Texto sobre o Passado

Cerca de 4439 texto sobre o Passado

⁠Um grande amor

Está tudo terminado
Agora vai, siga o seu caminho
Busque outro, deixa o passado
Não volte a me sangrar no espinho
Da dor, da desilusão, do rancor
Atira seu destino em outros mares
Outros olhares
Não recues desta batalha
Não me dispa desta mortalha
Deixe o afeto forrar a minha cama
Com a qual a razão me chama
Desenhando rabiscos de emoção
Pois, existe mais em outra dimensão
Quero estar longe deste abismo
De ter que encarar o cinismo
De ser singular na paixão
Quero par na emoção
Quero harmonia no coração
Desejos na relação
Enfim, assertor...
De um grande amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14/10/2010, 11’19” - Rio de Janeiro, RJ
Laranjeiras

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NOS BRAÇOS DA SAUDADE

Olhando pelas gretas do passado
Que já se foram pelo tempo afora
E tão recente me é aquela aurora
Que chora o sentimento. Povoado
De recordação. Ó gosto salgado
Que escorre do suspiro e implora
Os momentos idos, já sem hora
Cheios de memória e significado

Ah! dias meus que se foram, traste
Deixaste doce emoção, guardaste
A sensação do que foi a jovialidade
E resta-me agora, apenas recordar
As várias estórias e nostálgico pesar
Cá a reviver, nos braços da saudade.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27 novembro, 2023, 15"43" – Araguari, MG
*paráfrase Sá de Freitas

Inserida por LucianoSpagnol

O Sonho

Sonhar com as cinzas do passado
fenecem a felicidade do presente
no jazigo da chance do renovado
opondo o novo de surgir novamente

Sonhe com aquilo que quiser
com a dor se assim vier
com o sorriso doce e forte
com a tristeza ou a sorte
sem medo, sonhe, peça aporte

O contentamento está na diversidade
na luta dos que buscam a fraternidade
no olhar de tentar sempre acreditar
que é possível amar, recomeçar
num simples gesto, nos abraços
na mão que afaga o embaraço...
(Nunca em vão daqueles que nos dão laços)

Inserida por LucianoSpagnol

FOLHAS SECAS (soneto)

As saudades das lembranças não feitas
Acorrentadas no passado e não dadas
Perdidas, sonhadas e até tão desejadas
Assim, para a indagação, são estreitas

E no como seria, são apenas fachadas
Tal como viscosas felicidades suspeitas
De possível outro rumo, e boas receitas
Na ilusão do tempo, por suas chegadas

O ser humano e suas incríveis emoções
No ter e querer um prumo de intenções
Quando o amor é espera em movimento

Encanta-me a ação da vida, as razões
As utópicas e inúteis e frágeis aflições
Todas, folhas secas, levadas ao vento...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO PASSADO

Nem o tempo pode voltar
Nem ninguém tal querer
O passo dado vai varrer
O passado no caminhar

Se quiser voltar e ver
Saudade irá encontrar
O ontem perdido no ar
E a vida sem se viver

No olhar, o velho e tal pesar
No coração, revés a abater
E a alma sem se transformar

Então, sigamos no outro ter
Pro vário podermos amar
Passar... um novo alvorecer!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO AMOR QUERIDO

Ah! Amor! Eu estou por aqui
Podes até ter passado por mim
Se tive de olhos fechados, enfim,
Sem tê-lo é tão ruim, fico por aí

E se são tantos no pouco assim
Não se esqueça que a ti persegui
No coração, quer seja acolá ou ali
Pra então, ornar-te no meu jardim

Quero me dar na emoção só pra ti
Com servilismo e, um doce carmim
De afeto, que do querer eu te pedi

Repousar nas tuas carícias de cetim
E ter a certeza de que nunca desisti
Tu amor querido, és sentido no meu fim...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EU, EU MESMO (soneto)

