Texto Poético

Cerca de 224 texto Poético

A tardinha serena e orvalhada, Posso vir a pecar por exagero poético, Coisas de minh'alma apaixonada...

...

Ando desconfiada que o cupido me pegou de jeito, Não importa a forma que o amor venha, O amor sempre é perfeito, não tem jeito.

...

A minha novidade é que o cupido me trouxe você, Carinhoso, manso, poético - e delicioso.

...

Daqui para frente todos os dias serão de preparação, Até você chegar cheio de amor, carinho e muita paixão.

...



Quero amor ora com dose angélica e ora com dose de malícia, Que o nosso jardim seja secreto, E que nele seja abrigado a essencial delícia.

...

Gosto de apreciar esse belo par de olhos que abrigam a minha constelação particular, Sei que nascemos para um dia nos encontrar.

...

Os ares da poesia do sertão, Fazem brilhar os meus olhos, Para alguém que carrega um sutil poder de sedução.

...

Não sei se é transe, Não sei se é fascinação, Podem até chamar de loucura, Chegou a hora da paixão.

...

O encanto é a reverberação, É um pedaço da poesia de amor embalada no coração, Ao fechares os teus olhos, sei que me enxergas no teu coração.

...

O tempo cumpre a risca a missão de me fazer mais poética, mais macia e mais mística na entrega de viver para amar você.

...

Sempre será mais feliz a pessoa que ama mais e cultiva as flores da ternura no canteiro do coração.

...

O amor concede a liberdade espiritual de ser um pássaro livre que sempre voa e procura regressar para o seu ninho.

...

As flores de macela em breve serão colhidas, O sol da tarde acena dourado, Você me faz mais bela, e eu te faço mais do que bem amado.

...

A tardinha e a sua timidez lavanda, Faço versos de doces, versos de moça, Versos escritos pensados para você em plena varanda.

...

Os versos mais íntimos, provocativos e remexidos estão acompanhando o apogeu da Lua, Todos eles estão guardados para quando eu for tua.

...



A Lua faceira acarinha as montanhas, Só de versar sobre o teu sorriso já me traz uma irial emoção, Você faz de mim uma seresteira da paixão.

...

Esse abraço apertado espera paciente, Virás com certeza quando a Lua estiver crescente...

...

O teu coração carregará este verso como prece, Sou o delírio de amor que te aquece, Uma porção de sedução que jamais se esquece.

...

A paixão iluminada a luz da Lua, O coração acelera sem pressa de ir embora, O amor traz a certeza de que a cada volta, serei para sempre tua.

...

Como as nuvens que envolvem a Lua no apogeu, Quero algodoar o teu sorriso com os meus lábios, Você pode ficar com o meu amor que já é teu.

...

O teu sorriso traz o apogeu da Lua, Venha cá, e tome este colo que é TEU, E faça de mim completamente tua...

...



O apogeu da Lua espalha verso, O apogeu da Lua amacia o canto, O apogeu da Lua traz o sinal de que estamos no encantando...

...



Quero fitar os teus olhos macios, sem pressa, Não quero perder nenhum momento durante o apogeu, só de estar ao teu lado é uma grande festa!

...



A Lua trajada de apogeu, nos aproxima, Os meus versos formam doce cantiga, Cantiga para embalar as doces perversões que ocultam os corações.

..



As felinas arranham com as unhas, Durante o apogeu da Lua, Arranho-te com versos, Assim com graça faço no teu coração - a minha alcunha.

...



Como o conjugar do sol por detrás da Lua, Espero por você,faço versos para o nosso apogeu, Versos para serem ditos ao pé do ouvido, Amor meu.

...



A Lua e o seu apogeu irão te acompanhar, Por você também fazer parte da minha vida, Nunca irei te deixar.

...



Os teus olhos são o meu espelho, Eles denunciam que você nunca me esquece, É o belo par que jamais me esqueço, Só de pensar, me aqueço.

...

Quando sentires um sabor suave no canto da boca é porque você ainda pensa em mim...

...

Posso ser a tua cantiga - até mesmo a tua menina - melhor ainda a tua mulher, só para fazer de mim tudo o que quiser.

...

Não sei agir diante de ti sem perder o juízo, Doce desafio doce, Doce escolha doce, Só de pensar em você já me transporto para o paraíso.

