Coleção pessoal de pauloclopes

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⁠Um pensamento lúdico pois tenho fé, não lucido pois não estou em pé. Deitado fico à imaginar o sério e o falso que é mais certo e o errado errante. Tento tirar da memória o que ficou e só sonhar o que virá. Tomar mais uma e decifrar tudo isso.

⁠Hoje queria me dar vida, mesmo sem sentido talvez voltar no tempo repetindo momentos e sem estar a lamentar, pois o vivido ficou, ficou disperso algumas virgulas sem ponto final. Hoje queria me lançar sem medo não esconder segredos e como sempre nunca lamentar. O que foi vivido e o que se vive comemorar. Sempre antes do amanhã me pego na sanha insana de mudar o cotidiano. No amanhecer vou tentar mais uma vez e talvez o segredo seja essa insensatez.

⁠O ermitão olhava o céu e na sua obscuridade imaginava a saudade, deitou sem maldade e chorou, se enroscou sem vaidade no que restou, restou olhar um campo um lago ali distante mas a machucar, machucar essa idade de insensatez que desfez tantas coisas. Vou vivendo entendendo que a procura é salutar, sabendo que um dia se concretizará o almejado e me direi aqui chequei.

⁠Eu vejo, eu sinto, eu presinto. Eu preciso te dizer estou vivo, sinto o ar, o voar dos pássaros, o agasalho, o desprender, sinto o friozinho, o filho a alegrar, o filho a renegar. Sinto a tristeza. Sinto você que traz alegria, tristeza e harmonia, sinto tudo isso sem medo do dia a dia.

⁠Vou tentar voltar a escrever, dizer o que sinto tentar desfazer histórias, as vezes irrisórias e tentar sorrir. Vou voar sem asas e com atraso borrifar sem medo o que em meu mundo se desfez, resgatar em qualquer lugar o que restou despedaçado. cada passo que foi dado se repetindo, sem atraso.

⁠Eu não tenho nada
Apenas uma escolha
Uma escada a pular
Um sol a escalar
E uma lua a imaginar
Imaginar um encontro desencontrado
Imaginar a lágrima que não rolou
Mas molhou um rosto
Queria te encontrar agora
Te dar aquele abraço
Teu pôr do sol
Mas vou ficar na vontade
Pois anoiteceu
A madrugada chegou
A vontade passou
E o que posso levar
E a vontade que ficou

⁠Hoje o dia em sorriso maroto,
Me faz lembrar você;
O orvalho solta lágrima despretensioso;
O céu libera as nuvens como a não querer
Que nada ofuscasse aquele azul
Como a lembrar teus olhos buscando imensidão;
Hoje um canário bicou minha janela mais cedo como à dizer
"Ela espera mensagem já peculiar";
Cada bicada traz inspiração;
Mas hoje a rima pode esperar;
Hoje a sariema mais forte canta
Como a te anunciar;
Os demais passarinhos em espanto
Só a silenciar
Pois aquele horário hoje ė suave
E a sariema como em trompetes
A anunciar:
Tira a tristeza dos olhos
Pois o beijo ardente podes adiar.

⁠O que é uma mágoa? Deságua na gente, amarga e fica plantado, nos torna amargo, nos faz de alguma forma inconsequente e pueril. Ainda ando em passos "curtos" , talvez para alguns sem direção. Ainda acredito em sonhos, nas flores, em acordar com a lua desnuda se escondendo do sol. Ainda em vôo solo frívolo busco em meus sonhos algo salutar.

⁠Você avança no tempo e algum contratempo te faz recuar, recuperar momentos e de alguma forma viver. Lembranças que não machucam mas que trazem saudades. Vou vivendo e recuando nesses momentos vividos com intensidade.

Ainda vejo um sonho
Ainda vejo meus lábios sorridentes
Minha mente discorre pensamentos
Meus dedos trêmulos transmitem pensamentos

Ainda vejo estrada
Que quero percorrer
Ainda vejo medo no nada
Sem perceber

Perceber que numa vírgula
Uma reticência
Me faz dormência
A procura de um ponto final

Sou pouco
Talvez um tudo
Contudo
Talvez um nada costumaz

Comum para mim mesmo
Plural para quem tenta me decifrar
Tentando redescobrir
Qualquer forma de amar .

Eu fui poesia
Me desfazia por te querer
Fui muito amor
Mas também desamor

Fui um acaso
descaso
Fui momento
Fui ocaso

Fui o que queria ser
Fui desprazer
As vezes prazer
Fui um querer

Fui inicio de relação
Fui decepção
Fui realidade
Fui Emoção

Eu não tinha nada então amei
Busquei o que não foi entendido
De alguma coisa sem sentido
Mas amei

Fui muito além do compreensível
Chorei, gritei
Sem ser entendido
Sobrevivi

Amei tanto
Sem desengano
Com encanto
E você não entendeu

Não entendeu
Não percebeu
Que a lágrimas que desciam
Nos pereciam

Teus olhos desnudos
Quando brilham azuis como o céu
Transmitindo o que não vemos
Em momentos conexos

As vezes sem sentido
Deixa a rolar lágrimas
Em uma frase solta
Ditas no afoito

Tentamos entender
Esses momentos sem lucidez
Um talvez
Talvez, Talvez, Talvez.

Porquê um querer
Tão grande
Se não pude ser
Algo possível

Porque fugiu
Se alguém
Com algo possível
Talvez no impossível
Me desse você

Ficou na incógnita
Um aconchego
Um chamego
No ar

Me deixaram
Num tempo perdido
Talvez incompreendido
Até te achar

As vezes eu choro, mais por menos do que por mais, as vezes imploro talvez salgado e não sagaz, vôo no horizonte sem asas mas fugaz, em qualquer tempo momento sem intento. Sou eu me buscando no meu próprio eu.

Eu sou o posto e o entreposto
Sou o que vivi
Sou aquele que ninguém viu
Vivente por viver
Sempre buscando viver
Vou tentando
Sobreviver

Você apareceu
De alguma forma cativante
Machuca
Seguir em frente e seguir
De alguma forma te amar

Os olhos nos entregam
Sem querer marejam
e nos faz fraquejar

Buscam uma fuga
Uma procura
Loucura
De se entregar

Você foi o que não tive
Mas sempre presente
Apareceu de surpresa
E com certeza
Voltar

Voltar um passado
Ainda presente
Talvez dormente
Mas salutar

As vezes o silêncio
Nos busca gritar
Buscar um tempo
Que ficou no ar

Tempo perdido
Ao lado de alguém
Salutar
Que ficou no ar

Algum dia
Imaginando frases
Surtando palavras
Vai entender
O que o que não pude ser

Tanta coisa a falar
Chorar
Tentar consertar
E lamentar

Ficou no tempo
Jogando lágrimas
Imaginando coisas
Só intento

Hoje buscar
Sem lamentar
O que poderia ser
Tanto te amar

Eu ouvi
De alguma voz
Um clamor
Algoz

Busquei encurtar
O que ficou
Não encontrei
Te achar

Me ajuda
De alguma forma
Nem que seja disforme
Te encontrar

A vida ensina
Nos chacina
Imaginar o que ficou
No ar

Procuro nas estrelas
Confessar segredos
De um passado
Que me trouxe você