Sogra Boa Tarde
A Brisa da Noite!
Vejo-me no meio da tarde respirando rapidamente, como tivesse um surto de ansiedade, olho as horas no relógio do meu quarto e consigo perceber que os ponteiros estão passando, para mim eles estão estacionados e as horas não passam de maneira alguma. E nem fome e cede tenho nessas horas intermináveis, imagino a noite e como penso que ela deverá ser ai minha angustia aumenta mais, pois sinto tanto a sua falta que sinto meu coração inerte, precisando da tua presença.
A noite chega e então as horas mais lentamente me torturam, e, além disso, tento manter a calma, pois não posso revelar o que estou sentindo, e nem ao menos deixar escapar um suspiro indiscreto e uma frase de pensamento, e isso me consome mais ainda.
Olho na sala para ver se todos dormem profundamente, e não sentirão a minha falta. Observo mais uma vez e vejo que não tenho tempo a perder, saio com passos de rato na calada da noite, em passos largos e rápidos para te encontrar o mais breve possível. Ando tão depressa e olhando para todos os lados, mas até o vento me denuncia.
Enfim chego à tua porta e bato em dois salvos curtos para você abri-la, logo entro alvoroçadamente e lhe dou um longo e apertado abraço seguido de um beijo longo e desesperado, pois as horas me traem e preciso te absorver no tempo que tenho. Depois de receber teu amor reciproco eu me acalmo em teus braços, e me entrego aos teus carinhos e aos teus longos beijos.
O dia amanhece e nem vejo, pois ainda estou na proteção de seus braços, tão fechados e fortes a me abraçar, da tanta vontade de deixar tudo para trás e seguir o dia sem levantar da cama. E o sol vai surgindo mais, e o meu tempo acabado está, rapidamente me visto e saio sem me despedir para não ter um sofrimento maior , e mais uma vez retorno correndo para minha angustia de todos os dias, de esperar a bondade do relógio de mais breve te reencontrar.
Como os momentos são especiais, minutos, horas, dias...
Manha, tarde e noite...
Isso nos traz o sentimento de respirar, de ter uma pausa nas lutas, na correria, de recarregar as energias para prosseguir.
A noite com seu sono reparador, sempre proporciona a esperança de um novo amanhecer, e então novos momentos...
Discuti muito, aprendi que nunca é tarde demais para recomeçar, aprendi que as pessoas são diferentes, aprendi que não quero discutir nada com ninguém, aprendi que um ser humano é reconstruído ao longo das fases da vida, aprendi a não ligar para o que diziam.
A felicidade está naquilo que somos e não naquilo que possuímos, eu já menti, cobicei, odiei, eu já fui um ser humano melhor ou pior, eu já agi na defensiva, já levei tudo para o lado pessoal e fiquei me justificando por mais de meia hora, eu já fui vítima do acaso e já guardei segredos.
Já fui leal e me orgulho disso, já me acostumei com desafios perigosos e agir como homem, já me senti só em meio a um apinhado de gente, já me senti complicada, arredia, resistente, com necessidade neurótica de estar sempre certa.
Já enfatizei os aspectos positivos de adotar um estilo de vida saudável, com pensamento positivo, crença e luta, já fui bem sucedida e senti ciúmes, já sofri ausências.
Todo mundo passa por momentos difíceis, temos liberdade para assumir responsabilidade por nossa saúde e felicidade, todas as pessoas possuem pontos fracos e qualidades, somos diferentes e contraditórios em si, mas os meus princípios morais são os mesmos, mesmo que em alguma ocasião eu tenha feito tudo errado.
Esse é o charme da vida, a Lei do esforço, o viver sem ansiedade, com harmonia e amor, por isso desistir não é uma atitude própria minha, eu apenas procrastino, a minha mente borbulha e eu tenho felicidade e expectativas de felicidade.
É impossível escapar da persistente sombra da mortalidade, quando vez ou outra vou à velórios, onde vira e mexe tem alguém doente ao meu redor, quando palavras e atitudes que jamais deveríamos expressar culpa-nos diante daquela amiga que você deixou passar uma visita.
Os nossos pensamentos atraem para nossa vida tudo de bom e de ruim, já cheguei perto da morte e sobrevivi, hoje minha prioridade é viver e ter uma fácil convivência, é misturar cereais integrais com alegria, legumes com caridade, frutas com disposição e verduras com amor.
