Coleção pessoal de acvcouto

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A medida do amor é amar sem medida.

Ser feliz é saber aproveitar as coisas simples da vida no momento em que elas acontecem: um pôr de sol, um vento no rosto, o cheiro de terra depois da chuva, o barulho do mar, o canto de um pássaro, o frescor da chuva depois um dia abafado, o abraço de um amigo, o beijo de quem tanto amamos, a companhia de quem é importante para nós, independentemente de onde estejamos...

Quem vive as coisas simples da vida compreende que é preciso realmente muito pouco para nos fazer felizes, embora teimemos em complicar as coisas.

A verdadeira felicidade vem da sabedoria que nos ensina a saborear o que vida tem de melhor e mais simples: o que é belo aos olhos e quente ao coração...

“Certo dia, conversando com um amigo, perguntei-lhe:
- Se pudesse voltar ao passado, o que mudaria em sua vida?
Após pensar por alguns segundos, ele olhou-me e deu-me uma resposta que me surpreendeu:
- Nada.
- Como assim: “nada”? – questionei-o, espantado – Você não lastima os erros que cometeu, não gostaria de ter evitado situações e pessoas que o fizeram sofrer?
- Com certeza – disse-me ele – eu gostaria de ter cometido menos erros e houve muitas situações que, se evitadas, teriam me poupado muitos sofrimentos, mas, mesmo que pudesse, eu não mudaria nada.
Diante de minha perplexidade, ele continuou:
- Pode parecer loucura, mas o fato é que, embora eu tenha passado por muitas dificuldades e situações problemáticas na vida, tenho consciência de que tudo o que sou hoje devo aos fatos, situações e pessoas que fizeram parte da minha história, tanto em momentos bons quanto em ruins. Foi devido a tudo quanto enfrentei e vivi até hoje que me tornei a pessoa que sou. E, sinceramente, - revelou-me ele – eu gosto da pessoa que vejo quando me olho no espelho, apesar de não ser perfeito e de ter muitíssimo ainda o que aprender e melhorar.
- Mas fico pensando – iniciei – se talvez não tivéssemos nos tornado pessoas melhores se pudéssemos voltar atrás e evitar certos erros que cometemos.
- Talvez – disse-me ele. Mas é um risco que eu não gostaria de correr. Um só fato que mudamos em nossa história pode alterar completamente nossa trajetória de vida, tanto para melhor quanto para pior. Com certeza há muitos erros que cometi e que me trouxeram conseqüências que eu preferiria ter evitado, mas como saberia eu que conseqüências seriam essas se eu não as tivesse experimentado? Como saberia eu que tal atitude ou escolha seria um erro se não a tivesse tomado? Muitos dos erros que hoje lamentamos só se caracterizaram como erros em nossa mente e em nossa memória justamente porque os cometemos. Se não o tivéssemos feito, não teríamos aprendido a lição.
- É certo que não precisamos cometer todos os erros – continuou ele – para comprovarmos quanto são prejudiciais. Temos de cultivar a sabedoria de observar os erros cometidos pelos outros e aprender com eles sem necessitarmos comete-los nós mesmos. Contudo, há situações que muitas vezes não enxergamos ou das quais não temos conhecimento até que passemos por elas. A questão não é rebelarmo-nos contra as intempéries da vida, mas aprendermos com elas. Não somos infelizes quando passamos por dificuldades, mas quando não aprendemos nada com isso; quando insistimos em colocar a razão de nossos infortúnios em fatos externos e no destino, e não em nossa maneira de agir; quando não usamos os obstáculos para analisar a forma como estão estamos levando a vida. Com relação a isso, hoje eu consigo perceber que me tornei uma pessoa muito mais madura que antes, mesmo tendo muito o que aprender pela frente. Mas sei que a pessoa que me tornei hoje deve-se a tudo o que passei em minha história. Se eu mudasse qualquer coisa em meu passado, talvez evitasse alguns sofrimentos, mas provavelmente me faria chegar a ser hoje uma pessoa totalmente diferente, alguém de quem, talvez, eu não gostaria de ser...
Naquele dia eu despedi-me de meu amigo em estado de reflexão. Aprendi muito mais naquela simples conversa informal que em muitos seminários a que tinha assistido. Eu nunca havia encarado a vida por aquele ângulo, nunca havia parado para pensar que, se passássemos menos tempo lastimando os percalços da vida e usássemos esse tempo para aceitar a realidade como ela é e refletir sobre o modo como estamos reagindo a ela, seríamos pessoas muito mais maduras, tranqüilas e felizes. Naquele dia eu questionei meu amigo sobre as frustrações da vida, mas ele me ensinou sobre sabedoria”.

O Paradoxo do Nosso Tempo

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.

Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas".

