Texto em versos

Cerca de 4462 texto versos Texto em

A velhice e a morte.
Dia desses escrevi um texto com o título Morte.
Foi um dos textos menos curtidos e como eu já esperava, pouca gente se interessou.
Não desejo a morte.Nem minha nem dos que me cercam, quanto a dos desafetos há que analisar caso a caso.
Escrevo de políticos corruptos e nem por isso sou um deles, sobre periguetes e poucas conheço, sobre vida e felicidade, assuntos dos quais arrisco dizer que entendo um pouco.
Por que não escrever sobre velhice e morte, assuntos que a gente pode até tentar ignorar, mas que chegará um dia para todos nós?
Se você fizer uma pesquisa no Google ver os seguintes resultados, na mesma fração de tempo:
Vida: 923 milhões;
Amor: 367milhões;
Morte:189 milhões;
Felicidade 34 milhões e 600 mil;
Velhice: 1 milhão e 40 mil;
Noves fora nada, isso quer dizer que todo mundo está mais preocupado com a vida e a felicidade, do que com a velhice e com a morte.
A velhice, e a morte estão mais perto de nós do que gostaríamos mas tenho a impressão de quem viveu sempre uma boa vida, em todas as suas fases, encara o assunto com tranquilidade e se prepara, como sempre fez antes, para ter o melhor possível para o que der e vier, seja lá quando vier.

Inserida por marinhoguzman

Explicar a paixão, se fácil fosse, transformaria qualquer texto em poesia. Algumas paixões soam inexplicáveis, a não ser que sejam traduzidas por gestos, imagens e comportamentos, mas como saber?
Muitas vezes perdemos oportunidades por não acreditarmos que podemos ir mais longe e ficamos parados sem ação por medo de perder algo que não temos.
E assim sigo a vida com passos mansos um dia após o outro sempre sonhado de olhos aberto

Inserida por Napoleao

QUEM SOU EU? – texto adaptado
Há pessoas desagradáveis apesar de suas qualidades e outras encantadora apesar de seus defeito. Eu, porém, já não sou o que era: devo ser o que me tornei.
Se eu não sou por mim mesmo, quem será? E se eu sou apenas por mim, quem sou eu?
Sou realista, por isso não enfrento a realidade, mas realidade é aquilo que, quando você para de acreditar, não vai embora. Eu sou otimista, mas não acho que isso ajude. Talvez um otimista que carrega guarda-chuva... Mas dou graças por tudo, penso que se na árvore não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente.
Para mim a única coisa sem mistério é a felicidade porque ela se justifica por si só, ou se houver um segredo para ser feliz, é exigir muito de si e pouco dos outros.
Sabemos muito pouco o que nós somos e menos ainda o que poderemos ser, se você não decide quem você é, você termina por não ser nada.
Sou um sonhador, o homem que não tem vida interior é escravo do que lhe cerca. Sonhar é acordar-se para dentro, porém, sonhe. Pense como homem de ação e aja como homem de pensamento.
Esse mundo pode ser que não preste, mas é tão bom de olhar.

Inserida por Flares

Olha que texto maravilhoso...


"UMA XICARA DE CAFÉ"

Um grupo de profissionais, todos vencedores em suas respectivas carreiras, reuniu-se para visitar seu antigo professor.

Logo a conversa parou nas queixas intermináveis sobre “stress" no trabalho, e na vida em geral.

O professor ofereceu café. Foi para a cozinha e voltou com um grande bule e uma variedade das melhores xícaras: de porcelana, plástico, vidro, cristal...

Algumas simples e baratas, outras decoradas, outras caras, outras muito exóticas...

Ele disse:
- Pessoal, escolham suas xícaras e sirvam-se de um pouco de café fresco.
Quando todos o fizeram, o velho mestre limpou a garganta e calma e pacientemente conversou com o grupo:

- Como puderam notar, imediatamente as mais belas xícaras foram escolhidas, e as mais simples e baratas ficaram por último. Isso é natural, porque todo mundo prefere o melhor para si mesmo. Mas essa é a causa de muitos problemas relacionados com o que vocês chamam "stress".

Ele continuou:
- Eu asseguro que nenhuma dessas xícaras acrescentou qualidade ao café. Na verdade, o recipiente apenas disfarça ou mostra a bebida.

O que vocês queriam era café, não as xícaras, mas instintivamente quiseram pegar as melhores.

Eles começaram a olhar para as xícaras, uns dos outros.
Agora pense nisso:

A vida é o café.
Trabalho, dinheiro, status, popularidade, beleza, relacionamentos, entre outros, são apenas recipientes que dão forma e suporte à vida. O tipo de xícara que temos não pode definir nem alterar a qualidade da vida que recebemos. Muitas vezes nos concentramos apenas em escolher a melhor xícara, esquecendo de apreciar o café!

As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor, mas as que fazem o melhor com tudo o que têm!

Então se lembrem:
Vivam simplesmente. Sejam generosos. Sejam solidários e atenciosos. Falem com bondade.

