio.

No final vai agradecer porque veio
e nunca mais vai pensar
em querer na vida outro endereço.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Quero te dar chuva de flores pela manhã. E quando quiseres podes vir colher sorrisos direto do quintal da minha alma. Nunca há de te faltar afeto. E se murchar tua alegria, podes vir buscar uma muda no meu jardim para que a tua floresça outra vez. Se te faltar o vento, eu te sopro carinho. E se te faltarem as cores do dia, a gente pinta tudinho com tons de felicidade. Lá do alto, não te deixarei o lhar para baixo e mesmo que escorregues de uma nuvem molhada, eu não te soltarei a mão, não te deixarei cair. Amizade é isso, teto firme no temporal, água para a sede no deserto, riso pra enxugar a lágrima que cai.

Frases da chuva no telhado
Cantiga bonita de ninar
Brincadeira de criança
Deixa a chuva molhar

Dança na rua a correnteza
O vento forte assoviar
Banho de água do telhado
Lembrança pra sempre de lá

E bom de ver água cair
Para a Terra saciar
Saber que as flores vão surgir
Com o arco-iris alegrar

Liga a terra com o céu
irrigar o fruto lava o ar
Escorre sempre para o rio
Todo esse tempo vai passar

Num dia qualquer de chuva.

Clima bom,pensamentos altos,muito altos. Pequenas gotas de chuva me fazem imaginar a mais alta comodidade da vida. Num passo posso ir aonde eu quiser. A brisa por sua vez me leva mais distante ainda,fazendo-me passar por atalhos já vividos mas que já servem como lição para quem um dia nem sabia andar em meio a tantos sentimentos altos e erróneos. Mas o que é mais gritante agora,e saber que,o que só me atrapalhava, me ajuda agora a desvendar os segredos mais do que escondidos deste imenso mundo de pensamentos pouco racionais e mui emocionais... A cada gota que cai,é como um conjunto de acordes,mostrando a verdadeira harmonia do que se esconde aqui, no mais escondido beco de minha mente.(jonas bass).

Inserida por Jonasbass