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Cartas
Coloco nas palavras o que ficou mal terminado
Quanto prazo foi perdido sem poder ser repactuado.
Mesmo estando esquecido pode o amor ser renovado.
Eu te escrevo, então me escrevas
Vamos por elas na mesa?
amor_in_versus
O que não daria eu...
Num dia sem data...
A sentar-me em uma mesa...
Com aqueles que um dia me amaram...
Hoje tenho os lábios secos...
Os olhos marejados...
E arde-me a cabeça...
Do tempo passado...
O presente é todo o passado...
E também é todo o futuro...
Prossegue a música...
Entra mais na alma da alma...
E a lembrança é que entristece...
Essa terra de ninguém...
Espreito então pelas janelas de outrora...
Coisas que sempre soube mas que nunca quis olhar...
Tal a sorte às cegas...
Da nossa existência...
Ter e não perceber o valor que tem...
Perder e então compreender...
Feliz é aquele...
Que sabendo o que tem...
Ama e não se enlouquece...
Quando tudo se vai...
E nada mais vem...
Sandro Paschoal Nogueira
Sem reclamações ou murmurações e com muita elegância no lidar, degustar os acontecimentos da vida como se pratos fossem.
Da entrada à sobremesa; sejam amargos ou doces; palatáveis ou não, ora servidos no restaurante da existência.
E é bem verdade que todos, vivos, à mesa estamos!
(FBN, 11.08.2024)
Nem tudo que é bom te faz bem!
Devemos estar atentos aos beijos no rosto daqueles que ceiam conosco, pois com o tempo não estaremos a mercê da sorte e sim da verdade.
Preparemos para lidar com a verdade, pois esta será a cruz a ser carrega.
Desejemos discernimento para ver a luz.
Que o dia amanheça logo!
Houve um tempo no qual a indústria da seca era o prato principal no restaurante Brasil. Hoje a indústria da arte domina o cardápio que está nas principais mesas de todas as filiais do Restaurante Brasil.
MESA 11
Voltei pra ela dessa vez vai ser pra sempre, quem me dera.
Seu jeitinho de criança, e aqueles olhos verdes de esperança.
Me deixava feito bobo só te olhando, pensando em nossos planos!
Que ficaram guardados na minha lembrança.
Ao anoitecer, saímos pra comer.
Depois de tanto amor, para todo mundo vê!
Ainda lembro daquela mesa, seus dedos entres os meus.
Bateu coragem de dizer, que com você quero viver!
Nas minhas mão um buquê e de joelhos eu fiquei;
Lhe dei um anel de noivado, pois não quero ser só seu namorado.
De repente o mundo parou, quando o Djavan tocou.
Lhe perguntei o que foi, também gosto dele sou fã!
Ela me pediu meu celular, e pediu pra ligar.
Fiquei sem entender, o que estava pra acontecer.
Ela ligou e disse vida, te amo já estou resolvida.
Peguei meu celular, perguntei o que era aquilo?
Sem saber comecei a chorar!
Ela disse vou logo lhe contar, eu com você não vou casar!
Tem outra pessoa em seu lugar!
Perguntei quem era ele, sorrindo me falou.
Que não era ele era ela, o amor da vida dela!
O meu mundo desabou, o garçom me segurou.
Nem a conta eu paguei.
Ainda chorando eu à deixei, e pra casa eu voltei!
E mesmo hoje não superei!
Ela seguiu a sua vida, deve estar com sua marida.
E eu ainda na esperança, chorando feito criança!
Até tatuagem com seu nome eu já fiz!
Fala alguma coisa, por favor me diz.
A MESA
A mesa tem seis ou mais cadeiras
circundada dos lugares
entre conversa e cafeteiras
flores, alimentos e familiares
De fazer parte, dares e tomares
Também, conciliação e, nas beiras
Discussão, brincadeiras, milhares
Silêncio, espertezas e besteiras...
De madeira, ouviu histórias sem fim
louças de cor e brancas marfim
Carregadas de emoções
Enfim, entre o olhar pueril
E a velhice, lá está ela, gentil
Servindo a diferentes gerações
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/10/2020 - Cerrado goiano
NUMA MESA DE BAR
Numa mesa de bar é lugar de amor e companhia,
De relaxar a mente e vestir-se de alegria,
De afogar as mágoas, estancando a hemorragia da hipocrisia,
Mesmo desafinado acompanhar e melodia...
Ali é lugar da boa conversa,
De elevar o espírito no romantismo que versa,
De bebericar a marvada, a melindrosa e a perversa,
De ficar tontin, tontin, com a mente mais extroversa...
De molhar as palavras e divagar no pensamento,
De contar história e suar contentamento,
De compartilhar ideias e sair do isolamento,
Fantasiar um sonho como se fosse o alimento...
