Sou como um Velho Escaravelho
Internet é coisa de velho.
Todo mundo sabe que cruzeiro marítimo tem muito velho. Com dinheiro no bolso, tempo à vontade e facilidades, quem já fez conhece, milhares de idosos e idosas perambulam pelo mundo nessas embarcações maravilhosas.
Tem uma senhora aqui no navio que já fez mais de cento e quarenta e muitos outros ultrapassaram a marca dos cinquenta. Estou na casa dos trinta ou mais e não pretendo parar.
Em cada canto a gente vê senhores e senhoras de idade com tablets e iphone, navegando não sei onde e teclando com não sei quem, mas estão na internet direto.
Ontem vi uma cena que preciso contar.
Numa mesa ao meu lado três ou quatro casais, todos passados dos sessenta, conversavam e riam ruidosamente, quando e aproximou um senhor ainda mais velho, devia ter bem uns oitenta.
Bengala numa das mãos, tablet na outra, dirigiu-se diretamente a um dos senhores e perguntou em inglês:- Por acaso você é o Gordon? Ao que o outro respondeu surpreso:- Sim, Gordon é meu sobrenome, meu nome é Phillis, Phillis Gordon.
O mais velho disse:-Ontem eu estava teclando no Facebook com meu amigo Stein, que mora em West Berlim, você conhece Stein? E o outro ainda com cara de espanto disse:- Sim, é meu querido amigo que não vejo há uns dez anos mas falo sempre com ele pela internet. O velho disse então:- Pois é, ele me disse que tinha um amigo fazendo esse cruzeiro, passou a sua foto e me disse que se eu encontrasse, lhe desse o abraço apertado que ele gostaria de dar.
Eu o achei e estou aqui para dar o abraço.
O Gordon levantou-se, deram um abraço apertado sob os olhos atônitos da pequena plateia e notei umas pequenas lágrimas rolando, sob muitos aplausos.
É a internet, coisa de velhos!
Dentre as flores.
Tu és rosa embelezando os espinhos,
Arrancando suspiros,
desse velho coração Sonhador.
Lembranças de ampulheta
Meu velho pai que era vivo e moço,
trazendo-me em seu forte pescoço,
e a inocência dando de ombro,
sem denotar ao escombro
que um tempo grosso,
bem mal educado,
mas estando
invocado
e um
tanto
nubrado
deu o sonido.
Momento errado.
Deixara ali estampado.
Foi um estampido danado,
esboço dum ciclo já executado.
Sem dor ou lamento ficara clavado.
Lá do lado de trás nos idos do passado.
E tudo se findara por hora.
Porém, restara futura aurora,
donde o tempo não fará mais
diferença de irreverência assaz.
Por que o tempo não dá um tempo?
Tempo, meteorito de contratempo!
Contrapondo e contraponteando
ilusões que vão em vão chegando.
jbcampos
Capitulo 11 - Guardei o que foge ao meu entendimento num baú, o tal baú das coisas que mais velho reverei, lá está o nosso amor, o meu coração, aquela prova de química, os porquês que me fazem chegar atrasado, as tuas desculpas e as desculpas dos meus amigos; tudo isso pra pensar depois, pra agora só ser feliz!
Admita que, sair de um velho ano de tristezas e fracassos, é realmente entrar e fechar bem a porta da felicidade e do sucesso com Deus.
Moisés teve um ano velho várias vezes; mas, quando Deus o chamou para um novo propósito, ele conseguiu, com trancos e barrancos, entrar no Descanso Eterno.
O VELHO DA BANDEIRA
Colori a minha linda bandeira
De papoilas vermelhas no verde campo
Entre o trigo, a cevada e o centeio
Feita da mais pura seda já vista algum dia
Vejo a partir da minha janela um velho
De olhos enrugados com pedaços do céu
Com o coração aberto ao longo inverno
Talvez à espera do quente verão
Tarde em silêncio, misturada de oração
Caminhada alegre, tocando o chão
Oprimido, anda nas tramas do seu corpo
Cronologia alinhada de uma metáfora fragmentada
Dignidade presumida de um vendaval
Terapia de discursos roubados em sonhos de liberdade
Incontrolável sentença, na sua débil resistência.
Quanto mais velho fico, mais me pesa tudo o que não fiz, onde fracassei, onde me recusei por preguiça ou dureza de coração, por ambição de poder, por egoísmo. Feliz daquele que acredita num Deus a quem pode pedir humildemente: Senhor, perdoa-me.
A diferença de um velho sacerdote para um sacerdote velho é que o sacerdote velho perde a visão e não sabe discernir quando alguém ora de fato no Espírito como Ana orou, e ainda a tem por embriagada.
A ARTE DE SER VELHO
É curioso como, com o avançar dos anos e o aproximar da morte, vão os homens fechando portas atrás de si, numa espécie de pudor de que o vejam enfrentar a velhice que se aproxima. Pelo menos entre nós, latinos da América, e sobretudo, do Brasil. E talvez seja melhor assim; pois se esse sentimento nos subtrai em vida, no sentido de seu aproveitamento no tempo, evita-nos incorrer em desfrutes de que não está isenta, por exemplo, a ancianidade entre alguns povos europeus e de alhures.
