Tag linguagem
A gramática é uma mentira para nos fazer pensar que o que dizemos está conectado por uma lógica que você encontrará se a estudar, uma mentira que se prolongou por séculos. Porque agora eu sei que a vida apenas oscila entre estabilidade e instabilidade e não obedece a nenhuma lei.
O tempo na sua linguagem,
de maneira silenciosa,
atualizando a nossa aparência,
fazendo uma selfie e doce paisagem,
e assim virou versos de poesia!...
A arte consegue falar e preencher lacunas em nosso espirito, que a mente aprisionada a velhos conceitos, que muitas das vezes não significam nada mas por limites equivocados, não consegue ver e dizer.
A linguagem humana, capaz de imensa precisão com milhares de palavras, ainda assim pode ser incrivelmente vaga.
A arte e a anti-arte em confronto nos caminhos oblíquos da chamada arte contemporânea. A matéria criativa e a anti-matéria destrutiva, evolução e involução perante as novas técnicas, plataformas, olhares e modalidades digitais tecnológicas. O artista como modus operandi propulsor da inquietação e o espectador como um isolado condutor do que quer ver e foi por ele intimamente criado. Artista e espectador em dialogo constante sobre a insólita realidade e a arte como instrumento de comunicação sensorial inventiva geradora de múltiplas perguntas e respostas, por infinitas possibilidades.
Minha busca...
(Nilo Ribeiro)
Te sentir por perto,
é minha vontade eterna,
isto é mais certo
que o sol aqui na Terra
obter sentido para vida,
este é o meu plano,
pois sei que não duvida,
o quanto eu te amo
buscar meu espaço,
interior ou não,
receber teu abraço,
doar meu coração
minha alma direcionar,
meu espírito acalmar,
minha mente se orientar,
meu coração te entregar
te dou meu afago,
te amarei todo dia,
meu amor eu propago,
nesta simples poesia
esta é minha busca,
mesmo profano pecador,
mas sei que ela é justa,
pois é a linguagem do amor...
Desenvolver o domínio da linguagem, da leitura, da escrita e ampliar o conhecimento é uma conquista, um caminhar em direção à cidadania.
Linguagem engolida
Debulhada em palavras perdidas
Escorreram contidas
Um tanto emudecidas
Quanto esquecidas do dono da voz
Era uma linguagem-prisão
Sem conexão
Livre associação
Falamos das coisas como se elas fossem as próprias coisas e nem percebemos o afastamento que se cria entre o que falamos e o que existe.
Linguagem é o conjunto de preciosos diamantes bailando na minha frente; cabe a mim, ter a sabedoria de tocá-los, ordená-los e ofertá-los as pessoas; como presentes, embalados, na maneira escrita e na maneira falada; nunca devemos ser igual aos macacos, e trocar bananas por diamantes; jogando as cascas gosmentas no chão, pra que os nossos leitores escorreguem nas nossas maiores insanidades, aberrações.
A sombra da linguagem coloquial não pode ser a desculpa, pra dar lugar aos guinchados, assobios, sem nenhum discernimento, bom senso.
Somos um avião ou meros passageiros? os pensamentos prisioneiros decolam na pulsão…
Nos sonhos há versos sem trilha, sem rima, nem nexo, mas é o ouro, o próprio tesouro da constelação… Os rabiscos da linguagem dão forma, daquilo que a gente não conhece.
Explicou que se a cultura era uma casa, a linguagem era a chave da porta que conduziria a todos os quartos interiores.Sem isso,dizia, acabamos sem rumo, sem uma casa adequada, sem identidade legítima. ( do livro "O silêncio das montanhas)
Os miosótis azuis
Na beira da estrada
Tem a linguagem de DEUS
E se ele a mesma línguagem nos deu
Todos miosótis são
Seus
Não inclua em sua coleção de palavras sábias uma comunicação chula, esdrúxula e fula da linguagem dos insensatos.
A linguagem das emoções humanas, usada para descrever as relações do homem com Deus — a devoção, o temor, o amor, o arrependimento, a esperança etc. — é toda constituída de metáforas e símbolos que, em vez de traduzir essas relações de maneira apropriada e fidedigna, não fazem senão assinalar, justamente, a fronteira entre o expressável e o inexpressável. O que vejo por toda parte, no mundo religioso, é no entanto um grosseiro antropomorfismo materialista que desespiritualiza a vida do espírito e a reduz ao jogo vulgar das emoções terrestres.
Amor de papel
O amor não é apenas a palavra
que define um sentimento:
é uma linguagem completa
que se traduz por atitudes,
e para existir não precisa ser
descrito por qualquer meio ou forma.
O amor verdadeiro não é utópico ou romântico,
não é atração, desejo ou paixão,
nem sensação que cega ou oprime.
O amor autêntico pode não ser eterno,
mas certamente não é fugaz, efêmero ou passageiro.
É apenas intenso para se vivido por inteiro.
O amor não se prova ou se cobra com o ciúme,
não é dominação nem desconfiança,
não é sentimento levado ao extremo,
mas é uma pura expressão de afeto
que pode oscilar de intensidade,
mas se sustenta com cumplicidade.
O amor não é mágico, químico ou astrológico,
tampouco une apenas seres predestinados.
É a edificação mais autêntica da relação,
que se descobre verdadeiro com interação,
diálogo sincero, apoio e reconhecimento,
sem desprezo, ironia ou humilhações.
Amor é cumplicidade e afeto sincero,
que não se desfaz quando a paixão acaba,
que não se extingue na dificuldade,
nem envelhece ao longo do tempo,
é a expressão do olhar e do sorriso
de quem tem um sonho comum.
O amor substantivo abstrato
não tem existência própria,
sem a conjugação do verbo amar,
porque exige ação e movimento,
mais ampla que o ‘eu tem amo’,
mais além do que o ‘eu também’.
O amor se constrói diariamente,
se nutre ao longo do tempo,
se expande com a intimidade,
e se mantém com o respeito,
o carinho e a dignidade.
Pregações elucidativas e mal explicadas em uma linguagem não-coloquial, trazem estorvos ao entendimento das Escrituras.
A Linguagem nos limita de tal forma que nos prende em fatos ilusórios e domina nosso pensamento com um amargo sabor de saber.