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

Julgamentos precipitados

Um dia eu estava conversando com amigos numa sorveteria, quando uma mulher com quatro crianças entrou na loja. As crianças fizeram uma algazarra, gritando, berrando e provocando uma confusão generalizada. O que mais me chocou foi ver a mãe completamente alheia à perturbação que os filhos estavam causando. Por fim, não consegui me conter. Levantei-me, fui até onde ela estava sentada e falei: “A senhora não acha que deveria pelo menos tentar controlar seus filhos?” Ela ergueu os olhos esgazeados para mim, depois olhou para as crianças e disse: “Me desculpe. Acabamos de sair do hospital. Meu marido morreu uma hora atrás e eu trouxe as crianças aqui porque não sabia o que fazer.”

Como você acha que eu me senti? Somos muito rápidos para julgar pessoas e situações. E nós as julgamos a partir de nosso ponto de vista, com base na nossa experiência de vida. Tudo parece diferente dependendo do prisma pelo qual se está olhando.

É fácil criar o hábito de julgar. Um diálogo interno baseado em julgamentos não cria nada, a não ser inquietação e insatisfação. Um diálogo externo baseado em julgamentos destrói a comunicação honesta e aberta, porque ninguém quer ficar vulnerável diante de alguém que está sempre julgando.

Durante as próximas 24 horas, tente não julgar ninguém nem qualquer situação. Dê às pessoas o benefício da dúvida. Procure ver a situação do ponto de vista delas. Pratique o não-julgamento, ele incentiva a comunicação aberta e honesta, e gera intimidade.

O julgamento é um dos venenos mais capazes de matar os relacionamentos. Comece cada dia com a afirmação “Eu hoje não vou julgar nada nem ninguém”. Quando tentei fazer esse exercício pela primeira vez, fiquei atônito e encabulado com a quantidade de julgamentos que surgem na minha mente ao longo do dia. Se você é assim, repita a cada hora, sem exceção: “Durante a próxima hora, não vou julgar nada nem ninguém”. O caminho para a intimidade está completamente fechado para quem não se dispuser ao não-julgamento.

Do livro “Os sete níveis da intimidade”

Se não estivermos dispostos a superar o medo da rejeição, sempre nos sentiremos sós. [...] Por não querermos assumir os riscos da intimidade, tentamos preencher o vazio criado pela falta dela em nossas vidas. Daí nascem os vícios. Se não alimentarmos de forma saudável o poço sem fundo criado pela ausência de intimidade, acabamos alimentando-o de formas autodestrutivas.

Alguns tentam preencher o vazio com álcool; uns com compras; outros com drogas. Muitos irão preenchê-lo com uma série interminável de relacionamentos fúteis e de curta duração, e um número cada vez maior de pessoas tenta preencher o vazio com experiências sexuais. O resultado é um vazio cada vez maior. Todos esses vícios são apenas tentativas pouco saudáveis de preencher o vazio criado pela falta da intimidade verdadeira.

Os vícios são, portanto, alguns dos mais poderosos enganos que podemos vivenciar. Os vícios nos desconectam da realidade. Então, por que nos atraem com tanta força? Por uma razão incrivelmente simples: eles mudam o modo como pensamos sobre nós mesmos. Enquanto a intimidade nos leva à partilha com os outros, os vícios nos empurram cada vez mais em direção à solidão de nossos mundos imaginários. Eles mantém viva a ilusão de que somos o centro do universo.

A intimidade genuína nos liberta da solidão, mas, quando fugimos da intimidade, muitas vezes acabamos escravizados pelos vícios

Do livro "Os Sete Níveis da Intimidade"

A Arte da Correção

Certo dia eu andava com meu irmão Mark pelo supermercado em que ele era gerente. Ao passar por um dos corredores, vimos um adolescente que repunha mercadorias em uma prateleira. Meu irmão parou, olhou para ele, depois virou-se para mim e disse: “Me dá licença um instante, Matthew. Será que você poderia me esperar no final do corredor?”

Enquanto eu me afastava, ouvi Mark dizer ao rapaz, de forma tranqüila, que ele não estava enchendo corretamente a prateleira. Meu irmão se ajoelhou no chão do corredor, esvaziou a prateleira e demonstrou como enche-la corretamente. O tempo todo dizia coisas como “Não se preocupe, sei que você está começando”e “Um dia alguém também precisou me mostrar como fazer isso”. Depois, Mark pediu ao rapaz para encher a outra metade do espaço da forma como ele havia acabado de ensinar. Antes de nos afastarmos, meu irmão perguntou ainda ao adolescente como ele estava se saindo na escola, que time ele achava que iria ganhar o campeonato de futebol daquele ano e como estava sua família.

