Texto de Solidão
Vou comemorando a solidão na essência da minha companhia,vou lembrando os amores,brindando os dissabores,enaltecendo o tempo por ter passado tão depressa.
Meus rabiscos mais sinceros vão caindo do fundo de um copo de uísque,manchando folhas,derramando lágrimas,vão gritando no silêncio profundo.
Até sinto borboletas na "barriga",mas sei que tudo o que sinto agora nada pode ser real.
Na sala de jantar enquanto devoro meu hambúrguer ,vou me dando conta de que a solidão também me devora.
Somos nossa própria companhia,egos,eu,você.
Um vai sorrindo pro outro tentado brindar com uma taça de terceiros,agora me dei conta da guerra que há em mim,e elas vão duelando,uma feliz por estar sozinha e a outra tentando estar em outro lugar acompanhada.
Quem nunca viveu em uma prisão
Quem Vos falar é o prisioneiro da solidão
Ter medo do desconheço
É como chega ao Infinito:
Sem conclusão.
É o mesmo que um cego:
Na escuridão quem nunca
Viveu em uma prisão
Seja social ou religião
Seja da mente ou do coração.
não existe prisões
Existe a prisão
Aquela que te joga na parede:
Da escuridão e ao amanhecer
Tem uma chave em suas mãos.
Quem nunca viveu em uma prisão
A saída é breve, pois, só você:
É o único responsável
Por esta nela
Entao abra a porta da felicidade.
A cada dia que passa me sinto mais sozinho, só.
Sentimento de solidão
Vazio, pois era você que preencheu tudo isso aqui.
Uma estrela cadente encarnada, rezei por você, e tu brilaste.
Fui engenheiro por dias, pois elaborei planos e metas para um castelo que jamais ruiria, mas ruiu.
Foi como subir uma montanha a plenos pulmões, contemplar o Olimpo, e por um descuido você me jogou, mas que azar, que além de dura tinha espinhos.
Compartilhei o pouco que tinha e o que eu não tinha arrumei só pra te dar.
Me endividei pois roubei a felicidade das coisas só pra te fazer feliz.
Um soco, um sopro, um punhal, apunhalada, uma injustiça, como a toxina na veia, pois faz efeito mais rápido.
Uma palavra, uma mentira, duas coisas como dois corações partidos.
Foi rápido como tirar doce da boca de criança.
Não sabia se era mel ou veneno que eu estava a provar.
Vida de cão
Mundo vazio
Lugar de solidão
Eu tenho poucos amigo
Meu filho é um cão
Saio pra passear
Nada fala comigo
Se passa outro por perto
Mais forte fica o latido
Quando Deus criou a terra
Primeiro fez o cachorro
Depois eu criei a coleira
Que prendo no meu pescoço
Nem tempo dá sonhar
Pois tenho que trabalhar
Pra quando o bicho chegar
Levá-lo pra passear
Ah como tanto queria
A vida com alegria
Me leve pra passear
Prometo lato mais forte
Quando um amigo passar.
A POESIA QUE CHORA
A poesia que chora, desinspirada
Na solidão, que padecer me vejo
Na realização, e tão despovoada:
Sofre, implora, por um puro bafejo
Não basta ter a rima apropriada
Nem só desejo de lampejo: desejo
Assim, tê-la, no versar que agrada
Não, no amor findo, oco e sem beijo
No exílio e no vazio que me consome
Não basta saber que no tempo passa
Que tudo passa, quando só quero estar
A poesia que chora, ficou sem nome
Separada do sagrado e tão sem graça
Quando a trova teria de ser de amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020, 05’53” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Fuga insana
Parada por um instante
Virei um amante
Da mais pura solidão
Que me deixou em vão
Nos braços da escuridão.
Não lembrava da verdade
Somente da força
Em que todos moravam ali
Em plena idade
Eu quebrei a insanidade
Algo satisfatório
Insatisfeito
Porém perfeito.
Outroeu,
Desnecessário
De uma observação
Foi esse o sussurro,
Fugaz
Para a percepção.
Através de um viajar,
Impetuoso,
Logo após a união
Algo se tornou glorioso
Com as almas que dançaram
Sob a luz do ar
Acompanhando o fogo que as queimavam.
