Rondo Poesia de Cora Coralina

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" Por que não podemos ficar velhinhos juntos
programar nossos momentos com a calma do tempo
por que não podemos namorar
viver o melhor que ainda está por vir
por que se todo dia amanhece
se todas as noites sonho
se a minha vida é só você
então por que não podemos juntos fazer valer o amor
por que não podemos amar
sem sofrer ?

“Canção para Priscila”

I
Sabe, quando a gente tenta se ocultar,
E até nos dar vontade de chorar, parece até que tudo se acabou...
Sentimos... Que em nossa vida, nada dá mais certo,
Que nossa “estrela”, já não está por perto,
E que “nossa festa”, já terminou...

II
Sabe, quando a gente, se sente acuado,
E o nosso peito sempre sufocado, e quando nossa voz já se calou...
Tentamos achar um jeito de subsistir,
Pensando ainda, que o nosso porvir...
Seja melhor, do que a presente dor...

III
Quando, eu nem pensava em sobreviver,
Foi quando então vim a te conhecer,
E aí parece que tudo brilhou...
Porque, teus olhos, pareceram acender...
O meu caminho e isso me faz crer, que um devaneio já me penetrou...

IV
Eu sonho poder um dia, tocar em suas mãos,
Sentir o toque do seu coração, E dar-te o ombro pra você dormir...
Porque, de que adianta o mundo eu conhecer,
Se sua boca é o que me faz crer, que a perfeição é ver você sorrir...

V
Por fim... Priscila és prima da Mãe Natureza,
E sei que prima entre as belezas, e minha primazia é te ter!
Agora... Vê se me dá uma chance, pra tentar...
Fazer, que o teu coração, deixe entrar,
Esse momento, que eu quero te dar!
Deixa entrar... Deixa entrar...
Priscila...

⁠Sem sentido é o coração de quem julga não precisar de ninguém
e o amor, meu bem, se renova e renova os corações muito antes que você soletre as palavras:
Eu te amo.

Recordar é preciso


O mar vagueia onduloso sob os meus pensamentos
A memória bravia lança o leme:
Recordar é preciso.

O movimento vaivém nas águas-lembranças
dos meus marejados olhos transborda-me a vida,
salgando-me o rosto e o gosto.
Sou eternamente náufraga,
mas os fundos oceanos não me amedrontam
e nem me imobilizam.

Uma paixão profunda é a bóia que me emerge.
Sei que o mistério subsiste além das águas.

Patativa do Assaré.

Quando leio Patativa
vou direto a outro plano
não existe uma obra viva
com poder tão soberano
e eu me sinto a deriva
como um pingo de saliva
perdida no oceano.

Amizade

Sempre estive com você
Mesmo quando distante,
Quem sabe o Monte Evereste
Seja menor que a nossa amizade.
A vida é bela, Deus, homem
Sábio, criou “amigo”,
Para que tenhamos a quem contar
Nos momentos difíceis.
E a amizade é isso,
Um tesouro abandonado
Somente tem valor se lapidado,
O mesmo é uma amizade
Que masce, cresce e se torna
Inesquecível.
Quem sabe seja você
Um grande amigo,
Amizade sempre é amizade,
Não morre, briga, mas sempre
Continua viva,
Brinca, chora, sorrir…
Amizade sempre é amizade.

E o Monte Evereste é pequeno
Diante a nossa amizade!
E o bom é que não necessitamos cobrar
Um do outro, e muito menos
Provar…

Vaguei

Beijei tua boca...
Provei tua alma...
Vaguei no teu corpo
-Sonhei-

Despertei incompleta, inquieta...
Descuidada, não sei se perdi
Ou fui roubada,

Em algum momento
Na delícia do teu beijo
Perdi meu coração...

Beije-me, beije-me...
Mergulhe em minha alma
Devolva meu coração

Beije-me, beije-me...
Se não devolver o meu
Doe-me o teu!

Despedida

Se feriu meu coração, eu gostei de ser ferido
Rolam lágrimas inocentes de um coração partido
Que sente antes de ver; seus encantos e perigos

Sorria para o nada, faça-te feliz
Lembre-se de cada noite e
Cada verso que eu fiz

Nosso errado é tão certo, abuso da ironia
Dos meus sonhos mais loucos;
Devaneios, poesia
Tu fez da realidade minha doce fantasia

Carta de amor

A coruja traz o belo recado
Versado dos sentimentos cuja
Alma escreve com plena calma

Uma carta de sua união
Senão a mais farta
Emociona muito e menciona

Quanto é grande o amor
Fervor de riso e de pranto
A razão de sua salvação

Diz que por toda a vida
Querida, serás muito feliz
No ardor eterno do amor.

Entenda o seu casamento

Está procurando perfeição?
Case com você então!
Entenda que você não é a única pessoa ideal,
Dentro do seu casal.

Está procurando submissão?
Case com um cão!
Entenda que você não é a única pessoa central,
Dentro do seu casal.

Está procurando um sócio?
Case com seu negócio!
Entenda que você não é a única pessoa legal,
Dentro do seu casal.

Saiba que, o que para você é verde,
Para outrem pode ser azul.

