Sigo para o Alvo
vida,em minha inexistência eu sei e sinto que existo ,por isso sigo insistindo pela vida,pois naquilo ao qual almejo ser é porquê não sou e o que sou é o que não serei nesta existência de vida.
Sigo tentando ser melhor que antes, lutando para não dar aos outros o que não quero para minha vida e quanto mais luto para ser melhor, mais vou precisar lutar.
Nildinha Freitas
Mapas
Rasguei o mapa.
Agora qualquer caminho me serve.
Não tenho ponto de chegada.
Apenas sigo mais um dia por esta estrada.
Não quero o futuro desvendar.
Não quero placas pra me guiar.
Na dança da vida rodopio.
Não importa que esteja presa por um fino fio.
Se encontro um desvio, me desvio.
Sigo o leito do rio… ou não.
Sigo na mão.
Me perco na contramão.
Se precisar dou voltas.
Faço o caminho de volta.
Perco-me.
Encontro-me.
Nas esquinas da vida.
Sigo.
Entro em becos sem saída.
Deixo a vida me levar.
Deixo a chuva me lavar.
Deixo a vida me parir…
sem medos, sem dores
abismo profundo: eu sempre a cair… a cair…
no fundo, no fundo só vejo flores.
Tua mão
Sigo caminhando.
Passos leves.
Não tenho mais a arrogância de quem tem muito…
Nem a ansiedade de que quem pouco tem.
Sigo leve.
Miro um ponto à minha frente.
Nascente ou poente…
Não sei…
Só sei que há luz.
Em paz.
Aperto tua mão.
Tão suave ela me conduz .
Sigo
Sigo.
Meus sonhos persigo.
Sigo serena.
Na bagagem só o que vale a pena.
Meu corpo é frágil.
Tenho de tomar cuidado.
Massageio meus pés de quando em quando.
O que me incomoda pelo caminho vou largando.
Quero chegar ao fim da jornada
só com o que vale a pena.
Quero no fim só o peso de uma pena.
O meu passo
é igual ao
ponteiro do
relógio, sempre
em frente, então
sigo em frente,
passo a passo
e me faço no
tempo!
Aprecio mergulhar na história e de suas culturas. Escrevi e sigo "quando tudo está resolvido dentro de ti, você entra e sai de qualquer lugar sem perder sua essência" CLARIANO DA SILVA, 2016. Assim, mesmo que eu avance nesta seara, sempre volto para minhas origens.
BUSCA
Sigo os teus passos por onde tu andas,
mendigo um olhar, um aperto de mão,
sufoco a minha voz que fere ouvidos
que nunca ouviram o meu coração.
Nunca me ouves e eu vou dividido,
angustiado por não te alcançar.
Na verdade te seguem restos de mim,
implorando um sorriso, um pouco de paz.
Fito o teu semblante, teus lábios fugidios
que as esperanças em mim sepultaram.
Pela altivez com que disseste o "não!"
Não tens piedade e o meu vulto te segue
e os meus passos que nunca te encontraram,
são pingos de amor, esquecidos no chão!
(in “Moleque Atrevido” )
Encantado eu sigo sem descanso
minha lira afinada só destoa
como Nero eu a quero e não alcanço.
Sua boca quando abre me desarma,
me acalma o seu canto de sereia.
Quero tudo que sair de tua alma,
teu perfume de nardo me embriaga
me afagae prende em tua teia.
Não sei de onde vim e nem para onde irei, mas sigo inquieto ansiando voltar.
Não me questione, nem queira entender, apenas leia e guarde contigo o que estou a escrever.
#ESTRANGEIRO
Por mais que ande...
Não sei para onde sigo...
Minha vida vivo...
Em ouro e em vincos...
Deito-me e brinco...
Passo entre visões de cadafalsos...
De zombarias ouvidas à madrugada...
Injúrias relacionadas...
Almas tardas...
Almas abastadas...
Confidenciam-me às estrelas...
Por mim, são amadas...
Companheiras...
Em solitária jornada...
Meu jardim há flores no ar...
Que dancam ao léu nas brisas sob o luar...
Desfazendo no sereno...
Antes do arrebol chegar...
E vou cambaleando...
Expiando crimes que não cometi em tempos dantes...
Os esqueço...
Não os levo comigo...
Sigo adiante...
Haverá outra fortuna a minha espera?
Ou quem sabe um purgatório se revelará?
Tenho a impressão de ter apenas uma direção a seguir...
Sempre à frente...
Sem o mal fazer-se presente...
E eu o sentir...
Ver a vida passar às vezes faz-me tédio...
Anseio a um lugar que me abrigue do meu frio...
Apenas peço...
Sem dobrar os joelhos...
Nada sei...
Nem para onde irei...
Restará apenas o desterro?
Hoje, afinal, não sou senão daqui...
Muito embora não me entendas...
Sou na vida passageiro...
De mim mesmo...
Um estrangeiro...
Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Solidão/Solitude
Eu sigo meu caminho, me fechando cada vez mais para o mundo.
Eu me decepciono todas as vezes em que decido acreditar em alguém.
Meu mundo tem sido cada vez mais silencioso. Sem muitos afetos, sem muitas pessoas.
Eu vou me escondendo e desacreditando no amor.
Talvez a minha cota de ser amada se esgotou. Então eu sigo, sem expectativas.
Apenas sigo.
Não treino porque não irei competir, nem sigo aceitáveis padrões sociovirtuais estéticos e não me interessa superar metas e recordes pessoais quase que obsessivo-compulsivamente.
Apenas os faço, exercícios físicos, por lazer, bem estar e amor a minha extensa zona de conforto.
Sigo solto no espaço me encaixo no compasso desembaraço o complicado é desarmo as armadilhas fuga da jaula antes que chegue a guilhotina flutuando olhando pairando sobre todos os problemas, visões e dilemas ritmologia que reprograma o sistema bolando um tema fixo no objeto fácil o sódio nunca foi motivo pra ficar imóvel
Eu estou tão bipolar.
Sinto sempre isso, a bipolaridade, eu sinto que sigo meu coração, mas as vezes, com alguma advertência, sinto que sou apenas um garoto ingênuo.
-plr
Sigo como um simples aprendiz da vida,achando que preciso alcançar a perfeição,mas o tempo me da um esporro e me ensina uma lição.