...

Os beijos coreografados entre si deslizam nas nossas estradas, Os beijos que distraem o tempo, Os beijos de duas almas enlaçadas.

...

A tarde surge intrigante, O poente instigante, Provoca o coração amante, Daqui a pouco a noite surgirá com o seu charme cintilante.

...

O amor é um estado boreal d'alma, Ele fortalece o coração de forma transcendental, Vencendo assim toda e qualquer escuridão.

...



O poeta é uma alma que ninguém liberta, O poeta nasceu livre, O poeta nasceu preso, O poeta sempre renasce, O poeta é dono da eternidade.

...

Capto que os teus ais semitonados não deixam de ser uma sinfonia de louvor, É com os teus ais que percebo o quanto é intenso o nosso amor...

...

Quero o teu avesso, Venha tirar o meu sossego, Faça desse colo o teu abrigo, E do meu coração o teu aconchego.

...



O teu sorriso irial é profecia celestina, O teu sorriso fascina, O teu sorriso faz brisa, O teu é sorriso é alquimia...

...

É graça plena, Doce ternura, Irial flutuação, Aroma de verbena, Afeto candura, Eterna devoção.

...

Repletos de tão lindo e sublime amor - assim são os meus beijos - beijos sobrevoando como anjos no céu do teu corpo.

...

A palavra doce é dom da mulher, É como cantiga que ao pé do ouvido faz do homem o que bem quer.

...

A devoção inunda o cio poético, O coração entra em êxtase, A paixão em delírio,As liras tocam o cortejo de duas almas plenas de um só desejo.

...

Sou um punhado de grãos trigo outrora carregados pelo vento, É lindo esse teu olhar inundado de contentamento...

...

O teu sorriso tem o mesmo efeito do vento que balança a roseira, É afeto, é acalanto e despertar doce a qualquer tempo.

...

Não é feliz a pessoa que não aprecia os amores poéticos, Ela vive frágil e padecida de sortilégios...

...

Sou o teu poema cigano - o teu caminho sem engano - o teu sonho de amor sem trevas e sem desengano.

...

O sol da manhã convida a nos encontrarmos enfim, Nessa trama fugidia que é o amor, Só cresce a certeza de que você nasceu para mim.

...

Ao me embalares a distância em teu peito - só aumentam - as saudades de um amor que não terá mais sossego enquanto não voltares para mim.

...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Cuidado com elogios tipo "adorei a sua produção poética" ou "belo trabalho poético", porque podem não ser elogios simplesmente, mas oportunismo puro de quem espera uma retribuição sua para printar e amanhã judicialmente alegar que você vendeu os direitos autorais para ela, enquanto você não vendeu e tampouco doou a sua poesia, e somente havia postado para compartilhar a sua alegria de poeta.


Desculpa ser cansativa, mas você que escreve poesia na rede CUIDADO com os elogios que amanhã podem se tornar uma arapuca para o seu direito autoral se os teus poemas não estão à venda, não permita que agradeçam pelo seu trabalho, porque amanhã a pessoa que agradeceu o seu trabalho pode dar um print na tua resposta, e num futuro próximo ela pode dizer que você vendeu os seus poemas para ela, e você pode perder o teu direito autoral para esta pessoa.

Um exemplo de como se esquivar de maneira delicada e esclarecer:

Os meus poemas não são trabalhos, e sim passatempo e respiração.


E quando a ousadia for grande seja objetivo:


Os meus poemas NÃO estão à venda.

Não se esqueçam: os meus livros de poemas e de outros temas estão todos disponíveis GRATUITAMENTE no #Wattpad, e nas minhas redes sociais.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O exagero poético
me licencia em
dizer que eu
sou os olhos,
a fisionomia
e o físico
exaustos
do General
que já deveria
ter sido pela
justiça libertado.

Não consigo cair
na conformação
daqueles que
dizem que poucos
são capazes de
sair dessa prisão.

Não pertenço
aos vis que
espalham fel,
tecem ardis
e desejam
transferir uma
responsabilidade
estatal para
a individual,
em detrimento
de um um passado
relativamente
distante que
insistem
os caluniadores
em dizer que
assim aconteceu,
o mais curioso
é que eles
nem rostos têm.

