Tag linguagem
Paradoxo
Tão normal com uma peculiaridade infinita
Com um sorriso que por si só já mostra tudo
Sua tristeza que, sempre, está bem escondida
Mostra a voz de um coração que é mudo
Tua hipotermia que, sempre, me aquece
Seus abraços longos, como ondas já na beira do mar
Sua boa memória que sempre me esquece
Seu esquecimento que te faz lembrar
Ela é tão simples como um exagero
Tão exagerada em seu jeito simples de ser
Ela é rica com pouco dinheiro
Sem concessões, ela quer merecer
Com um jeito espontâneo meramente calculado
Uma antissocial muito bem sociável
Tão odiosa em seu jeito afável
Tão descuidada com tanto cuidado
Tão fria que me deixa quente
Tão sincera até quando mente
Tão risonha com tristeza latente
Argumentativa, ela é muito inteligente
"Um paradoxo não tem nada a ver",
Ele é perfeito para te descrever
Escrevi esse poema para te dizer:
- Mina, eu odeio o fato de amar você.
A diferença entre ler uma crônica esportiva e um paper sobre quantificações do efeito Helmholtz–Kohlrausch?
O texto técnico é maçante. Não porque o assunto não seja interessante, mas porque o pesquisador não possui uma linguagem acessível para comunicar suas ideias. Ou porque o trabalho está ininteligível, indecifrável, impenetrável. Quem melhor do que o Kant para explicar suas ideias? Qualquer professor de filosofia do ensino médio ou escritor de "filosofia-no-bolso". Talvez não TODO PROFESSOR DE ENSINO MÉDIO.
Difícil é escrever fluido e cirúrgico, empático e simples sem deixar a exatidão. Difícil é ser um Darwin. Sua escrita é quase inigualável para despertar ideias em pessoas que estão envolvidas com a ciência e que exercem o esforço adequado para envolvê-las. Embora um texto intrincado não seja sinônimo de complexo. Sempre há uma tentação de justificar a própria incapacidade de entender algo afirmando que não é possível entender.
A comunicação pela linguagem deveria ser muito mais aberta e solta
Tudo que se fala é um tabu
Até o sentimento foi capitalizado
Dirigimos máquinas de uma suprema nobreza
Mas não saímos nem da primeira marcha
Nunca cortamos o giro
Não queremos “disperdiçar” energia
Queremos “conservar” o mortor
Só que nunca conhecemos os limites
Pois não há limites, fomos nós que impomos eles
Queremos manipular um câmbio automático
Só que enquanto operamos essa máquina do tempo tudo nos está acessível
Colidimos porque queremos
Escolhemos não dar passagem
Escolhemos não freiar
A ideia não é acelerar e sim “ser um” com o trânsito
Nem tão pouco temer a alta velocidade
Na verdade essa “velocidade” é apenas sua percepção de tempo
Assim como “distância” é percepção de espaço
“Leiam o manual da pág.7 nas relações de sinônimos”
Nosso corpo fala uma linguagem não-verbal, mas isso não significa que ele nunca nos disse algo. Nosso corpo fala a linguagem das emoções e nós sentimos isso nele. Pra entendermos melhor isso temos que fazer metáforas, como se cada membro do nosso corpo fossem "palavras", e quando juntamos essas "palavras" formamos "frases" e quando interpretamos estas, descobrimos, a sútil linguagem dos sentimentos
Agarrou os braços do nativo levou-o para há beira do mar escreveu sobre a areia deu-lhe de comer, mas a nossa linguagem se confundiu no silêncio com alguém que se deslumbrava apenas por existir e não por acreditar.
PODE? MICO. Nossa rica língua, definha.
Escrevo diariamente e isso não nomeio como hábito, necessidade ou coisa que o valha, é algo que faço normalmente com prazer, hoje me debruço sobre o tema, usando uma expressão comum que quer dizer que me ocupo de algo, no caso a ação de escrever, com maior atenção.
Escrever é uma das muitas formas de comunicação, talvez a mais assertiva delas para mensagens que tenham maior complexidade ou riqueza de detalhes, quando escrevemos damos a mensagem uma atenção maior, escolhemos as palavras.
É natural que ao utilizarmos a fala não observemos maior cuidado com termos, concordâncias, enfim a gramática e em tempos de internet e redes sociais as mensagens por aplicativos constituem praticamente um dialeto que usa e abusa de abreviaturas e desenhos que “significam” estados emocionais e afins.
Recentemente li alguns livros que falam de linguagem e como isso interfere em nossos pensamentos, afinal nos utilizamos da língua para criar conceitos e mensagens sejam estas mais ou menos complexas.
Há diversa terminologia que merece estudo: significados, semântica, semiótica, atos de fala, modelos mentais, enfim uma série de características e nuances, mas o que mais me chamou a atenção foram dois aspectos: a intencionalidade e o que chamarei de “memória inconsciente”.
Algumas indagações que faço:
Quantas vezes você se perguntou se conhecia a amplitude de possibilidades de significados para uma palavra que você usa? Não importa se correntemente ou não.
Você se dá conta de que o contexto envolvido é determinante para que exista a melhor compreensão da mensagem?
Quantos conceitos sobre características de pessoas, grupos, nações, que você aceitou como verdadeiros, mas que nunca se preocupou em validar ou vivenciar?
Quantos preconceitos podem ter se formado em você por conta de convenções que você adotou como verdade?
