Sombras
Todos os grupos terroristas vivem nas sombras da vida, prevalecem por ações de força bruta excessiva, desumana, oportunista e covarde. Suas vitimas são sempre a parte mais frágil e desarmada da sociedade civil, as crianças, os religiosos e os pacíficos, pois não tem coragem de enfrentarem em combate digno e honrado os Senhores da Guerra.
Com a arte e imaginação conseguimos ver e ouvir além das sombras e dos ruídos, de tudo que é essência nua, muito além do que nos parecem.
Os desgraçados, infelizes e caluniosos nunca dormem. Ficam fugindo das sombras do azar azedo que vive impregnado neles e fingindo se de frágeis e doentes pelas madrugadas atormentando seus comprados capachos. Um fim sem direção, resultado da contra mão da vida, são poeiras indigentes de espirito ruim e recalcados, por que nas esferas das dimensões, nem o próprio inferno vão recebe los.
Os maiores, os mais forte e mais poderosos vivem nas sombras pois os que muito aparecem, resplendorosos geralmente tem muito pouco a perder. A grande energia criadora de tudo e de todo pode sem o menor esforço reside no sublime o estrondoso só quer aparecer, mas não cria nada copia mau e não se sustenta.
LAMÚRIAS SOB AS SOMBRAS.
“Há luzes que não iluminam — apenas revelam a escuridão que trazemos por dentro.”
O PORÃO ONDE FLORESCEM AS SOMBRAS.
O porão de Camille Monfort não tinha janelas. Era feito de lembranças úmidas e de passos que o tempo abafara. Lá, as sombras não apenas se escondiam — elas germinavam. Cada móvel esquecido parecia guardar a respiração de um sonho que nunca se realizou.
Camille não temia o escuro; temia o que o escuro dizia. Havia aprendido cedo que a dor, quando não encontra ouvido, cava abrigo nas profundezas da alma. E o seu porão era esse abrigo: um lugar onde as dores antigas faziam morada, conversando entre si como velhas conhecidas.
Dizia-se que ela tinha o dom de ouvir o que o silêncio confessa. Talvez fosse apenas sensibilidade demais, ou talvez, como acreditavam os que a conheciam de perto, Camille visse o que os outros apenas pressentiam — as linhas tênues que ligam a dor ao destino.
Certa vez, ao descer com uma lamparina trêmula, viu que algo nas sombras respirava. Não era medo, era reconhecimento. As sombras sabiam seu nome. Ali, no fundo mais fundo, Camille compreendeu que cada lembrança ferida é uma semente: floresce, sim, mas sob a terra escura.
E o porão, esse lugar de exílios interiores, tornou-se também o seu jardim. Um jardim de sombras floridas onde o sofrimento, ao ser aceito, se transfigura em perfume.
Camille Monfort entendeu que não se foge das sombras: conversa-se com elas. E, quando enfim o fez, ouviu de dentro de si mesma uma voz que dizia:
“A luz não nasce do alto, Camille. Ela brota de onde o escuro cansou de ser silêncio.”
O porão onde Camille Monfort habitava suas lembranças não ficava sob a casa ficava sob ela mesma. Era o subterrâneo da alma, o espaço onde os passos ecoam mesmo quando o corpo já não se move.
Ali, as sombras não eram ausência de luz, mas presenças antigas, sobreviventes do que fora esquecido. Tinham cheiro de infância úmida, de solidão e de papéis que nunca foram escritos. Cada objeto abandonado contava um trecho de sua história: a boneca sem olhos, o retrato sem moldura, o espelho que refletia apenas o que a alma ousava encarar.
Camille descia sempre que o silêncio se tornava insuportável. Levava nas mãos uma vela, como se conduzisse a si mesma a uma cerimônia de reconciliação. Ao descer, sabia que cada degrau era também uma descida interior e que as sombras esperavam não para assustar, mas para serem vistas.
Um dia, ao tocar o chão frio, sentiu que algo se movia entre as paredes. Era o murmúrio das memórias que ainda pediam voz. Então ela compreendeu: nada que é reprimido morre apenas muda de morada. E, naquele instante, o porão deixou de ser cárcere para tornar-se útero.