O resto deixem nas mãos do Senhor, porque a pessoa mais rica não é a que mais tem, mas a que menos precisa.

Agora desfrutem o seu café! "

Autor desconhecido.
☕☕☕☕☕☕

Inserida por ERIVALDA

Amantes à margem da amor

Oi, quanto tempo não lhe vejo. Que estranho é escrever esse texto, estamos parecendo tão distantes, nossas conversas não parecem ter a mesma mensagem, reinado de pronomes impessoais, perguntas mascarando propósitos maiores, resquícios tímidos de esperança na tentativa de restabelecer a força do elástico afrouxado do nosso elo. Ainda o temos, é verdade, mas agora é só um cordão, um cabo de aço talvez que, mesmo conectado está tão extenso que não podemos ver onde a outra ponta termina, onde se encontra, e temos medo de segui-la, ainda que vivamos presumindo os vários lugares muito prováveis de encontrá-la, temos o receio de quebrar uma promessa falida, de deixar que nosso desejo flua bravamente interrompendo esse período, a ausência, e, finalmente, seja ele novamente barrado.

E agora sinto que o desejo está se sentindo desacreditado nesse coração, mesmo que seja o mais querido, eu já não tenho mais como satisfazê-lo e ele insinua ir embora, seja sumindo, seja migrando ou se transformando, eu realmente não faço ideia, sei apenas que se não se satisfez enquanto esteve comigo, não vai permanecer em meio a nosso novo e estranho modo de se comunicar. Creio que ele se sinta demasiado reprimido e ofendido sob esse reinado do tempo, principalmente pela formalidade de contato, vezes ele grita, consome as lembranças, mas de nada adianta e só o frustra mais saber que a fonte está sendo negada. Por isso, penso que manter um contato dessa forma é coagir um gigante imensurável a caber num duto de dois centímetros de diâmetro. Muito estranho.

Penso também que nossa afinidade está arraigada na carne, isto é, no cósmico-biológico que se influencia reciprocamente, mesmo que não tenha sido sempre assim, no começo, pode ser que o que sinto por você agora é parte imanente de mim. Eu sei que é conexão, e ainda que pareça coincidência, essa, por sua vez, não é mais que uma conexão não esclarecida, um impulso “involuntário”, como uma lembrança que deletada deixa sempre o rastro de suas consequências emotivas, impossíveis de suprimir, exemplo muito expressivo disso dado no filme: “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”. É por isso que saem pesquisas cientificas afirmando que passamos a nos parecer, até fisicamente, com quem tivemos muita proximidade e convivência e com quem temos muita afinidade. Aquele beijo nosso que era capaz de desligar o mundo, de trazer a paz e apontar a conexão existente mais rápido que qualquer palavra, qualquer. Isso porque, quero explicar, beijar envolve doar nossos insumos gênicos, nossa biologia, como se cada célula do corpo e da boca se cumprimentassem com o DNA mais adequado ou semelhante, compositor de ritmos e, veja, que nada dessa natureza muda com frequência, ao contrario são as palavras, tão fluidas, conformadas muitas vezes, tênues e até mesmo inexpressivas dessa conexão que existe, ainda também existem nossos comportamentos contraditórios, inundado de preconceitos, de ansiedades, de deferência, de expectativa de que sejamos vistos de uma forma desejada (conforme a expectativa do outro) se agirmos contidamente construindo assim uma “fachada” do próprio eu, tudo facilmente manipulado por nós e pelos outros. O incrível é que essa intimidade entre nossas almas, entre nosso maná individual e a biologia dos seres não é alcançável volitivamente, ainda que saibamos algumas definições e interferimos em algo, é sempre limitada nossa interferência consciente enquanto estamos sempre sob a regência dessa ordem. É impossível fugir. Relendo a tragédia grega de Édipo, enxergamos que devíamos ter consciência do destino, das coisas relativamente intangíveis do universo. O que nos une já não é mesmo humano, simplesmente.

Então, desconheço qualquer fator que nos impute à estranheza e formalidades cabíveis apenas entre desconhecidos que não seja fruto único e exclusivo de nossa diligência sobre o comportamento, a qual me esforço em repudiar quando incoerente com a vontade essencial, responsável pelo próprio inicio dessas conversas, incoerente, finalmente, com o destino e, que quando essa situação se repete, reforço, essa vontade se sente ofendida e prejudicada.

Não parece haver outra saída, era e é provável que esse período apresentasse muitas mudanças, que eu contraia relacionamentos, por exemplo, apesar de que já se passarão quatro meses assim e nada relevante tem acontecido, muito por causa nossa, por causa do descrito no ultimo texto deixado em seu e-mail e por seus artifícios que me chamam a atenção. Eu gosto assim. Como dito, vou fazer o máximo para conseguir e quando, por desventura, estiver lhe perdendo, vou procurá-la, como tentativa última desesperada, independente da situação que se encontre. Quero deixar claro ainda que se aparentar que estamos muito distantes, um de nós pode sempre se manifestar, pelos locais que conhecemos e como tem ocorrido ou de outra forma que indubitavelmente precisemos e queiramos muito, sempre, com carinho que nos é imanente e assim restabelecer a segurança de fé que nossas crenças e devaneios humanos nos tiram.