Eu, nos cansaços, as saudades
quantas as lembranças estilam
que o passado no exato pilam
assim, cheios de passividades

Afinal, tudo no tempo expilam
eu, eu mesmo nas fatuidades
duvidei, imperfeito, vontades
me levaram, na baixa bailam

Pois tudo é eu, sem metades
eu sou eu, e nada anteviram
e do meu eu, sai as verdades

E eu, que no eu, me inspiram
dele um passado, variedades
que do uno eu, “áses” extraíram

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Reflexão sobre a Dopamina
Na dança da vida, um fio de luz,
Dopamina flui, mas o passado seduz.
Um sorriso fugaz, um prazer que consome,
Mas a sombra do trauma, em silêncio, se some.
Em cada conexão, uma busca incessante,
Por momentos de alegria, um toque vibrante.
Mas as feridas abertas, como sombras, persistem,
E o prazer que se encontra, algumas vezes, resiste.
Estímulos prometem um alívio fugaz,
Mas o eco do medo muitas vezes é voraz.
Em busca de fuga, um refúgio em vão,
A dopamina canta, mas fere o coração.
A cada conquista, um brilho passageiro,
Mas o peso do passado é um fardo verdadeiro.
Entre a euforia e a dor, um jogo sutil,
A mente navega, em um mar tão hostil.
Traumas que marcam, como cicatrizes,
Transformam os prazeres em sutis deslices.
E ao sentir a alegria, vem o receio,
De que a felicidade seja apenas um anseio.
Oh, dopamina, amiga e vilã,
Em ti busco alívio, mas a paz é tão vã.
Que eu aprenda a dançar, sem medo do chão,
E que a cura venha, não só em emoção.
Por trás de cada riso, um choro silente,
E a vida é um ciclo, um espelho latente.
Que eu possa encontrar a luz na escuridão,
E transformar meu trauma em força, em canção.

Inserida por Medodesofrer

Desalento
Desalento na alma,no coração...
Desalento no passado...
Desalento no porvir ...
Será que o desalento pode ser revertido em algo positivo?
O mundo, as pessoas,a criação.
Frio, calor, amor, dor...
Tristeza, alegria, traumas, superação...
Derrotas, vitórias...
Meio termo...
Controle na mente,alma e coração ...
Desalentar...
No mais profundo do ser humano;
Na verdade,
Todos procuram de maneiras diferentes...
O alento para a alma...
Alento para o coração...
Calma, paz, satisfação...
Feliz alento!
Feliz ano novo!

Inserida por ROSANAHCCHAGAS

⁠Livro on line
Vida em Versus .

Renovar para prosseguir

" Meu passado serviu de material para ser edificada em minha vida uma Ponte.
Ponte esta ,que é bem firme,ampla,bem solidificada e muito bem construída.
Ninguém faz nada sozinho!
O que determinou sua construção foram experiências boas e más vividas ao longo do tempo.
Pessoas que fizeram-me bem...
Pessoas que fizeram-me mal...
Na verdade, até quem pensou que estava à fazer-me mal,fez-me bem..
Porque tudo serviu-me para aprendizado,
Amadurecimento...
Pode até ter sido doloroso...
Mas fez parte da construção desta "Ponte".
Hoje,ela está pronta...
Pronta para transpor...
Transpor o passado?
NÃO!
O passado serviu apenas para construi-la. O passado fica no passado, já foi extraído o que era necessário...
Minha "Ponte"liga o meu presente ao meu futuro...
Futuro este que está sendo bem planejado, calculado e construído com clareza e harmonia.
Nesta "Ponte" só serão transpostas pessoas positivas e coisas boas,que fazem bem..
A dor,a tristeza, a desilusão,
O fundo de poço?
Ficam para trás!
Agora consigo enxergar com clareza o azul do céu, lindo e profundo...
Enxergo o verde da natureza em sua plenitude ".
Chegando ao fim mais um ciclo de minha vida de cabeça erguida, de alma leve e coração puro para continuar seguindo este misterioso caminho com Deus e minha família amada!
Este lindo caminho chamado Vida!
Obrigada aos que passaram por minha vida independentemente do que levaram de mim, e do que deixaram de si.
Sou hoje,por tudo o que vivi,mais feliz!
Sejam bem vindas as pessoas que virão, pois serão escolhidas pelos dedos de Deus!
Seguir e progredir na busca constante de tão almejada Vida!