Porque bom senso
e espírito de justiça
não me faltam,
e não deixo faltar,
num mundo onde
as pessoas só pensam
em lucrar e se vingar.

Em letras claras
não posso deixar
de ao mundo falar
que o General não
está sendo punido
por atos do ofício
do passado,
mas porque não
deteve o ímpeto
de discordar
com o justo, humano
e necessário que
muitos por covardia
vivem a se calar
e outros vantagens
infaustas a buscar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Bom Retiro Poético

É no caminho aberto
pelo aguerrido Alferes
é ali que te quero
como tu me queres.

Nos campos do Bom
Retiro que foram
descobertos nasceu
uma cidade infinita,
Que amo apaixonada
esta tua gente bonita.

No Campo dos Padres
o teu brilho vejo ali
do alto e bem aqui
você está presente.

No Morro da Boa Vista
você é amado por mim
do início ao fim,
ali tu vieste querubim.

Nas belas cachoeiras
e cascatas pude
prever que tu vens
de um jeito matreiro,
Você sabe bem
que te amo inteiro.

No Morro da Cruz
onde o Sol, a Lua
e a tua fascinante luz
brindam a vida,
te amo infinitamente.

No Morro do Trombudo
meu amor profundo,
és raro tesouro poético
desta Serra Catarinense,
que por cada instante
e rincão só tu me rende

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O meu guarda-chuva
branco e vermelho,
é o poético pedido
onde tudo de atroz
tem sido semelhante
num mundo perdido.

A plataforma é unitária
e a agonia é coletiva
por cada prisão arbitrária,
E ali não há nenhuma
gente autoproclamada.

De como está o General
não sei de nada,
ele foi preso injustamente
e para a volta da liberdade
não há nem data marcada.

Como ele tem sido sufocada
é a tropa por cada segundo
que o tempo carrega
e a injustiça que não passa,
neste continente onde
a verdade tem sido silenciada.

Está a caminho no México
a próxima rodada
que além de mim coloca
muita gente esperançada,
firme quero crer que
a triste sorte pode ser mudada.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠SONETO LÉS A LÉS

Ainda que não seja, assim, poético
Que falte o olhar, o afago, a beleza
És tu, poetar, ao meu olhar estético
Bem, sem importar com a grandeza

Não temo se me acharem cético
Cada verso tem a minha certeza
Das rimas e do cântico profético
Do amor, a mais pura candideza

Outras vezes soneteio sem preito
Ah, tão em vão, tão sem emoção
Tão fantasiosos e, tão imperfeito

Mas, certo é que na sensação
Tudo se torna o versar estreito
Quando se é ausente de paixão

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26/10/2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Num diálogo poético e filosófico, Lume e Névoa, duas vozes que coabitam o mesmo Ser, empreendem uma travessia íntima pelos territórios internos daquele a quem pertencem. Lume observa com reverência e ternura os movimentos profundos de quem carrega em si um fogo contido, uma centelha divina e indomada. Já Névoa, inquieta e interrogativa, questiona o peso de viver à margem, sem forma definida, oscilando entre luz e sombra.
Ambos revelam, em vozes distintas, a complexidade de um Ser que não se encaixa em molduras, mas vibra nas frestas; um ser feito de contrários que não se anulam, mas se reconhecem. Ao percorrerem memórias de dor, quedas, silêncio e reinvenção, os dois traçam o mapa não fixo de uma identidade em metamorfose constante, que prefere a travessia ao destino e a imperfeição como linha viva de evolução.
Mais pra o final, evocando o verso do cantante, Lume chega à conclusão de que "ano passado ele morreu, esse ano ele não morre mais", e ambos compreendem que, mesmo fraturado, o Ser ainda pulsa, ainda recomeça. E que habitar-se é, sobretudo, sustentar-se inacabado, como poesia moldada no silêncio.
O convite, agora, é para que quem se debruça sobre estas linhas aceite caminhar ao lado de Lume e Névoa. Talvez encontre, nas dobras dessa conversa, algo de si mesmo.