Lembrete: Nenhuma das palavras escritas que direciono para você se assemelha as características que mencionei atrás, as palavras que escrevo para você, antes de tudo, são constituintes e resultado direto da vontade do destino, da sentimentalidade permanente, ou pelo menos, se esforçam por assim bem traduzir. Sei que você sabe bem disso e eu não poderia terminar sem dizer um Eu te amo, frase que mais fielmente representa o teor e intensidade dessa conexão... Eu amo, amo, amo muito você!

O amor dispensa formalidades, dispensa a margem, ele quer usar de todo e qualquer vocabulário, de toda extensão de terra e céu, o centro e os lados.

Inserida por AZEVEDODouglas

Conexões da alma (texto – trecho)

... Às vezes temos muita certeza que estamos ajudando alguém, mas o mais comum é que estejamos sendo ajudados sem que percebamos, aquela pessoa nos torna mais humilde nos faz mais solidário, mais humano, ponderado, reaviva nossos valores morais, nossa integridade, compaixão pelo próximo e às vezes até nos direciona ao desapego pela matéria.

Inserida por luzenilda

Inicio esse texto dizendo que te amo
Não te amo apenas por amar
mais sim por te desejar
por querer você sempre ao meu lado.

Sei que as vezes pareço emburrado
Mas não é por não te amar
É por não poder contigo sempre estar
Ao teu lado sempre repousar.

Princesa, se tu soubesse de tua beleza
veria que ela é de uma grandeza
que nenhuma outra mulher no mundo tem
Porem desejariam te-la.

Ao vê-la sinto meus problemas sumirem
sinto toda a terra se elevar
esperando que você, logo venha
Logo venha me abraçar.

Não sou poeta, muito menos escritor
Nunca fui pensador ou qualquer tipo de inventor
Apenas sou um menino, que vive seguindo
Na tua direção, esperando que um dia
Teu coração ele possa conquistar

Você me ensinou um novo jeito de amar
Um jeito que não se encontra em outro lugar
encontra-se apenas dentro do seu coração
Que é o único lugar que eu quero sempre estar.

Inserida por flaviogomesdasilvajr

olhos da alma

Trecho de um texto de Clarice Lispector
"Os dois mais murmuravam que conversavam : havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos , era o amor . Amor com o que vem junto : ciume . "
O texto a seguir foi formado a partir desse trecho acima escrito de Clarice Lispector , texto feito por uma jovem de 13 para seus 14 anos
Olhos da alma

Era uma bela noite de lua cheia , em uma cidade pacata , como toda cidade de interior é , um casal de namorados , que se mostravam muito apaixonado , caminhavam e trocavam carinhos , chegam a uma praça , sentam - se num banco , e começam a conversar:

- Amor , já que você me ama , não olharia pra outra pessoa não , olharia ? Lhe pergunta a moça com jeito envergonhado .

- Sim eu olharia e não teria problema algum . Lhe responde o rapaz , olhando - a no fundo dos olhos .

- Como você pode me dizer isso nesse momento , tão lindo nessa noite tão perfeita , você ainda consegue me dizer isso olhando nos meus olhos , depois de todas as declarações que fizemos um ao outro . Lhe disse a moça com tristeza nos olhos e face baixa .

- Sim amor , posso olhar pra qualquer uma e não haverá problema , e sabe por que ? É porque as outras eu olho com os olhos e você eu olho com o coração por isso não haverá problema se eu olhar pra alguém . Responde o rapaz com um sorriso no rosto e segurando a face a moça com delicadeza .

Os dois se levantam , ela o abraça e lhe dar um beijo , eles saem abraçados e mais apaixonados do que quando chegaram.

Inserida por aninha32

25 de agosto
Sem direção(texto escrito Quatro anos atrás)
Perdida na solidão que eu mesma criei,

me encontro e caminho triste e só.

Me olho e não me vejo…..

Me busco e não me encontro……

já não sou nem a sombra do que fui…

O reflexo distorcido no espelho me estranha……

Pois é tudo o que eu não quis ser….

Não sou feliz, nem infeliz….

Me encontro no meio termo, dos sem opção que só seguem, sem saber onde ir…..

Que só vivem, cada dia como eles vem, sem rumo,sem prumo, sem direção….