A solidão é realmente perturbadora. As vezes objeto de desejo e necessidade, alento para a alma...
As vezes droga viciante e desnecessária, onde vagam pensamentos estranhos e obscuros!
Amada e temida simultaneamente!
Cria raízes na nossa alma e deixa sua sombra eterna em nossa mente.
A única a verdadeira companhia eterna, para todo o sempre...
DÚBIO (soneto)
Falei tanto de tristura!... de solidão
Silêncio, tortura, nas rimas negaça
Ou ninharia fugaz, que vem e passa
Na brisa breve que veio, duma ilusão
O verdadeiro valor, é cheio de graça
Simplicidade, afago, farto de emoção
Todos lavrados e vindos do coração:
O abraço certeiro, passeio na praça
Falei tanto de melancolia! baixinho
Ou até mesmo em um alto vozeirão
Se bom era poetar somente carinho
E nas tais rimas de delírio e barulho
Só sofreguidão, me fiz pequenininho
Na poesia infeliz, sem amor e orgulho...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
As estrelas brilham de repente,
no silêncio das noites indormidas,
a solidão escorre lentamente,
nos acenos das despedidas.
Comoventemente, as estrelas brilham de repente,
no azulado céu escuro adornado de cachecol,
O sereno principia sua ausência lentamente,
Adormecendo com o nascer do sol.
FRÁGEIS ASAS ★
A poesia é um estilo
A vida é essencial
A morte é irremediável
A solidão é inútil
A mão suporta o tempo
Os ombros o mundo
Que a nossa revolta
Seja uma cascata dourada
E o caminho uma memória curta
Pois que frágeis são as asas
E nós que nem sabemos voar
Neste poema de vida
Da minha, da tua ou nossa existência
Onde a saudade deixa marcas de felicidade
Nas frágeis asas que nos deixam voar em sonhos
OUSADIA (soneto)
Longe do poetar o amor, a alma nua
A solidão escreve! Um silêncio cego
Do claustro, em um vazio e no ofego
Insiste e teima, sofre e tudo continua
Mas o velho coração na dor entrego
Na esperança que o pesar construa
Prática. E não a uma desilusão crua
Largue o querer, em um aconchego
De tal modo, que o viver no suplico
Então chore, grite, e assim agrade
A ilusão. E então valha o sacrifício
Porque a pureza, barda da liberdade
Da arte casta, nunca usa de artifício
Pra amar com leveza e simplicidade
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Este verão me ensina
que a solidão descansa
e se expande em um abraço
Este verão me ensina
a não confundir um corpo
disponível
com a ânsia pela alegria
Este verão me ensina
a ser um espelho de água para cada pedra
Este verão me ensina
a amar pequenas e grandes bolas de sabão
antes que rebentem
Este verão me ensina
que mesmo sem alguém
tudo continua
A solidão é uma companheira fiel.
Em um mundo de lutas e divergências ser solitário é uma dádiva.
A solidão é a garantia da segurança e do conforto. O conforto de ter que enfrentar a si mesmo, e não o complexo dos outros...
Dói enfrentar as armaguras do próximo, os espinhos...
A solidão e a tristeza precedem a genialidade e a inteligência, a ausência de pessoas nos torna observadores cítricos de suas maldades...
O que me afasta do mundo e do social é a necessidade de agradar, de sempre estar sorrindo, particularmente eu odeio sorrir, na verdade é muito trabalhoso ter que viver em sociedade...
A beleza supera a essencia...
A tristeza e a solidão é o preço a se pagar pela grande mente...
PASSAGEM
Apenas passagem
Quimera selvagem
Doçura
Agrura
É ferida latejante
Solidão sufocante
Estado vago
Compromisso pago
E agora?
Não me resta vasta hora?
O tempo galopante
Albatroz sussurrante
Levou-me embora
Espero lá fora!
Lá fora, na rua?
Não cultive ideia crua
Falo do fim
O tão esperado sim
Que Romeu apaixonado
Aguardou agoniado
Estou partindo
Indo
Picotando a passagem
Carregando minha mensagem
Semeando pelo mundo
Meu amor tão profundo
Então saltarei do vagão
Soltarei sua mão
Atarei os laços frouxos
E levarei os sentimentos coxos.
