Sino
O sino da Igreja Matriz
São Francisco dá bom dia,
é hoje que a nossa Cidade
de Rodeio brinda aniversária.
O canto dos pássaros
coloca aurora matutina
para dançar aqui que
é o nosso bonito lar.
Os sonhos de erguê-la
vieram de longe pelo mar,
e são motivos para homenagear.
Temos sonhos e borboletas
oitenta e oito neste lugar,
e muito o quê se orgulhar.
Ouvir as badaladas do sino
da Igreja Matriz São Francisco
de mãos dadas com as flores
do Ipê Rosa do tempo no céu
ao redor da Lua Crescente.
Ter como lembrete a paz
e a unidade sob medida
para atravessar este século,
assim a aurora vespertina
desce com a sua mensagem
sobre o Médio Vale do Itajaí.
O céu do Hemisfério Austral
brinda a visão e o coração
de quem olha o festival
sobre o Pico do Montanhão
com o seu traje de fascinação.
Dou-te a emoção, o encanto
e o sacramental silêncio
da tranquila Cidade de Rodeio
da onde há o encontro e a surpresa de quando menos esperar tu
haverá de escrever o seu poema.
Toca o Sino da Igreja Matriz
São Francisco de Assis
rompendo com o silêncio
desta manhãzinha fria
daqui da cidade de Rodeio,
o amor para toda a vida
por aqui ainda não veio.
O galo canta a terça-feira
e como poetisa deste
Vale Europeu Catarinense
poesia tenho sempre feito.
Morar em Rodeio é motivo
de orgulho que neste
poemário tenho o feito.
Era festejo.
A Lua ainda reluzia.
O sino abalroava estrepitosamente,
enquanto os planetas se alinhavam no espaço sideral.
E todos riam, riam perenemente,
num grandioso aprazimento jovial.
O tempo foi moroso,
mas toda noite tem fim.
O fim da noite se interseccionou
com o último gole do deleitoso vinho.
E todos se despediram na última hora.
Rosimara Saraiva Caparroz
A meu ver não é apenas um sino,
Espia! Existe outro ao lado,
É verdade, que são dois sinos,
Sinos são vozes feitas para escutar,
São vozes anunciadoras do tempo,
Sabem ao seu jeito dar o recado,
- e a escuta despertar
Assim anunciam os sinos,
Que daqui para frente vou contigo.
Seguirei para Isla Negra,
Para qualquer lugar,
Desde que eu volte
- sempre -
para a casa do poeta.
Haja visto, de que a moça
- admirável -
e que ele gosta,
- sou eu
Por uns passou desapercebido,
Que o nosso amor chegou
é despercebido,
Faz parte, foi por obra do destino,
- destarte
O amor hoje é fruto ainda proibido.
A meu ver o tempo sempre inflige,
A pena dessa espera,
A espera sempre vale a pena.
Os sinos sinalizam, abrem a alma
Para aprender a ter calma,
- e se concentrar
No tempo que tem o seu próprio tempo,
Espera com paciência,
Que a oportunidade irá chegar.
Rodeio na Hora
Toca o sino da Igreja Matriz
nesta nossa linda cidade
do Médio Vale do Itajaí,
Rodeio na hora do almoço
e a sua paz amorosa por
aqui que inabalável vigora
e a polenta saborosa
sobre mesa fala muito
sobre cada um e toda a História.
Semelhante a uma Catedral distante, eu não ouço mais o sino tocar, mas eu sinto quando é chegada a hora. Compreendo então sua frase: “o olhar conversa com a gente sem usar palavras”. Nostalgia ainda é uma de minhas muitas falhas.
O Sino
O sino bate ao fim do dia e ao meio dia o sino bate anunciando o meio, mas não o fim.
Talvez o começo.
O sino da igreja é um sinal da falta do bom senso para olhar o tempo.
O sino bate e penetra nossos ouvidos pena que muita gente não ouve.
A percussão do sino
dos ventos de Ágata
ainda toca o coração,
O balanço do sino
lembra muitas vezes
a poesia existência
suspensa pelos fios
que nos sustentam,
nos unem, guiam
e fazem encontrar
a razão, o amor e o destino.
Feliz Natal...
Ouço em um tom vibrante
O sino a badalar,
Anunciando o nascimento
Do Rei da tribo de Judá
Ao meu Pai Onipotente
Entrego o meu coração,
E peço-lhes, a paz fraterna,
Para todos os irmãos
Diante deste altar
Conclamo em oração,
Louvando o Santo nome
Do Deus de Abraão
As preces são levadas ao céu
Por anjos ali presentes,
—Em coro cantam louvores
Para o Pai Onipotente.
O Natal do meu Nordeste
Não tem neve, mas tem sino
Não tem gelo, mas tem fé
O jantar é gordo ou fino
Pode até não ter presente
Mas não sai da nossa mente
O nascer de Deus Menino
O sino do castelo prenuncia o perigo. Eles estão vindo! O sino toca por todos nós… Eles estão voltando de novo.
O som da vida é a memória do sino que badala o tempo, o din que impulsiona os sonhos, o don trás pra gente os momentos.
Assim como VIVER e ESTAR VIVO não são sinônimos, ter alguma deficiência física ou mental não é sinônimo de uma vida menos interessante e importante que a dos demais.
Saber o momento de desistir, largar de mão, sair fora, abandonar o barco, tocar o sino, assumir que não dá mais...
Não é sinal de fraqueza ou derrota, mas consciência de que não vale mais tentar ali, e sim vale se abrir às novas experiências, lugares e pessoas.
no sino do templo
dorme
uma borboleta
Não pode ter medo, tem que encarar a vida, minha Leveza é tão pesada quanto um sino e suas batidas.
“Sinos a badalar
Na silhueta do teu corpo que o sino toca
para que dances para mim e rebolando
e que nossos braços se junta
num abraço de amor”
― Michael Vlamis
'EM OUTRA PRIMAVERA'
Sonho doce que voa
Lembrança que não se vai
É como o sino que soa,
Um amor que se foi dizendo não volto mais
*
Em meus sonhos te amarei
e não deixarei que se vá,
Em minh'alma te eternizei
Para longe de mim não voar .
*
Com todo meu amor irei te alimentar,
seguindo meu caminho
Igual borboletas no ar.
*
Quem sabe em outra primavera
Meu beija-flor voltará
Para colher da flor o néctar que existe lá.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
- Relacionados
- Sinos