Inserida por barbelavania

A ESPADA E A HARPA

(texto extraído do livro: "WE" - Robert A. Johnson)

Duas coisas são necessárias à um herói: uma espada e uma harpa.
A espada simboliza o uso drástico e agressivo do poder
masculino. Com ela o herói enfrenta o mundo
agressivamente, assume o controle da situação,
posiciona-se firmemente e derrota o adversário.
Mentalmente, a espada é o intelecto discriminador que
divide e analisa. Em sentido figurado, ela "corta" em
pedaços os problemas e as idéias para compreendê-los;
é a faculdade lógica e crítica da mente.
Todos nós necessitamos do poder da espada. Existem
ocasiões em que precisamos ser lógicos e analíticos.
Às vezes precisamos nos posicionar com firmeza.
Mas também existem ocasiões em que nem a lógica
nem a
força nos podem ajudar; é então que precisamos
recorrer à harpa. Com o poder da harpa, construímos
relacionamentos, demonstrando sentimento e amor.
A harpa representa o poder de desenvolver um senso de
valores, de afirmar o que é bom e verdadeiro, de
apreciar o belo. A harpa permite que o herói coloque a
espada a serviço de um ideal nobre.
Para ser completo, o herói necessita ter esses dois
instrumentos. Pois sem a espada, a harpa se torna
ineficaz; e sem a harpa, a espada fica reduzida à
força bruta e egoísta.
A espada não é capaz de construir relacionamentos. Ela
não pode resolver problemas, não pode unir as coisas;
ela só consegue rasgar.
Se você quiser "juntar os pedaços" e construir um bom
relacionamento, então vai precisar aprender a usar a
linguagem da harpa. Você precisa dar segurança às
outras pessoas,
expressar seu amor, seus sentimentos e
sua dedicação.
Esta é uma lei absoluta: "A espada fere e separa; a
harpa une e cicatriza".

Inserida por sereiarainha

Não! O texto (*) não é de Fernando Pessoa.
Subtítulo: A Brigada do Realejo.

A internet, soberana e autónoma, de escrita desejavelmente viva, tem – devido à comezinha coabitação das suas virtudes e dos seus defeitos – a importância de uma Maria deslavada e sem pudor, se não nos precavermos das suas bengaladas.

No passado sábado, já de madrugada, sou confrontado pelo meu amigo Bill – logo eu, que tenho mais alma de aluno que de professor –, questionando-me do lado de lá do atlântico sobre a possibilidade de um determinado texto, que anda por aí a passeio como sendo de Fernando Pessoa, não o ser.
Ele não acreditava que fosse, mas, ainda assim, um pequeno resíduo de dúvida persistia, assim, era necessário descobrir o seu autor ou ter a certeza por intermédio de fonte idónea, não ser de Pessoa.

O problema desde logo mereceu a minha melhor mas não inocente atenção, e começou a azucrinar-me a cabeça. Acontece, que não era dia das mentiras e a minha indissociável memória pulsava com a lembrança de há cerca de um ano por altura do Natal, ter tomado contacto com o referido texto e piamente acreditado ser de Pessoa, mais, com a santa ingenuidade empurrada pela senhora ignorância, até o tinha divulgado.
Assim, assumindo a instrumentalização – inocente sem dúvida – de que fora alvo e a minha parte de culpa na sua divulgação, domingo de manhã, lancei-me com genica na voraz tarefa de o descobrir, pondo à prova a minha pequena biblioteca de Pessoa que conta com uma dúzia de títulos, e népias, nem cheiro ou vestígio por menor que fosse do texto.

Muito bem… pensei, temos de descobrir qualquer coisa, a resposta terá de nos cair no regaço

Com a missão definida, qual Indiana Jones, sem cinto e em trânsito pelas estradas da informação, lá vamos descortinando de boteco em boteco, que a legião de ingénuos vai engrossando, este, o tal texto, consta por aí em dezenas de blogs, inclusive, num caso, como FrontPage de uma firma on-line. Do mal, o menos, afinal e como costumo dizer, um tolo nunca está só e a paliativa solidariedade destas coisas, sabe bem à brava.

Bem… nesta aliança luso-brasileira, iniciámos uma bem intencionada cruzada e, ao mesmo tempo, que com despudor recorríamos a amigos, enviámos e-mail para o blog “mundopessoa” da “Casa Fernando Pessoa” a pedir ajuda. No dia seguinte, pela nossa leitura da pronta resposta recebida e que logo agradecemos, sabíamos que este era desconhecido por responsáveis daquela nobre e distinta Casa. Estávamos portanto, perante um texto apócrifo com todas as letras e uma condenável injustiça póstuma.

Entretanto, o Bill continuava as investigações e, qual Sherlock de sede infrene, viria a descobrir a autoria da última frase do texto, que posteriormente teria sido apensa ao texto inicial, e também, a suposta autoria do resto do texto tresmalhado, que será de Augusto Cury, autor de Dez Leis para Ser Feliz, editado no Brasil.

A coisa ganhava contornos de uma hilariante overdose informativa, o autor da última frase estava descoberto: era “Nemo Nox” autor do blog “Por um Punhado de Pixels“. O próprio, tinha sido inquirido sobre a autoria do texto, e afirmava explicitamente que não era dele, confirmando no entanto, ser o autor da última frase que tinha publicado no seu blog a 2 de Janeiro de 2003, o que, confirmámos.
Na posse destes dados, atacamos as comunidades do Orkut, tanto de Fernando Pessoa, como de Augusto Cury, para autenticarem o texto e, dos muitos contactos feitos, recebemos até agora, sete respostas: quatro afirmam que o texto é de Augusto Cury, uma que desconhece o autor, uma que desconhece ser de Fernando Pessoa e finalmente, uma que diz ser de Fernando Pessoa.