DO LADO DE DENTRO: CONVERSAS DE QUEM HABITA O MESMO SER

 LUME
Vem, Névoa.
Olha comigo mais uma vez esse Ser que também somos.
Às vezes, o olhar dele não se volta para o mundo.
Retorna, sem aviso, ao território quieto que pulsa atrás dos olhos.
Não busca forma nem resposta. Apenas reconhece, sem intermediação, aquilo que, mesmo escondido, continua a pulsar.
Não é espelho, nem testemunha externa.
É ver-se por dentro.
Ver-se por si.
E ali se enxerga.

 NÉVOA
Vejo, Lume.
Mas diga: como é difícil habitar alguém assim, que não cabe no centro, nem se acomoda ao meio?
É como se tudo nele vibrasse nas bordas.
Uma essência que escapa às formas, que se recusa à lógica, que desmonta a moldura.
E tu o chama de inteiro?

 LUME
Chamo de pleno no que pulsa, mesmo que nunca concluso.
Carrega em silêncio o gesto de um deus,
não o Deus que é verbo, mas uma centelha que se ergue por dentro,
soberana, indomada, feita de presença.
Um fogo contido que arde sem se exibir, senhor de si,
que só se aquieta diante do Senhor do Tempo,
esse imensamente maior, que o reconhece e o desarma em reverência.

 NÉVOA
Só a Ele?

 LUME
Não apenas. Inclina-se também à presença de uma Diva sutil,
que não exige poder,
mas influencia o curso do íntimo
com a mesma delicadeza com que a brisa atravessa o que é denso.
E assim, ambos, o Deus e a Diva, habitam extremos distintos,
mas que despertam nele o mesmo gesto silencioso de reverência:
um pelo peso, o outro pelo toque.

 NÉVOA
Então tu vês, Lume,
que mesmo com tamanha reverência interna,
ele permanece partido entre extremos?
Talvez, diriam os que escrevem o indizível,
que nele habite um deus, um louco, um santo,
um bem e um mal.
Como se o corpo fosse templo de contrários,
e o espírito soubesse dançar entre eles sem se despedaçar.
 LUME
Sim! Não há espelho que reflita todas as suas imagens.
Nem todas as versões cabem na superfície refletida.
O que se vê é só a pele do mistério.
O que importa vive entre as camadas.
Há uma delicadeza que atravessa,
mas também uma aspereza que resiste.
Um bem que titubeia,
um mal que às vezes acena como abrigo.
E quando o erro se insinua ou se estabelece,
a consciência se ergue em resposta,
nem sempre como correção,
mas como voo aprendido na queda,
orientado pelas cicatrizes das que vieram antes.

 NÉVOA
Então tu me dizes, Lume,
que ele vive nesse eterno vai e vem entre tropeço e despertar?
Um movimento que não se encerra?
Parece mais fuga que caminho...

 LUME
Não é fuga, Névoa. É caminho.
Como quem preferiu ser, como disse o cantante,
essa metamorfose ambulante,
não por inconstância,
mas por saber que de falha em falha se esboça o caminho do ser melhor.
A falha, afinal, não chega a ser imperfeição.
É traço vital, linha viva do que ainda pulsa em construção.
Ali, os opostos não se anulam,
mas se reconhecem como costuras do mesmo tecido.
O santo e o louco não duelam.
Entre eles, há uma dança que não se move no corpo,
mas vibra no silêncio do gesto.

 NÉVOA
Mesmo assim... será paz, Lume?
O juízo ali não silencia o instinto,
e a fé caminha ao lado da dúvida, tropeçando de leve.
É um desassossego sereno.
Paradoxo que não deseja paz,
mas profundidade, isso que vejo.

 LUME
É isso. A alma desconhece a gravidade.
Cai com elegância.
Levanta-se com sombra.
Deixa, na ausência, o traço sereno de uma presença que não se desfaz.

 NÉVOA
Mas repara, Lume: quando silencia...
é como se uma parte escutasse a outra.
Quando chega, o que está dentro se move para abrir espaço.
Quando parte, permanece como marca,
raiz deixada por si em si.

 LUME
É! São movimentos internos, quase imperceptíveis ao mundo,
mas que, dentro dele, provocam marés inteiras.
Passou por tempestades que não deixam marcas na pele,
mas tatuaram o espírito com signos secretos.
Conheceu subterrâneos sem nome,
lugares escuros, úmidos, densos.
Caminhou em trevas que evita nomear.
E mesmo assim, fez-se caminho.
Na lama, achou argila,
não o fim, mas o começo do que ainda pode ser moldado.
No breu, acendeu o sopro.
Na dor, encontrou o antídoto escondido na própria ferida.