Hoje minha prioridade não é mais comprar vestidos, ou persistir em consertar o mundo, ou me calar por fora (por dentro não me calo nunca), ou ainda deixar pra lá os meus sofrimentos e minhas injustiças. Hoje minha prioridade é ser grata, é não sentir mágoa ou ressentimentos.
Hoje minha prioridade é me sentir bem, alegre e bonita, acesa para a vida, inventando todos os truques possíveis para enganar as frustrações que se apresentam.
A noite chegou com o fim de uma tarde maravilhosa, a qual se despediu de um dia divino que DEUS nos deu.
Podemos então agradecer pela oportunidade de estarmos aqui neste momento, narrando nossa história. Seja ela triste ou feliz, o fato é que, nos ápices desolados nos fortalecemos na medida em que buscamos respostas para as consequências ocasionadas, o que nos leva a refletir e consertar os nossos erros.
Nos átimos exultantes temos que se alegrar para usufruirmos dos belos momentos que nos foram proporcionados por DEUS, só assim então seremos felizes!
Boa noite!!!
Cedo ou tarde, com ou sem sofrimento, você se dá conta de que a experiência vivida com cada pessoa não há como se repetir. Tua saudade e vontade não vai mudar isso. Aprenda a aceitar a vida como ela é e não como a sonha.
Observo fenecer a tarde de um domingo. Isso me faz refletir como ele iniciou!
Uma gélida madrugada me fez recorrer ao cobertor, onde aquecido adormeci. E ao despertar, notei o alvorecer de um dia límpido e ensolarado que, detrás a eficácia vital para quentar o aroma das flores, exalando por toda dimensão da orbe através da suave brisa da natureza.
Os pássaros entoavam os mais belos cânticos em forma de agradecimentos ao ALFA e o ÔMEGA.
A euforia tomava conta do meu ser, pela prerrogativa de acordar e poder apreciar tudo o que acontecia. Foi quando clamei Glória a DEUS!!!
A tarde se aproximou e as nuvens cobriram o grande astro, o sol fechou os olhos lentamente pintando de alaranjado o horizonte. Os pássaros começaram se esvoaçarem, aos poucos pousavam nas árvores, era fim de tarde, um silêncio a pairar...
Por fim, chegou a noite! Continuo a meditar, observando a escuridão cobrir a terra com seu manto multipontuado de estrelas cintilantes.
A lua surge nesse instante, assim começa a chona. E mais uma vez me sinto privilegiado por DEUS me conceder a oportunidade de estar aqui e lhe dizer "Boa Noite"!
Nunca espere chegar ao nivel mais baixo da invergonha pa ganhar uma razao. Cedo ou tarde a razao sempre vence.
A hora da sucumbência
Como a pele exposta ao sol numa tarde
Em que o frio inexiste na ardência,
Um nó apertado a garganta invade
E faz sentir o gosto amargo da ausência.
O berro que só dentro faz alarde
Por fora cria um ar de clemência,
E o sentimento taxado de covarde
Molha os olhos desmedindo truculência.
O fim com dois golpes foi trazido,
Inobstante a feição inconsciente
Do resultado obtido.
O que restou foi o laço sucumbente
Com um irmão fugido
E uma amizade imprudente.
O medo vem do céu covarde
Quando acordar pode ser tarde
O seu sofá parece um beck,
confortável atraente, mais acaba.
Sonho com o dia em que a coisa mais triste no mundo seja uma tarde chuvosa. Também penso que a vida é como uma pena ao vento, não se sabe aonde vai parar, mas, sabe-se que um dia chega ao seu destino.
Laços são laços, podemos converter o tempo em décadas , em noite e dia, manhã e tarde, sol e chuva, frio e calor, ou em distância, longe e perto, o fato é que o laços por serem mais suaves que os nós, eles não dão dimensão ao espaço no entanto, nunca se afrouxam e além de unir, eles tem o poder de enfeitar
Da relação
Meu amor, não pense errado
tudo que viu está tarde
foi esse corpo quebrado
sem dor,desejo ou arte.
Você debaixo dos lençois
eu aqui desalinhando
tudo que fica de nós
é tanto pano!
Esse quarteirão que nos isola
é um quarto tão surdo,turvo.
quanto mais você fala,
mais eu mudo,mudo.
Pode o presente virar lembrança?
pode você virar saudade?
pode nós virar? nos virar?
Ah,felicidade!Há felicidade?