Esta última, que provoca a troca de várias mensagens, não esclareceu em definitivo o busílis, visto que, o seu autor que na primeira resposta garantia que o texto era de Pessoa e que, até o tinha lido em LIVROS, não se manteve posteriormente tão categórico, quando confrontado com o desconhecimento que responsáveis idóneos da Casa Fernando Pessoa, tinham do texto.

Perante esta última resposta, tornava-se imprescindível – para além dos testemunhos que já tínhamos e da certeza de não ser de Pessoa –, visualizar o texto: Sherlock Bill, entra em contacto com um seu amigo livreiro que promete ter o livro de Cury na manhã seguinte. E, lá está, preto no branco, mas não se trata de um texto, trata-se de uma compilação de várias frases dispostas no final do livro, em que, a principal, como o Bill me informou, é a que inicia o texto e está na página 115 – 2º parágrafo.

Compreender não é aceitar e, por isso, retiramos daqui conclusões nada abonatórias sobre o funcionamento e a liberdade de publicação em geral, mas também, a desafiadora convicção que esperamos não seja efémera, de termos que correr atrás do prejuízo, tendo o cuidado de validar de forma mais agressiva o que publicamos e não aceitar-mos com a desmedida tolerância dos cábulas tudo o que nos chega, já que, pelo meio, podem vir as bengaladas.

O texto em questão é este:
(*)

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.”

Augusto Cury
Dez leis para ser feliz da Editora Sextante.
Ano 2003

E esta, a frase que lhe foi apensa posteriormente:

“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

Nemo Nox
Por um Punhado de Pixels.

Fonte: http://www.pessoa.art.br/?p=98

Inserida por acvcouto

Só restam saudades

Certa vez te enviei um texto que dizia:
Quero ser teu amigo nem de mais nem de menos...
Hoje gostaria que tudo fosse como naqueles dias.
O tempo passou, e hoje não sei se somos grandes amigos ou pequenos.


Não sei onde errei pra tudo ficar como está.
Será que fui amigo de menos? Como saberei!
Ou fui amigo de mais ao ponto de te sufocar?
Com esta duvida, receio que ficarei.

Tuas palavras me davam prazer
Hoje, quando estamos pertos
Ainda assim me sinto tão longe de você.
A amizade, pelo tempo ficou encoberto.

Lembro daquelas noites belas
Onde conversávamos nas tranqüilas noites de lua,
Hoje só resta saudade das noites belas
E sinto falta da amizade tua.

Já não sei mais o que escrever
Todos os momentos foram de felicidade
Sinto uma imensa falta de você
E uma grande saudade da nossa amizade.

A lembrança me vem ao pensamento
Lembranças de uma bela amizade.
E o que restou daqueles momentos
Daquelas belas noites de felicidades?
“Só restam saudades”

Inserida por marcelogs

Eu texto
Fez-se necessário escrever, assim como, desabafar.
O desafio de um início a cada texto, rompe o estímulo de fazê-lo. Eu não sou um fracassado, não ainda. No fundo, eu gosto de viver nesta ilusão, é bom sentir-se escrito, descrito, lido. Imagino-me como um texto. Um texto contraditório, metafórico e crônico.
É bom ser revivido a cada novo olhar, a cada nova leitura. É bom fazer com que meus ‘trechos’ façam crescer nos ‘leitores de mim’ algum tipo de emoção. Seja felicidade, rancor, prazer… O importante é não deixar de ser lido, percebido.
Mas, como todo texto, aos olhos de quem o faz, nunca está totalmente pronto, assim também não estou. Ainda estou frio, não estou preparado pra ser lido por grandes mentes, contento-me em ser lido pelos que gostam da forma em que fui escrito e se contentam também (ou não) em realizar esta leitura neutra do que sou.
Sinto que em mim, como pessoa, ainda falta a coerência que há em mim como texto. Não consigo sequenciar ações da mesma forma das palavras. Então é preferível ser texto e arriscar-se a ser rascado, rabiscado, esquecido. Então é preferível ser texto e arriscar-se a ser lido, útil, agradável. Então é preferível ser texto, ainda que sem conclusão, como sou e me apresento.

Inserida por williamluz

Um texto clichê

Ah! Como estou farto destes clichês!
É assim todo mês
Estou cansado da mesmice
Parece até insensatez

Por que sempre no final o herói mata o vilão?
Pra que instigar-se entre a "razão e a emoção"?

Daquela casa onde ninguém podia fazer pipi
Jargões que circulam do "Oiapoque ao Chuí"

Dos clichês da hiprocrisia,
da campanha eleitoral
Da promessa de que tudo irá mudar
Chega! Isso é banal

Porém, existem clichês essenciais
Aqueles que não devemos esquecer jamais
Estes temos que repetir todos os dias
Eu te amo cada vez mais.