 NÉVOA
Verdade. É como se carregasse mares que não espelham o céu,
mas que se agitam no subterrâneo dos ossos.
São marés densas de silêncios não ditos,
que só encontram repouso
quando tocam águas mais claras.
Um mar sereno que abriga
sem perguntar de onde vieram as ondas.
Uma escuta líquida, sem pressa.
Um abrigo raso, onde até a dor aprende a boiar.

 LUME
Pois é! Naquele interior onde coabitam o bem e o abismo,
a verdade não chega como raio,
mas como brisa.
Não mente,
mas pinta com delicadeza o que, se nu,
machucaria o que toca.
E mesmo sem se entregar por inteiro,
acende o que basta.

 NÉVOA
Sim, ocorre que nem a poesia, nem a filosofia podem responder tudo, Lume.
Não se sabe ao certo se ser assim
tão cheio de frestas, de marés fundas e silêncios antigos,
é mais graça ou mais peso.
Não se sabe se há esperança para um ser que não cabe no centro,
nem certeza de que, passadas seis décadas,
ainda haja tempo para ser mais do que se tem sido.

 LUME
Eu sei. Houve perdas. Partes desfeitas.
Ao longo dos anos, e no último especialmente,
algo nele silenciou mais fundo.
Houve um cansaço que em algum momento pareceu irreversível.
Uma despedida muda de si para si.
Mas o que ficou em pé, mesmo sem firmeza,
ainda espera espera o instante em que a alma volte a respirar mais fortemente.
E, parafraseando o cantante, o que digo dele é que:
‘ano passado ele morreu,
esse ano ele não morre mais’.

 NÉVOA
Sabe? Habitar-se para ele nunca foi concluir-se.
É sustentar o inacabado com leveza.
E ali, onde tudo se contradiz
ou enfim se reconhece,
algo se acende,
não em luz plena,
mas em fresta viva, discreta,
onde o dentro começa a respirar por entre margens.
É por essa fresta que a claridade atravessa.

 LUME
Sim! E tudo o que foi vivido,
a dor, o delírio, o descompasso,
fez-se matéria de travessia.
E a travessia, moldada no silêncio,
virou poesia.
Poesia que se espalha pelas bordas,
como quem só revela o sagrado
a quem aprendeu a ver no escuro.

 NÉVOA
Sabe o que penso, Lume?
Nele há limites que nem a força mais íntima ultrapassa.
Há mistérios que nem a alma mais desperta ousa dominar.
E há passos, os derradeiros de cada travessia,
que só Deus, o verdadeiro, conhece o momento exato de conduzir.
Até para mim, que duvido, isso basta.

 LUME
E bastando, é paz.
Voltemos ao nosso silêncio.
Ele ainda tem muito a nos dizer

Inserida por WMAGNOR

⁠⁠Aceitando de imediato a provocação do meu olhar meu poético, fico inspirado diante da tua imagem em movimento, próxima de uma ocasião importante.

Então, vejo algumas constelações do universo, lindas envolvendo com elegância o teu corpo como se fossem um presente esplêndido da noite.

Percebo também um pouco de luar nos teus belos olhos, deixando toda a tua venustidade radiante e um semblante seguro e bastante charmoso.

A atenção que chamarás será inevitável, uma exposição elegante, notável, apaixonante, um evento abençoado merecidamente marcante e incomparável.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Rebatismo Poético

Ouvindo a tempestade
orquestral sigo com
o meu inventário natural,
apaixonado e poético,
(Porque só amamos
aquilo que conhecemos).

Talvez seja um dia
compreendido que é
preciso tornar habitual
a liberação continua
do pensamento colonial,
(Porque ninguém ama
aquilo que não conhece).

Pensamento talvez não
proposital que deu
outros nomes às nossas
riquezas que por muitos
ainda não foram conhecidas,
e por ser desconhecidas
estão escorrendo entre
os dedos todos os dias.