Tarde de terça
como de costume
hoje lembrei de você
e isso é um grande problema
é um costume digamos que pérfido
não há nenhum problema em pensar em você
o problema é o pacote que você trás
o problema é a nódoa que você deixou
você se foi
mas a nódoa ficou
as lembranças ficaram
o seu toque na minha pele ficou
ainda é possível sentir seu toque
ainda é possível ouvir as tuas gargalhadas
eu ainda lembro do ar pândego que pairava no ar quando estávamos juntas em uma tarde de terça
ainda é possível sentir a sua perna apoiada na minha
sua mão entrelaçada na minha
seu lado
mas você se foi
levou seu pacote junto
só esqueceu de levar as lembranças
a sujeira
e a melancolia.
Confissão De Um Adolescente
Hoje eu percebi uma coisa muito maluca. Sabe percebi tarde demais amando outra pessoa e que me ama, mais sabe meu coração está destroçado como o dela. Odeio ver as pessoas sofrerem por mim como eu não sofro por ela. Por que eu fiz tantas coisas boas na amizade para ela, mais como ela confundiu não queria e nem quero que ela sofra por mim, outra pessoa me ama e eu amo essa pessoa, minha namorada. Sei que eu fiz coisas erradas mais eu e minha namorada temos planos para toda uma vida. Mais saber que alguém sofre por você, que você sempre rejeitou isso é doloroso, machuca, dói. Eu gosto da amizade dela, mais quando você descobre alguém que sempre te amou em segredo e revelou e ainda ama é difícil de continuar a amizade. Sabe todas as confissões de adolescentes que eu fiz essa é minha história. Duas Mulheres na jogada e eu como sempre o perdido da história. Mas a única certeza disso uma dessas garotas é só minha amigada e nada mais e a outra garota dessa história é minha namorada, minha companheira, amiga, irmã, parceira, menina, mulher, futura esposa, futura mulher de minha vida, Mãe de Meus filhos. Você que é minha amiga e me ama em segredo desculpe alguém já ganhou meu coração então não vou magoar ela nunca. Vou ficar a amando como ela me ama, cuida de mim, protege e fica brava comigo.
_Por favor , cuidem de suas crianças pra mais tarde o sistema
não engolir elas.
Passamos por um momento tão critico na Cultura mundial,
que hoje a grande maioria dos Pais' se matam de trabalhar pra dar de tudo a seus Filhos, talvez por terem tido uma infância difícil, sem muitas vezes ter o que comer ou o que vestir. E temem deixar os filhos passarem tais dificuldades ...
Entendam que é justo dar o bom e o melhor a seus Filhos,
A Melhor educação, lembra ? Hoje somos Pais, extremamente preocupados com o bem estar de nossos filhos...
Mas antes de estar nessas condições, Tivemos pais extremamente competentes Trabalharam duro e construiram
a nossa educação
Hoje não é diferente continuamos trabalhando Duro, mas por favor, ajudar essas crianças á construir um caráter,
é muito mais importante do que qualquer eletrônico
é mais importante do que qualquer bem material.
E com certeza é a única REAL obrigação com o nosso papel de Pais <
A Budiudiuca
Chegou no início da tarde e acomodou-se ali no último compartimento da minha prateleira que ficava encostada no meu tanque de lavar roupa. Sequer me pediu licença. Decerto já sabedora da minha paixão por seus iguais. Para ser mais exata, de minha enorme paixão por todas as criaturas do Uno.
A princípio arredia. Bastava que ela ouvisse minhas passadas para cair no mundo como se só a minha presença a colocasse em perigo real. À medida que eu fui me aproximando sem fazer barulho, pé ante pé, de mansinho, passinhos sonoros para não assustá-la, ela foi se assentando e aceitando a minha presença. Não me evitava mais. E eu, de minha parte tentava fazer o menor ruído possível ali na área de serviço. Não sacudia mais, depois de lavadas, minhas sacolas plásticas para não levantar suspeita de perigo na minha inquilina.
No entanto, ela só aceitava a mim. Bastava que chegasse visita para ela fugir em vôo disparado. E, assim, foi ficando, foi ficando e um belo dia ouviu-se o ruído denunciador da minha condição de avó. Haviam nascido dois.
Minha mãe com experiência na área sentenciou, assim os viu:
— São macho e fêmea.
— Por que sabe? Fiquei curiosa
— O macho é maior e mais forte.