Belo Horizonte,
29/12/2020
Rosana

Inserida por ROSANAHCCHAGAS

“Sem lenço, sem documento”

E de repente chega à maturidade. Sem idade, sem passado, sem futuro. Despretensiosa no andar, carregada de conceito, cheia de malas que a vida a presenteou. Impregnada de tolerância, abastecida do sofrer, repleta de vontades e dona do saber. A maturidade é calmaria, perdão, dever cumprido, humildade e querer. É saber respeitar o tempo, as coisas e, sobretudo as pessoas do jeito que elas são. É colorir o mundo e descolorir, gritar e silenciar, sorrir e chorar de cabeça erguida e face lavada. Por mais pesada que seja uma lágrima, mais pesado é o orgulho que sentencia nas costas o fardo ecoado do vazio atemporal. Maturação não vê vantagem, faz escolhas. Com ar de mistério e olhar escavado analisa as superfícies sem deixar influenciar. Aproxima-se e faz morada no contraditório por não ver desafio em demonstrar afetos. Revela a leveza de ser e grita aos quatro cantos o sabor de sentir. Porque amadurecimento é saber apreciar uma brisa, mesmo quando o desejo é de um banho de chuva. A generosidade é o sustento da maturidade.

Inserida por DaniLeao

⁠PROSA ...

Não demore, venha já, velho estou
Há tanto para relembrar, o passado
Teu olhar no meu, ver o que restou
Apertar tuas mãos, ficar ao teu lado

Quero sonhar afagos do que passou
E não comunique que está ocupado
O amor foi tanto, ainda não acabou
Sorva, que só assim, pra ser amado

O tempo fugaz voou, e tal o alcance
A saudade, de nós, assim, suponho:
- pois, desta prosa ainda há traços...

Não se pode silenciar este romance
Ele decerto faz parte do doce sonho
Pressinto desejar-nos nos abraços!...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/03/2021, 19’20” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AGRADO ..

Quando a saudade me aperta o passado
de quando nostálgico me acho perdido
vejo que de tudo pouco me foi temido
e que todo o afeto me foi bem amado

Sempre no mais valioso e mais cuidado
tudo que a emoção valia me era podido
os desenganos, as venturas, tudo válido
tudo querido, um tanto e mais arrojado

Os sonhos que solevava o pensamento
no ponto supremo do prazer os erguia
chorava, ria, mas vivia cada momento

Que diversas somas nos faz a fantasia:
alegria, tristura, vida e morte. Sustento
de ternura, agrado e o saciar na poesia! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 14’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MADUREIRA

Minha Madureira, além cerrado, lamento
Tê-la deixado, no passado, saudade havia
Em cada ideia, indo mais longe a cada dia
Silêncio, falta do agito, penoso detrimento

Para ti, então, voltar não mais alimento
Nem nos sonhos, nem na ávida fantasia
Certo de contar é envelhecer na agonia
Que há de trovar memória e sofrimento

De toda a dor, pudera eu em ti caminhar
Olhar, estar e sentir o movimento, enfim
Esperar é navegar na ilusão, eu bem sei

Porque por não te ver é que vivo a poetar
E nem a poesia é um conforto para mim
Pois, por tuas ruas, julgo, não mais andarei...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 maio, 2021, 15'15" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO COBIÇOSO

Talvez, depois do soneto chorar o passado
De tanto malogro, de tanto nublar comigo
Eis que ressurge verso tão cheio de abrigo
Nunca perdido, sonhado, sempre inspirado

É bom conservá-lo sempre ao meu lado
Com o cheiro e prazer de desejo antigo
Sempre presente e assim transformado
Vivo, e como sempre adejante comigo

Um verso simples, singular, cotidiano
Mas bem alindado na poética a incitar
Nada ímpar, basta o sentir humano...