Camille descobriu, enfim, que as sombras florescem quando são compreendidas. Que o perdão é a luz que germina sob o peso da terra. Que a alma, quando aceita o próprio abismo, encontra a passagem secreta para a paz.
E foi assim que ela, a mulher das sombras, subiu novamente as escadas sem lamparina, sem medo trazendo nos olhos um brilho novo. A luz que antes buscava fora, agora nascia nela.
“O porão não era o fim, era o começo. Toda flor primeiro é sombra.”
O Porão Onde Florescem as Sombras.
Parte II.
(por: Joseph Bevouir , com evocação de Camille Marie Monfort).
Camille Monfort caminhava entre as frestas do tempo, onde as sombras ainda tinham perfume de primavera. Seu rosto era um véu de silêncio, e nos olhos trazia a vertigem do que já não podia ser dito.
No porão da consciência aquele lugar onde a memória se torna eco floresciam suas dores, tênues e luminosas como astros mortos.
Primavera de solidão ainda…
Não te ocultes, Camille.
Tu és o espectro ferido que caminha entre palavras caladas, entre os nomes que não ousas pronunciar, entre os sonhos que se dissipam antes do amanhecer.
És, ao mesmo tempo, o que foge e o que acusa.
És o reflexo e o estilhaço.
És o outro sempre o outro quando julgas não ver a tua própria pálida nudez.
Mas ainda assim te vês, refletida nos cacos do espelho que quebras todos os dias com teus próprios dedos.
E nesse gesto de quebrar o espelho há uma prece muda, uma súplica às fronteiras do infinito mental. Camille não temia o abismo, pois era nele que repousava sua lucidez. Tocava o indizível com a mesma delicadeza com que se toca o rosto de um anjo moribundo.
O tempo, para ela, não era uma linha era uma espiral. E em cada volta dessa espiral, ela renascia mais perto da verdade e mais distante de si mesma.
O amor, para Camille, era uma ruína sagrada; um templo onde só os que sangram podem entrar descalços.
Assim, no silêncio que antecede o último pensamento, ela compreendia:
que toda luz é filha das sombras,
que todo encontro é também uma despedida,
e que a alma — oh, a alma! — só floresce quando se aceita o escuro porque é dela se sentir melhor assim.
Camille Monfort, a que tocava o invisível, a que habitava o porão onde florescem as sombras,
sabia que o infinito não está nos céus mas no espelho trincado da mente humana fora e em si.
A Lenda do Vale Onde as Vozes Criam Sombras.
Diz o povo antigo que, muito antes de qualquer aldeia existir, havia um vale profundo que guardava um segredo: a terra respondia às vozes humanas.
Não às palavras doces, nem aos cânticos de alegria mas aos gritos.
Os anciãos chamavam aquele lugar de Vale das Sombras Sonoras, porque acreditavam que cada grito lançado ali não desaparecia.
Ele ganhava forma.
Ele criava sombra.
Ele vivia.
O início da lenda.
Conta-se que certo dia um jovem caçador, chamado Maraí, entrou no vale irritado com a própria falta de sorte. Gritou contra o vento, contra o céu, contra a própria vida.
O eco devolveu suas palavras multiplicadas mas algo estranho aconteceu:
o chão tremeu.
Das pedras saiu uma figura feita de poeira e som, sem rosto e sem pés, mas com uma fúria igual à dele. Era a sua própria raiva, moldada pelo vazio.
Assustado, Maraí correu até os anciãos, que lhe disseram:
— No Vale das Sombras Sonoras, tudo o que se grita ganha corpo. Por isso, filho, lá se entra de boca fechada e coração aberto.
Mas o jovem não acreditou. Voltou ao vale, agora decidido a provar que medo nenhum o controlava.
Gritou de novo.
E de novo.
E de novo.
E passaram a surgir outras sombras uma para cada explosão da sua voz.
O peso das sombras.
Com o tempo, as sombras começaram a segui-lo para fora do vale porque já não cabiam mais alí, cabiam nele.
Onde ele ia, elas iam.
Onde dormia, elas o observavam.
Onde tentava amar, elas se deitavam entre ele e quem ele amava.
Maraí se sentia mais pesado a cada dia. Era como se carregasse vários homens sobre os ombros.
