Tag paradoxo
Paradoxo
As vezes me perco
Dentro dos meus pensamentos
E meus pensamentos se perdem
As vezes dentro de mim
O início não tem fim
As vezes o fim não tem início
O que precisamos
As vezes não necessitamos
A tristeza não é bonita
Mas as vezes ela é linda
O erro não é certo
Mas nosso certo pode ser um erro
O infinito não acaba
Mas o que acaba não é infinito
As vezes não queríamos ter nascido
Mas se não nascemos não teríamos desejado isso
A água do mar não é do rio
Mas o rio se joga no mar
A felicidade é desejada
Mas o desejo não traz felicidade
A verdade é imutável
Mas o imutável nem sempre é verdade
O amor é um sentimento
Mas nem todo sentimento é amor
Os lobos uivam para a Lua
Mas a Lua permanece muda
A inspiração da luz ao poeta
Mas nem sempre o poeta da luz a inspiração
Os poemas e poesias são mais que rimas
Mas nem sempre rimas são poesias
O paradoxo é oposto sem sentido
Mas nem todo oposto sem sentido é paradoxo
Meu trabalho:
interação de elementos paradoxais
realização e alienação
repetição e criação
exercício da vontade e constrangimento
palmatoria e aplauso
infantilização de sujeitos...
Não importa se tivermos a Paz Mundial se nosso jeito de agir não for sincero com nós mesmos e com as pessoas ao redor. Porém se falássemos apenas a verdade, seriamos anti-sociais por não saber respeitar a opinião alheia, ou então, iriamos acabar em guerra. O que é um paradoxo perfeito. Afinal, do que adianta a Paz, sem o Amor e o Amor sem a Paz?
A chegada da era moderna impulsionada pelas Revoluções Francesa e Industrial no séc. XIX, bem como a ascendência da vida urbana, mais rapidez nos deslocamentos e a mudança na quantificação do tempo para unidades métricas (uma forma de facilitar as relações comerciais, que antes se baseavam em trocas) trouxeram para os artistas um paradoxo que os acompanha até a contemporaneidade.
Até então as artes eram restritas em sua grande maioria ás obras religiosas e para nobreza, tratavam-se não de criações propriamente ditas, mas de atender pedidos dos seus clientes. Com a revolução burguesa, abriu- se um novo leque de potenciais compradores; agora quem pudesse pagar pelo trabalho artístico (basicamente burgueses e comerciantes) faziam a encomenda diretamente com os artistas.
Á cerne da questão está em, quem produzia arte agora é o que chamamos hoje de “freelancer”, à medida que não estavam mais exclusivamente atrelados aos antigos consumidores de seus trabalhos. Entretanto para vender-los precisavam agradar a clientela, temos o seguinte quadro: Artistas “livres” para produzir e vender para quem quer que seja (desde que tenha como lhe pagar), mas que precisam seguir parâmetros que o mercado e gosto popular indicam (geralmente bem inferior ao que os artistas consideram bons), a fim de se sustentarem financeiramente, uma tremenda contrariedade que circunda esses profissionais. Como trabalhar seu portfólio, sem perder a identidade que o levou a ser artista, que move suas inspirações e conseguir sustento econômico que lhe traga retorno satisfatório (vale lembrar que arquitetos, pintores, escultores etc, estudam consideravelmente para entregar um produto de alto nível).
Nesta linha tênue que todos os anos surgem novos profissionais da área de Artes Visuais e escritas cheios de energia e vontade de deixarem seus nomes eternizados no rol de memoráveis que o mundo já conheceu e acabam batendo de frente com um mercado que acaba cortando muitas assas e formatando-os na mesma fôrma, independentes do como chegaram até ali.
Contudo, o que por vezes faz com que surja um desses milhares que ande na contramão esta na possibilidade de “ascensão artística”, que faz com este se destaque dos demais e alcance “A luz no fim do túnel” para aqueles que não abrem mão da identidade artística que consiste em ultrapassar a barreira dos “reles mortal” dependentes de agradar os compradores e alcançarem o patamar de “lenda” que independente de outros fatores pode usar de toda sua inspiração para ficar marcado na história das artes, reverenciais como Oscar Niemeyer, Zara Hadid, Gaudí, Beethoven, Shakespeare chegaram a um nível que já não importava o conteúdo produzido, simplesmente por serem eles já é considerado marcante, claro que nas obras desses artistas, uma ou outra se fossem assinadas por algum recém formado não seria tão badaladas, a questão é independentemente da maneira que chegaram a este status, estão lá eternizados na memória e estudo da arte, com todo mérito que tem direito. Esta talvez seja a única saída para aqueles que não abrem mão de todo sentimento e identidade.
É inevitável viver essa contradição na vida de quem trabalha com arte, o que muda é a forma de encarar esta situação. Se adaptar ao mercado somente? Agarrar com todas as forças sua corrente artística até que o reconhecimento chegue (se chegar)? Tentar se equilibrar entre um e outro? A resposta está na mente de cada um dos que dia pós dia adentram no magnífico mundo das Artes.
alma ceifada: quando sentimos uma agulhada nas costas travada é a foice da morte ceifando uma alma ...
Se você for tentar explicar o que é Deus e essa explicação não ficar confusa e paradoxal, você está indo pelo caminho errado.
PARADOXO
O vento fresco emaranha seus cabelos,
Outrossim, arrefece minha alma.
Os pingos do céu atalham seu deleito,
Todavia, atenuam minha rotina.
A semana vagarosa aborrece-o,
Contudo, para mim, é fugaz.
A terra enfada-o, entretanto,
Renova-me. O simples desinteressa-o,
Ainda assim, enobrece minha vida.
"...tudo é um todo tão igual e paradoxal, exageradamente contrastante... e eu de negro e pele branca, contrastando em mim mesma e no todo(...)"
Bem, esse é um dos paradoxos da vida. Você não pode ter tudo. Você pode ter um pouco disso e um pouco daquilo, ou tudo isso ou nada daquilo.
O celeuma da existência é a paradoxal e pouco semântica agrura de elocubrar um amor eternal quando a vida tão finita, se esgota pelas diuturnas volições...
Aquele luto profundo é algo que as meninas sempre carregam consigo. A cada conquista importante, sua alegria é diminuída pelo trauma muito real que as trouxe aqui. Imagino que seja assim para todos os refugiados – o paradoxo de ser grato por uma nova vida que é resultado da dolorosa perda da vida antiga.
Vivemos um grande paradoxo, as pessoas que amam a humanidade são as mais odiadas, e as que odeiam, são as mais amadas.
Andar a pé...
O tempo que passou a gente no percebe.
Há tempos aconteceu, é fato, não se negue.
De tudo que se foi, lembranças é o que resta.
Do pouco que sobrou, quase tudo presta.
Agora que mudou, ninguém mais anda a pé.
Do pouco que se fez, do muito que se é.
Do pouco que se tem, do tudo que se quer.
Do nada que isto vale, to tudo que isto custa.
Do muito que se tem, do pouco que se usa.
Na arrogância da estupidez.
Na modéstia da humildade.
No desprezo da insensatez.
Na submissão da simplicidade.
O agradável já não é o bom!
O útil já não é o que vale!
O que custa é o que se quer!
o que se tem é o que se é!
É um paradoxo. As pessoas mais cruéis e perversas são as que mais falam em Deus. As mais sensatas e melhores, menos falam em Deus. A questão não é falar em Deus. É agir e sentir como Ele sente perante todos.
