Quarto Privacidade
Ela estava sentada em sua poltrona favorita, aquela colocada no canto da parede do seu quarto mágico.
Fazia frio nessa época do ano, já estava no outono, ela deixou apenas uma luz discreta acesa e segurando uma taça de vinho seco, ficou horas fixando o nada.
Estava decidida a ficar ali, no seu mundo particular, principalmente agora que havia finalmente conseguido calar as suas inquietações.O vinho acabou e ela só saiu daquele lugar por tempo suficiente para buscar outra garrafa de vinho na adega.
Hoje ela não estava alegre como de costume, mas também não poderia dizer que estivesse triste, estava apenas esvaziando-se de tudo de velho que carregava dentro de si à espera de novidades.
Trancado em meu quarto me aprofundando
em pensamentos e lembranças
sei que é mais fácil você morrer primeiro
do que as minhas esperanças.
E bem aqui em frente o computador,
pensando em rimas que possa calar
também a pessoa que nos calou
mas em um dos pensamentos fui pensando, boiando e lembrando que enquanto eu fazia a poesia o beck estava
queimando.
Carlos
Sabe, Carlos, o amor é sacrilégio!
Também ouço, do meu quarto,
os desiludidos desferindo tiros,
e, olhe, há sangue por todos os lados.
Abutres, à espera de desgraça alheia,
sentam-se, ao redor, do desamor,
do caos que o amor alimentou.
O inferno turvo
( da tua poesia)
Reincidi
( na minha)
em dose única.
A MORTE
A morte flagela-me
Fecho-me num quarto escuro
Dentro de um verso
Que eu tentava escrever
Palavras transpiradas de mim
Dentro de um poema inacabado
Rasgo-me o peito de dor
Para não o escrever
Letras que tentam fugir da morte
Entre os dissabores do meu corpo
Tento não enlouquecer
Nas vogais que me enlouquecem
Na insana sina esta a minha
Saboreio sem força esta insanidade
Perfeita ou imperfeita dum poeta
A morte fecho-me num maldito quarto
Sem portas, janelas ou luz alguma
Sem conseguir escrever coisa alguma.
Da janela do meu quarto eu vejo o mar, . . hoje vou dormir ouvindo o som das ondas . . . Mas estou só pelo amanhecer para ver o sol nascer. . . .
Os olhos na janela
Nas páginas de um livro
No chiado da TV
No breu do quarto
No fundo de nós
Em introversão
Recomeço/Incertezas/Enfim
No meu quarto planejo um futuro incerto
Me deparo com as duvidas que as vezes insistem em surgir
Mas depois de tanto tempo submersa na zona de conforto
Até as duvidas se tornam algo ecitante
Mudar não dói,
O que dói é ver a vida sair de você porque permaneceu na inércia
Porque permitiu que alguém roubasse o seu brilho
Recomeçar, re-começar, começar
Começar a esrever uma nova rota
Descobrir que a vida te fez um página em branco
O que antes era sombrio, cinza e sem vida
Agora ganha um novo sentido
As vezes a gente pensa que quando arrancam de nós o amor próprio,
O orgulho, a vaidade, a vontade
É a coisa mais terrível que poderia ter acontecido.
Então em um dia comum, depois de um ato de desespero
Você percebe que tudo que te foi arrancado
Foi necessário para que surgisse uma nova versão de você
Uma versão mais aprimorada, mais delicada, mais destemida
E ai a vida te devolve tudo de volta,
E você se pega sorrindo sozinho,
sentindo a vida sem a influência de nada , de ninguém
A satisfação e a alegria surgem sem esforço
A paz se torna a sua melhor ompannhia
E em um dia qualquer, você percebe que tudo voltou ao normal
Ao normal não, tudo voltou melhor,
porque agora,
Somente agora você sente que se tornou o dono de si
E se vê livre pra tão levemente somente seguir
Recomeçando das incertezas enfim.
08/06/2018
Em um quarto de tempo, uso os números que devo e, o vicio que não preciso, pra se tornarem sempre bons arbítrios.
SENTIMENTOS
Às vezes deitado em meu quarto,
Penso e penso solitário.
Como é triste a saudade,
Saudade de tudo,
Saudade de todos.
Saudade do que vivi,
De pessoas que convivi.
Saudade dos momentos,
Momentos bons, momentos ruins.
Simplesmente momentos.
A cada momento,
Sentimentos diferentes.
Sentimento de dor,
Sentimento de ódio,
Sentimento de amor.
Ai como dói ter sentimentos!