Então procurou novamente os anciãos.
— Como me livro delas?
E o mais velho respondeu:
— Quem cria sombras com gritos só as desfaz com calma. As sombras bebem tua cólera. Mas morrerão de fome se beberem tua paz.
O retorno ao vale.
Maraí voltou ao vale, não para gritar mas para silenciar.
Sentou-se na terra que um dia tremeu sob seus pés.
Respirou profundamente.
Falou baixo.
Depois falou mais baixo ainda.
E então permaneceu quieto, dia após dia ele repetia a sua volta até aquele vale praticando o exercício da orientação que receberá do sabio ancião de sua aldeia.
As sombras, sem alimento, foram se desfazendo como tinta na água.
Quando o sol se pôs, o jovem saiu do vale sozinho.
A voz dele havia mudado.
E quem o encontrou nos dias seguintes dizia que, ao falar, era como se o vento o escutasse com respeito.
Moral da lenda.
Os velhos contavam essa história às crianças para ensinar que:
Gritos criam sombras.
Palavras serenas criam caminhos.
E o silêncio cura aquilo que a fúria feriu.
Autor: Escritor:Marcelo Caetano Monteiro .
Existem sombras conspirando,
Elas vivem o Mal premeditando,
Seres encarnados se alimentando
Seguem regando a tristeza alheia
E críticas antecipadas reverberando.
Essas sombras querem roubar-te
De ti mesmo e da tua juventude;
Querendo que você se abandone,
Deixando todo o teu conhecimento,
Impedindo assim o teu crescimento.
Não permita que essas almas penetrem
Dentro daquilo que você fez de melhor;
Acredite que Deus é, e sempre será maior,
Ele é justo, misericordioso e educador,
Ele sempre irá te afastar do [pior...
Inveja? Se você acredita nela, ela te pega.
Mau olhado? Mande pro buraco.
Fofoca? Mande ela de volta para a toca.
Depressão? Faça ela virar causa pró-nação.
Se sombras procuram cavar a tua cova:
Transforme todas elas em poesia
Você é nascido das letras, não te esqueças!
Nada te censura, e está para nascer o que te sufoca!
As Caviúnas com graça
o caminho enfeitam,
As suas sombras fazem
artes de muitas luas,
Te amar com poesia
silenciosa faz parte,
Você não quer outra
coisa comigo que
a não ser compromisso.
Ao anoitecer
Adormecem, pois a ardente luz renasce,
Cortes de dores na alma, existe cura?
Com seu brilho, a obscuridade enfraquece,
No entardecer, uma nova marca escura,
Escuridão e o vermelho presente em mim,
Minha essência igual este céu carmim;
Astro que distancia-se a novos minutos,
Sua proteção atrofiando, quebrando,
Escurecendo, faz surgir pesadelos mútuos,
Sangue escorre dos meus olhos, andando,
Seguido com negrume da noite a adentrar,
Não peça permissão, afinal a deixo entrar.
A primeira providência para encontrar a felicidade é deixar-se amar. Porém, a melhor forma de se ter a felicidade é amar. Quando se ama, as sombras desaparecem e o brilho do sol torna-se luz constante dentro de nós.
Minha força flui quando a pálida lua emergi no céu sombrio; não tenho medo nem da penumbra e nem dos seres que se esgueiram nas sombras, pois eu também sou um deles.
amar é se colocar nas trevas se isso significar que seu amado esteja esteja na luz.
ela esta sob a luz de uma nova estrela...
quanto a mim ? estarei a amando sob as sombras
Existem pessoas, e pessoas.
Uns tem luz própria, só precisa de si mesmo para viver. Outros são como sombras, não conseguem se desprender.
Por todas as vezes que matei a morte pelos caminhos sombrios. Vivifiquei a vida para caminhos iluminados rumo as estrelas.
Ao soar os rugidos do céu...
Um anjo cai...
Com o rastro de suas penas...
Esmaecendo pelo caminho...
Adquirindo o negro do seu interior...
Ao soar os rugidos do céu...
Um anjo cai...
Junto com ecoar de um som...
Anunciando o início de uma nova era...
De trevas e solidão...
Ao soar os rugidos do céu...
Eu caí.
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