Sinos
Horas batem, sinos rompem
no retrato a mancha
de suor escorre
lento exagero
flor perpétua
solamente
roxa
De vez em quando a insônia vibra com a nitidez dos sinos, dos cristais. E então, das duas uma : partem -se ou não se partem as cordas tensas da sua harpa insuportável.
No segundo caso, o homem que não dorme pensa:"o melhor é voltar-me para o lado esquerdo e assim,deslocando todo o peso do sangue sobre a metade mais gasta do meu corpo,esmagar o coração.
No encontro de uma Constante - Igualmente
Quando os sinos pararem de tocar
E mais um ciclo estiver sido completado
Ficarei me perguntando como descobrir
Nossas igualdades de sentimentos.
Para onde isso irá nos levar?
Sim, eu gostaria de antecipar
Porque eu não quero ser o responsável
Por tantas dores e pesadelos
Principalmente para mim mesmo.
Se nossas verdades fossem iguais
Descobriria em um beijo
Que uma eternidade poderia existir
E mesmo assim não seria suficiente
Para trazer a coragem, de querer voltar no tempo
E fazer tudo diferente.
E isso foi me destruindo
No fundo, nunca foi uma igualdade de ambos.
E mesmo em vários inícios
Nunca será igualmente ao primeiro.
trecho
Um dia, por mim, só por mim
Os sinos hão de dobrar
Depois deste dia glorioso
Nunca mais terei que chorar.
MÃE...
Aprecio a paisagem translúcida no espaço
Ouço o bater de sinos na capela distante
Vento varre a cabeleira dos verdes matos
No céu, vejo cortejo d’espíritos viajantes.
Balanços das folhas, vultos acenam pra mim
Dogmas infundados entre a vida e a morte
Sopram ao meu ouvido, que isso não tem fim
Círculo vicioso e simbiótico lançado a sorte.
Prolixa e moribunda divago sem entender
Na oculta inflorescência a busca do amor
Lágrimas gotejantes, doridas de um sofrer.
Na lápide, vejo um poço árido que secou
Nas flores silvestres, o toque de teu ser
Saudade mórbida foi apenas o que restou.
Os gritos do Natal!
“Há um rumor por toda parte: Jesus nasceu”!
Os sinos estão ressoando no interior das capelas da vida!
É preciso afinar as cordas do instrumento auditivo para se escutar os gritos.
Nos hospitais não há vaga e nem hospitais, em muitos e muitos lugares! O grito do abandono está adormecendo os “herodes” da era atual, agora travestidos e preocupados em comemorar o Natal! Nas ruas, o grito desesperançado na porta das instituições enfeitadas de sinos e bolas fluorescentes, ofuscando a visão das políticas “sociais” !
Crianças, jovens, adultos e idosos desassistidos de carinho, da presença, do afeto, modulam a voz em uníssono para cantar com a boca cheia de esperança: tudo é paz!
Ouça o grito solitário do internauta conectado nas redes, falando sozinho, “acompanhado” da multidão carente do aconchego humano e muito mais! Contabilize milhares de presidiários da caverna artificial, escravizados pelo plim plim de pacotes encomendados para aquecer a venda de absolutamente tudo o que interessa, de alimentos que matam aos vendavais!
Faça um pouco de silêncio e ouça o grito de milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos que estão fora da escola no Brasil. Ouça mais, o grito daqueles que estão dentro da Escola, com agenda e compromissos na geladeira de uma pedagogia sem pelo menos o espaço dos recreios, dos quintais!
Ouça o grito de mais de meio milhão de presos nas cadeias do Brasil, doentes, com fome e sede. Há um déficit de 66% de vagas e os presídios se transformaram num depósito de lixo humano. É a 4ª. população carcerária do mundo que se estampa nas manchetes num atentado aos direitos humanos. Como eles vão desejar Feliz Natal?
Que tal escutar o grito do adolescente e do jovem surdo pelo som metaleiro, imposto como última moda atual nas festas e desencontros religiosos ou não? Talvez estes nem percebam ou até rejeitem os sons tão suaves do Natal.
Tocam os sinos da solidariedade, os acordes da esperança começaram a vibrar!
O aroma da promessa de Deus está exalando no caminho dos homens de boa vontade, o amor pediu licença pra chegar.
Estende sua mão, alcance os aflitos, veja quantos sofrem com súplicas no olhar, dobra os joelhos, tempo de fé, não esqueça de se levantar para atender os gritos.
Por quem os sinos dobram?
