Texto Poético

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⁠QUASE TUDO

Quase tudo de poético em mim foi poetado
Quase tudo sussurrado de amor foi escrito
No versejar, o rimar do viver se fez infinito
Na cadência de mil sensações foi musicado

Tão fadado de emoções me tornei enamorado
Tão cheio de romantismo fiz do amor bendito
Cada soneto que fiz de agrado veio num grito
Suspiros, sentidos, em um ritmo compassado

Tenho dado o meu sentir a quem dele merece
Se em prece, honra, num coração sem escudo
Eu sou só gratidão, neste doar-se em benesse

E se por tanto romancear fiz engano, contudo,
Eu nunca fui do amor tirano, ou o mal fizesse
Pra ter no fado, quase tudo, sem dano e rudo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25, agosto, 2021, 09’58’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SER POETA E SER POÉTICO

Ser poeta e ser poético dentro de um sonho de arte
Que, aureolando a melodia e harmonizando a prosa
Deixa aquele integral senso quando este se biparte
Em afeto e dor, numa só sensação, a sutileza da rosa

Emoção. Eis o que faz amar-te, eis o que fez apreciar-te
Inspiração pura, entregue ao criador de mão laboriosa
Que amplia, cria, que a manufatura e leva a toda parte
Do amor, intérprete do coração, lhano num esplendor

Talvez a imaginação é tanta, ante a tanta imaginação
Sente tanto sentimento, o travador, esse ser dialético
Que ri e chora, e que sempre está cheio de fascinação

Sussurros guaiam do estro, num entusiasmo frenético
Devaneios suspiram, respiram, e d’alma estruge ilusão
Dentro de um sonho de arte de ser poeta e ser poético

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12, setembro, 2021, 11’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POESIA ETERNA

Poesia és dona de mim, prosa me pertence
E, nesse poético cativeiro, deliro por inteiro
Cá nos versos sinto sussurrar tão verdadeiro
Que nada me cabe no pensar, ou algo pense

Cada trovar meu, o versejar me convence
Que cada canto no seu canto é passageiro
E que num piscar o devaneio é tão ligeiro
E o destino, uma ilusão na arena circense

Mas, então, se tem sensação, então tem aba
Do desejo, a velha afeição, emoção sentida
Que em uma poesia, o poeta, então se gaba

Sonhos, as lágrimas, a chegada e a partida
Ah! se existe no coração fusão, nada acaba!
Pois, o amor que eterniza a poesia da vida...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2021, 15’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Ó TANGO QUERIDO!

Ritmo poético! O bailado em prosa
Versos de um amor não esquecido
Que no teu âmago foi adormecido
A ilusão cheia de perfume de rosa
Bandonéon sofrente, sussurrante
Que desperta o peito e nele brade
Num compasso pesado e vibrante
O instante de evocação a saudade

Ritmo d’alma, de sensação errante
Que leva o sentimento tão distante
E traz comichão ao coração sofrido
Ah! balada de insânia dum passado
Sonhos, devaneios, desejo sagrado
Inesquecível paixão, ó tango querido!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 março, 2022, 17’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POEMA, SONHADOR

E vamos assim: olhos cerrados, inspiração
em um sonho poético, encantado e gentio
prosas com asas, desatando a imaginação
e, na ilusão: a sensação e a criação no cio
Por entre as mãos, um versar apaixonado
sussurrante de amor, a muitas horas a fio
onde há de ter uma trova de terno agrado
e supremo aparato com um doce arrepio

Que feliz role o sonho, no poema sonhador
tal qual nas noites românticas com luares
resguardando o verso em um largo sorriso
E que nada altere a este talante sedutor
que seja sentimental apesar dos pesares
pois, sonho, pro poeta, é sempre preciso!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 de abril, 2022, 19’36” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PROSA DE AMOR

O amor é uma linda inspiração torrente
Poético, doce quimera, sedução inteira
Que um dia se encontra tão de repente
No vínculo, no olhar, na afeição fagueira
Para uns ele é de maneira surpreendente
Brando, de agrado, uma paixão primeira
Outros, porém, de sua vida lhe é ausente
Cativo duma solidão. Nem eira nem beira

E o tempo andeja, seja. E acaso, quando
O toque, o cheiro, assim, tão enamorado
Basta, então, sensações vai provocando
Ah! o amor, emoção na vereda percorrida
Aquele sentido, um sentimento ao lado...
É sempre a suave poesia em nossa vida!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 junho de 2022, 17’17” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO ENAMORADO

Poético com um verso sentimental
Amoroso, manso na sua inspiração
Em suas linhas aquela afável paixão
O pensamento cuidadoso, especial

Sente o que sente a cada expressão
Sussurra, suspira, é prosa, um ritual
Tem a forma certa por ser visceral
A medida do sentimento, a emoção

Cada tom, o tom de amor na canção
Se ele se cala, o silêncio é confiança
E quando ele canta, uma doce ilusão

Cada compasso, o ritmo apaixonado
O olhar, o beijo, a singular lembrança
Aqui narrado no soneto enamorado...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12, junho, 2022, 06’26” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POÉTICO SONETO

Pode passar o tempo, seguidamente
Pode haver estória sem ter fomento
Mas quando o poeta fica sem alento
A prosa se torna morna inteiramente
Anos a fio, tendi ir em frente, tente!
Ou viver somente carente e sedento
O fado, por certo, deixará fragmento
E o versejar não terá parte da gente

O poema chora, fica contente, é amor
Desta vertente a sensação é um teor
Tem prazer, dor, mas nunca obsoleto
Tudo, o acaso, ao trovador é paralelo
Traçando um sentido delineado e belo
Contado, então, num poético soneto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 agosto, 2022, 19’36” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CONTINUA