Conflitos, desencontros
e a falta de apreço
entre nós ainda são
efeitos vivos porque
ainda não nos conhecemos,
Mas ainda conservo
uma fé sobrenatural que
se torne página virada,
e que tenhamos orgulho
absoluto da nossa Pátria.

Se eu tivesse poder iria
rebatizar com a minha poesia
toda a vida que necessita
que neste solo gentil habita
para que se torne conhecida,
facilmente reconhecida
e para que nunca mais
ninguém se esqueça no dia-a-dia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Soberana Vitória-régia
dos igarapés amazonenses
És filha da Vitória-régia
do poético igarapé místico
do Hemisfério Austral,
Regente-mor dos igarapés
amazônicos mais profundos,
És o signo de todos os sonhos
que tem orientado do Norte
ao Sul em todos os cinco pontos
que comigo os tenho guardado
com votos sempre renovados
e toda a poesia que embalo
para que ninguém obtenha
nenhum êxito de tirar tudo
aquilo que mantém o amor
infinito e o coração coexistindo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Gostaria de ser uma
sementinha de vagem
do poético Ipê-amarelo
para crescer e florescer
como flor nacional
no seu afetuoso peito,
E tornar-me sua maior
amorosa anunciação
e total celebração
além do calendário
e da convenção
sempre que for preciso,
Porque amar também
é a respeito disso.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Gozação poética

Papel em branco
Dia poético,
Palavra medida.
Eu que não penso
Que figura de linguagem
Eu vou usar.
Deixe o poema
Fluir de forma natural,
Que cada um interprete
Da sua forma.
- Eu não tenho nada a explicar!
Se eu escrever sobre paz - você ver amor
Se eu escrever sobre paixão - você ver guerra
Se eu escrever sobre natureza - você ver sexo
Se eu escrever sobre vida - você ver...
Você ver no poema o que você
Quiser, o poema agora é seu!

O eu lírico? Não sou eu!
Faz de conta
Que as palavras veio de longe...

- Eu psicografei!

⁠QUASE TUDO

Quase tudo de poético em mim foi poetado
Quase tudo sussurrado de amor foi escrito
No versejar, o rimar do viver se fez infinito
Na cadência de mil sensações foi musicado

Tão fadado de emoções me tornei enamorado
Tão cheio de romantismo fiz do amor bendito
Cada soneto que fiz de agrado veio num grito
Suspiros, sentidos, em um ritmo compassado

Tenho dado o meu sentir a quem dele merece
Se em prece, honra, num coração sem escudo
Eu sou só gratidão, neste doar-se em benesse

E se por tanto romancear fiz engano, contudo,
Eu nunca fui do amor tirano, ou o mal fizesse
Pra ter no fado, quase tudo, sem dano e rudo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25, agosto, 2021, 09’58’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SER POETA E SER POÉTICO

Ser poeta e ser poético dentro de um sonho de arte
Que, aureolando a melodia e harmonizando a prosa
Deixa aquele integral senso quando este se biparte
Em afeto e dor, numa só sensação, a sutileza da rosa

Emoção. Eis o que faz amar-te, eis o que fez apreciar-te
Inspiração pura, entregue ao criador de mão laboriosa
Que amplia, cria, que a manufatura e leva a toda parte
Do amor, intérprete do coração, lhano num esplendor

Talvez a imaginação é tanta, ante a tanta imaginação
Sente tanto sentimento, o travador, esse ser dialético
Que ri e chora, e que sempre está cheio de fascinação

Sussurros guaiam do estro, num entusiasmo frenético
Devaneios suspiram, respiram, e d’alma estruge ilusão
Dentro de um sonho de arte de ser poeta e ser poético

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12, setembro, 2021, 11’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POESIA ETERNA

Poesia és dona de mim, prosa me pertence
E, nesse poético cativeiro, deliro por inteiro
Cá nos versos sinto sussurrar tão verdadeiro
Que nada me cabe no pensar, ou algo pense

Cada trovar meu, o versejar me convence
Que cada canto no seu canto é passageiro
E que num piscar o devaneio é tão ligeiro
E o destino, uma ilusão na arena circense

Mas, então, se tem sensação, então tem aba
Do desejo, a velha afeição, emoção sentida
Que em uma poesia, o poeta, então se gaba