Inserida por guiserafim

Acabei de ler um texto num site de uma escritora que gosto muito... Ele me fez lembrar de você, sabia?
Do seu sorriso torto que de um modo louco fazia o meu coração bater disparado só faltando saltar pela boca. Foi como se eu pudesse te ver sorrindo, mesmo que sarcasticamente zombando de mim por eu ser tão piegas, por eu demonstrar tanto o meu amor por você de um modo que todos soubessem. Era só observarem a fisionomia do meu rosto, quando você estava por perto, para que se dessem conta de que eu estava te amando...
Será que ficamos tão tolos quando estamos apaixonados? Com que cara ficamos? Cara de palhaço, pateta? Ou seria débil-mentais?

Inserida por Subentendida

O que posso dizer?
Antigamente, no nosso mundo, essa frase virava uma canção, esse texto nem seria eu a escrever, as histórias não eram inventadas por mim e a gente nem estaria aqui se despedindo, pois jamais haveria espaço pra você em minha vida...
Mas o encanto, as promessas, tudo se perdeu, e o espelho se quebrou em tantos pedaços quanto o meu coração...
Ouço uma melodia ao fundo e de repente percebo que ela vem do meu violão...
No papel, acordes escritos só por mim e a letra com palavras tão estranhas que agora saem da minha boca...
A capa do álbum agora só traz minha foto e a tiara de quem um dia foi rainha está caída no chão...
Entre meus dedos está a palheta e o microfone em frente aos meus lábios e só depende de mim que as notas quebrem o silêncio...
Então eu repito as mesmas palavras de sempre: "...o que posso dizer?"
Que sinto falta de ter você ao meu lado?
Que sinto medo sem você?
Que teu abraço faz eu me sentir segura?
Eu pareço forte pra quem olha de longe, mas pra isso eu preciso de alguém que segure a minha mão;
Subir num palco sozinha é praticamente impossível;
Acreditar em mim é algo que eu deixo para aqueles que me amam;
E eu preciso estar ali de mãos dadas com alguém que eu confie, pra subir no tablado de cabeça erguida, pra que naquele momento só exista nós e a platéia;
Pra esquecer as críticas e opiniões das pessoas que querem que eu desista, que eu não esteja ali;
Preciso de alguém que reafirme meu sonho e que de sentido a isso, pra que esta não seja mais uma história de alguém egoísta;
No fundo, as pessoas que mais ajudam a todos são as que mais precisam ser ajudadas não são?!
Ter alguém ao meu lado é como ter o ar que eu respiro, é o que me faz viver, é o que mantém meu sonho vivo.
Como controlar a ansiedade de subir num palco sozinha?
Talvez nos dias bons, mas e nos ruins?
E mesmo assim, quem abraçar, com quem comemorar os bons momentos?
Eu não aprendi a viver sozinha, ou melhor nesse tempo todo a única coisa que aprendi é que ninguém vive sozinho;
Como subir no palco, ganhar prêmios sem alguém pra me abraçar, pra comemorar comigo?
E esse alguém nem precisa ser você...
Basta que seja alguém que eu confie...
Alguém pra quem eu seja capaz de entregar a minha vida, pois isso é a minha vida...
Pois sou incompleta longe de um palco, e foi você que me fez perceber isso...
Você me fez estar ali, prestes a subir no tablado de novo, e fez daqueles poucos segundos inesquecíveis...
Você fez com que eu não sentisse medo quando estava sem chão...
Você me segurou nos braços e tuas asas não me deixaram cair...
Agora estou de pé, ainda meio surpresa por ter sobrevivido...
As palavras acabam aqui...
Queria meus sonhos de novo...
Queria sentir de novo a emoção de estar prestes a subir num palco...
Queria poder dizer amanhã que tudo melhorou e que somos felizes...
Não necessariamente juntos...
Apenas felizes...