E o versar poético da poesia continua
A sua magia na mesma rota, destino
E, na ventura, várias sensações tatua
Há verso, prosa, rítmica canção, hino
É o compor eterno sobre a alma nua
Os encontros e desencontros, divino
Fado. E no coração a emoção estua
Num cântico de sentimento genuíno

E pelo verso, imerso uma narrativa
Dum acaso e sorte, em expectativa
Entrançado, o qual nunca é restrito
E, o versar continua na sua romaria
Numa intrincada agitada travessia...
Que vai além do poeta, pro infinito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 abril, 2023, 12'46" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Pulsar do coração

Sobre o amor se eleva este canto
Em gesto poético tão apaixonado
O sentimento exato num traçado
Da paixão com seu doce encanto
Dentre tantos feitos, me és tanto
E à sensação um afeto recatado
Ao voejar na alma, soneto alado
E ao entanto se faz sacrossanto

Sobre o versar aquela essência
Necessária a um singular olhar
Que deixa a prosa com emoção
Então, como é bom poder amar
Pra ser algo maior na existência
Suspirando o pulsar do coração.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 setembro, 2023, 11’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CERRADO EM FLOR

Como é poético sentir a primavera
Quando de flor recama o cerrado
O matizado tinge, o aroma impera
Boa-nova, vida, sertão demudado
Tudo encanta, canta e reverbera
O céu com o um azul ensolarado
O escurecer estrelado, em espera
O eclodir em graça, ali desenhado

A primavera no cerrado, anuncia
Inspiração num verso perfumado
Ornado de alegria, e tenra poesia
Então floresce o fascínio, ao lado
Do amor, da beleza, tudo é magia
Afinal, é a primavera no cerrado!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 abril, 2024, 06’32” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Talvez engenharia não soe tão poético quanto música, arte ou teatro. Nem tão heroico quanto medicina. Mas eu enxergo uma imensa beleza no criar. E sendo feita a imagem e semelhança do criador do universo, eu tenho isso dentro de mim, que transcende um amor por construir. Afinal, a vida é uma obra infinita, mas ta tudo certo, eu sou engenheira.

Inserido em um ⁠evento celestial num instante imaginado, poético, voando entre as nuvens pela liberdade de um céu grandioso, sentindo-me amado por um amor próprio mais leve, uma emoção incomparável, tendo uma experiência surreal, fora do alcance desagradável dos problemas, da pressão frequente da vida adulta, desfrutando de uma oportunidade especial, intensa, simplesmente, transformadora, onde a loucura é bem vinda, o mal não chega, sonho desperto que fortifica a minha sanidade, que incentiva a minha resiliência, que traz um pouco de estabilidade para a minha complexa consciência.

Certo dia uma amiga minha me disse que eu estava muito poético. Mas lhe respondi que, o que crio não tem nada de poético, não faço poemas, apenas crio frases, que às vezes sintonizam-se. Sou simples assim e prático. Não poeta. Até porque minha formação não foi em nenhuma acadêmia literária e tão pouco cursei escolas de bom português. O que poétiza usa versos e estrofes o que eu uso, na minha praticidade são o que eu aprendi com minha vida. Amo criar frases com um unico fim, brincar com uma montanha de sentimentos! (AF)

Inserida por deliciander

Os poemas que escrevo são como filhos oriundos de um parto poético, alguns fiz força para surgirem; outros, nasceram suavemente. Todos eles ganham vida ao se misturarem nas experiências diárias de outros poetas, outros leitores(as), outras vidas. Como "filhos", os poemas que escrevo recebem um nome em seu início, uma história em seu corpo, e uma data de nascimento em seu final, não que ele tenha nascido e morrido naquele momento, mas porque a partir de ali ele passa a ganhar vida em outras vidas, e na minha própria, sempre que eu o observo novamente.

Inserida por roberto5costa

⁠A fotografia é, também, um recurso poético. E a fotografia feminina, por si só, já é uma poesia. Um simples recurso, enquanto sistema de captura de uma imagem. Um poema completo, quando, sob a luz do ângulo perfeito, capta, além da imagem, o âmago do não dito, a nuance de uma silhueta, as asas de um olhar que voa, livre, no perfume do mais belo voo de sua alma.

Inserida por Adrianacarvalhoadam

Brecht que me perdoe, mas o pior analfabeto é o analfabeto poético: ele não vê, não sente, não se dá conta da vida ao seu redor. Ele não sabe quando os ipês amarelos começam a florir, o dia em que haverá superlua, o instante em que um afeto se transforma em amor. O analfabeto poético se orgulha e estufa o peito dizendo que não tem tempo para essas coisas. Não sabe que, da sua ignorância poética, nasce a frieza, a ingratidão e, o pior de tudo, a falta de vínculos com o resto da humanidade.

Inserida por HenriqueFendrich

⁠⁠Senso distinto e poético, olhar muito imaginário, mar expressivo beijando as margens da praia no final da tarde, aquecido por um calor revigorante de romantismo no refulgir de um pôr do sol intenso, repleto de serenidade e alegrado ricamente por uma possível dança dos ventos, uma lúdica realidade criada nos meus pensamentos.

Inserida por jefferson_freitas_1

...O amor vem pra cada um, poético, gentil, cortês, carinhoso, cerimonioso, que mesmo para entrar onde é permitido pede permissão, o amor vem pra cada um, rastejando pelo céu ou voando pelo chão, o amor vem pra cada um, cego no acender da luz a clarear o que se vê no enxergar da escuridão, o amor vem pra cada um, trazido pela ventania, soprado à imensidão, o amor vem pra cada um, a galope, no trote da mansidão ou em disparada, sem rédeas, guiado pela emoção...

Inserida por ManolloFerreira