Batizei-os de Leo e Léia.
O que mais me encantava naquela família era a dedicação total da recém-mamãe.
Saia logo cedo e após uma hora mais ou menos voltava com o papo cheio de comida para os filhotes. E ficava lá em cima deles esquentando-os, o restante do dia.
Porém, um dia, saiu e não voltou. Só comecei a me preocupar por volta do meio dia. Disse para minha mãe que aquilo não estava certo, ela havia abandonado os filhotes que ainda não voavam.
Eu olhava ao redor, em cima da casa, no arvoredo próximo e nada da mãe fujona.
Afligi-me com aquela traição e fui para a internet ver o que podia fazer. Que comida dar para os filhotes, enfim, eu tinha de suprir, como avó, a ausência da mãe desnaturada.
Encontrei, para meu espanto, vários relatos de abandono de ninhos pelas mamães rolinhas:
São ‘levianas’, pensei de pronto. Muito magoada e com um enorme dó dos dois pequerruchos despenados, considerei seguir um dos conselhos de um tratador de filhotes órfãos: mingau de fubá sem sal. Quando a papa ficou pronta minha mãe recomendou;
— Coloque bem perto deles, pois eles não vão deixar você pegá-los para colocar goela abaixo.
Assim que me aproximei qual não foi meu espanto quando eles assustados, ensaiaram um voo e caíram desajeitados no chão com grande estardalhaço e por mais que eu tentasse não conseguia pegá-los. Rápidos eles se escondiam entre as bacias e baldes e quando eu conseguia retirar o que me estorvava alcançá-los, eles pulavam para debaixo de outra vasilha. Ficamos lá nessa luta inglória muito tempo, até que desisti e deixei a comida no chão bem à mostra de seus olhares famintos assim que eles resolvessem sair do esconderijo, por conta da fome.
Sai para resolver uns problemas no banco e quando regressei encontrei a mãe andando pelo quintal, vagarosamente como se carregasse o peso do mundo.
Fiquei catatônica.
— Como assim, você não havia sumido?
Ela me olhou demoradamente e eu li naquele olhar a pergunta?
— O que você fez com meus filhotes?
— Eu tentei alimentá-los e eles fugiram, estão por aí debaixo das coisas. Respondi amargurada.
Ela ficou por ali muito tempo e nada de localizá-los. Então resolvi procurá-los para mostrar pra ela que eles estavam ali mesmo escondidos.
Não os localizando, chorei.
— Perdoe-me. Pedi aflita para a mãe. Será que você consegue me perdoar? Implorei para aquele olhar postado em mim doloridamente.
Após vários minutos ela desistiu e partiu. E eu fiquei remoendo a minha dor de haver interferido na didática de ensino da ave. Certamente ela saíra para dar aos filhotes a oportunidade de se virarem sozinhos. Era um meio de forçá-los a saírem para o primeiro vôo a demora do retorno.
Passei o restante do dia moída de remorso. Até pareceu-me que eu tinha declarado a terceira guerra mundial e estava à beira de acabar com toda a vida do planeta terra, tal era a minha dor.
À noitinha saí para dar mais uma olhadela em torno da extensa casa, comprida a perder de vista, e para minha surpresa, avistei o macho, em cima do telhado da cozinha, bem rente à cumeeira de separação com a sala de jantar. Gritei de alegria.
— Léo, você voltou pra vovó.
Ainda em estado de êxtase supliquei esperançosa.
São Francisco de Assis, protetor dos animais, me ajude a encontrar a Leia.
Ele me atendeu prontamente. Léia saiu debaixo do tanque dando saltinhos miúdos, sinal da sua fraqueza por falta de alimentos. Consegui pegá-la desta vez e depois de alimentá-la com uma pequena colher boca a baixo, joguei-a para cima em direção ao telhado. Ela ensaiou um meio voo e parou em cima da casa.
— Léo, cuide da sua irmã até sua mãe voltar, por favor, querido.
Eu tinha certeza que a Budiudiuca voltaria para resgatar os filhos, e ali em cima do telhado era mais fácil avistá-los.
De vez em quando eu saia ao terreiro para ver como eles estavam se saindo. Lá pelas tantas da noite, não conseguindo dormir, voltei ao terreiro e fiquei demasiadamente comovida: eles estavam tão próximos um do outro como se tentassem suprir um pro outro a falta da mamãe.