Inserida por naineoliveira

O texto usado precisa ser olhado dentro do contexto que começa afirmando: "Somente deveis portar-vos DIGNAMENTE conforme o EVANGELHO de Cristo..." - Filipenses 1 :27. Não podemos utilizar a humildade para escondermos coisas que contrariam princípios estabelecidos nas Escrituras. A exortação de Paulo é clara quando recomenda um comportamento digno fundamentado nos Evangelhos o que tem sido um peso para muitos hoje, afinal aceitar como práticas que violam o culto e a relação de intimidade do homem com Deus tornou-se uma prática comum hoje e quando alguém critica logo vem a idéia de que este está querendo ser melhor que os demais. A coisa não é bem assim, precisamos tem coragem para apontarmos os erros sim, afinal o evangelho a cada dia está sendo ridicularizado, sendo usado para fins comerciais enquanto milhões estão sendo enganados por uma religiosidade vazia e sem compromisso com Deus.
O evangelho precisa ser respeitado, precisa voltar as origens e resgatar a sua credibilidade, do contrário "...Tudo que é honesto, tudo que é verdadeiro, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama...” - Filipenses 4:8 - será deixado de lado dando lugar a uma religiosidade formalista voltada para o materialismo e a satisfação das necessidade do corpo e não da alma.
A questão é que quando a razão é evidente não há como contestá-la ou abandoná-la, até porque seria omissão e ela por si só é pecado. Os fracos escondem-se ou recusam-se a manifestar as suas posições, muitos por comodidade outros por falta de firmeza nos argumentos. Não acreditar que somos o melhor, é ver que o melhor está sendo distorcido - no caso da religião - para atender a interesses que não contribuem para o fortalecimento do Reino de Deus.
Criticar, quando envolve questões de fé, em hipótese alguma significa se impor como maioral, sabichão ou como superior, antes demonstra coragem já que o que está em jogo envolve a coisa mais preciosa para Deus, a alma do cidadão.
Parece, pelos rumos que o cristianismo tomou, que ninguém pode mais fazer qualquer crítica a comportamentos distorcidos, a práticas não recomendadas ou a regras institucionais religiosas, pois estaria querendo se sobrepõem sobre os demais mesmo que tais situações estejam comprometendo a verdade imutável registrada na Bíblia Sagrada.
O texto trata da humildade, mas não proíbe ou faz qualquer alusão a não fazermos críticas contra atos que fujam do estabelecido nos ensinos apostólicos. Se não há um comportamento digno, se não há respeito ao evangelho, se não há fidelidade no que é pregado é obvio que alguém precise levantar a voz e questionar os interesses e os objetivos de quem assim comporta. O contexto nos recomenda que: “Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem ESCÂNDALO algum...- Filipenses 1:10. Se há comportamento que evidencia escândalo obviamente que alguém irá condenar o que não significa superioridade, mas responsabilidade.


Carlos Roberto Martins de Souza
crms2casa@otmail.com

Inserida por Criativa

Quem sou eu 2

Pense na minha vida como um texto. Eu sou a décima sexta palavra.
Esse texto ainda está sendo escrito e eu estou à mercê da vontade do artista de me trocar, de me impor vírgulas, de me separar com hífen, de me dar ênfase com dois pontos e de me apagar se ele quiser. Agora pense, será que vale a pena estar à mercê do que alguém quer para você? Viva. Torne-se o autor do seu próprio texto. (Anne Caroline Barbosa)

Inserida por carolbarbosa

TEXTO EMBARALHADO

Não deixe de ler.
De aorcdo com uma peqsiusa
de uma uinrvesriddae ignlsea,
não ipomtra em qaul odrem as
Lteras de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia Lteras etejasm
no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma bçguana ttaol, que vcoê
anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.

Inserida por BrunoSilvaMendes

SOBRE SONS E ATOS.

Ah, não comece a ler esse texto como você costuma ler os outros, porque eu não quero falar sobre exatamente nada, mas ao mesmo tempo sinto a necessidade de por as letrinhas aqui e formar algumas palavras, algumas frases ou até mesmo versos. Quem sabe? Então por favor, leia como quem nunca leu. Leia como quem nunca me leu. Não espere muito de mim aqui porque eu já fui muito mais e isso pode gerar uma decepção enorme e você sabe que só se decepcionam aqueles que criam expectativas e talvez por aqui você conheça as historias nas quais eu sempre coloquei minha mão no fogo, mas por enquanto só continue lendo mesmo, da forma como lhe pedir e porque nesse engodo todo já passamos pelo primeiro parágrafo.

Gosto quando sinto aqueles impulsos que me trazem de qualquer forma para essa cadeira e me fazem esquecer tudo o que não tenha relação com essa tela de luz forte, que na madrugada, forçada pelos impulsos quase me cega. Gosto até quando sinto que algo vai acontecer ou quando ele já esteve bem próximo. – Não se confunda. Não estou selecionando nada para por aqui, apenas deixo os meus dedos serem conduzidos pelos efeitos e energia que a minha mente produz.

Ultimamente eu vivi muita coisa absurda. A-B-S-U-R-D-A. Com todas as letras. Coloco os meus fones e aperto o play porque assim flui, entende? Muitas pessoas escrevem assim, a minha concentração é bem maior. Talvez seja exatamente coisa de quem escreve, mas não me atrevo a ler e ouvir musica ao mesmo tempo. Não mesmo. Não tenho todo esse poder ainda, porque o que não há em outras pessoas, há em mim e isso eu ainda não posso comandar. Não quero ouvir uma musica que vá me fazer chorar agora, não preciso disso. Estou em um momento bom e assim quero permanecer. Eu quero é viajar em uma letra que conceda isso.

Já ouviu C O O L – Le Youth? Ouvi hoje de manhã, pela primeira vez. Gosto de musicas que me fazem pensar que já as conheço há séculos e esse tipo de musica não me desfaço nunca. Música para mim é como paixão ao primeiro toque, mas tem que ser boa. Ai você se pergunta como eu vou saber se nem ao menos vi a letra. Apenas sei, não tem explicação. E pra que mesmo? Já parou para pensar que o amor não possui uma? Não se dê o trabalho de explicar, pois cada um sente uma coisa diferente e isso é obvio. Porém muita gente ainda não entende que o ser humano não é somente a sua aparência e suas regras, mas a gente sente, sente o tempo todo e isso pode ser com qualquer pessoa. Agora você poderia se apaixonar por mim, mas a gente não escolhe por quem ou com quem isso pode acontecer por isso não há explicação.