Poderiam ser levados ao vento,
Como se fossem poeira.
Pois mesmo que fique marcas,
Mas quando vem outro vento,
Simplesmente tudo se apaga.
Ah, saudade, saudade, saudade.
- JP RODRIGUES
Busque nas esquinas, nas praças;
Nas vastas cidades em um rio no mar.
No quarto vazio, num sonho bom que foi perdido ao acordar.
Busque no vento, na sinceridade falsa de uma amiga.
Busque na brisa boa ao abrir a janela à noite.
Busque no Google, busque em qualquer lugar!
Pois não encontrará palavras verdadeiras como as minhas,
Ser bom as vezes é defeito?
.......................QUARTO 24............
Pao de Água
Alimento poético
Fui tentada
Feito uma mulher carente
Sem direcção
São as minhas ilusões
Minhas fantasias
Realidade constante
A vida me prendeu
Desejo meu que me deu
Tomei outro destinho
Será curiosidade
Talvez me falte carinho
Madrugada misteriosa
Todo o meu corpo anseia
Vontade de me amar um pouco
Olhando para lá desta porta
Idealizando os mais íntimos sonhos
Os mais secretos
Ordenada pelo meu cérebro
Algo que é mais forte que eu
Disposta a tudo
Saborear esses lençóis
Esse silêncio envolvente
Meus lábios secos
Saudades que tenho de matar
Desafiada pela adrenalina
E eu aqui agora
Luz envolvente,não quero ir embora
Deitada sobre o meu pensamento
Ou encostada a uma parede
Flor que quer desabrochar
Perfume que me deixa fora de mim
Apenas me perdi
Não quero esquecer
Sobre este afair me vou envolver
Apenas este carinho me encantou
Entre meu peito
Subtileza e desejo
Por ti minha alma esperou .......
(Adonis silva)02-2019)®
relógios que me contam
e me dividem ao meio
a um quarto
a uma vida inteira
ou a meia vida
a uma hora e meia
ou meia hora
em 15 minutos
ou um segundo
a medida é crucial
fundamental
paranormal
louca de pedra
tem vez que espera
outra hora emperra
se desespera
e berra
minha vida é primordial
bem anormal
tem hora que sou fatal
vivo em condicional
num erro total
crescer é essencial
alguém sabe da minha essência?
evaporou-se
perdeu-se no caminho
sobrou um minutinho
ou alguns segundos
não sei mais o que me resta
tenho que nascer
crescer
desenvolver
reproduzir
evoluir
se der tempo sorrir
e aproveitar
os erros assumir
bem viver
e desesperadamente correr
porque o tempo voa
e o tic tac bate
não sei onde
se é no relógio
ou no coracao
de que adianta
ter esse badulaque
se a máquina da vida
para antes do tempo
irrelevante
é só mais um artefato
a virar lixo
isso é fato
o mundo é
inefável
inesgotável
imperceptível
amável
inacreditável
agradável
adaptável
possível
confortável
incomparável
indispensável
ao nosso crescimento
e só então
me é permitido morrer
deixar tudo aqui
e partir para outro lugar
e lá os tempos
devem ser outros
não quero mais saber
quero perder a hora
de voltar pra cá!!!
PENSAMENTOS DE UM MERO MORTAL
Eu olho pela janela do quarto escuro e sem sentimentos uma vida tão banal e sem sentido, mesmo que haja alegria na vida não vejo sentido. Os sentimentos são o que formam o ser humano sem tristeza o que seria de nos se Vivêssemos afogados num mar de alegria não saberíamos como e sentir a dor de uma perda e de como e bom superá-las. Eu apenas revejo memorias e vejo como olhar para o passado e doloroso e assustador, mas ao mesmo tempo memorias boas podem te salvar de momentos desesperadores, relembrar do primeiro beijo ou de um passeio na praia domingo à tarde às vezes memorias boas realmente ajudam. Eu ouço pessoas dizerem que o mundo e horrível e impiedoso quando na verdade as pessoas que são terríveis. Eu ainda não perdi a fé na humanidade depois de tais acontecimentos como o holocausto e a escravidão além do mais continuo procurando o sentido na vida mais não encontrei pode ser amor ou estamos aqui para marca o mundo de alguma forma ou então a gente e apenas um acidente da natureza feitos para fazer nada num mundo repleto de nada não sei só entendo que se a humanidade sumisse da face da terra o mundo estaria melhor talvez sejamos apenas pragas esperando que o tempo nos extermine.