Sonhos, as lágrimas, a chegada e a partida
Ah! se existe no coração fusão, nada acaba!
Pois, o amor que eterniza a poesia da vida...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2021, 15’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Ano poetico Patria amada Brasil

Um dos maiores câncer que o homem já fez a o mundo
( CÉDULA, CASH, DINHEIRO OU DIN DIN )
carreguei o peso do mundo nos ombro até que "apagaram seu nome" tudo pelo ouro à matéria será esquecida.
Tú não ver porque o sistema te colocou vendas.
Por grana se vive mal a luta do dia a dia.
Sobrevivencia nos transporte públicos metrô, Brt, ônibus, trêm e vans lotados lutando e sobrevivendo para paga boletos e aluguel por que ?
A grana consumil nosso bem e nosso espirito.

Inserida por angelo21neto

⁠Encontro poético meu ou teu ༻♡

Os corvos, os corpos e as pedras
Mordem as letras, mastigam as palavras
Cospem os sonetos, choram os poemas
Lambem as frases, dilaceram os pensamentos
Amam as prosas entre a lua e o sol
Num encontro poético em poesia
São as pétalas negras que ardem nos teus olhos
Que pedem silêncio, numa adoração noturna
Entre a minha boca e a tua que dança nas sombras
Rasga o sol de resina preso na alma de clareada manhã
Para semear rosas de tantas cores como está o teu coração
O meu corpo deseja, palpita, ama, bajula, chora, preza, reclama
Tantas vezes o peso do teu, neste encontro poético em amor.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

⁠Poético silencioso
que se deslumbra numa noite branda
rodeada de olhares curiosos a se debandar.
Lua branca e clara como as ruas do entendimento
que me preenche de sentimento
deixando a mente livre querendo voar
novamente volto a escrever pensando em quando vou descansar
mesmo que a mente em rimas de momento não pare de pensar
para compor mais um pedaço da alma
um resquício que me acalma e me faz querer continuar.

Inserida por joao_luiz_de_maio

⁠Palco Poético.





Por um lado,
Somos dramaturgos na escrita , na vida e etc...
Por outro lado,
Somos um melodrama com certos personagens que criamos em nós mesmos e com quem convivemos.
Somos colecionadores e telespetadores de cenas reais e irreais.
Dedico esse poema aos dramaturgos dos palcos teatrais.
Uma cena!
Uma palavra !
Uma atitude pode mudar o contexto de uma vida ou de uma peça de teatro.
Conflitos entre olhares.
Damos então vidas aos cenários principais.
Moças dramáticas nas verdades e nas ilusões.
Cortinas coloridas que nunca se fecham.
Modo automático no que faz.
Rapazes de boas competências.
Um atrito na comédia que merece aplausos.
Telenovelas vivas.
Significados de um jardim de jasmim em suas escritas.
O Poeta cênico escreve.
Na Alma cinematográfica corre um alfabeto nas veias.
Atua como membro acrobático que não é unilateral,
Suspense!
Drama, ação e terror.
Na vida que levamos no dia a dia.
Somos todos dramaturgos.
Nem que seja um pouquinho.
Somos sim.
Artistas, viventes nessa vida real.
Personagens vivos.
Somos nós mesmos.
Dono de cada texto ou peça teatral.
Na dramaturgia da vida.
E que não tem ,
Outra igual...



Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7


Departamento Poético.



Nos ombros,
Uma mochila.
Por dentro,
Uma alma poética.
No coração,
Uma administração conjunta com minh'alma.
No cérebro,
A inspiração explode a todo segundo,
E ele é um território inabitável.
Os olhos,
São os setores da minha ilusão.
As repartições administrativas causam-me uma subdivisão.
Cada fotografia a mim apresentada,
É um poema que coloco em ação.
No meu ramo investigativo,
Vou vasculhando a literatura de cabeça para baixo.
Uma seção eu reservo para subtrair as fragrâncias das flores.
Em uma sala específica,
Faço dela um laboratório de análise.
Entre outras,
São as que vivi , sorri e sofri.
Algumas são motivos de distrações.
A minoria vem das imagens que meus olhos filmaram nesse belo e imenso universo.
Cada setor tem suas diretrizes,
O meu serviço é esse !
É escrever dentro do distrito da minha imaginação.
Pois esse é,
O meu departamento poético......



Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7