O que para você é educado,
Para outrem pode ser esquisito.

O que para você é paixão,
Para outrem pode ser obsessão.

O que para você é vergonhoso,
Para outrem pode ser animado.

O que para você é sacrifico,
Para outrem pode ser casamento.

O que para você é liberdade,
Para outrem pode ser separação.

O que para você é abandono,
Para outrem pode ser compreensão.

Não quer dizer que você não tem razão,
Ou que só vale a vossa opinião.
Trabalhe o seu conceito de compreensão,
Antes de partir para explosão.

É fácil colocar a culpa em outrem,
E preferir ficar com ninguém.
Reavalie sua certeza cheia de achismo,
Antes de pensar que está à beira de um abismo.

Hesitei horas
antes de matar o bicho.
Afinal, era um bicho como eu,
Com direitos, com deveres
E, sobretudo,
incapaz de matar um bicho,
como eu.

Maresia

Brisa na restinga
traz maresia
a onda respinga
a gota suspira
o ar que se inspira.

Nariz abre a asa
narina é casa
de aroma morar.

É o lar que inspira
é o mar que respira.

Você sente
Disfarça, canta e encanta!
Esconde a tristeza
Corre da solidão,
E lamenta a falta
Da esperança.
Tenta se apaixonar
Jura não chorar,
Entrega seu coração
Mas foge da emoção.
Joga ciranda
Faz os olhos brilharem
Finge-se de forte,
Faz papel de ingênua.
Mas continua sendo
A saudade buscando
Um porto, um abrigo,
Para descansar o coração.
E poder se perder
Em largos sorrisos,
E alguns momentos
A razão.

Preciso falar de amor,
aquele que vibra em mim,
tão difícil encontrar palavras
versos, cantos e afins !
Nessa maniade serostra,
nunca abrir o coração,
um amor nem por àmostra,
apenas dizê-lo em canção,
Mas há felicidade em saber
que posso em metáforas seguir,
e numpoema escrever
que é tão bom você existir !

Seus cabelos soltos
Por entre a ventania
Inspirava o poeta
Que sorria distante
Da realidade
Do mundo.

Sou um louco
Perdido no mundo
Querendo pouco
Vivendo muito
Curtindo cada minuto
Como se fosse o último
Sou um louco
Sobrevivo com pouco
Mas o pouco que tenho
Já tenho muito
Com saúde
Vou vivendo muito
Curtindo cada minuto
Como se fosse o último
Cada segundo que tenho
Vou sendo louco
E amando muito

Soneto de amor não correspondido

Amo e não sou correspondido,
sei o quanto isto é patético,
por mais que soe poético,
estar assim tão deprimido...

Me sinto incompreendido,
tal amor nem chega a ser hipotético,
a dor é o que me faz cético,
a pensar no que poderia ter sido...

Não quero viver sonhando acordado,
mas fico a mercê de meu coração,
a caminho do fogo sabendo que serei queimado

cego, louco, entorpecido de paixão...
Triste sina, amar sem ser amado...
Sofrer, sofrer; sofrer... Em vão.

Algo Mais (Walmir Palma) p/ Rosa Passos


Ouço sua voz,

De tão feliz levito

E o infinito

Cabe dentro de mim.

Basta sua voz

E nada em mim respira,

É como se Akira

Filmasse Areta e Elis.

É paz!

A gente nunca esquece.

É meio Elizete.

É Dalva tão feliz.

Na sua voz,

Toda canção é mantra,

É luz que Yogananda

Emana entre os mortais.

É cura. É néctar de rosa,

De dentro para fora,

É voz e algo mais!

Inverno (Walmir Rocha Palma)

Música clara, clara
As gotas d´água
Batem na louça
Ouça
Esse delírio sou eu

A casa é velha, velha
Pingos de chuva
Soam nas telhas
Veja
Chamas de velas e breu

Música tanto e tanta
A casa espanta
O mais é tinta
Sinta
Hoje a manhã não nasceu!

Obs.:Este poema foi musicado por Rosa Passos.

Viagem (Walmir Palma)


Já não me estresso com o ruído de um motor
Se aumentam o volume do televisor
Se enquanto eu canto você conta
Se deito e você se levanta
Já não me espanta qualquer filme de terror

Enquanto leio pensamentos de Foucault
Você enterra os olhos no computador
Essa canção se espalha pelas ruas
Entre os que buscam no clarão das luas
Outra maneira de curar tamanha dor

Eu plantei meus fícus
Escrevi meu livro
Eu já tenho um filho, meu amor

Tudo é passagem
Fiz minha viagem
Eu vindo e na volta eu vou

Já não me irrita uma canção que é só tambor
Se em vez de abajur preferem refletor
Ou vendem ilusões de luz neon
Se poucos leem o Drummond
Se a tolice insiste liga o reator

Nem o silêncio dos gurus adiantou
A natureza está mostrando o seu tumor
Quando ela grita eclodem seus vulcões
Seu choro inunda civilizações
Não tem senhor, não há remédio seu doutor

Vejo cataclismos
Rescindirem sismos
Quanta indiferença meu amor

Sobra incompetência
Tanta imprudência
O poder não tem nenhum pudor

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