Já pensou em viver duas histórias totalmente irreais? Sei que você tem a sua vidinha e que não se importa com mais ninguém, mas eu sempre falo quando acho necessário. Mas o que você tem a ver com isso mesmo? Não me lembro. Não me lembro de quase nada, igualzinho ao dia em que, quando criança fui mexer onde não podia e acabei com uma telha por cima da cabeça. Mas isso não é só coisa de criança. Isso é coisa de gente. Gente que não aprende que mexer no desconhecido muitas vezes machuca e que cutucar onça com vara curta é perigoso, só que gente parece gostar de perigo, porque gente ama. E você quer perigo maior? Um, dois, três amores. Isso é caso de vida ou morte. – Chama a SAMU, por favor! É perigo demais meu querido e eu espero que você suporte as consequências.

Eu sou uma louca mesmo, afinal do que eu estou falando? Por que se eu não sou, ainda vou ficar. 640 caracteres de quase nada. Veja o que a musica diz: “Ela sabe o que penso e o que eu penso sobre um amor, duas bocas. Um amor, uma casa, sem camisa, sem blusa. Apenas nós, você vai descobrir. Nada que eu realmente queira te contar.” E agora você entende porque não é fácil? – O que não é fácil? Ler um livro e ouvir musica ao mesmo tempo, três amores ou amar duas historias que não lhe pertencem? Oh cérebro, por favor, não me confunda eu quero acompanhar o seu raciocínio e os meus leitores também – Se isso fosse para um plural, maybe darling ¹

(Mas quanta audácia coração)

Coração: – Quem disse que elas não são suas?
Cérebro: – Elas? De quem você fala?
Coração: – Todas as historias. Elas lhe pertencem, pois é você que dá vida a elas e não há mais ninguém com tamanha coragem. Isso é tão absurdo.
Cérebro: – Você entende por quê?
Coração: – Não. Eu apenas sinto tudo o que você produz.

Entenda por que repito tantas vezes a palavra “talvez”: A gente que é gente quase não tem certeza e vive sempre fazendo tolices por ai e por achar que tem certeza de absolutamente tudo, mas é fato que não temos. Não tenho certeza nem da razão pela qual estou escrevendo isso, assim como você não tem pela qual está lendo.

Se eu tivesse que escolher qualquer coisa agora, escolheria cantar para você e talvez minha voz soasse mais bonita. Que musica gostaria de ouvir agora? Oh, esqueci que tomei muito refri com gelo na semana passada e até hoje estou gripada. Desculpe-me. Como eu ia lhe dizendo lá no comecinho de tudo, que tudo iria ser diferente, e você o que achou? Espero que não tenha se perdido no meu caos, porque eu me perdi no seu há muito tempo e se você não estiver por aí para me salvar, é o fim. Minha mãe sempre me disse que não existem super heróis. Nunca me convenci disso e todas as noites criava historias sobre ser uma jovem com poderes magníficos que poderia conquistar o mundo e proteger todas as pessoas ao seu redor. Mas na verdade minha mãe tinha razão, só na parte de ser um super herói, porque eu percebi que não era necessário ter poderes ultra, mega, super, hiper especial. Eu só precisava parar de esconder a força o meu verdadeiro eu e arranjar um amor, mesmo que ele se tornasse mal resolvido mais tarde. Talvez isso provasse alguma coisa, mas até hoje eu continuo parada no mal resolvido, mas já conquistei muita coisa, com o efeito, que todo esse mal causa. É tão vivo que matar é uma de suas especialidades.

Eu queria que toda sociedade pudesse ouvir a musica que eu pus para tocar. Eu imaginei todos eles dançando e sentindo a melodia que sabe que pode torna-los frios. Sem ter que se preocupar ou se incomodar com vida de ninguém e por três minutos e trinta e dois segundos seriam só nós, meu bem. Mas a gente poderia usar um pouquinho de maldade, apertar o replay e se perder. E quando estivéssemos enjoados, porque você foi o primeiro a dizer que não se apega a ninguém, nós voltaríamos para nossa vidinha pacata, sem riscos, sem explosões, sem perda de memória, sem poderes especiais, e com mais uma história para dar continuidade mentalmente. É uma pena você não saber lidar com as suas historias, mas se você quiser viver uma nova com a velha figurinha, a gente pode fazer tudo de novo. Você sabe onde me encontrar. Sempre soube. Nós podemos parar a sociedade e viver um absurdo por quanto tempo houver fogo, até ceder todas as paredes desse mundo dando livre acesso a nossa passagem, sempre no ritmo da musica em que pus para tocar. Esquece tudo o que eu falei lá em cima sobre correr perigo amando e vamos correr o mundo, e enquanto eles dançam, nós somos nós de verdade.

¹ tradução: talvez querido

Inserida por jaquelinevieira