Aprendi uma poderosa lição naquele dia. Mark é um mestre para lidar com pessoas; sua paciência é rara e extremamente preciosa. A observação que ele fez ao rapaz não foi um julgamento, nem pareceu uma crítica. Ele poderia ter simplesmente passado dizendo “Isto está péssimo!” ou “Você é ignorante? Está fazendo tudo errado!”. Teria sido extremamente destrutivo; Mark decidiu estimular o funcionário a fazer melhor, em vez de humilha-lo. Precisou desmontar uma parte do trabalho, mas não precisou desconcertar o rapaz.

Existe, pois, uma diferença entre correção e crítica. Mark decidiu corrigir seu funcionário de uma forma instrutiva, lembrando-lhe que todos nós precisamos que alguém nos ensine como fazer. E me pediu para esperar a uma certa distância porque “nunca se deve corrigir um empregado na frente de outra pessoa, pois isso fere a sua auto-estima”. Mark usou a correção para estabelecer um vínculo com seu empregado, interessando-se por aspectos da vida dele.

A arte de corrigir as pessoas sem criar batalha de egos é uma ferramenta valiosíssima nos relacionamentos.

Do livro “Os sete níveis da intimidade”

Fico abismado quando vejo como as pessoas escolhem suas prioridades. Para a grande maioria, o carro é mais importante que a casa; a casa é mais importante que a família; a família é mais importante que Deus e, geralmente, a carreira e o trabalho são mais importantes que tudo, inclusive que a própria saúde.

Contudo, é preciso que se saiba que a vida não é sobre quantos carros você tem, o tamanho da sua casa, a amplitude do seu patrimônio ou o cargo que ocupa na empresa. O grande tema da vida é o amor. É quem você ama e quem magoou. É como você ama e magoa as pessoas próximas a você.

Abrace o mistério

Temos horror da incerteza e desperdiçamos quantidades enormes de tempo e energia tentando criar a ilusão de segurança, de controlar o incontrolável. Amaldiçoamos o inesperado, porque ele atrapalha nossos planos, e não nos damos conta de que, com freqüência, ele traz consigo justamente o desafio de que precisamos naquele momento para mudar e evoluir.

Da mesma forma, não temos paciência com o mistério. Se não podemos resolver ou provar alguma coisa, nós a ignoramos ou a desacreditamos, como se assim aquilo deixasse de ser real.

Contudo, “a vida não é um problema para ser resolvido, é um mistério para ser vivido”, como escreveu Kierkegaard. Todas as pessoas e as verdades que nos rodeiam são mistérios a serem simplesmente aceitos, incentivados, vivenciados e desfrutados. O mesmo acontece com os relacionamentos.

Os melhores participantes do mistério que chamamos “relacionamento” parecem ser as pessoas que não precisam entender tudo, que não estão querendo provar nada, apenas conhecer. São as pessoas humildes o suficiente para aceitar quando estão erradas, que não têm interesses disfarçados, que não têm pressa, que não se vangloriam quando as coisas dão certo nem transferem a culpa quando dão errado. Essas são as almas raras que conseguem manter os braços bem abertos e abraçar plenamente o mistério da vida, o mistério de amar e alegria de serem amadas.

É assim que uma árvore com raízes fortes é capaz de resistir a qualquer tempestade. Comece hoje a reforçar as raízes de seus relacionamentos. Gratidão, respeito e disciplina são três poderosas maneiras de firma-los e alimenta-los. Mas lembre-se também que mesmo as árvores mais fortes balançam quando o vento sopra. Preveja as inevitáveis incertezas, encontre lições no inesperado. As crises vêm para ajudar você em sua busca de crescimento.

Do livro: “Os sete níveis da intimidade”

Dentro de cada um de nós existe uma história que precisa ser contada. Intimidade, pois, significa compartilhar nossa história. Isso nos ajuda a lembrar quem realmente somos, de onde viemos e o que é mais importante em nossa vida. Compartilhar nossa história nos mantém sãos.

do livro "Os Sete Níveis da Intimidade"

Não! O texto (*) não é de Fernando Pessoa.
Subtítulo: A Brigada do Realejo.

A internet, soberana e autónoma, de escrita desejavelmente viva, tem – devido à comezinha coabitação das suas virtudes e dos seus defeitos – a importância de uma Maria deslavada e sem pudor, se não nos precavermos das suas bengaladas.

No passado sábado, já de madrugada, sou confrontado pelo meu amigo Bill – logo eu, que tenho mais alma de aluno que de professor –, questionando-me do lado de lá do atlântico sobre a possibilidade de um determinado texto, que anda por aí a passeio como sendo de Fernando Pessoa, não o ser.
Ele não acreditava que fosse, mas, ainda assim, um pequeno resíduo de dúvida persistia, assim, era necessário descobrir o seu autor ou ter a certeza por intermédio de fonte idónea, não ser de Pessoa.