— São Francisco, por que a Budiudiuca ainda não veio cuidar deles? Perdoe-me a insistência, mas eu preciso que ela volte, a culpa foi minha. Ou então faça com eles arrisquem um voo e sejam vitoriosos.
Fui dormir depois da minha oração muito esperançosa, tenho muita fé no Santo protetor dos meninos irracionais (ou não)? Confesso que ainda alimento muitas dúvidas a esse respeito. Acho que eles pensam e amam como nós humanos, só não desenvolveram a linguagem de palavras.
Ao acordar, corri para vê-los e fui presenteada com uma maravilhosa surpresa: no ninho, que eu não tinha tido a coragem de desfazê-lo, encontravam-se mãe e filha. Ela aconchegada debaixo das asas, só se via a sua pequena cabecinha. A mãe me olhava fixamente. Chorei desta vez de alegria.
— Eu te amo São Francisco. Preciso dizer que beijo teus pés e tua boca, se puder, claro.
Léo não estava lá. Mas a mãe me olhou tão calmamente que eu compreendi o que ela me dizia.
— Meu filho agora é dono do espaço, ele se foi.
Corri a contar para minha mãe que sentenciou:
—Léo voltará, fique tranquila.
Minha irmã não concordou.
— É claro que não volta, ele é novo e não tem noção de rumo, de espaço. Ele se foi pra sempre.
Nós três, eu e as duas aves fêmeas, ficamos num namoro demorado e apaixonado durante a manhã toda. De vez em quando eu ia vê-las e lá no meio do dia em um dos meus regressos no quintal, não as vi, elas não estavam mais lá.
— Foram embora. Nunca mais vou ver nenhum dos três. Fiquei aliviada e feliz pelo desfecho, só que eu teria uma alegria ainda maior...
À tardezinha, fui recolher minhas roupas que já haviam secado e me deparei com a cena mais bela de toda a minha vida. Estavam os três em cima do telhado e em vôos curtos e rápidos, mas numa bela coreografia ensaiada.
Estão se despedindo de mim. Tive a certeza disso e gritei.
—Sejam felizes e se cuidem. O céu é o limite. Amo vocês do fundo do meu coração.
Decorridos três dias, ela voltou passeando pelo chão, deu a volta no quintal todo e de vez em quando me olhava.
— Desmamei-os. Eles agora são donos de suas vidas.
No dia seguinte, apareceu com um galho no bico. Eu a toquei desta vez.
— Vamos nos mudar pequena, não posso deixar a prateleira pra você. Procure outro lugar pro seu ninho, me perdoe.
No dia mudança, eu fiquei pra trás aguardando o caminhão enquanto eles colocavam a mobília no baú e então, ela chegou.
Ficou em cima do muro do outro lado da rua, andando de um lado para o outro, parava e me olhava, muitos, muitos minutos.
— Vou sentir muita saudade Budiudiuca. Acho que desta vez não nos veremos mais. Você não saberá pra casa eu fui e eu não tenho como te levar não é mesmo?
Ela veio para a árvore defronte a casa e pousou no galho mais baixo. Ficou lá até o caminhão sair.
— Meu coração é seu, pequerrucha.
O caminhão foi embora e eu saí, também, olhando pra trás. Ela ficou lá no galho quieta como se com isso fizesse com que eu mudasse de idéia de partir.
Embora, talvez ninguém acredite nisso, eu posso provar. Minha mãe e minha irmã são testemunhas vivas desse meu caso de amor.
Depois de vários meses na residência nova, minha mãe me chamou.
— Vem ver quem está aqui.
Minha amada filha Budiudiuca e seu companheiro. Eu soube assim que a vi. Meu coração a reconheceu. Eles estavam em cima do muro nos fundos da casa e fui lá conversar com ela.
— Minha casa é muito pequena agora e a prateira está cheia de louças que não couberam na cozinha minúscula. Não tem espaço pro seu ninho aqui, mas você tem um vasto mundo pra isso e não ficará com raiva da mamãe, não é mesmo?
Após alguns minutos eles se foram, mas de vez em quando ela volta e o nosso namoro de mãe e filha continua.
Mais um fim de tarde e junto com a gratidão por mais um dia abençoado gosto de refletir para tentar aprimorar tantos erros que ainda cometo. Estou aprendendo e definitivamente não é fácil... Um dia, com humildade, bondade e amor no coração, com certeza eu, você e todos chegaremos lá... (Luiz Machado)
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