Não estou querendo dizer com isso que todos os nossos velhinhos sejam nenhuma flor que se cheire. Temo-los tão pilantras como não importa onde, e com a agravante de praticarem seus malfeitos com menos ingenuidade. Mas, como coletividade, não há dúvida que os velhinhos brasileiros têm mais compostura que a maioria da velhorra internacional (tirante, é claro, a China), embora entreguem mais depressa a rapadura.
Talvez nem seja compostura; talvez seja esse pudor de que falávamos acima, de se mostrarem em sua decadência, misturado ao muito freqüente sentimento de não terem aproveitado os verdes anos como deveriam. Seja como for, aqui no Brasil os velhos se retraem daqueles seus semelhantes que, como se poderia dizer, têm a faca e o queijo nas mãos. Em reuniões e lugares públicos não têm sido poucas as vezes em que já surpreendi olhares de velhos para moços que se poderiam traduzir mais ou menos assim: "Desgraçado! Aproveita enquanto é tempo porque não demora muito vais ficar assim como eu, um velho, e nenhuma dessas boas olhará mais sequer para o teu lado..."
Isso, aqui no Brasil, é fácil sentir nas boates, com exceção de São Paulo, onde alguns cocorocas ainda arriscam seu pezinho na pista, de cara cheia e sem ligar ao enfarte. No Rio é bem menos comum, e no geral, em mesa de velho não senta broto, pois, conforme reza a máxima popular, quem gosta de velho é reumatismo. O que me parece, de certo modo, cruel. Mas, o que se vai fazer?
Assim é a mocidade- ínscia, cruel e gulosa em seus apetites. Como aliás, muito bem diz também a sabedoria do povo: homem velho e mulher nova, ou chifre ou cova.
Na Europa, felizmente para a classe, a cantiga soa diferente. Aliás, nos Estados Unidos dá-se, de certo modo, o mesmo. É verdade que no caso dos Estados Unidos a felicidade dos velhos é conseguida um pouco à base da vigarista; mas na Europa não. Na Europa vêem-se meninas lindas nas boates dançando cheek to cheek com verdadeiros macróbios, e de olhinho fechado e tudo. Enquanto que nos Estados Unidos eu creio que seja mais... cheek to cheek. Lembro-me que em Paris, no Club St. Florentin, onde eu ia bastante, havia na pista um velhinho sempre com meninas diferentes. O "matusa" enfrentava qualquer parada, do rock ao chá-chá-chá e dançava o fino, com todos os extravagantes passinhos com que os gauleses enfeitam as danças do Caribe, sem falar no nosso samba. Um dia, um rapazinho folgado veio convidar a menina do velhinho para dançar e sabem o que ela disse? - isso mesmo que vocês estão pensando e mais toda essa coisa. E enquanto isso, o velhinho de pé, o peito inchado, pronto para sair na física.
Eu achei a cena uma graça só, mas não sei se teria sentido o mesmo aqui no Brasil, se ela se tivesse passado no Sacha's com algum parente meu. Porque, no fundo, nós queremos os nossos velhinhos em casa, em sua cadeira de balanço, lendo Michel Zevaco ou pensando na morte próxima, como fazia meu avô. Velhinho saliente é muito bom, muito bom, mas de avô dos outros. Nosso, não.
Minhas pernas e costa doem,.
Percebo que estou ficando velho e doente novamente.
Agora vou esquecer minhas dores e vou seguindo o meu caminho.
Guilherme Arantes. Pseudo
Almeida Jefferson
As fases mais difíceis são aquelas em que nós tentamos mudar algo que já é um velho hábito. Tentamos novas falas, novos comportamentos; outros ambientes, outras pessoas... Acabamos entrando num caminho já repetido, com dois fins: ou você muda completamente, ou acaba voltando ao que você era e ainda se sente culpado pela tentativa fracassada.
Fogão de lenha
Ah! O velho fogão de lenha
O fogo estalando o graveto
Panelas empretejada e prenha
Exalando seu tempero secreto
Só saudade, razão quem o tenha
Na fornada os biscoitos de goma
D. Celina. Quem duvidar, que venha
Provar, do pão de queijo, puro aroma
Velho fogão, assim, faz sua resenha
Envolta os causos e mexericos soma
Ao café no bule, que na alma embrenha
Só tu pode e guarda em seu fogo lento
O poetar que meus versos ordenha
Lembranças de um tempo de contento
És tu velho e bravo fogão de lenha!
Luciano Spagnol
Reflexão diária
Única solução meditar orar e refletir
No meu velho modo de vida andava tanto na sombra da escuridão, que não enxergava a violência que acerca os dias de hoje, na verdade aquele mundo em alguns momentos até me fascinava e não via quantos livramentos me foi dado por Deus. Hoje vivendo uma vida nova fico sensível com as noticias que ouço, porém pouco posso fazer a não ser agir de forma pacifica meditando orando e refletindo, tentando transformar os dias de tumulto em dias de paz.
O QUE FAZ O BALÃO SUBIR
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa festa.
Para atrair compradores, o homem deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares.
Estava ali perto um menino.
Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.
Todos foram subindo até sumirem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia a cada um.
Ficava imaginando mil coisas…
Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.
Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
– Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
– Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
A diferença da nossa vida não está na aparência e sim no conteúdo.
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