Pelo engraxate não deve ser.
Pela viúva adoentada também não.
Nem é pelo menino pedinte nas ruas.
Por quem eles dobram?
Pelo Corcunda de Notredame não é.
Nem pela heroína Joana D’Arc ele dobrou.
Ele não dobra pelos meninos carvoeiros.
Por quem será que os sinos dobram, então?
Ah! Já sei! Descobri o grande segredo do dobrar dos sinos.
Eles dobram pelo empresário que ajuda a igreja.
Pelo político governante, que manda na cidade.
Pelo bispo, pelo dono do supermercado,
Pelo juiz da cidade...
Acho que esses sinos precisam aceitar
A Jesus como único e suficiente Salvador.
Ouço sinos no cio a meia noite e deixo doces queimaduras na tua pele, abrimos uma porta e descobrimos um prédio em chamas cor de abóbora em altas labaredas..."Não há salvação querida então queimemos. Queimemos!" Amanhã partimos cedo para a cidade onde flores nascem sobre terra árida e devastada então deixemos que o fogo consuma tudo querida. Queimemos. Queimemos!
Uma das ironias do cerco de Constantinopla em 1453 é que os otomanos usaram sinos derretidos para fabricar os canhões com quais assediaram a cidade.
O poeta tem o dom do vate, o som dos sinos quando o badalo bate, toca o instrumento do vento, a harmonia das cores no pensamento, um lume de costumes, em resumo, ALMA & CORAÇÃO.
Os sinos tocam as estações desabrocha o outono flor
Minha alma grita no estalar do amor
Sucumbido ao deleito cedo a oração que se converte em um reza repetitiva da sua volta...; dor
caminho na escoras da vida e no lamento cor dos meus ossos e folhas âmbar
As lagrimas no ecoar cair pesadas e no seu durar
As noites dopar meus olhos derrama na madrugada sem domar
queria dizer algo e sendo as palavras ditas o dever de depor e
datar a cura
Criar as esperanças certas pois citar a dor do coração neste chiado que cegado-me canto o cantar de banir a solidão que sempre estar á boiar
Bicar seus lábios e beber sua beleza
Banir sem bater na tristeza para lembrar da dor que é viver sem ti
esperar e atuar sem mentiras no palco da vida andar anuir meus sentimentos antes que arranque minha vida destas linhas que caminho e a vida novamente armar
E antes de tira das minhas veias o sangue e corre este amor, te você outra vez para sempre pois o pavor de não acertar o alvor
do oblíquo altar
emitir meus votos emanar o elixir do amor duradouro
elevar a felicidade e eleger minha rainha
ejetar tudo que te faz infeliz
educar meus modos editor e editar as palavras que
díspar e não duelar com suas emoções
Por Charlanes Oliveira Santos ( Charles )
Os sinos natalinos anunciam a boa nova...
Que o nascimento do menino jesus
encha os nossos corações de amor,
renovando nossas esperanças devolvendo-nos
paz interior.
Os sinos anunciam alegrias quase sempre que tocam;
Assim também são os dias ao amanhecer,
Trazem sempre mais motivos de alegria, anunciando
novas possibilidades e oportunidades.
Com todos os sinos da escuridão.
os pesadelos estão vivos,
tenha medo...
depois que dormimos estamos em outro mundo,
seus gritos nunca serão ouvidos,
queira todos os cuidados ao dormir,
neste mundo que criou...
sinos obscuros do espírito que
reluz em beleza e resplandece em tristeza...
voraz por passagens descendentes no terror.
Ah! Eu fui coroinha e durante um bom tempo, responsável por fazer os sinos que ficavam no pináculo do templo soarem três vezes antes da Missa. Só não podia ter medo de morcegos...
há um campanário em ruína sem sinos nos meus ouvidos o silêncio é de pedra, jazem ecos de recordações...
Aqui termina o caminho
Os sinos cantando, as sombras todas se diluindo
dentro da tarde. Dentro da tarde, o teu grave pensamento de exílio.
Por que ainda esperas? Aqui termina o caminho,
aqui morre a voz, e não há mais eco nem nada.
Por que não esquecer, agora, as imagens que tanto nos perturbaram e que inutilmente nos conduziram
para nos deixar, de súbito, na primeira esquina?
Essa voz que vem, não sei de onde,
esses olhos que olham, não sei o quê,
esses braços que se estendem, não sei para onde...
Debalde esperarás que o oco de teus passos acorde os espaços que já não têm voz.
As almas já desertaram daqui.
E nenhum