"Eu sinto que as paredes do meu quarto sentem pena de mim. Elas me veem chorar, gritar, gemer de dor e já me viu em situações ao qual eu não teria coragem de ver se fosse um outro alguém em meu lugar".
Eu estava em um quarto escuro , minha esperança estava quase no fim . Quando alguém abriu a porta e me tirou de lá .
Foi a luz do amor , que me fez te encontrar !
Graz🌷
Amores são vinhos - Rascunho II
‘’Quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que o caminho é um só’’, essa é uma canção do Legião Urbana que escolhi para escutar enquanto início mais um textinho...
Nesse papo de vinhos, de vinhos raros e doses que embriagam encontrei um pé de uvas, ou se preferir ‘’ encontrei uma videira’’. Pesquisando no dicionário informal o que significa videira, essa foi a resposta: (Palavra que conota, aquilo que dá vida, que tem capacidade de fornecer alimento, seja físico e ou espiritual). Entretanto prefiro levar para o lado pé de uvas mesmo, no sentido da fruta...
Se amores são vinhos, será que estaríamos agindo errado se disséssemos que a fonte do amor é a árvore e seus frutos que servem essencialmente para produção dos vinhos ? Pois é, encontrei uma fonte... Você também já deve ter encontrado alguma dessas por aí, e pelo visto como em um padrão insistente, só encontramos quando estamos na direção contrária á busca agoniante, desesperada e ativa. Sabe aquela frase clichê ‘’ Cuide do Jardim para que as borboletas bla bla bla’’ , ou aquela ‘’ o universo é um eco que retorna o que você emite ‘’, isso nunca tinha feito sentido nas minhas concepções, mas fez, fez tanto que umas das frases mais definidoras do que sinto agora é a de Pitágoras : Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo....
A vida da gente é bem assim, você vai vivendo e experimentando garrafas de uma bebida doce, ás vezes suave, ás vezes com um amargo, mas sempre com sabores que instigam nossos paladares a experimentar mais, quando menos se percebe já somos todos enólogos ( especialistas em vinhos), pensamos entender tudo, desde o processo de produção até o marketing de relacionamento, porém esquecemos que sempre há uma forma nova de misturar os ingredientes, sempre o bem vence? Acredito que sim, por mais que os caminhos sejam sinuosos, sempre, de alguma maneira as coisas vão levar para uma única estrada, um único caminho chamado amor. De vinho em vinho vamos enfraquecendo nossa fé, da mesma forma que a criança que acreditava em coelho da páscoa percebe que tudo era um a mera ilusão, nem por isso deixa de gostar de chocolates, ou se vier a ter um filho um dia, não romperá com o encanto da ilusão. Devemos ser assim ! Devemos não desacreditar na nossa felicidade, sei que sentir dor é uma sensação enfraquecedora, que nos corrói e não é fome, a dor nos corta e não é faca, a dor nos tira o sossego, nos rouba de nós.
Sabemos que depois de uma ressaca, beber é um dos últimos desejos em sua lista de decisões, ok, isso não está errado...Apenas deixe a vida ir fluindo, vá se esvaziando desse liquido com teores alcoólicos que ficaram em sua corrente sanguínea e pense a respeito de novos vinhos, se isso te irritar mais ainda e não houver mais nada que lhe conforte, pense no que aconteceu comigo, pense na possibilidade de encontrar uma videira, pense em experimentar a uva direto do cacho, pense na possibilidade de criar novos vinhos, com informações amadurecidas, com ás percepções mais sensíveis e em especial com o paladar mais apurado. Acredite, sua língua possui muitas terminações nervosas, capaz de sentir inúmeras sensações ao entrar em contato com determinadas substâncias. Entre um vinho e outro, uma embriaguez e outra, uma ressaca e outra você encontrará seu cacho de uvas perfeito. Pelo menos perfeito para o momento que você precisa, sem ter que ser perfeito igual nos filmes infantis, não precisa ser perfeito ‘’sempre’’, pode ser perfeito por 5 minutos, 5 dias... pode ser perfeito sem tempo, sem apego, sem paranoia, sem posse, sem obrigação, pode apenas ser perfeito porque é saboroso, ou porque te faz bem. Aprenda apreciar certos vinhos, ainda que não acredite mais em bebidas que compensem o gole, muda a estratégia, não compre mais aquele vinho barato do supermercado, também não zere sua conta bancária para comprar aquele vinho extremamente raro, faça você seu próprio vinho.
Por: Tiago Szymel
Ano: 2016