Numa mesa de bar o papo flui e de tudo se fala,
Alguns falam pelos cotovelos, outros, a língua trava.
O mais acanhado às vezes se cala,
Mas depois de alguns goles a palavra se destrava...
Numa mesa de bar muitas histórias são contadas,
Algumas repetidas sentam à mesa requentadas.
Fala-se do amor que queima quando se perde a pessoa amada,
Do segredo mais oculto estampado na toalha molhada...
A bebida corre mansa como égua no cio,
Corre ladeira abaixo como a água na ribanceira do rio.
Deve ser bem gelada, com gelo e limão,
Tomada com jeitinho, no ritmo das batidas do coração...
As cascatas de uma fala mais firme e contundente,
Gera aprofundamento na raiz e na semente.
Bar não é lugar de ir só, somente,
Necessita de amigos, companheiros e boa gente...
Bar é lugar de gente e da gente, de ficar feliz e de sorrir contente.
No bar até o filósofo come do prato quente.
O sábio argumento vibra forte e eloquente,
O mau argumento queima a língua, destempera e dói o dente...
Bar é lugar do violeiro e do cancioneiro,
Do amigo fiel e do fiel companheiro.
Lugar do americano, do europeu e do brasileiro,
Do remédio que cura a alma, receitado no mundo inteiro...
ÉLCIO JOSÉ MARTINS
Todo esse tempo que lá vai...
Vejo passar a minha vida...
Em preto e branco...
Em branco e preto...
Por alta noite...
Quando não ouço um pio...
Os meus amigos onde estão?
Que batam à porta...
Façam-se chegar...
Mas apenas espero você...
Por onde andarás?
Vem...
Destruir o silêncio...
Levantar os panos...
Limpar o espelho...
Que de tanto o fitar...
Preto no branco ...
Cinza está...
Deixada sobre a mesa...
Cheia de negra poeira...
A estrela por ti colhida...
Se empequena...
Tudo está lá fora...
E tanto aqui dentro quero...
Sentado...
Aqui espero...
E ponho-me a olhar suspirando...
Aguardando que se abra a porta...
E eu, que não sou mais do que isso...
É só isso o que me importa...
Tendo idéias e sentimentos por os ter...
Do que julgo que sou…
Do que anseio ser...
Sei que nada sou...
Quando estou longe de você...
Sandro Paschoal Nogueira
O poeta quando sente fome
Bota a mesa num poema,
E pra beber, desce o vinho das suas palavras,
E neste poético esquema,
Une o útil ao agradável,
E a sua inspiração age maleável.
Deixados sobre a mesa...
Como os homens vivem...
Nem os deuses socorrem...
Os sonhos, as esperanças e ilusões...
Como um deserto imenso...
De conversas vãs...
Da enorme dor humana...
Que todos fingem não ter...
A essência de ser e parecer...
Conduz ao purgatório...
Sem ninguém perceber...
Vácuo imenso e fundo...
Eterna busca...
Inconstância do homem de ser...
Responde sorrindo à cruel realidade...
Enquanto perde-se no horizonte...
Acreditando crer...
A terra cumpre sua promessa...
De tornar a todos iguais...
O bom, o mal...
Quem riu, quem amou...
Que chorou os seus ais...
Nem este falso silêncio...
Sobre os ombros nus
e esmagados...
Nem o luar...
Pode esconder os pecados...
Raro e vazio dia.
Noite desamparada...
O momento é tão fulgaz e rápido...
Até para o mais amado...
Sandro Paschoal Nogueira
Ninguém vive sozinho, estamos sempre sentados à mesa da vida com alguém. Ao nosso dispor existe um cardápio variadissimo de palavras, no entanto, algumas pessoas escolhem a dedo as mais amargas, as que sabem que vão causar indigestão, desconforto e dor para nos oferecer.
Enquanto todas as pessoas não tiverem pão na mesa não se pode conceder a justiça como algo para todos.
Fora da eleição divina ficam todos os que de livre arbítrio vivem no espírito do entorpecimento, da surdez e da cegueira, sendo participantes e coniventes da mesa de Satanás.
Se colocarmos na mesa teólogos, educadores, moralistas, psicólogos, historiadores, cientistas e ateístas, para saberem se a Bíblia tem razão, o mínimo que podemos esperar é que todos acreditem em um só Deus, o qual julgará os propósitos, as intenções e os segredos de todos os corações, logo após o espírito subir ao Tribunal de Cristo, julgamento este previsto para cada ser humano.
As pessoas caem do cavalo comigo, pois, faz tempo, que eu parei de me esforçar pra agradar quem não quer ser agradado!
PRATO QUEBRADO
Há que cuidar o que se semeia
Terra dourada, lindos trigrais
A despertar a cobiça alheia
Que escuta a ira demais
O que antes era mesa cheia
Deixou virar o prato da paz.