É difícil lidar com a solidão
Com o vazio
Por mais que haja preparação
A gente nunca vai tá pronto pra tá sozinho
É sempre uma dor
Quando você se depara sozinho na vida
É sempre horrível
Mas é necessário se acostumar
Sempre em algum momento da vida ficaremos sozinhos
Talvez não seja apenas um momento
Talvez seja um estado contínuo
É necessário aprender a ser sozinho
Mas eu não sou tão imensa pra ser sozinha
Eu sou medrosa e fraca
Eu ainda não sei ser sozinha
Mesmo sendo obrigada a ser
A todo momento.
"Você não ama ninguém.
Carência, solidão, sei lá, quando bate, 'cê vem.
Eu que te amo tem muito tempo, já me arrependo de te amar ano que vem.
Tenho minhas dúvidas sobre o amor e minha maior dúvida; Você ama quem?
Será que nesse poço de indiferença, tem amor pra alguém?
Você não ama ninguém.
Por vezes, eu fui só um refúgio, porto de tranquilidade e pra ti não fui ninguém.
E quem não sabe o que é amor é capaz de amar alguém?
Viajo pela noite e me pergunto; Ela ama quem?
Como chuva de verão, com uma torrente, vez ou outra, ela vem.
E nas suas águas, vem o mau e inunda, quem só lhe quer bem.
Você não ama ninguém.
E na madrugada eu me pergunto novamente, uma vez ou até mais de cem.
Pergunta fria, que me feria, será que algum dia, ela amou alguém?
A resposta eu já sabia, tolice minha; Ela não ama ninguém..."
FALEI (soneto)
Falei tanto de dor!... de sofrência
Ilusão e solidão. O tempo e bagaça
Ou os amores, que vem e que passa
No trovar em que veio de aparência
Falei tanto de má sorte, vil desgraça
Chorei no suplício, de áspera essência
Fechei o horizonte para a existência
E, vi o tempo, passar pela vidraça...
Não pude olhar nos olhos. Sozinho
Blasfemava! e ainda tenho infernais
Conflitos, em querer apenas carinho
Quando sofro, sofro por demais
No silêncio. Ali me calo e definho
Infeliz poesia... não poeto mais!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SOLIDÃO, DESESPERO E ESPERANÇA
No cair da noite, a dor que a solidão causa apenas fica mais forte, machucando ainda mais meu coração.
Quando penso que já cheguei ao fundo do poço, percebo que tudo está ficando mais escuro, e que continuo a cair.
Cada vez mais penso se tudo vai terminar assim, se é dessa maneira tão solitária que minha vida terá seu fim.
Cada instante que se passa a tristeza só cresce e o desespero só aumenta, me fazendo cada vez mais cair em decadência.
Visão embaçada, coração aos pedaços, e uma alma aos prantos clamando por socorro em meio aos estilhaços; em meio a tudo isso, desistir seria algo muito fácil.
Ainda assim tento me agarrar a esperança, ainda estou a acreditar que tudo pode melhorar; que ainda há chance de sair do abismo e ao menos mais uma vez, ver a luz do sol brilhar.
Continuarei acreditando que a solidão jamais me consumirá, e que cada novo dia também é uma nova oportunidade que Deus me dá.
Buscarei a felicidade até alcançar; e quem sabe um dia, não encontre a Luz que fará minha vida brilhar, trazendo consigo o amor que da escuridão me salvará.
Almas (homo)gêmeas
Integrar-me a você se torna uma confusão.
Solidão.
Minhas leis inexoravelmente complexas,
Dobram meu ser. Descobrem você.
Me entenda, amor. Me atenda.
De ti espero tanto, mas pouco me convém.
Sinto-me tresloucado perto de ti. Amado.
E se apenas disso eu viver, quero um trago
De você. Somente você.
Súbitas palavras me veem a cabeça;
Belas e complexas.
Mas nenhuma se equipara ao real.
Meus sentimentos. Sua razão.
Nossa perdição. Paixão.
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