O problema desde logo mereceu a minha melhor mas não inocente atenção, e começou a azucrinar-me a cabeça. Acontece, que não era dia das mentiras e a minha indissociável memória pulsava com a lembrança de há cerca de um ano por altura do Natal, ter tomado contacto com o referido texto e piamente acreditado ser de Pessoa, mais, com a santa ingenuidade empurrada pela senhora ignorância, até o tinha divulgado.
Assim, assumindo a instrumentalização – inocente sem dúvida – de que fora alvo e a minha parte de culpa na sua divulgação, domingo de manhã, lancei-me com genica na voraz tarefa de o descobrir, pondo à prova a minha pequena biblioteca de Pessoa que conta com uma dúzia de títulos, e népias, nem cheiro ou vestígio por menor que fosse do texto.

Muito bem… pensei, temos de descobrir qualquer coisa, a resposta terá de nos cair no regaço

Com a missão definida, qual Indiana Jones, sem cinto e em trânsito pelas estradas da informação, lá vamos descortinando de boteco em boteco, que a legião de ingénuos vai engrossando, este, o tal texto, consta por aí em dezenas de blogs, inclusive, num caso, como FrontPage de uma firma on-line. Do mal, o menos, afinal e como costumo dizer, um tolo nunca está só e a paliativa solidariedade destas coisas, sabe bem à brava.

Bem… nesta aliança luso-brasileira, iniciámos uma bem intencionada cruzada e, ao mesmo tempo, que com despudor recorríamos a amigos, enviámos e-mail para o blog “mundopessoa” da “Casa Fernando Pessoa” a pedir ajuda. No dia seguinte, pela nossa leitura da pronta resposta recebida e que logo agradecemos, sabíamos que este era desconhecido por responsáveis daquela nobre e distinta Casa. Estávamos portanto, perante um texto apócrifo com todas as letras e uma condenável injustiça póstuma.

Entretanto, o Bill continuava as investigações e, qual Sherlock de sede infrene, viria a descobrir a autoria da última frase do texto, que posteriormente teria sido apensa ao texto inicial, e também, a suposta autoria do resto do texto tresmalhado, que será de Augusto Cury, autor de Dez Leis para Ser Feliz, editado no Brasil.

A coisa ganhava contornos de uma hilariante overdose informativa, o autor da última frase estava descoberto: era “Nemo Nox” autor do blog “Por um Punhado de Pixels“. O próprio, tinha sido inquirido sobre a autoria do texto, e afirmava explicitamente que não era dele, confirmando no entanto, ser o autor da última frase que tinha publicado no seu blog a 2 de Janeiro de 2003, o que, confirmámos.
Na posse destes dados, atacamos as comunidades do Orkut, tanto de Fernando Pessoa, como de Augusto Cury, para autenticarem o texto e, dos muitos contactos feitos, recebemos até agora, sete respostas: quatro afirmam que o texto é de Augusto Cury, uma que desconhece o autor, uma que desconhece ser de Fernando Pessoa e finalmente, uma que diz ser de Fernando Pessoa.

Esta última, que provoca a troca de várias mensagens, não esclareceu em definitivo o busílis, visto que, o seu autor que na primeira resposta garantia que o texto era de Pessoa e que, até o tinha lido em LIVROS, não se manteve posteriormente tão categórico, quando confrontado com o desconhecimento que responsáveis idóneos da Casa Fernando Pessoa, tinham do texto.

Perante esta última resposta, tornava-se imprescindível – para além dos testemunhos que já tínhamos e da certeza de não ser de Pessoa –, visualizar o texto: Sherlock Bill, entra em contacto com um seu amigo livreiro que promete ter o livro de Cury na manhã seguinte. E, lá está, preto no branco, mas não se trata de um texto, trata-se de uma compilação de várias frases dispostas no final do livro, em que, a principal, como o Bill me informou, é a que inicia o texto e está na página 115 – 2º parágrafo.

Compreender não é aceitar e, por isso, retiramos daqui conclusões nada abonatórias sobre o funcionamento e a liberdade de publicação em geral, mas também, a desafiadora convicção que esperamos não seja efémera, de termos que correr atrás do prejuízo, tendo o cuidado de validar de forma mais agressiva o que publicamos e não aceitar-mos com a desmedida tolerância dos cábulas tudo o que nos chega, já que, pelo meio, podem vir as bengaladas.

O texto em questão é este:
(*)

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.”

Augusto Cury
Dez leis para ser feliz da Editora Sextante.
Ano 2003

E esta, a frase que lhe foi apensa posteriormente:

“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”

Nemo Nox
Por um Punhado de Pixels.

Fonte: http://www.pessoa.art.br/?p=98