De amor, sensação que não se explica
Surgi tão vário como vário é o poetar
E o soneto cobiçoso só se multiplica!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/08/2021, 14’58” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PRISIONEIRO

E o meu poetar está no passado
Escrevendo somente recordação
Prosas dum coração apaixonado
De legado sensações na emoção

A poética que vivia enamorada
Tornou-se boa saudade infinda
Agora memorável e mais nada
Narrativas, sempre bem-vinda!

No acaso o cenário é acoitado
Estórias e histórias hão reviver
E cada qual um fato imaculado

Pois, na recordação se é inteiro
E sem tal não se define o viver
Cativo, do passado prisioneiro!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 outubro, 2021, 06’15” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠INVOCAÇÃO

E quando a saudade for um passado
Pra habitar, por fim, a sensação fria
Nesse momento de soltura e valeria
Eu peço que o carinho seja louvado
Não quero ter sentimento neste dia
Pois, nesse afeto fui tão enamorado
Se o ocaso quis ter o revés ao lado
Da agrura, imploro, que seja vazia

Depois que tudo mudar, tudo se for
Não faça do meu olhar abandonado
Quero o surgir de um apego maior
Se já te perdi no desfolhar do fado
Quero noutra vida tê-lo meu amor
Existindo no que nos foi negado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21, outubro, 2021, 01:50 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TRIBUTO

Eu acato cada verso de uma poesia
Com gosto de ventura e de passado
Onde cada ritmo é um elevo sagrado
De dourado sonho e sentimental via
Bendigo o vocabulário em sintonia
A ousadia duma inspiração, ao lado
A poética que faz do bardo fadado
Ao tom intenso que d’alma contagia

Os versos são eternos, com riqueza
Da mente que tem saudade, tristeza
Também, de ser emotivo, ser amado
Sensação que torna vez em quando
A imaginação no imaginário voando
Para se tornar no aplauso venerado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 fevereiro, 2022, 15’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RELÍQUIAS

Num velho sentimento de um passado
que no matiz do tempo já tem outra cor
retalhos do versar, assim, relembrado
poetizam em prosa, a saudade, o amor
São sussurros, juras, hino apaixonado
que se transformaram em vazio e dor
restos de olhares do estar enamorado
e a recordação daquela concedida flor

Ah! breve a ação do fado que aparta
deixando no espirito lembrança farta
de sensação aflitiva que doridas são
Relíquias... de valedouiro tão presente
guardadas em uma poética tão latente
dos versos reminiscentes no coração!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 março/2022, 12’47” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Luciano, quem você é?

Sou um gajo que de ilusão me trajo.
Do século passado
como um sonhador, ajo

Trago comigo o chão do cerrado
entre currais e fogão de lenha
longe do presente e do passado
perto do devaneio, sem resenha
numa quimera que aqui eu caibo...

Cá chorei, ri, tive vario saibo
do fado!

E neste mundo diverso
adentro do sertão
nasci em fevereiro, do universo
sou das águas, da criação
e na razão, um tanto disperso...

Tive asas na inspiração
Confesso!
E no possível, muita emoção.

Aos anseios pouca meta
padeço a uma geração
quase nada me completa
quase tudo a minha admiração
sou planalto numa reta
porém, altos e baixos na imensidão
coração ferido pela seta...

Pelo menos penso
na minha opinião
se não, ah! sou intenso
eterno na paixão
e nos versos, denso.
Um poeta? amador... sei não!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina

Inserida por LucianoSpagnol