A simples entonação da voz pode ser determinante para a intenção de quem profere?
Quantas vezes você se equivocou em trocas de mensagem, via WhatsApp por exemplo, por conta de mau uso, má interpretação ou mesmo negligência? As palavras escritas não têm entonação possível mesmo na velha e barulhenta máquina de escrever, já era assim...
Falar bonito ou falar difícil, para muitos é usar palavras incomuns nos contatos informais que mantemos todo o tempo com colegas, amigos e a família, porém as palavras, assim como as ferramentas, quanto mais adequadas á uma destinação, no caso a sua mensagem e a sua intenção, maior será a eficiência da sua comunicação.
Outra questão no mínimo interessante é pensar em quanto temos simplificado, reduzido de fato, nossa maneira de pensar e isso é claro em função da utilização de partículas do pensamento (as palavras) que não são escolhidas a dedo. E quanto isso nos faz sermos vistos como pessoas igualmente limitadas?
O português é uma língua tão rica, e também tão difícil, que alguns a chamam debochadamente de código.
A ambiguidade dessa língua de Fernando Pessoa é o que para mim nos define melhor e, no entanto, é ela própria quem também pode nos reduzir a pó de mico, sendo que no caso, ficamos mais propensos a significância do pó do que a simpatia do macaquinho.
A literatura não é somente inspiração e expressão, é também um simulacro convencional de signos, com uma consciência linguística.
"A linguagem dos anjos
A linguagem dos poetas
A linguagem das crianças
A linguagem dos sonhos
A linguagem da vida
A linguagem do corpo
A linguagem da alma
Seja qual for tua linguagem, conunique-se comigo."
Isabel Alcântara Tavares
Somos seres expressivos, muito mais do que comunicativos.
Quando nascemos, antes de aprendermos a balbuciar, nossa comunicação acontece por meio dos gestos e pequenas expressões.
E mesmo quando não podemos ou não queremos dizer, nossas expressões figuram tudo o que foi calado.
Há um vocabulário que grita no silêncio!
O corpo fala o que não verbalizamos, e até revela a verdade oculta nas argumentações falaciosas.
De maneira voluntária ou não, o corpo entrega sinais e mensagens através das emoções.
Não é à toa que as relações mais fortes são aquelas em que as pessoas se compreendem somente pelo olhar.
A linguagem matemática é uma ferramenta extraordinariamente valiosa para a
compreensão do espaço – tempo em que um indivíduo convive.
Não basta apenas existir amor entre um casal para que haja uma relação duradoura; é importante que os cônjuges falem a mesma linguagem do amor. Se os dois expressam o seu amor em idiomas distintos, é importante que cada um aprenda a linguagem do outro para que a comunicação seja compreensível. Esta sim é a chave para um amor conjugal duradouro.
Poesia é o ilógico lógico, o lógico ilógico, conexão sem razão: é a linguagem secreta de um sentimento que só é desvendada por outro poeta.
SEXTA LINGUAGEM
Falei o que enxergo em ti,
Estive contigo sem porquê,
Levei do sabor que gostava,
Fiz uma transferência mal sucedida,
Te abracei.
Me disseste o que vê em mim,
Me acompanhou sem ressalvas,
Compartilhou do que tinha,
Atendeu meu pedido,
Apertou.
5 linguagens tão simples,
Mas tão raras
5 linguagens fixas,
Mas sempre únicas,
5 linguagens,
5 linguagens.
É o jeito de falar,
Mas também de fazer
É simples como não,
Doce como sim,
Volátil como talvez,
Sensível como você.
Ah, te confesso,
Não podia te ver,
Logo hoje.
Hoje é segunda,
Meu dia melhor,
Meu dia mais lindo,
Mas como um chuvisco
No verão,
Fica melhor
Se eu te ver.
Mudarei, talvez,
Mas essa é minha linguagem
Que ecoa como grito
Num corredor,
Chega direto em ti,
Traz incômodo sem dor,
Mas pode crer:
É o melhor que tenho aqui,
O resto é dissabor.
Não sei se sorriso
Seria uma linguagem,
Mas se for,
Será a sexta
Que eu manifesto sempre
Que escrevo a você.
É essencial que a leitura seja apresentada às crianças como uma atividade lúdica, divertida e muito positiva, pois ela cumpre o importante papel de melhorar o desenvolvimento de raciocínio, da linguagem, o senso crítico, a cultura e a inteligência.
Se estuda oratória para melhorar nossas expressões faladas, para que nossa comunicação tenha uma qualidade básica e possa ser captada e entendida em todos os ambientes, para que a linguagem seja clara, objetiva, organizada e que chegue a todas as pessoas, canalizando assim as energias para um propósito bom para todos.
Cizânias
Na floresta sombria a chuva caía,
Com toda escuridão ríamos de montão,
Não paramos nem para pensar,
Em quantos poderíamos machucar.
Mas fique tranquilo, pois ao despertar,
O sol irá brilhar...
A questão é a seguinte:
Vivemos na nequícia de perder os dias de agora,
Para sonhar com a incerteza profunda do posfácio do amanhã,
Ora
Mas, existem pontos positivos e negativos!
O positivo é que se ocorrer, terei mais um dia para sonhar em algo que nunca irei ter...
E se for negativo? Culparei o justíssimo divino!
Calem-se e deixem de briga, ele perde o presente com o futuro e o passado com as rimas...